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Leopoldo Uberto Ribeiro Junior, Antonio Carlos Zuffo, Benedito Claudio Da Silva
O possível impacto das mudanças climáticas sobre os usos múltiplos que envolvem a UHE de Furnas foi um dos objetivos deste trabalho, sendo apresentado uma abordagem metodológica para mitigação destes conflitos. A primeira etapa foi realizar análise de tendência temporal das variáveis hidrológicas, sendo identificadas tendências de aumento significativas em alguns postos pluviométricos, não refletidas nos dados fluviométricos na bacia de estudo. Para representação do clima futuro, foi utilizado o modelo hidrológico (MGB-IPH), alimentado pelo modelo global HadCM3 e regional Eta por meio do cenário A1B do IPCC. Caso os cenários de mudanças do climas se verifiquem, o reservatório pode esvaziar-se intensamente; contudo pelo aprimoramento de uma metodologia que considera a fixação da duração e frequência de transgressão de níveis, os conflitos pelo uso da água podem ser minimizados, sem prejuízos a geração de energia. 
 
Cássia Juliana Fernandes Torres, Yvonilde Dantas Pinto Medeiros, Ilce Marília Dantas Pinto De Freitas
De acordo com a Resolução do Conselho Nacional de Recursos Hídrico 91/2008, a aprovação do programa de efetivação do enquadramento dos corpos d-água deve ser realizada através de um processo decisório, com a participação do Comitê de Bacia Hidrográfica (CBH). Porém, processos decisórios que envolvem múltiplos atores sociais são suscetíveis a falhas que podem gerar desconfianças entre os membros e falta de compromisso com as decisões aprovadas. Algumas dessas falhas referem-se à ausência de informação, de transparência e desconhecimento do objeto da decisão. Nesse contexto, a utilização de ferramentas tecnológicas para ampliar a participação social vem crescendo consideravelmente. Dentre essas, pode-se citar as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Este artigo apresenta um estudo sobre a utilização de TIC com o objetivo de auxiliar membros de comitês de bacia hidrográfica na tomada de decisão sobre o conjunto de ações para efetivação do enquadramento dos corpos d-água, utilizando como área de estudo a Bacia Hidrográfica do Rio Salitre. Para auxiliar a decisão na seleção do conjunto de ações efetivas foi utilizado o método de análise multicritério Analytic Hierarchy Process (AHP), para a qual foi realizado, dentro da plataforma livre do -facebook-, um curso de Ensino à Distância (EAD). A análise dos resultados demonstrou que as discussões entre os membros de um CBH podem se estender para além das reuniões plenárias, que ocorrem com pouca frequência durante o ano, através da ampliação da comunicação online e da criação de fóruns abertos por meio de sites e redes sociais. A aplicação das TIC apresentou algumas vantagens em relação ao processo decisório no âmbito dos CBH-s: como maior tempo para discussões e obtenção de consensos; aumento do acesso e intercâmbio de informações e experiências; transferência de informação técnica com maior clareza; e solução de problemas como a falta de mobilidade dos membros dos CBH-s. 
 
MaurÍcio Bergamini Scheer, Alexandre Moreno Lisboa, Tamires Marcela Burda
A eutrofização de corpos d-água tem causado desiquilíbrios ambientais, alterando dinâmicas populacionais, como o crescimento excessivo de macrófitas aquáticas. Havendo necessidade de controle dessas comunidades, os métodos mecânicos são os mais empregados. O presente trabalho teve o objetivo de avaliar o rendimento operacional conjunto e individual, de um barco removedor e de uma escavadeira hidráulica de braço longo, na retirada de plantas aquáticas flutuantes (e seus conteúdos de Nt e Pt) do Reservatório Piraquara II (Piraquara - PR). Os tempos gastos em 100 ciclos operacionais, no trabalho conjunto dos equipamentos (carregamento, transporte e descarregamento de caminhões), entre outras atividades complementares, foram medidos por cronometragem. A escavadeira hidráulica de braço longo apresentou rendimentos satisfatórios na retirada de macrófitas aquáticas do corpo hídrico, quando comparados com outros trabalhos reportados na literatura. No entanto, o apoio do referido barco aumentou consideravelmente o rendimento (ordem de 115%). O rendimento médio foi de 35,57 ± 0,27 m3/h ou 284,67 m3/dia. Aplicando-se relações de área, massa e volume para o caso avaliado, isto equivale a 3273,7 m2/dia (considerando 11,5 m2/m3) ou a 142,28 t úmidas/dia (considerando a densidade úmida do material = 0,5 ± 0,08; n = 30). Foi constatado que, para situações similares, ambos os equipamentos são recomendados para o controle de infestações de plantas aquáticas em corpos hídricos. 
 
João Rafael Bergamaschi Tercini, Arisvaldo Vieira Mello Júnior
Um modelo de simulação de OD e DBO, combinando rios e reservatórios, foi desenvolvido no aplicativo Microsoft Office Excel e aplicado no rio Tietê, trecho entre Pirapora do Bom Jesus e Salto, conhecido por ser poluído devido ao recebimento do aporte de carga orgânica remanescente da Região Metropolitana de São Paulo. Na calibração utilizaram-se dados monitorados e ferramentas de otimização. Foram simulados 12 cenários caracterizados pela combinação das seguintes variáveis: vazão descarregada (700, 411 e 130 m³/s), nível do reservatório (691 e 688 m) e concentração de DBO afluente ao reservatório de Pirapora (37 e 56 mgO2/L). A análise destes cenários permitiu avaliar os possíveis impactos da operação do reservatório na qualidade da água do rio Tietê a jusante deste barramento. Os resultados indicaram que a qualidade da água afluente ao reservatório sobressai perante os aspectos operacionais do mesmo. Diminuir o aporte dessa carga orgânica remete a um planejamento de longo prazo. Uma alternativa de curto prazo para minimizar os impactos é operar o reservatório com descarga baixa (130 m³/s), mantendo o nível normal (691 m). Desta maneira, quando a concentração de DBO afluente é alta (56 mgO2/L), o trecho entre Pirapora do Bom Jesus e Cabreúva fica anóxico e a região de Salto apresenta concentrações de OD e DBO de 3 e 20 mgO2/L, respectivamente. Quando é normal (37mg/L), não é encontrada condições de anaerobiose em todo o trecho simulado e a região de Salto apresenta concentrações de 6 mgO2/L e DBO igual a 17 mgO2/L. 
 
Marco Alésio Figueiredo Pereira, Gabriel Fernando Narváez Campo, Masato Kobiyama, Nilza Maria Dos Reis Castro
O Hidrograma Unitário Instantâneo Geomorfológico (GIUH) é gerado a partir de dois componentes, um em relação à geomorfologia da bacia hidrográfica e outro em relação às condições hidráulicas de movimento da gota d-água ao longo do canal. A partir desta constatação o objetivo deste trabalho é determinar a relação entre velocidade média no fluxo dos canais (v) e comprimento de canais para cada bacia, utilizando valores de velocidade medidos em campo e precipitação efetiva de sete eventos, distintos, gerando GIUH calibrados. Com os valores de velocidade calibrados para cada bacia, relacionou-se de forma linear e potencial, através de regressão multivariada, os parâmetros de Precipitação média anual (Pma), Geometria Hidráulica (GH) e Geometria Fractal (GF) e determinando uma equação regionalizada de v. Os GIUHs determinados a partir de Pma, GH e GF apresentaram bom desempenho quando comparados com os hidrogramas observados, comprovando que esta metodologia se adequa para representar e estimar vazões em locais com poucos dados e até mesmo sem dados. 
 
Marcus Fernandes Araujo Filho, Jose Junji Ota
Normalmente os vertedouros constituem controles hidráulicos cujas características são bem conhecidas. Entretanto o número de vertedouros classificados como de baixa queda vem aumentando a cada dia. Nesses vertedouros a soleira perde sensivelmente a sua capacidade de descarga devido ao afogamento, como aconteceu com o projeto original do vertedouro da UHE Belo Monte. Este vertedouro teve que ser alterado e só se chegou à forma final, não convencional, depois de muitas tentativas feitas em modelo reduzido com o intuito de se chegar a uma capacidade de descarga adequada. As dificuldades encontradas conduziram ao questionamento se os modelos matemáticos poderiam ajudar a otimizar o caminho até a solução, uma vez que são poucas as informações existentes sobre a validação dessas ferramentas. O presente trabalho buscou avaliar a capacidade de uma ferramenta de modelagem matemática, o FLOW 3D®, em reproduzir as principais características do escoamento sobre vertedouros afogados por jusante. Foi feito um estudo adotando o vertedouro da UHE Belo Monte como projeto piloto no qual foram enfocados também os escoamentos controlados por comportas. Foram comparados os perfis de linha de água, a capacidade de descarga e a distribuição de pressões resultantes dos modelos matemático e físico. As simulações matemáticas de escoamentos livres apresentaram bons resultados. Já nas simulações matemáticas de escoamentos através de pequenas aberturas de comportas foram encontradas maiores diferenças na capacidade de descarga. As comparações de distribuições de pressões apontaram resultados muito semelhantes entre os dois modelos. O presente estudo indica que o modelo matemático consegue reproduzir satisfatoriamente os escoamentos desde que tomadas devidas precauções em relação à qualidade da malha garantindo a convergência da solução matemática. 
 
Alfredo Ribeiro Neto, Larissa Ferreira David Romão Batista, Roberto Quental Coutinho
Estudos envolvendo vulnerabilidade de cidades à inundações necessitam do mapeamento de perigo e das áreas com potencial para inundação. O objetivo do artigo é desenvolver metodologia para mapeamento de indicadores de perigo e áreas inundáveis na escala de município. A área de estudo é o município de Ipojuca no Estado de Pernambuco com área de 527,11 km² e uma população de 80.637 habitantes. A primeira metodologia consiste na simulação hidrológica-hidráulica para o baixo curso do rio Ipojuca com uso dos modelos HEC-HMS e HEC-RAS. A vazão gerada no modelo hidrológico do tipo chuva-vazão é utilizada como entrada do modelo hidráulico que simula o perfil da linha d-água no rio para a região de interesse. Com o perfil da linha da água, pode-se determinar a profundidade e a velocidade da água, que são elementos chave para a definição de indicadores de perigo. Com os resultados do modelo hidráulico, geraram-se seis indicadores de perigo: profundidade da água, velocidade do fluxo, combinação profundidade e velocidade, carga de energia, força do escoamento e intensidade (velocidade x profundidade). A outra metodologia procura identificar as áreas inundáveis de todo o território do município. Para isso, faz-se uso do índice topográfico da região e de uma matriz de custo de distância (que utiliza declividade e hidrografia), todos calculados com o modelo digital do terreno. A análise de risco é essencial para o planejamento e intervenção em áreas sujeitas a inundações. Para se avaliar risco, é necessária a caracterização do perigo e da vulnerabilidade. Os resultados do estudo em Ipojuca podem ser utilizados para a caracterização do perigo principalmente. 
 
Daniela Aparecida De Oliveira, Adilson Pinheiro, Milton Da Veiga, Thiago Caique Alves
A utilização de dejeto líquido de suínos como fertilizantes na agricultura é uma prática comum nas regiões onde há disponibilidade desse material. Contudo, a presença de substâncias químicas, conhecidas como poluentes orgânicos emergentes, nesses dejetos, pode causar a contaminação de corpos de água por meio do escoamento superficial e, ou, lixiviação. Este trabalho teve por objetivo avaliar a ocorrência de antimicrobianos e hormônios no perfil do solo em uma área agrícola experimental com aplicação de diferentes doses de dejeto líquido de suínos. O trabalho foi realizado no décimo segundo ano de condução de um experimento com duas aplicações anuais de dejeto líquido de suínos em Latossolo Vermelho distrófico, nas doses de 0, 50, 100 e 200 m3 ha-1 e uma testemunha, com reposição das quantidades de P e K exportados pelos grãos das culturas. Amostras de solução do solo foram coletadas com o uso de lisímetros de sucção instalados nas camadas de 20, 40 e 80 cm de profundidade, sendo determinadas as concentrações de antimicrobianos e hormônios durante um período de 60 dias. As concentrações foram determinadas em cromatografia líquida de alta eficiência. Os resultados demonstraram a ocorrência dos antimicrobianos sulfadimidina, clortetraciclina, oxitetraciclina e doxiciclina e dos hormônios estrona, 17--estradiol e 17--etinilestradiol até 80 cm de profundidade, durante o período de coleta. As concentrações de antimicrobianos e hormônios na solução do solo variam ao longo do tempo de amostragem e não foram afetadas pelas doses de dejeto líquido de suíno aplicadas. As concentrações observadas nas diferentes camadas analisadas mostram que a aplicação de dejetos líquidos de suínos em Latossolo Vermelho distrófico apresenta potencial de contaminação das águas subterrâneas. 
 
Marcelo Wangler De Avila, Mônica De Aquino Galeano Massera Da Hora, Celso Rosa De Ávila, Fabricio Vieira Alves, Matheus Marinho De Faria, Maurrem Ramon Vieira
Como premissas para o planejamento de uma rede de monitoramento têm-se o entendimento das condições geográficas, hidrológicas e as vocações regionais. Neste contexto, o presente artigo visa planejar uma rede de monitoramento de qualidade das águas para a bacia hidrográfica do rio Muriaé, de tal forma que, com os critérios técnicos adotados, o posicionamento das estações atenda às demandas do monitoramento. O rio Muriaé, tributário da margem esquerda do rio Paraíba do Sul, está inserido em uma bacia hidrográfica com 8.161km2 de área de drenagem e entre suas vocações econômicas estão os polígonos de indústria localizados nos distritos de Muriaé-MG e Itaperuna-RJ e as atividades agrícolas desenvolvidas ao longo do rio Gavião e próximas ao exutório da bacia. Quanto à utilização das áreas da bacia para geração de energia verificou-se que não existem aproveitamentos hidrelétricos com áreas inundadas superiores a 3km2 , condição mínima para exigência de monitoramento segundo a resolução conjunta ANA/ANEEL 003/2010. Por fim, foram projetados pontos de monitoramento seguindo os critérios de pontos de controle ou estratégicos, os pontos de referência, pontos de impacto e os pontos de monitoramento para atendimento ao setor elétrico. Também foi utilizado o Índice de Qualidade (IDQ) para identificar os pontos com stress hídrico na bacia. As escalas definidas para o trabalho foram hidrografia em 1:250.000, ottocodificação em nível 6 e distribuição da carga orgânica urbana por distritos. Com base nos resultados é possível verificar que, de fato, as estações têm a tendência de se aproximar dos potenciais poluidores da bacia. 
 
Cleiton Da Silva Silveira, Francisco De Assis De Souza Filho, Eduardo Savio Passos Rodrigues Martins, Juliana Lima Oliveira, Alexandre Cunha Costa, Marcio Tavares Nobrega, Saulo Aires De Souza, Robson Franklin Vieira Silva
As projeções de precipitação e temperatura dos modelos globais do Coupled Model Intercomparison Project Phase 5 (CMIP5, utilizados no quinto relatório do Intergovernmental Panel on Climate Change - IPCC-AR5) são analisadas para a bacia do rio São Francisco para o período de 2011 a 2100 para os cenários RCP 4.5 e RCP 8.5. Além disso, os modelos são avaliados quanto à representação da climatologia da precipitação no período de 1961 a 2000. Para a avaliação, os dados das estações do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) são utilizados. A avaliação baseia-se em dois índices de desempenho: a correlação e o erro quadrático médio. Para a análise das projeções, são calculadas as anomalias das médias anuais divididas em períodos de 30 anos (2011 a 2040, 2041 a 2070 e 2071 a 2100). Para avaliação de tendências e variabilidade são usados: a média móvel de dez anos, regressão linear e o método de Mann-Kendall-Sen. Aproximadamente 28% dos modelos analisados não representam adequadamente a sazonalidade da precipitação. Todos os modelos apresentaram tendência positiva para a temperatura, e apesar da divergência na precipitação, os mesmos projetam anomalias entre -20% e 20% em cada período de 30 anos para essa variável. 
 
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ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos