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Francisco Fernando Noronha Marcuzzo, Denise Christina De Rezende Melo, Helen C. Costa
O mapeamento da distribuição das chuvas no bioma do Cerrado é de substancial importância já que o mesmo, conhecido como berço das águas do Brasil, é responsável pela formação de seis importantes regiões hidrográficas brasileiras - Parnaíba, Paraná, Paraguai, Tocantins-Araguaia, São Francisco e Amazônica. Com o objetivo de analisar a variação espacial e sazonal da precipitação pluvial no bioma do Cerrado do estado do Mato Grosso do Sul, realizou-se um estudo da variabilidade espacial e temporal das chuvas. Analisou-se também a intensidade da sazonalidade utilizando o Índice de Anomalia de Chuva (IAC). A interpolação matemática utilizada para a espacialização das faixas de chuva foi o Topo to Raster. Nos resultados nota-se uma maior pluviosidade nas regiões de maior altitude, como a Serra da Bodoquena. Com o IAC verificou-se 3,61% de meses extremamente secos, 22,22% de meses muito secos, 30,56% de meses secos, 1,94% de meses sem anomalias, 25,83% de meses chuvosos, 10,56% de meses muito chuvosos e 5,28% de meses extremamente chuvosos para o período de 30 anos estudado. 
 
Pedro Paulo Gomes Watts Rodrigues, Edison Pereira De Sousa, Francico Duarte Moura Neto
Este artigo apresenta a aplicação de uma técnica de otimização para problemas inversos (o método de Luus-Jaakola) nas estimativas dos parâmetros que caracterizam os mecanismos de dispersão em zonas mortas presentes em escoamentos naturais. A estratégia e modelo utilizados são comparados com o clássico método de Chatwin, a comparação sendo conduzida a partir de um estudo de caso, que envolveu a simulação do transporte de traçador em um pequeno rio, situado na região serrana do estado do Rio de Janeiro, que drena importante Área de Proteção Ambiental. A abordagem aqui adotada teve uma performance superior na minimização dos erros verificados na comparação entre simulação e observação. 
 
Wilde Cardoso Gontijo Junior, Sérgio Koide
Este trabalho propõe aplicar o conceito de entropia na otimização de redes fluviométricas em bacias com dados coletados há vários anos, reduzindo suas redundâncias e redirecionando a locação de estações. Os resultados apresentados em dois casos de estudo mostram sua praticidade de aplicação tendo em vista necessitar unicamente da locação das estações e dos dados brutos coletados. O conceito de entropia de séries de dados utilizado neste artigo foi proposto por Shannon e Weaver (1962), em 1948, através da publicação da Teoria Matemática da Comunicação. Trata-se de incorporação, de forma análoga, do conceito concebido para a Termodinâmica na análise da quantidade de informações transmitida por uma série de dados. 
 
Fernando Dornelles, Joel Avruch Goldenfum, Rutinéia Tassi
O aproveitamento de água de chuva gera volumes de esgoto cloacal lançados na rede pública, cujos custos de destinação e tratamento não são contabilizados pelo sistema de tarifação de esgoto, geralmente adotado no Brasil, uma vez que esta cobrança é realizada com base no volume de água tratada que é fornecida. Esta situação tem causado rejeição, por parte das companhias de saneamento, ao incentivo de Sistemas de Captação e Aproveitamento de Água de Chuva (SCAAC), embora sejam conhecidas as vantagens da adoção desta prática. Neste sentido, este artigo apresenta uma proposta metodológica para estimar o volume de esgoto gerado em SCAAC, baseada nas características do próprio sistema de aproveitamento de água de chuva e indexado ao volume de água tratada medido no hidrômetro da unidade consumidora. Para elucidar o emprego da metodologia, são apresentados dois exemplos de aplicação, onde são discutidos os resultados para sistemas com diferentes características de eficiência e de capacidade de atendimento. Como resultado da aplicação da metodologia, conclui-se que ela é aplicável, e produz resultados coerentes para a estimativa de volume de esgoto gerado pelos SCAAC, podendo ser adotada pelas companhias de saneamento, praticamente, sem ônus adicional, já que não exige investimentos com a instalação de equipamentos complementares para a quantificação do efluente gerado nos SCAAC. 
 
Jose Geraldo De Melo, Mickaelon Belchior Vasconcelos, Samara Danielle O. De Morais, Rafaela Da Silva Alves
A Zona Norte da cidade de Natal, RN, com cerca de 300000 habitantes, é suprida por um sistema misto composto de águas subterrâneas e águas superficiais (Lagoa de Extremoz). Os recursos explotáveis desta lagoa estão praticamente esgotados, o que tem levado á uma procura cada vez maior por águas subterrâneas. Estas, entretanto, estão bastante conta minadas por nitrato devido à disposição local de efluentes domésticos, o que gera uma situação delicada quanto ao supri mento da população com água potável. O objetivo deste trabalho é a avaliação hidrogeológica da área e da contaminação das águas Subterrâneas por nitrato, como fundamentos para a definição de medidas estratégicas visando a solução do problema apresentado. A alternativa proposta para atender a este objetivo é a identificação de áreas para captação de águas subterrâneas fora dos limites urbanos, que reúnam condições hidrogeológicas e ambientais favoráveis. O novo recurso de água subterrânea a ser disponibilizado deverá propiciar uma oferta de água suficiente que atenda as necessidades atuais e futuras da população. 
 
Daniela Guzzon Sanagiotto, Antonio N. Pinheiro, Luiz Augusto Magalhaes Endres, Marcelo Giulian Marques
A construção de barramentos ao longo dos rios causa muitas alterações no meio envolvido. Entre esses impactos, tem-se a formação de uma barreira que impede o deslocamento do habitat aquático, interferindo, principalmente, na reprodução das espécies migratórias. Na tentativa de mitigar esse efeito, em muitas barragens, verifica-se a necessidade da implanta ção de mecanismos de transposição de peixes (MTP). Entre esses MTP têm-se as escadas para peixes que, quando empregadas e projetadas adequadamente, possibilitam a livre circulação das espécies. As escadas/passagens para peixes apresentam diferentes geometrias, de acordo com características natatórias dos peixes, altura do obstáculo e vazões disponíveis. Neste rabalho, avaliam-se as características do escoamento em uma escada do tipo ranhura vertical. Realizaram-se ensaios em um modelo com 0,60 m de largura, 0,60 m de profundidade, 9 m de comprimento e 6% de declividade, onde se representa, na escala 1:5, parte da escada para peixes instalada na UHE Igarapava (Minas Gerais). Foram realizadas edições da profundidade do escoamento, das pressões junto ao fundo e das velocidades do escoamento, em uma das bacias da estrutura, para três descargas. A região da ranhura na bacia onde ocorre a passagem da água entre bacias consecutivas foi estudada detalhadamente, já que representa uma região de passagem obrigatória e onde se esperam as maiores velocidades. Os resultados deste trabalho foram divididos em duas partes: (1) os parâmetros médios do escoamento e (2) características turbulentas do escoamento. Neste artigo, que representa a parte 1, são apresentados parâmetros adimensionais do escoamento e mostram- se através de campos de isolinhas as características da profundidade do escoamento, das pressões e das velocidades médias do escoamento. Os resultados permitem caracterizar o comportamento médio do escoamento nessa estrutura e definir adimensionais importantes no dimensionamento dessas estruturas, entre eles, o coeficiente de descarga e a vazão adimensional. Quanto às velocidades do escoamento, verifica-se que estas não se alteram em função da descarga e da profundidade do escoamento, sendo a posição na bacia o principal fator que interfere. As velocidades máximas chegam, transpondo para o protótipo, a 2,0 m/s, sendo que predominam as componentes horizontais. As componentes verticais não ultrapassam 0,7 m/s (no protótipo) em regiões isoladas. Uma análise que confrontou os campos de velocidade na estrutura e as velocidades características de algumas espécies presentes na ictiofauna brasileira demonstrou que há regiões do escoamento que podem representar barreiras ao livre deslocamento dessas espécies. 
 
Vander Kaufmann, Marcos Rivail Da Silva, Adilson Pinheiro, Guilherme Fath, Leandro Mazzuco De Aguida
O transporte de atrazina e diuron no perfil de um Argissolo Vermelho Amarelo álico Tb A moderado foi verificado, utilizando-se 3 lisímetros de coluna montados em laboratório, contendo solo indeformado. O solo é proveniente de uma área de plantio de milho em sistema de cultivo mínimo, situada no município de Lontras (Santa Catarina). Foram aplicados nos lisímetros, 31,95 L de água que representam 650,85 mm de chuva, durante cerca de 6 meses. Os volumes de água coletados
nos lisímetros corresponderam a 72,57 ± 8,40 % do total aplicado. O comportamento hidrodinâmico nos três lisímetros não foi uniforme em relação ao s volumes distribuídos no perfil do solo. No 5° dia foi realizada a aplicação dos herbicidas diuron e atrazina nas doses equivalentes de 2,5 kg e 2,4 kg por hectare de ingrediente ativo, respectivamente. Registraram-se concentrações maiores dos herbicidas na profundidade de 5 cm com uma precipitação aplicada de 15 mm. Os herbicidas permaneceram no solo por um período da ordem de 100 dias. A quantidade recuperada de diuron foi de 1,25% do total aplicado e a da atrazina foi de 3,66%. Da massa total recuperada de atrazina, 78% foi obtida nos primeiros 20 dias.  
 
Jancy RÔmulo Aschauer Vargas, Paulo Dias Ferreira JÚnior
Protocolos de Avaliação Rápida de Rios (PARs) são instrumentos que levam em consideração a análise integrada dos ecossistemas lóticos, através de uma metodologia fácil, simples e de rápida aplicação que, por meio de uma inspeção visual da área, capta as características do habitat para avaliação da qualidade ambiental. Neste trabalho foram aplicados protocolos de avaliação rápida em duas microbacias hidrográficas do Rio Guandu, município de Afonso Cláudio (ES), onde 35 trechos de dois ribeirões foram selecionados de acordo com critério de acessibilidade e distribuição espacial. Foram atribuídos para os protocolos valores referentes às características da vegetação, da qualidade da água e das características sedimentológicas do canal fluvial, que atuam diretamente no estabelecimento de comunidades aquáticas e na qualidade do habitat. Na microbacia do Ribeirão Arrependido foram avaliados 19 trechos, sendo três pontos classificados como naturais (15,8%), 15 pontos como alterados (78,9%) e apenas um ponto como impactado (5,3%). A microbacia do Ribeirão Empossado apresentou quatro pontos naturais (25%), nove pontos alterados (56%) e três impactados (19%). Os dois ribeirões apresentam muita similaridade quanto aos tipos de uso e ocupação do solo e impactos físicos no canal fluvial, sem diferenças expressivas da qualidade ambiental das duas microbacias hidrográficas.  
 
Melissa Franzen, Luiz Fernando De Abreu Cybis, Gustavo Henrique Merten
Os reservatórios em cascata, Divisa, Blang e Salto, integram o Sistema Salto de Hidrelétricas, localizado no município de São Francisco de Paula, Rio Grande do Sul (Brasil). A ocorrência de uma floração de algas tóxicas no verão de 1999, originada no Blang, atingiu captações de água de seis municípios à jusante e demandou medidas especiais para o tratamento da água. Este fato motivou a investigação das possíveis fontes de nutrientes, especialmente o fósforo, identificado como nutriente limitante. Situados numa região de nascentes e clima subtropical úmido, esses reservatórios apresentaram características oligotróficas à mesotróficas no período compreendido entre 2001 e 2003. A investigação das possíveis causas para a fertilização das águas, levou em consideração fontes externas (principalmente difusas) e a fonte interna representada pelo sedimento de fundo, orgânico e rico em nutrientes. Elevadas concentrações de fósforo dissolvido no hipolímnio e a presença de fósforo disponível em excesso no sedimento de fundo, indicaram que esta poderia ser uma fonte significativa de nutrientes para a fertilização das águas. Como a referida floração ocorreu num período em que, normalmente, se desenvolve estratificação em corpos de água relativamente profundos, este trabalho teve como objetivos caracterizar a estratificação físicoquímica da coluna de água e investigar a possibilidade de circulação da água hipolimnética na condição estratificada. Para tal, foram obtidos perfis verticais de parâmetros que indicam a ocorrência de estratificação da coluna de água (temperatura, oxigênio dissolvido, condutividade elétrica e potencial redox), teores de fósforo total dissolvido e turbidez, da superfície ao hipolímnio, além de clorofila-a na zona fótica. A possibilidade de circulação da água hipolimnética foi investigada através de batimetria e números adimensionais que refletem a estabilidade do corpo de água estratificado. Resultados indicam que, sob estratificação, a circulação da água hipolimnética dificilmente ocorreria, pois somente eventos climáticos extremos provocariam ventos capazes de inverter a massa líquida. A circulação de águas metalimnéticas, contudo, seria uma possibilidade mais provável, já que ventos moderados poderiam induzir afloramento da termoclina. No entanto, a transferência de fósforo do hipolímnio para a coluna de água poderia ser desencadeada pela abertura de comportas de fundo do reservatório à montante, tendo em vista que o procedimento utilizado para regularização das vazões aumenta o risco de proliferação de algas nos reservatórios situados à jusante, especialmente se isto ocorrer em período de estiagem. 
 
Antonio Carlos Zuffo
Em muitos estudos ambientais e de planejamento e gestão de recursos hídricos há a necessidade de se considerar critérios com poucos dados ou cuja interpretação depende do conhecimento de especialistas. Por esse motivo, critérios incorporam a subjetividade, cuja representação por números escalares reduz sua tradução fidedigna. Critérios ambientais, sociais, culturais ou daqueles que dependem de uma estimativa ou previsão carregam graus de imprecisão, ou incerteza quanto ao seu real valor, mas que podem perfeitamente estar contidos em uma faixa de possibilidades, com diferentes faixas de valores ou probabilidades. Essa graduação pode ser traduzida pelas funções de pertinência dos números fuzzy, o que poderá possibilitar uma melhor performance das análises multicriteriais nessas aplicações. Este trabalho propõe a incorporação da aritmética fuzzy em dois métodos multicriteriais muito utilizados em planejamento e gestão de recursos hídricos, os métodos “Compromise Programming” (CP) e “Cooperative Game Theory” (CGT), que deram origem ao Fuzzy-CP e ao Fuzzy-CGT. A aritmética fuzzy adotada é aquela proposta para números fuzzy representados por funções de pertinência triangulares. Esses métodos adaptados possibilitaram a adoção de critérios abstratos ou com melhor representação de seus possíveis intervalos de variação, contribuindo para uma melhor interpretação do problema, como também do reconhecimento de sua fragilidade, mostrando-se viáveis para resolução de problemas dessa natureza. 
 
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ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos