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Luciana Peixoto Amaral, Frederico Fabio Mauad
É indiscutível a importância da disponibilidade hídrica, tanto quantitativa como qualitativa, no desenvolvimento adequado de uma região. Não só o déficit desse recurso como também o seu excesso são igualmente problemáticos e devem ser vistos de uma maneira mais realista e séria. Portanto, são necessárias ações eficientes referentes ao planejamento e gestão dos recursos hídricos, a fim de garantir a disponibilidade da água, visando à proteção, à recuperação e à conservação desse recurso. Neste artigo, busca-se analisar os conflitos gerados no aproveitamento de usos múltiplos da água em uma bacia hidrográfica do Estado de São Paulo, considerando-se o cenário atual e o futuro, com a implementação de três pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Através da aplicação de um modelo de simulação computacional são calculados índices de desempenho, ou seja, a confiabilidade, a resiliência e a vulnerabilidade, do sistema. 
 
Francisco Lledo Dos Santos, Geraldo De Freitas Maciel, Victor Marcuz De Moraes
Essa comunicação científica versa sobre o tema de fluidos hiperconcentrados. Tem por objetivo desenvolver uma caracterização reológica de misturas sólido-líquido (água-argila caulinítica) com diferentes concentrações em volume (Cv) para as quais são determinadas, a partir de ensaios de reometria de precisão, as propriedades tais como a viscosidade aparente, tensão crítica de cisalhamento e curva de tensão de cisalhamento x taxa de deformação. Verificou-se, em condições controladas, a influência da temperatura, pH e concentração em volume (Cv) sobre a curva reológica dessas misturas, além de eventuais fenômenos de tixotropia e modo de preparo. O modelo reológico ajustado foi o de Herschel-Bulkley, a saber:( )nc k g + t = t & , onde: t é a tensão de cisalhamento; tc é a tensão crítica (ou rigidez inicial); k é um termo de consistência (viscosidade aparente);n é o índice de escoamento; e dy
g& = du é a taxa de deformação. Por fim, obtém-se, a partir de uma análise quantitativa global, leis de evolução dos diversos parâmetros reológicos em função da concentraçãoem volume. Os resultados obtidos nessa primeira grande campanha experimental corroboram
as tendências apontadas na literatura. 
 
Francisco Lledo Dos Santos, Geraldo De Freitas Maciel
Este artigo apresenta a modelagem matemática simplificada para a determinação da lei de atrito de frentes de lama em canais a partir
da caracterização reológica das misturas água-argila em diferentes concentrações em volume, sob condições controladas e permanentes. 
 
Michely Inêz Prado De Camargo Libos, Otto Correa Rotunno Filho, Peter Zeilhofer
A modelagem hidrológica tem sido um dos instrumentos de análise disponíveis para auxiliar no gerenciamento de recursos hídricos. A
possibilidade de monitoramento da qualidade da água resultante da lixiviação dos poluentes advindos das atividades agrícolas, denominada poluição difusa, é a hipótese central deste trabalho, que busca identificar e quantificar alterações da qualidade da água na bacia do rio Cuiabá em função da cobertura e uso do solo. Essa bacia foi escolhida por estar localizada no estado de Mato Grosso, que possui uma vocação eminentemente agrícola, localizando-se a montante do complexo Pantanal, constituindo-se em uma importante área para condução de estudos ambientais no Brasil. A bacia do rio Cuiabá possui uma área de drenagem de aproximadamente 29.000 km2.
Nesse contexto, buscou-se desenvolver uma modelagem hidrológica distribuída de longo curso baseada em geoprocessamento através de
sistema de informações geográficas (SIG). Mais especificamente, avalia-se a distribuição espacial dos poluentes nitrogênio total e fósforo total na bacia a partir da integração de dados hidrometeorológicos, de qualidade da água, fisiográficos, de uso e ocupação do solo e imagens do sensor Landsat 7 - ETM+ em ambiente SIG. Os resultados obtidos pela modelagem, quando confrontados com séries históricas de qualidade de água da bacia do rio Cuiabá, apontaram a aceitabilidade da metodologia proposta como indicadora da variabilidade espacial da qualidade média de água.  
 
AntÔnio Pereira MagalhÃes Junior, Oscar De Moraes Cordeiro Netto, Nilo De Oliveira Nascimento
O recente movimento de "modernização" do processo de gestão das águas no Brasil apresenta atualmente o grande desafio da operacionalização da nova base legal e institucional. O desafio envolve a concretização dos princípios de gestão estabelecidos na Lei 9.433/97, dentre os quais a gestão descentralizada e participativa. Para a consecução destas metas, a realidade nacional apresenta certos obstáculos como a carência de dados e informações para a escala de atuação dos Comitês de Bacia Hidrográfica (CBH). É neste sentido que os indicadores compreendem importantes instrumentos de auxílio ao processo decisório na gestão das águas, facilitando a comunicação e a compreensão da realidade. O trabalho apresenta a síntese dos resultados de um painel Delphi aplicado no país, envolvendo os indicadores mais valorizados e as tendências de pensamento quanto aos principais eixos de ação na gestão das águas no país. Na atual fase de transição na consolidação das novas bases de gestão nacionais, os resultados podem sinalizar as prioridades e as lacunas de informações no país. 
 
Jose Antonio Scotti Fontoura, Luiz Emilio Sa Brito De Almeida, Regina Figueiredo Pinto Da Cunha
Este trabalho apresenta as atividades da bacia de ondas do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS) e realiza uma avaliação preliminar das suas condições operacionais visando utiliza-la como modelo costeiro reduzido. São descritos os aspectos construtivos, com apresentação de planta esquemática e especificação dos principais componentes. A metodologia adotada durante os experimentos, a forma de aquisição e registro dos dados, bem como o roteiro completo dos ensaios, são apresentados em detalhe. Os dados adquiridos são utilizados para ajustar duas equações que descrevem o comportamento da bacia e são capazes de representar de forma contínua as relações entre as principais variáveis de interesse: velocidade da corrente longitudinal e intensidade do transporte litorâneo. A velocidade da corrente longitudinal é descrita pela equação de Longuet-Higgins (1970) modificada pelo CERC (1973). A intensidade do transporte
litorâneo é descrita pela equação do CERC (1973). Ambas as equações são ajustadas para as características da bacia de ondas, morfometria e
características do sedimento através de coeficientes de proporcionalidade encontrados por análise de regressão simples. Os resultados obtidos destas equações são comparados com os resultados de oito modelos empíricos disponíveis na literatura. As fortes coincidências encontradas sugerem a consistência dos dados gerados.
As comparações são efetuadas tanto com os resultados individuais de cada modelo como com a média dos valores gerados por estas equações, sendo que os melhores ajustes ocorreram por conta da ultima situação. 
 
José Almir Cirilo, Gustavo Henrique F G De Abreu, Margarida Regueira Da Costa, Alexandre Moreira Baltar, Luiz Gabriel Todt De Azevedo
Este trabalho apresenta os resultados de pesquisa desenvolvida sobre a construção e utilização de barragens subterrâneas no Nordeste
do Brasil, em particular no Estado de Pernambuco, onde há maior incidência desse tipo de obra. A partir da identificação de 500 barragens implantadas, foram selecionadas 151 para uma primeira inspeção, distribuídas espacialmente em áreas com características diferentes e implantadas sob óticas distintas (decisão governamental, pesquisa, ação de ONGs, diferentes níveis de participação da comunidade). Após essa primeira avaliação, foi selecionada uma amostra menor de 50 barragens para levantamento mais detalhado em campo, tanto dos aspectos técnicos como sócioeconômicos.
As causas de sucesso e insucesso, os cuidados a serem tomados e as perspectivas para adoção desse tipo de obra em larga escala são
discutidos neste artigo.  
 
Peter Marshall Fleming, Antônio Celso Dantas Antonino, Rejane MagalhÃes Pimentel, Carlos Alberto Brayner De Oliveira Lira, Gilberto Dias Alves, Jaime Joaquim Da Silva Pereira Cabral
A transpiração da algaroba (Prosopis spp.) foi determinada durante seis dias na estação seca, entre 31/08 e 05/09/2001, estimando
o fluxo de água no interior do xilema hidroativo, utilizando-se a técnica de dissipação térmica. A área de estudo, localizada na Fazenda
São Bento, município de Coxixola-PB (7º 41' S e 36º 38' O), consistiu de bosque cultivado com 53 plantas de algaroba e um estrato herbáceo
dominado por diferentes espécies de gramíneas. Foram selecionados três indivíduos de algaroba, apresentando altura, diâmetro do caule e volume de copa semelhantes. O valor médio do fluxo de seiva diário foi de 3,76 L d -1. A transpiração média diária foi de 0,17 mm d-1, representando 4,4% da evapotranspiração de referência. Os valores de transpiração resultaram de um eficiente controle da abertura e fechamento estomático.  
Palavras-chave: Algaroba; Semi-Árido
 
Cleomacio Miguel Da Silva, Ricardo De Andrade Lima, Romilton Dos Santos Amaral, Wagner EustÁquio, Gustavo Henrique Sousa
A ICRP-60 (1990) enfatizou a necessidade de se efetuar controle sobre as exposições à radiação natural, apoiada no fato de que essas
exposições são responsáveis por cerca de 70% da dose total recebida pelo homem. No caso específico da Região Metropolitana do Recife, caracterizada por alta densidade demográfica e considerando a não existência de avaliações radiométricas nas águas de abastecimento público nesta região, o presente trabalho tem como objetivo determinar as concentrações de urânio e 210Po nos recursos hídricos confrontando-as com os limites estabelecidos
pela Portaria no 36/GM do Ministério da Saúde (1990). Essa Portaria estabeleceu valores de referências de 0,1 Bq/L para radioatividade alfa
total. Se os valores encontrados forem superiores ao citado, fica obrigatória a identificação dos radionuclídeos presentes e as medidas de suas respectivas concentrações. Nesses casos, deverão ser aplicados, para os radionuclídeos encontrados, limites estabelecidos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear, para se concluir sobre a potabilidade da água. Em condições normais de abastecimento de água para a Região Metropolitana do Recife, os recursos superficiais são responsáveis por mais da metade do fornecimento. Entretanto, devido às condições climáticas adversas, como por exemplo, longos períodos de estiagem, que geralmente ocorrem no Nordeste do Brasil, os poços tornam-se fontes importantes de suprimento de água. As condições geológicas da Região Metropolitana do Recife favorecem enormemente o acúmulo de água subterrânea, visto que a formação é de origem sedimentar e muito profunda. Os elevados números de poços de captação de água existentes evidenciam o grande potencial da região. Os recursos hídricos superficiais apresentaram concentrações de
urânio variando de 35,3 a 1146,5 mBq/L e os subterrâneos de 20,2 a 919,5 mBq/L. O conhecimento das concentrações de radionuclídeos em águas é importante, tendo em vista que essas aparecem como um dos principais meios de entrada de radionuclídeos no corpo humano. O 210Po, emissor de partículas alfa, descendente do urânio possuem alta radiotoxicidade química, tempo de meia-vida elevado (138,6 dias), encontra-se bastante difundido na água e tem preferência pelos tecidos moles (rim, baço e fígado); havendo por isto um interesse na determinação analítica desse radionuclídeo. Os recursos hídricos superficiais apresentaram concentrações de 210Po variando
de 22,0 a 57,4 mBq/L e os subterrâneos de 22,0 a 813,0 mBq/L. 
 
Leonardo Nitsch Falaguasta
Neste trabalho são analisadas e ajustadas equações de chuvas intensas generalizadas para os estados de São Paulo e Paraná. Foram usadas as séries pluviográficas anuais de 49 postos de chuva para a obtenção dos parâmetros a1, b e c, através de processo de otimização, a serem utilizados nos métodos Chen (1983) e Chen (1983) modificado por Hernandez (1991) denominados respectivamente CHEN NOVO e CHEN ADAPTADO NOVO, devido aos novos parâmetros. As curvas dos parâmetros a1, b e c foram traçadas a partir do reagrupamento dos valores iniciais de h1 T / h24Tcom a obtenção de 16 novos valores desta relação. Além dos dois métodos já citados também foram estudados os métodos de Bell (1969) e suas adaptações feitas por Uehara et al. (1980) para o Estado de São Paulo e Brasil, denominados respectivamente BELL ADAPTADO SP e BELL ADAPTADO BR. Foi feito um estudo dos desvios entre as alturas de chuva calculadas com os métodos e as observadas e constatou-se que de maneira geral, ou seja, levando em conta todas as durações estudadas o método CHEN NOVO apresentou o melhor desempenho. 
 
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ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos