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Francisco Martins Fadiga Junior, JoÃo Eduardo GonÇalves Lopes, José Rodolfo Scarati Martins, Mario Thadeu Leme De Barros, Raquel Chinaglia Pereira Dos Santos
Este artigo apresenta a síntese dos estudos elaborados visando à aplicação e análise de desempenho de modelos de previsão de vazões naturais afluentes à UHE Itaipu. Para tanto, foram abordadas duas linhas distintas de modelação matemática: a modelação hidrológica e a modelação estocástica linear. É também avaliada a abordagem de composição, na qual o resultado final do modelo de previsão é obtido a partir de uma combinação linear dos resultados individuais fornecidos pelas metodologias supracitadas. Os modelos de previsão de vazões consideram a disponibilidade de informações hidrometeorológicas na bacia analisada, em particular das previsões de precipitação fornecidas pelo modelo meteorológico regional ETA, operado pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE). Os bons resultados obtidos com o emprego desses modelos mostram sua aplicabilidade para a previsão de vazões naturais na bacia incremental de Itaipu. 
 
Cacilda Nascimento De Carvalho, Cristiane Nunes Francisco
O objetivo deste trabalho é apresentar metodologia criada para avaliar a sustentabilidade hídrica de municípios abastecidos por Pequenas Bacias Hidrográficas (PBH)s. Angra dos Reis, estudo de caso, apresenta cerca de 120mil habitantes, com aumento de 40% da população nos picos turísticos, taxa de crescimento de 3% a.a, e 80% do território coberto por Mata Atlântica. O abastecimento urbano, feito através de PBHs, é o principal uso das águas continentais. O município foi
escolhido por representar as pequenas unidades administrativas do Domínio Tropical Atlântico que, por suas características fisiográficas, tem abastecimento hídrico autônomo, independente dos grandes sistemas que abastecem cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba. A sustentabilidade hídrica foi avaliada através do cotejo de quatro indicadores: (1) quantidade hídrica disponível, calculada
através de regionalização hidrológica; (2) demanda hídrica, estimada por dados demográficos e sócio-econômicos; (3) qualidade hídrica dos corpos d-água, definida pela associação entre níveis de eficiência de tratamento do esgoto na eliminação da DBO, e limites de classes de uso do CONAMA; e (4) limites de ocupação das áreas urbanizáveis, avaliados pela aplicação de taxas de densidade demográfica censitárias e interpretação de leis pertinentes, tais como o Plano Diretor municipal. Através de um Sistema de Informações Geográficas, essas variáveis, expressas em número de habitantes, foram representadas espacialmente, permitindo a classificação das regiões hidrográficas segundo esses indicadores. O resultado permite a modelagem de cenários de uso das águas e do solo, facilitando os processos de tomada de decisão, tais como outorga pelo uso da água e elaboração dos planos de recursos hídricos. 
 
Abelardo Antônio De Assunção Montenegro, Silva Junior, Suzana Maria Gico Lima Montenegro, Thais Emanuelle Monteiro Dos Santos, Valdemir De Paula
Considerando a baixa disponibilidade de recursos hídricos da região semi-árida, e a deficiência de manejo hidroagrícola nesta região, objetivou-se avaliar o desempenho de técnicas de conservação de água e solo em bacia representativa do semi-árido de Pernambuco. O estudo foi desenvolvido na Bacia do Riacho Mimoso, onde se estimaram as perdas de solo, água e de carbono orgânico no sedimento transportado, considerando-se duas intensidades de chuva simulada, 60 e 120 mm h-1, com duração de 80 minutos. O experimento foi conduzido em um Neossolo Flúvico, com declividade de 0,061 m m-1.
Os tratamentos, estabelecidos em parcelas de erosão com dimensões de 3 x 1m, foram: feijão cultivado em nível (N) associado
a fileiras de pedra entre as fileiras do feijão; feijão cultivado morro abaixo (MA); feijão cultivado em nível, com cobertura morta (CM), tendo sido utilizada palha de feijão; solo descoberto (D), e solo com cobertura vegetal nativa (caatinga) (CN). A cultura do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) estava na fase inicial de crescimento, a qual representa uma fase crítica, em termos de índice de cobertura foliar do solo. Os resultados demonstraram que a condição de cobertura natural foi a que ofereceu a maior proteção ao solo, associada a uma perda de solo, de 4,01 x 10-3 kg m-2 e de 6,8 x 10-2 kg m-2, para as Intensidades de 60 e 120 mm h-1, respectivamente; sendo a cobertura morta a que mais se aproximou desta condição. O aumento da
intensidade de precipitação aplicada resultou no aumento das perdas de solo e água, com maiores perdas na seguinte ordem: solo descoberto, morro abaixo e em nível. As perdas de carbono orgânico foram significativamente maiores para as condições de manejo não conservacionista do solo. 
 
Akemi Kan, Nelson Luis Da Costa Dias
Este trabalho tem por objetivo realizar uma reavaliação das séries de dados de evaporação e evapotranspiração no reservatório de Foz do Areia pelo maior período possível permitido pela disponibilidade atual de dados hidrológicos e meteorológicos. Para as estimativas de evapotranspiração, foram comparados o método do balanço hídrico sazonal, o modelo hidrometeorológico de evapotranspiração HEM, e o modelo CRAE. Para as estimativas de evaporação em lago, foram utilizados o método do balanço de energia e o modelo CRLE. Os resultados de evaporação líquida obtidos por (a) Balanço de Energia e
HEM e (b) CRLE/CRAE são bastante diferentes. A estimativa (a) de evaporação líquida corresponde a -378 mm médios anuais no período 1982-2004, enquanto que a estimativa (b) é de +165 mm. 
 
Edmilson Costa Teixeira, Fabio A. Fajardo Molinares, Valderio Anselmo Reisen
Na maioria dos estudos de séries temporais de dados hidrológicos, a informação da existência de observações
atípicas (outliers) não é considerada como parte integrante da modelagem dos dados. A consideração dos dados atípicos nos
processos de modelagem estocástica tem como objetivo melhorar a eficiência do modelo ajustado e proporcionar uma maior
confiabilidade em seus resultados. Por isso, usa-se neste artigo ferramental teórico na modelagem de séries temporais sazonais
com outliers, tendo como estudo de caso a vazão máxima do Rio Jucu, entre os dois principais mananciais responsáveis pelo
abastecimento da Grande Vitória, estado do Espírito Santo. Os resultados mostram que o modelo SARIMA (Auto-Regressivo
Integrado e de Médias Móveis Sazonal), considerando a informação da presença de outliers, representou melhor a dinâmica
da série em estudo, ao prever o ciclo anual de picos máximos de vazão com uma redução de 46% no Erro Quadrático Médio
(EQM) de previsão para 1-passo à frente. 
 
Clarissa Lobato Da Costa, Denilson Da Silva Bezerra, Jose Amaro Nogueira, Jose De Ribamar Rodrigues Pereira, Milton GonÇalves Da Silva Junior
Agricultura, extração vegetal e pesca são atividades de subsistência e econômicas de maior importância na Bacia do Munim, que tem área estimada em 15.926,94 Km2 e abrange 26 municípios. A devastação da vegetação ciliar tem ocasionado diversos problemas como assoreamento dos rios e diminuição da biodiversidade. Considerando a realização das atividades sem o devido manejo, surgiu o Programa União pelas Águas, tendo como principais parceiros a Universidade Federal do Maranhão, através do Curso de Ciências Aquáticas e o PROÁGUA/MA. O objetivo do programa é qualificar a comunidade,
gestores públicos e usuários da água inseridos nas Bacias Hidrográficas do Maranhão para utilizar os recursos hídricos de forma sustentável e contribuir na organização de futuros comitês de bacias; outro objetivo que pode ser indicado é a necessidade de -homogeneizar- os mais variados interesses dos municípios em relação ao potencial hídrico da bacia foco do presente estudo, para que dessa forma, impactos negativos e conflitos sejam mitigados que compõem a bacia do Munim e que participaram do evento. Na etapa I, o trabalho foi desenvolvido com 50 pessoas de sete municípios integrantes da Bacia do Munim em um evento que constou de palestras sobre a importância do conceito de bacia hidrográfica, os recursos vegetais utilizados na região e a questão da cidadania na utilização dos recursos hídricos. Como resultado, os participantes elaboraram cartazes, poesias e textos sobre os temas discutidos. O produto está compilado em uma cartilha já disponibilizada ao público para ser utilizada em futuros trabalhos que envolvam as questões de gestão ambiental, cidadania e organização. 
 
Raquel Maldaner Paranhos, João Batista Dias De Paiva
A erosão dos solos, por via hídrica, e conseqüentemente a produção de sedimentos tem sido objeto de preocupação crescente em todas as situações relativas a gestão do uso do solo e da água. O objetivo principal deste trabalho é analisar a metodologia de propagação de Williams (1975) associada ao modelo chuva vazão IPH II aplicada à bacia hidrográfica Menino Deus II localizada em Santa Maria - RS. A aplicação desta metodologia objetiva à determinação do coeficiente de propagação de sedimentos B, para a bacia em estudo. Para tanto se determinou a curva chave de vazão e de sedimentos da bacia em estudo. Realizando-se o monitoramento traçou-se as curvas chaves de sedimentos, obtendo-se relações consideradas satisfatórias para estas curvas, sendo o coeficiente de regressão de 99.8% para os dados médios do amostrador ANA, 98.9% para os dados médios do amostrador AND e para o amostrador AMS1 na subida 94% e na descida 85.7%, possibilitando a estimativa da vazão sólida de sedimentos. A metodologia de propagação de Williams (1975) se adaptou bem a bacia em estudo. Encontrou-se uma relação entre o volume de escoamento x vazão de pico e o coeficiente de propagação B, o que permite que para um evento qualquer se obtenha o coeficiente. Aplicando-se esta equação a outros eventos obteve-se bons resultados, com um coeficiente de correlação entre a produção medida e a calculada de 92%. Isto indica que a equação fornece resultados satisfatórios na obtenção do coeficiente de propagação B para a bacia hidrográfica Menino Deus II. 
 
José Almir Cirilo, Marcia Maria Guedes Alcoforado De Moraes, Ximing Cai, Yony Sampaio
O modelo econômico-hidrológico integrado para apoio à gestão de recursos hídricos apresentado neste artigo integra grande número de relações físicas, econômicas, institucionais e agronômicas. O objetivo é subsidiar decisões sobre a alocação ótima de água entre os usos alternativos e a utilização de vinhoto para fertirrigar as áreas plantadas de cana. A aplicação é feita para a bacia do rio Pirapama, Estado de Pernambuco. O modelo obtido envolve grau de não-linearidade significativo e inclui mais de 10.000 variáveis e restrições, podendo ser classificado dentro da categoria de sistemas não-lineares grandes e complexos. O sistema formulado tem múltiplos objetivos: sociais, econômicos, ambientais e a alocação da água é condicionada pelo balanço hídrico e pelas restrições de qualidade. A plataforma descrita tem o propósito de servir como ferramenta de auxílio na avaliação de políticas de água e como sistema de apoio a decisão para a alocação desse recurso. 
 
Francisco Rossarolla Forgiarini, Geraldo Lopes Da Silveira, Jussara Cabral Cruz
Este artigo faz uma aplicação e validação da estratégia metodológica adaptada à bacia do rio Santa Maria apresentada no artigo anterior, intitulado -Modelagem da Cobrança pelo uso da Água Bruta na Bacia do Rio Santa Maria/ RS: I - Estratégia Metodológica e Adaptação à Bacia-. Além disso, foi realizada uma comparação do modelo sugerido com modelos das bacias CEIVAP e PCJ, bacias brasileiras de rios de domínio da União onde a cobrança já foi implementada.. A aplicabilidade do modelo foi avaliada a partir da realização de simulações de cobrança. Para tanto, foram definidos: (i) investimentos a serem simulados; (ii) características das simulações; (iii) impacto econômico da cobrança. As simulações resultaram em valores médios de cobrança variando de R$ 0,007757/m³ até R$ 0,012088/m³. Na bacia de estudo, um cenário de investimento na ordem de R$ 10 milhões ao ano são viáveis de serem financiados pela cobrança e a análise de impacto econômico indicou que os setores mais sensíveis à cobrança são a agricultura e o abastecimento rural. Diferentemente dos modelos CEIVAP e PCJ, o modelo proposto determina a cobrança por diluição de acordo com o volume utilizado para diluir a carga de DBO. Este princípio garante a sustentabilidade do corpo hídrico, o cumprimento das metas ambientais definidas no processo de enquadramento dos recursos hídricos da bacia e proporciona uma cobrança maior do uso de diluição, induzindo o reuso da água e o tratamento dos efluentes. A experiência deste trabalho trouxe a certeza de que, no início do processo de implementação da cobrança no Brasil, o objetivo principal será arrecadar recursos financeiros para obter soluções para os principais problemas dos recursos hídricos das bacias. Entretanto, não se pode perder de vista a indução ao uso racional e a maneira de realizar a arrecadação deve ser baseada em variáveis ou critérios de justiça, eficiência e sustentabilidade ambiental e não serem pautadas apenas por decisões políticas ou critérios sociais. 
 
Jussara Cabral Cruz, Carlos Eduardo Morelli Tucci
O gerenciamento sustentável dos recursos hídricos pressupõe a regulação do uso das águas mediante o conhecimento da oferta hídrica da bacia hidrográfica e do balanço do mesmo frente às demandas de uso e de conservação ambiental. Considerando a variação temporal e espacial das vazões dos rios, juntamente com a demanda, a estimativa adequada da disponibilidade hídrica é fundamental para a eficaz implantação dos instrumentos de gestão, destacadamente a outorga. A disponibilidade hídrica ou a vazão num rio depende da variabilidade temporal expressa por várias funções hidrológicas. A curva de permanência é uma função que caracteriza a freqüência da oferta das vazões, o que permite avaliar a disponibilidade frente às demandas de um rio. Este artigo avalia dois critérios utilizados para estimativa da curva de permanência e mostra a diferença nos resultados referentes à estimativa de disponibilidade em treze estações fluviométicas no Rio Grande do Sul. Pelas diferenças de estimativas entre os métodos estudados da -série toda- e o do -ano a ano- os resultados mostram que o primeiro - com mais freqüência utilizado para as estimativas de vazões - pode não ser o mais adequado à instrução de processos de outorga, pois considera como referência o limite inferior do valor esperado da vazão de referência adotada. 
 
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ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos