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João Filomeno Barros, João Batista Almeida, Carla Maria Salgado Vidal Silva, JosuÉ Mendes Filho, Bruno Alves De Mesquita, Maria MarlÚcia Freitas Santiago, Horst Frischkorn
Os isótopos ambientais oxigênio-18 e deutério foram utilizados como ferramenta na identificação de interação água subterrânea/água superficial na Bacia Hidrográfica do Rio da Prata - Maranhão. Foram georreferenciados 19 pontos, 02 na barragem do rio da Prata, 02 nascentes e 14 poços tubulares e uma cacimba, para coleta de amostras no período seco e no período chuvoso e medida da condutividade elétrica e análise isotópica; também foram coletadas e analisadas isotopicamente águas de chuva da bacia hidrográfica. Os resultados mostram que nas nascentes, na barragem e em 07 poços CE < 100 µS/cm, em 04 poços na faixa de 110 a 137 µS/cm e em 04 de 203 a 400 µS/cm. As medidas isotópicas distinguem as águas da barragem que apresentam os maiores valores por efeito da evaporação, com -18O de -3,55 a -3,01- e -D de -16,7 a -15,4-, que as águas subterrâneas, com faixas de -18O de -6,90 a -3,45- e -D de -39,6 a -17,0-. Devido o forte -efeito de quantidade- nas chuvas anuais bastante variáveis, a origem da recarga dos aquíferos na bacia e vizinhança pode ser identificada. 
 
Renato Beppler Spohr, Adão Leonel Mello Corcini, Jardel Pellegrin, Jeferson Borssa Bonfanti, Mauricio Frigo Dal Soto, Tailan Cardoso
Simuladores de chuvas são equipamentos que permitem simular as condições típicas de chuvas naturais e para serem validados, devem produzir gotas de diâmetro médio similar àquelas da chuva natural, apresentar velocidade de impacto das gotas no solo o mais próximo possível da velocidade terminal das gotas de chuva, produzir precipitações com energia cinética próxima à da chuva natural e promover distribuição uniforme da precipitação sobre a parcela experimental em estudo. O objetivo deste trabalho é desenvolver, construir, calibrar e testar um pequeno simulador portátil de chuva. O simulador controla a intensidade de chuva por uma válvula solenoide acionada por um temporizador digital cíclico. A relação entre o tempo de abertura e fechamento da válvula solenoide permitiu simular chuvas que variaram de 63 a 106 mm/h. Os coeficientes de uniformidade de Christiansen, Estatístico e Distribuição obtidos nos testes do simulador de chuvas foram considerados adequados e indicam haver uma boa uniformidade de distribuição das gotas produzidas. Observou-se uma relação muito próxima entre a energia cinética da gota da chuva produzida pelo simulador e a chuva natural. Dessa forma, o simulador de chuvas desenvolvido atende os requisitos técnicos estabelecido na literatura podendo ser utilizado em diversos trabalhos nas ciências agrárias e ambientais. 
 
Carla Cristina Bem, Janet Higuti, Júlio César Rodrigues De Azevedo
Este estudo teve como objetivo avaliar a qualidade da água e o uso de macroinvertebrados bentônicos como ferramenta auxiliar para a gestão de recursos hídricos tendo como área de estudo a Bacia do Rio Iguaçu. Ao longo do rio Iguaçu foram amostrados dezesseis pontos, contemplando sua nascente até a foz. A amostragem do sedimento foi realizada com uma draga de Petersen modificada, os organismos foram triados e fixados com álcool 70%. Os resultados evidenciaram uma baixa riqueza taxonômica (nove táxons), sendo os grupos Chironomidae e Oligochaeta os mais frequentes durante o monitoramento. Devido a baixa riqueza de táxons a partir de grandes grupos não foi possível fazer inferências em relação a qualidade da água. Por outro lado, a identificação dos gêneros de Chironomidae, corroborou com os resultados dos parâmetros abióticos da qualidade da água. Nos pontos poluídos foram observados somente os gêneros Chironomus e Polypedilum, contudo, uma melhora da qualidade da água foi observada ao longo do rio Iguaçu através da alteração dos gêneros de Chironomidae (por exemplo, Orthocladiinae) e o aumento de riqueza. A avaliação dos macroinvertebrados bentônicos permitiu verificar a variação temporal da qualidade da água, resultado que possui grande significado para a gestão de recursos hídricos, devido a periodicidade das amostragens e consequente falta de dados que expliquem variações não identificadas por amostragens pontuais. 
 
Rogério Oliveira De Melo, Abelardo Antônio De Assunção Montenegro
Este trabalho teve como objetivo avaliar o comportamento temporal da umidade do solo em uma bacia hidrográfica experimental localizada no município de Pesqueira, região do semiárido Pernambucano. Os registros de umidade foram obtidos utilizando uma sonda de nêutrons, nas profundidades 0,0 - 0,2 m e 0,2 - 0,4 m, entre outubro de 2010 e dezembro de 2011. O monitoramento foi realizado em 18 pontos dabacia, distribuídos em locais de Caatinga Natural e áreas de Pasto na condição de sequeiro, em diferentes unidades de solo separados em ao ponto médio da bacia, considerando seu comprimento axial, compondo quatro tratamentos descritos por Caatinga Natural a Montante - CNM e a Jusante - CNJ e Pasto a Montante - PM e a Jusante - PJ. Os dados foram submetidos à análise estatística descritiva. Foi possível verificar que áreas localizadas no Argissolo Amarelo (CNM e PM) apresentam valores de umidade maiores em função da sua maior capacidade de retenção. Porém, os tratamentos CNJ e PJ, situados em solos do tipo Neossolo Regolítico e Litólico, apresentam maiores incrementos de umidade por ocorrência dos eventos de chuva. Observa-se ainda uma elevada variabilidade temporal da umidade, pouco influenciada pelos diferentes tratamentos, sendo a variabilidade entre os valores médios da umidade do solo para as condições avaliadas, menor durante o período das chuvas, bem como na profundidade 0,2 - 0,4m.
Palavras Chave: Variabilidade da Umidade. Sonda de Nêutrons. Caatinga 
 
Karoline Tenorio, Wilson Dos Santos Fernandes
A análise de frequência de dados hidrológicos ou climatológicos tem sido a principal ferramenta utilizada por engenheiros para a estimativa do risco de falhas nas obras civis. Uma das etapas necessárias para a análise de frequência consiste na escolha de um modelo probabilístico para estimar vazões para determinados tempos de retorno com base em dados observados. No entanto, essa etapa tem sido realizada de maneira subjetiva no Brasil, o que pode comprometer o uso desse método. No presente trabalho, diversos modelos probabilísticos foram avaliados com o intuito de indicar os que melhor se adaptam aos dados fluviométricos brasileiros, tendo em vista fomentar a discussão acerca da padronização dos métodos utilizados na análise de frequência no Brasil. Os dados utilizados foram coletados automaticamente a partir do Web Service da Agência Nacional de Águas (ANA). A adequação das 1943 amostras foi garantida através da aplicação de critérios para eliminar estações com um número grande de dados faltosos e dos testes de Mann-Whitney, Spearman e Pettit, para testar a homogeneidade, a estacionariedade e a presença de saltos, respectivamente. Para a avaliação dos modelos probabilísticos mais adequados aos dados brasileiros foram utilizados os critérios de informação de Akaike (AIC), e Bayesiano (BIC) e um critério baseado no teste de aderência de Anderson Darling (ADC), o diagrama de quocientes de momentos-L, o método de Beard e o software SEAF. Os resultados obtidos com a aplicação de tais procedimentos mostram que as distribuições de probabilidades mais adequadas para os dados brasileiros são as distribuições log-normal de dois e três parâmetros e que a única distribuição, entre as testadas, que não mostrou-se adequada aos dados brasileiros foi a generalizada de Pareto. 
 
Gabriel Cavelhão, Helen Simone Chiaranda Lazzarin, Henry Xavier Corseuil
O sequestro geológico de carbono tem se mostrado uma importante alternativa para a redução das emissões atmosféricas de CO2. No entanto, potenciais vazamentos, provenientes da formação armazenadora, podem atingir aquíferos e comprometer sua qualidade. O desenvolvimento de técnicas para detecção de vazamentos pode auxiliar na agilidade de adoção de medidas mitigadoras. O uso de variáveis hidrogeoquímicas como indicadoras de exsudações pode ser uma técnica viável pelo fato de a água subterrânea poder sofrer variações expressivas em alguns parâmetros hidrogeoquímicos em fases muito iniciais de seu contato com o CO2. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar variáveis hidrogeoquímicas da água subterrânea que podem servir de indicadoras da interação entre CO2 e aquífero de reatividade limitada para detecção de vazamentos provenientes de sequestro geológico. Para isso, foi realizada uma simulação, em campo, de vazamento de um sítio de armazenamento geológico de CO2, por meio da injeção controlada de CO2 diretamente na porção saturada de um aquífero de reatividade limitada. O monitoramento da água subterrânea foi realizado por meio de poços multinível e análises físico-químicas. Os resultados mostraram que as variações no pH podem ser indicadoras de vazamentos de CO2 provenientes de sequestro geológico em aquíferos de reatividade limitada e podem ser utilizadas em programas de Medição, Monitoramento e Verificação (MMV) de CO2 sequestrado geologicamente. 
 
Karina Pinheiro Dos Santos, Katia Kopp, Wellington Nunes De Oliveira
O monitoramento ambiental em bacias hidrográficas depende de diagnósticos ambientais confiáveis para o melhor gerenciamento dos recursos naturais. Assim, este estudo teve o objetivo de realizar o diagnóstico ambiental da Bacia Hidrográfica do Ribeirão Sozinha, relacionando e identificando os principais impactos na bacia hidrográfica e nos cursos d-água pela aplicação de uma matriz de impacto ambiental e de um protocolo de avaliação rápida. Este estudo também buscou identificar e avaliar os principais usos e ocupações do solo que poderiam causar impactos nos recursos hídricos, por meio da utilização de geotecnologias, além de avaliar o emprego conjunto desses três métodos no estudo da bacia hidrográfica selecionada. Com o protocolo, foi observado que 33,3% dos trechos se enquadraram em -naturais- e 66,7% em -alterados- ou -impactados-; já a aplicação da matriz indicou que a maioria dos trechos sofre impactos de -grande- ou -média- intensidade. O mapa de uso do solo evidenciou que as atividades antrópicas predominantes nesta bacia são a agricultura e a pecuária e que a maioria dos impactos nos recursos hídricos e na bacia tem relação com estas atividades. Pode-se afirmar que há uma complementariedade entre as metodologias utilizadas e, apesar da necessidade de adequações, a utilização conjunta pode ser uma opção viável para o monitoramento ambiental. 
 
Fernando Mainardi Fan, Adalberto Meller, Walter Collischonn
Uma das principais etapas da previsão de vazão utilizando modelagem hidrológica é a assimilação de dados para corrigir as variáveis de estado do modelo hidrológico e tornar a condição inicial da previsão a mais próxima possível da realidade observada. Uma forma de realizar assimilação de dados é a utilização de métodos empíricos, que utilizam os dados observados para corrigir diretamente as variáveis do modelo hidrológico. Um exemplo de modelo que utiliza este tipo de técnica empírica é o MGB-IPH, recentemente muito utilizado para previsão de vazões em estudos de caso brasileiros. Contudo, nesta forma de assimilação podem ocorrer problemas quando os dados telemétricos observados apresentam descompassos sobre o volume total de água existente na bacia, o que pode se refletir em perda de qualidade nas previsões. Desta forma, no presente trabalho é apresentada uma pesquisa de investigação sobre a incorporação do uso de filtros de vazão de base para controlar a assimilação de dados empírica em modelos hidrológicos, usando como estudo de caso a técnica utilizada no modelo MGB-IPH. Partiu-se da hipótese de que é possível aprimorar a representação da recessão dos hidrogramas de uma previsão de vazão ao incorporar um controle melhorado da quantidade de água que contribui para o fluxo de base em um local, a partir do uso de filtros digitais de separação de escoamento. Para testar a hipótese foram realizados ensaios de previsões por conjunto retroativas na bacia do Rio São Francisco, na região da UHE Três Marias, para os três períodos chuvosos entre 2010 e 2013. Visualmente os resultados das previsões por conjunto mostram que o problema observado na assimilação de dados foi removido com a utilização do filtro de vazão de base. Este benefício é verificado através de uma melhoria em quatro medidas de desempenho calculadas, onde a maioria dos resultados apontou para melhoras nas previsões. Como conclusão, tem-se que a técnica testada possibilita um melhor desempenho na previsão de vazões utilizando o modelo MGB-IPH, e que o uso de filtros numéricos na assimilação de dados apresenta-se como promissor para outras aplicações similares de assimilação de dados. 
 
Manuel Jose Mahunguana, Juan Martin Bravo
Os custos econômicos e perdas potenciais de vidas humanas resultantes de falhas em sistemas de drenagem de águas pluviais podem ser enormes, aumentando a importância da procura de melhores métodos de dimensionamento destes, sendo a estimativa do hidrograma de projeto parte essencial do dimensionamento. O método de precipitação de projeto é um dos mais usados para a estimativa do hidrograma de projeto com base nos dados de precipitação em bacias urbanas, entretanto, este método tem suas limitações e incertezas que podem influenciar as características do hidrograma de projeto resultante, incertezas que são, em consequência, transferidas ao dimensionamento hidráulico das obras propostas. No presente trabalho são avaliados os efeitos da discretização espacial da bacia, da discretização temporal e posição do pico do hietograma de projeto, nas principais características do hidrograma de projeto resultante, utilizando a modelagem hidrológica-hidrodinâmica através dos modelos IPHS1 e SWMM 5.0. O impacto do valor adotado nesses critérios de projeto é ainda avaliado no dimensionamento hidráulico do sistema de macrodrenagem dos bairros suburbanos de Mavalane -A- e Maxaquene -A-, localizados na cidade de Maputo em Moçambique. Os resultados obtidos mostram uma influência importante nas características do hidrograma de projeto: vazão de pico, tempo de pico e volume parcial e, consequentemente, no dimensionamento da rede de macrodrenagem, sendo o efeito da discretização espacial da bacia o mais influente, seguido dos efeitos da posição do pico da chuva e intervalo de tempo. 
 
Zuri Bao Pessoa, Andrea Sousa Fontes, Yvonilde Dantas Pinto Medeiros
De acordo com a Lei Federal 9.433, de janeiro de 1977, em situações de escassez, o uso prioritário da água é o consumo humano e a dessedentação de animais. A Resolução CONAMA 357/05 estabelece que a qualidade da água destinada a esse uso deve possuir padrões que atendam aos requisitos da classe 03, quando se tratar de águas doces, ou da classe 01, quando se tratar de águas salobras. Observa-se, porém, que com relação a determinados parâmetros, a Resolução CONAMA 357/05 é mais restritiva que a Portaria 2914/11 do Ministério da Saúde, que estabelece o padrão de potabilidade da água. Considerando-se a situação de recorrente escassez hídrica na região semiárida, essa discussão torna-se relevante, sendo necessário reavaliar o critério de enquadramento de corpos hídricos nesta região, com especial atenção ao uso da água para abastecimento humano. Visando contribuir para esta discussão, esse trabalho tem como objetivo avaliar a necessidade de aprimoramento da Resolução CONAMA 357/05 no que se refere à destinação da água para abastecimento humano, utilizando-se como caso de estudo o baixo trecho do rio Salitre, localizada na região semiárida do estado da Bahia. Diferentes ações de saneamento básico foram avaliadas em função da efetividade no alcance da condição de qualidade da água adequada para o consumo humano considerando a Resolução CONAMA 357/05, isoladamente e em conjunto com a Portaria MS 2914/11. Os resultados das avaliações demostram que a implementação de ações do tipo descentralizada, sem lançamento em corpo hídrico, assim como as ações centralizadas -lagoas de estabilização- e -UASB+lagoa de polimento-, resultam na redução da carga poluidora afluente a ponto de tornar a água do rio Salitre passível de destinação ao consumo humano, após o devido tratamento, em todo o trecho avaliado, quando considerados os padrões da Resolução CONAMA 357/05 e da Portaria MS 2.914/11, em conjunto. 
 
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ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos