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Paulo Henrique Povh, Edie Roberto Taniguchi, Jose Junji Ota
A configuração característica de calhas em degraus favorece a ocorrência de pressões negativas na face vertical dos degraus. Portanto a necessidade de assegurar a estabilidade da estrutura torna importante o conhecimento do campo de pressões na região dos degraus. Este estudo, o qual
foi parcialmente financiado pela FINEP (RECOPE/REHIDRO/SUB REDE 2) na compra de equipamentos, foi desenvolvido em um
modelo reduzido de um vertedouro em degraus construído na escala geométrica 1:25. O vertedoruro, que possui uma calha com declividade de
1V:0,75H e degraus com 0,60 m de altura, foi estudado para vazões específicas compreendidas entre 4,2 (m³.s-1)m-1 e 31,7 (m³.s-1)m-1. O estudo
das características físicas do escoamento num degrau padrão é considerado válido, mas este estudo mostrou a importância da aeração do escoamento
nas pressões ao longo da calha. Portanto, para o regime de escoamento denominado skimming flow, é necessário relacionar o padrão de aeração do
fluxo com a pressão. Foi observado que o início da aeração assume um papel importante na pressão mínima. A posição de início de aeração do
escoamento varia com a vazão, deslocando-se para jusante à medida que a vazão específica aumenta. É importante destacar que não há um bom
critério para definir o início da aeração do fluxo em modelos. Uma sugestão de critério a ser utilizado no modelo é apresentado neste trabalho.
Este artigo apresenta, também, um aspecto interessante de flutuação de pressão medida por transdutores 
 
Carlos Barreira Martinez, Luiz Augusto De Andrade, Jair Nascimento Filho, Edna Maria De Faria Viana, Luis Antonio Aguirre, Marcelo Giulian Marques
A determinação da vazão aduzida em sistemas de condutos forçados, por exemplo, em uma usina hidrelétrica, é uma tarefa difícil de ser
executada. Isto se deve a fatores como as dimensões físicas da instalação, as dificuldades de implementação de sensores no sistema e a existência de
trechos fisicamente adequados para se executar a medição, etc. Dentre os diversos métodos existentes para a medição de grandes vazões o método de
Pitot apresenta uma série de vantagens. Entretanto, a medição depende da calibragem do equipamento, que nem sempre é uma tarefa fácil de ser
executada. Neste trabalho, apresenta-se uma metodologia para a calibragem de tubos de Pitot utilizando-se anemometria LASER. Assim,
descreve-se o princípio de funcionamento do tubo de Pitot, a bancada de testes utilizada para a realização dos ensaios, incluindo os principais
acessórios que permitem a variação da vazão na seção de teste, o anemômetro LASER Doppler utilizado e o arranjo físico adotado nos ensaios de
calibragem do tubo de Pitot, que no caso foi o Pitot Cole. Com os dados obtidos foi possível determinar o coeficiente do Tubo de Pitot. Foi possível
também fazer o levantamento da influência do bocal do equipamento no campo de velocidade em volta do tubo de Pitot. Posteriormente, fez-se uma
análise comparativa da expressão obtida nos ensaios com outra expressão extraída da literatura. Apresenta-se a metodologia desenvolvida para a
análise das incertezas das medições de velocidades e vazões determinadas em laboratório. 
 
Fabio Teodoro De Souza, Nelson Francisco Favilla Ebecken
As ferramentas baseadas em princípios de inteligência artificial, tais como em mineração de dados, aliadas aos Sistemas de Informações
Geográficas (SIG), são componentes de grande utilidade nos estudos ambientais. A prévia preparação dos dados é necessária no processo de modelagem, pois o ajuste da base de dados permite que as informações contidas sejam expostas para as ferramentas de extração de conhecimento. Pretende-se nesse trabalho, apresentar a metodologia adotada para o preenchimento das falhas nos dados de chuvas intensas, coletados em intervalos
de 15 minutos, da rede pluviométrica do sistema de alerta da cidade do Rio de Janeiro. 
 
João Batista Dias De Paiva, Eloiza Maria Cauduro Dias De Paiva, Raquel Maldaner Paranhos, Kerllen Saldanha Carvalho, Adalberto Meller, Lucas H. Rosa
Este trabalho apresenta relações entre as vazões médias, máximas e mínimas observadas em pequenas bacias hidrográficas, com área
variando de 0,53 a 125 km2, pertencentes à bacia hidrográfica do rio Vacacaí Mirim, em Santa Maria - RS. São apresentadas relações entre as
vazões médias diárias, máximas e mínimas, obtidas através das vazões instantâneas e com registros às 7:00 e às 17:00 horas. Tais relações são
também apresentadas por faixa da razão entre essas vazões. Os resultados mostram que a vazão média diária é estimada com precisão aceitável
pela média entre as vazões observadas as 7:00 e ás 17:00 horas, o mesmo acontecendo com a estimativa da vazão mínima instantânea pelo valor mínimo
das vazões registradas às 7:00 e às 17:00 horas. Foram encontrados bons ajustes entre essas vazões, quando os dados foram analisados por bacias
individuais. Não foram encontrados bons ajustes para os dados de vazões máximas instantâneas em função do valor máximo das vazões registradas às
7:00 e às 17:00 horas. Quando os dados de todas as bacias foram analisados em conjunto, excluídos os dias em que não houve variação de vazões, os
ajustes entre as vazões instantâneas e as vazões registradas às 7:00 e 17:00 horas, forneceram bons resultados sob o ponto de vista do coeficiente de
determinação. Deixaram a desejar, no entanto, do ponto de vista dos valores observados para o erro padrão da estimativa. Foram encontradas boas
correlações entre as vazões máximas e mínimas instantâneas e a vazão média diária para todo o conjunto de dados, quando os dados foram agrupados
por faixa de variação da razão entre essas vazões. 
 
Carlos JosÉ Saldanha Machado
água é um recurso natural limitado, mesmo se ela possa parecer localmente abundante. Diagnósticos sobre o modo de apropriação e os
tipos de relações mantidas pelos atores da dinâmica territorial (agentes econômicos, poderes públicos, população local, indivíduos, grupos organizados,
movimentos sociais, associações e redes de natureza diversas) com os recursos hídricos conduziram, sobretudo ao longo das últimas quatro
décadas, a um processo de revisão das atribuições do aparelho de Estado, do papel dos usuários e do próprio uso da água. O presente artigo tem
como objetivo descrever e analisar o arcabouço institucional-legal que dá forma a uma das experiências de gestão da água potável e de saneamento
da água servida mais bem-sucedidas da Europa ocidental: a gestão francesa de recursos hídricos. Trata-se de dar uma visão de conjunto dos princípios
jurídicos do arcabouço regulamentar e institucional de tal experiência, a fim de que os diversos atores da gestão territorial brasileira possam
dispor de uma visão de conjunto de uma realidade extremamente complexa. Em termos metodológicos, a realização desse objetivo implicou em
levantamento de bibliografia, documentação, dados e informações existentes junto às instituições francesas, bibliotecas e livrarias, bem como em
entrevistas com atores e responsáveis pela gestão de recursos hídricos. O trabalho conclui afirmando que a França nunca negligenciou o setor, dotando-
se de uma regulamentação precisa, de instituições originais e de mecanismos financeiros adaptados para modernizar e universalizar seu
sistema de distribuição de água potável e de promover a criação e a difusão dos sistemas de saneamento de águas servidas. 
 
Hans George Arens, Walter Arens, Jefferson LuÍs Coutinho
O processo de enchimento de redes de distribuição de água, pode, em determinadas condições, levar à formação de colunas fluidas móveis, com interfaces água-ar bem definidas, que iniciam seu movimento ao longo das canalizações atuando como êmbolo à medida que o ar de jusante é expulso pelos dutos de saída e pelos dispositivos de sangria. O presente trabalho mostra, de forma simplificada, os transientes de pressão gerados pela passagem de uma dessas frentes através de uma redução brusca de diâmetro. Utilizou-se o modelo unidimensional adotando-se a teoria de coluna rígida e a da coluna elástica. As curvas teóricas do fenômeno foram obtidas numericamente com a solução da equação de Euler e do sistema formado pelas equações da quantidade de movimento e da continuidade, resolvido através do método das características (MOC) e das diferenças finitas (DF). Os resultados teóricos foram comparados com dados experimentais, ensaiando-se um modelo de pequenas dimensões. 
 
Ana Esmeria Lacerda Valverde, Demetrius David Da Silva, Fernando Falco Pruski, HÉlio Garcia Leite, Viviane Dos Santos BrandÃo
O presente trabalho apresenta a aplicação da metodologia de regionalização, proposta por HOSKING e WALLIS (1997), para a
análise de freqüência regional de chuvas intensas, na bacia do rio Doce. Foram analisadas as séries históricas de precipitação de 31 estações pluviográficas, visando a identificação das regiões homogêneas, tendo-se utilizado o método dos momentos-L para estimar os parâmetros das distribuições de probabilidade com melhor aderência aos dados de intensidades máximas médias de precipitação para cada duração. Com os valores de intensidade máxima média de precipitação correspondentes aos diversos períodos de retorno e durações estudados, obtidos após o ajuste da distribuição de probabilidade com melhor aderência aos dados observados, foram estimados os parâmetros de um modelo nãolinear e definidas as equações de intensidade, duração e freqüência para cada uma das cinco regiões homogêneas. As distribuições dos resíduos para as equações de intensidade, duração e freqüência individualizadas considerando durações de 10 a 60 minutos e de 60 a 1440 minutos apresentaram comportamento melhor do que quando o período considerado foi de 10 a 1440 minutos. O método de regionalização proposto permite estimar a intensidade máxima média de precipitação para uma duração e período de retorno específicos em qualquer local da bacia, bastando para isto conhecer a precipitação média anual do local considerado. 
 
Sergio Briao Jardim, Antonio Eduardo LeÃo Lanna
A complexidade das ações no plano decisório da Gestão das Águas e a necessidade do atendimento simultâneo das exigências que visam
à obtenção do desenvolvimento sustentável, impõem uma abordagem multiobjetivo. O uso múltiplo das águas, o caráter multidisciplinar e subjetivo dos agentes envolvidos no processo, a aleatoriedade dos eventos hidrológicos, a incerteza dos processos econômicos, sociais e ambientais, a necessária consideração de aspectos de difícil mensuração, como o bem estar social, a preservação do ambiente e as questões culturais e estéticas, além da tradicional eficiência econômica, caracterizam o contexto presente. Este trabalho apresenta, descreve e compara algumas técnicas de análise multiobjetivo como importante meio de apoio à tomada de decisões diante dos problemas de Gestão das Águas. Três métodos são aplicados e comparados em um estudo de caso, para suporte à decisão em um Comitê de Gerenciamento, tendo como objetivo estratégico o desenvolvimento sustentável em uma Bacia Hidrográfica, com um cenário configurado a partir da experiência acumulada na última década no Rio Grande do Sul e à luz da legislação vigente para a Política de Recursos Hídricos. Na análise desenvolvida através dos métodos ELECTRE I e II, Programação de Compromisso e Analítico Hierárquico, consideram-se a participação de múltiplos decisores, a questão da subjetividade e o reconhecimento da incerteza como inerente ao processo. 
 
Graziela Balda Scofield, Iria Fernandes Vendrame
Este estudo avalia a técnica de estimativa de precipitação por satélite técnica Global Precipitation Index (GPI) e duas versões
adaptadas, GPId e GPIp, nas várias escalas temporais e espaciais sobre área continental. As escalas temporais analisadas variaram entre 3 h a
um mês, enquanto que a escala espacial de 100 a 10000 Km2. A área de estudo foi o interior de São Paulo, utilizando-se imagens infravermelho
do satélite Geoestacionary Operational Environmental Satellite 8 (GOES-8) e dados CAPPI do radar meteorológico de Bauru. Os resultados da
GPI e suas duas versões foram comparados com os dados de radar meteorológico de Bauru e calculou-se a tendência, o erro médio da raiz
quadrada (RMSE) e a correlação, para várias combinações temporais e espaciais, para três formas de amostragem espaciais diferentes. Para a
maioria das combinações, as taxas ótimas encontradas apresentaram valores menores que os encontrados para a GPI. Além disso, a técnica GPI
superestima as taxas de precipitação em relação aos dados de radar, enquanto que a técnica GPIp superestima levemente as taxas de precipitação
em relação aos dados de radar. Concluiu-se também que com pequenas adaptações de temperatura limiar de chuva e não chuva e de taxa de precipitação pode-se estimar a precipitação com menores tendências e RMSE médios para resoluções temporais de 3 h a mensal e áreas de 100 a 10000 Km2, para as três formas de amostragem espacial analisadas.  
 
Claudio Roisenberg, Antonio Pedro Viero, Ari Roisenberg, Miriam S. R. Schwarzbach, Iara ConceiÇÃo Morante
As águas subterrâneas do Município de Porto Alegre foram estudadas sob o ponto de vista hidrogeoquímico com o objetivo de reconhecer
as características físico-químicas naturais e contaminações e apontar processos genéticos para os principais íons. O trabalho estabelece relações entre a composição química das águas e arcabouço geológico da área, na qual é registrado um sistema aqüífero de natureza fissural, constituído por rochas granítico-gnáissicas, e um de natureza granular, caracterizado por depósitos argilo-arenosos a arenosos de origem flúvio-lacustre, lagunar e aluvionar. O primeiro é denominado Sistema Aqüífero Fraturado Pré-cambriano e o último, Sistema Aqüífero Poroso Cenozóico. Para tanto, foram selecionados 90 poços, com base em critérios geológicos, urbanização e distribuição espacial, para coleta de águas subterrâneas. O resultado hidroquímico mais significativo aponta elevados teores de fluoreto nas águas do Sistema Aqüífero Fraturado, que alcançam valores da ordem de 6 mg/L. A contaminação por aportes antropogênicos nas águas é pontual e está relacionada, em geral, às condições higiênico-sanitárias locais deficientes e problemas construtivos dos poços, o que provoca a ocorrência de nitrato em altos teores, bem como de coliformes fecais. As águas do
Sistema Aqüífero Fraturado são classificadas como bicarbonatadas cálcico-sódicas a sódicas, passando a tipos intermediários de composição cloretada-bicarbonatada-cálcico-sódica em conseqüência da mistura com as águas do Sistema Poroso Cenozóico, o que promove o incremento no conteúdo de cloreto, sulfato, sódio, cálcio, magnésio e sólidos totais dissolvidos. O modelamento geoquímico aponta, na maioria das amostras, águas subsaturadas em fluorita e carbonatos e supersaturadas em apatita, quartzo, feldspatos, argilo-minerais, gibsita, zeolitas e goetita. Foram observadas correlações positivas entre flúor-cálcio-bicarbonato-pH, as quais decorrem, provavelmente, da dissolução de fluorita e calcita, presentes em fraturas. O bicarbonato apresenta um crescimento muito acentuado em relação ao cálcio, o que denota a atuação de processos de dissolução de CO 2
nas águas subterrâneas. O quimismo das águas subterrâneas do Sistema Aqüífero Fraturado é independente da composição química e mineralógica dos granitos e gnaisses que o compõem. Esta feição reflete uma interação água-rocha muito restrita neste ambiente, o que determina uma fraca contribuição da rocha no conteúdo da maioria dos elementos dissolvidos na água. É importante destacar que as informações geradas neste trabalho representam elementos importantes para a definição de políticas de planejamento e
gerenciamento das águas subterrâneas do Município de Porto Alegre. 
 
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ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos