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Isabella Cristina Resende Ramos, Luiz Gustavo Soyer Freire, Guilherme Gonçalves Soares, Isadora Carvalho Da Silva, Pedro Henrique Viana De Araujo Lopes, Nathalia Couto Machado, Hersilia De Andrade E Santos
O Brasil possui um dos maiores parques hidrelétrico do mundo. Este potencial de aproveitamento apresenta um conjunto de condicionantes. Destaque para implicações de ordem ambiental como a interrupção da migração de algumas espécies de peixes, cujos sítios de desova se localizam a montante dos barramentos. Para solucionar este problema ambiental foram desenvolvidos os mecanismos de transposição de peixes (MTP). A escada do tipo ranhura vertical é um MTP normalmente construída em concreto liso, o que torna seu ambiente interno completamente diferente do leito natural dos rios. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do aumento da rugosidade nas ranhuras de uma escada sobre o escoamento hidráulico, analisando também a influência deste escoamento no comportamento de uma espécie de peixe neotropical, Pimelodus maculatus. Para isto foi construído um modelo reduzido em laboratório e testados exemplares de peixes no período noturno. Os resultados demonstram que há uma preferência da espécie por paredes rugosas para a vazão cujo escoamento apresenta valores de tensão turbulenta no plano xy da ordem máxima de 35 Pa. Os parâmetros hidráulicos velocidade pontual e tensão turbulenta no plano xy apresentaram maior alteração em função da adoção da rugosidade para diferentes valores de vazão dentro da escada. 
 
Franciele Reynaud, Miriam Rita Moro Mine, Eloy Kaviski
O método de desagregação espacial de Skaugen foi aplicado para desagregar chuvas previstas pelo modelo atmosférico de previsão numérica WRF - Weather Research and Forecasting para uma área dentro da bacia hidrográfica do rio Iguaçu, localizada no estado do Paraná, Brasil. A bacia hidrográfica do rio Iguaçu foi escolhida porque se pretende usar as previsões de chuva do modelo WRF para previsão de vazões para operação hidráulica dos reservatórios das cinco usinas hidrelétricas existentes. O método de desagregação estatístico propõe que a dependência espacial é mantida por interpolação e que a precipitação é exponencialmente distribuída, podendo ter dois ou três parâmetros dependendo se a cobertura de chuva nas células for intermitente ou completa, respectivamente. Os resultados encontrados foram satisfatórios, sendo mantida a média da malha e o desvio padrão, além dos valores do erro padrão das médias terem sidos pequenos, indicando uma simulação estável. A correlação espacial foi analisada, sendo que os eventos desagregados mantiveram a estrutura de correlação das previsões do modelo WRF. 
 
Nelio Moura De Figueiredo, Claudio Jose Cavalcante Blanco
Este trabalho apresenta uma análise de previsões de vazão e níveis de águamédios mensais, com antecedência de 24 meses, para a bacia do rio Tapajós, PA, utilizando modelos estocásticos do tipo ARIMA. A identificação do modelo foi feita através da análise do coeficiente e função de autocorrelação (ACF) e do coeficiente e função de autocorrelação parcial (PACF). Os critérios de verossimilhança apresentaram menores valores para o modelo ARIMA (1,0,0)(1,1,1)12. Os critérios de desempenho usados foram o coeficiente de Nash e Sutcliffe R² e o RMSE (Root Mean Square Error). O modelo ARIMA (1,0,0)(1,1,1)12 apresentou melhor desempenho para as séries de vazão e de níveis de água, nas fases de calibração e validação. Na calibração, o modelo apresentou R² médio de 0,94 para níveis de água e de 0,92 para vazões e RMSE médio de 0,08 para níveis de água e de 0,15 para vazões. Na validação, o R² médio foi de 0,95 para níveis de água e de 0,91 para vazões e RMSE médio de 0,07 para níveis de água e de 0,15 para vazões. Foi observado, em função da maior linearidade do comportamento temporal dos níveis de água, que esses foram melhor simulados que as vazões. Resultado que pode ser explicado pela concepção linear dos modelos ARIMA. No contexto de uso futuro da água da bacia do Tapajós, o modelo considerado, é uma ferramenta interessante, podendo ser usada para analisar o regime hidrológico da bacia, através de previsões de níveis de água, diante das UHE a serem instaladas e, consequentemente, dos possíveis impactos ambientais e conflitos pelo uso da água. 
 
Adilson Pinheiro, Chaiane Schoen, JÚnia Schultz, KÁssia Gisele Hackbarth Heinz, Ivone Gohr Pinheiro, Francisco Carlos Deschamps
O uso do solo e as atividades econômicas desenvolvidas em uma bacia hidrográfica afetam a qualidade da água. No presente trabalho, as concentrações e as cargas transportadas de algumas substâncias associadas à qualidade da água foram quantificadas na bacia hidrográfica do rio Duas Mamas, localizada no município de Schroeder, Santa Catarina. As concentrações determinadas foram comparadas com os padrões estabelecidos pela resolução CONAMA nº 357/2005 e relacionadas com classificação do uso e ocupação do solo. As coletas foram realizadas em quatro seções fluviométricas do rio principal e uma em um tributário, no período de setembro de 2007 a novembro de 2008. Foram determinadas as concentrações de parâmetros físico-químicos, microbiológicos e de vazão, sendo posteriomente calculadas as frequências de superação, concentrações médias, cargas diárias e cargas específica, relacionando-os com a classificação de uso e ocupação do solo. Nota-se que a concentração da maioria dos parâmetros analisados encontra-se em conformidade com a resolução do CONAMA. A preservação da mata nativa é fundamental para a manutenção da qualidade da água, já que foi a seção em mata nativa que apresentou melhor qualidade em relação aos parâmetros analisados. A urbanização, apesar de pequena, compromete a qualidade da água, pois foi a seção fluviométrica com esta influência, cujos resultados mais superaram os padrões estabelecidos na legislação. Além disto, na bacia hidrográfica rural, ações pontuais, como lançamentos de águas residuárias e a existência de corredeiras, podem interferir significativamente na qualidade da água do rio. 
 
Sarah Caetano De Freitas, Henrique Marinho Leite Chaves
O presente trabalho teve como objetivo avaliar a pegada hídrica cinza no tocante ao fósforo total, nos cenários atual e hipotéticos de uso e ocupação do solo da bacia hidrográfica do Ribeirão Pipiripau. A avaliação da pegada hídrica cinza consistiu de quatro fases distintas, ou seja: definição de objetivos e escopos, contabilização da pegada hídrica, avaliação da sustentabilidade da pegada hídrica e formulação de resposta da pegada hídrica. A pegada hídrica cinza para as condições atuais de uso e ocupação do solo, calculada por meio dos coeficientes de exportação de fósforo e através de medidas de concentração de fósforo (P) no ribeirão foi de 0,04 m3/s e 0,07 m3/s, respectivamente. Os cenários hipotéticos de uso e ocupação do solo, apresentaram, por sua vez, pegadas hídricas de 0,05 m3/s (cenário 100% agrícola), 0,12 m3/s (100% urbano), 0,006 m3/s (100% cerrado), e 0,09 m3/s (50% agrícola e 50% urbano). As pegadas hídricas cinza de todos os cenários analisados mostraram-se ambientalmente sustentáveis na bacia. 
 
Adriano Luiz Normandia Monteiro, Abelardo Antônio De Assunção Montenegro, Suzana Maria Gico Lima Montenegro
Este trabalho foi desenvolvido em vale aluvial utilizado para pequena irrigação, com o objetivo de avaliar seu potencial hídrico na condição corrente de explotação e a relevância da interação rio aquífero, mesmo em período seco. Utilizando-se o software Visual MODFLOW, foram avaliados os fluxos e a distribuição do potencial hídrico no vale, considerando o uso e ocupação do solo. Para calibração e validação do modelo, admitiu-se que as extrações do aquífero seguiram critério agronômico, baseado no consumo hídrico das culturas. Foram avaliados cenários com diferentes frações de lixiviação (de 20%, 50% e 100%) para investigar o efeito do acréscimo de extrações na potenciometria do aquífero, e sua influência no rebaixamento do lençol, principalmente durante o período de recessão hídrica. Além dos fluxos difusos na superfície (recarga e evaporação), foram consideradas contribuições oriundas da bacia hidrográfica circunvizinha. Constatou-se a importância da interação rio-aquífero nos seus níveis potenciométricos, podendo-se verificar que o aquífero aluvial está submetido a elevadas taxas de recarga, de modo que as taxas de bombeamento aplicadas não estão colocando em risco a sua sustentabilidade. 
 
Cristiane Collet Battiston, Edith Beatriz CamaÑo Schettini, Marcelo Giulian Marques
Os problemas hidráulicos encontrados junto às comportas de enchimento e esvaziamento, especialmente a cavitação, estão entre as principais limitações para o aumento da altura de queda das eclusas. Com esta pesquisa, foi possível o aprofundamento dos conhecimentos sobre a dinâmica desse escoamento e, para tanto, foram realizadas testes, em modelo físico reduzido construído no Laboratório de Obras Hidráulicas do Instituto de Pesquisas Hidráulicas - IPH/UFRGS. A partir das tendências dos dados, pôde-se concluir que, para a estrutura em estudo, as condições com abertura da comporta igual a 60% e 70% gerariam as menores pressões médias, respectivamente, na base e no teto do conduto para um mesmo --. Para números de Reynolds superiores a3-10-, o comportamento das pressões ao longo da base e do teto do conduto apresentou tendências similares para cada grau de abertura, tendo sido possível descrevê-lo pela relação entre coeficientes adimensionais de posição e de pressão média, máxima e mínima. 
 
Erico Gaspar Lisboa, Manuel Maria Pacheco Figueiredo, Ana Rosa Baganha Barp, AndrÉ Augusto Azevedo Montenegro Duarte
A arrecadação pela cobrança de uma taxa de drenagem pode resultar em dividendos e, consequentemente, suprir os custos para execução de um plano de drenagem urbana, considerando a bacia hidrográfica como unidade de planejamento. Porém, não há base metodológica consolidada para mensurar a arrecadação de uma bacia, para fins de planejamento financeiro. Portanto, o objetivo desse artigo é quantificar o potencial arrecadador classificando a autonomia financeira de cada bacia para executar um plano de drenagem. Para tanto, aplica-se inferência estatística multivariada - variáveis independentes: renda per capita média, testada do imóvel e área impermeabilizada; e, variável dependente: taxa de drenagem obtida pelo método de Tucci. Assim permitiu-se: adequação de um modelo; generalização desse modelo à bacias em curto e médio prazo, e a classificação da autonomia financeira, com vista ao planejamento. A proposta aplicada no conjunto hidrográfico do município de Belém/PA revelou que o potencial arrecadador de uma bacia independe da renda e testada, mas é diretamente proporcional a área impermeabilizada para conquistar sua autonomia financeira. 
 
Rosane Barbosa Lopes Cavalcante, Carlos Andre Bulhoes Mendes
Na Laguna dos Patos, a exemplo do usualmente observado em lagoas costeiras, o crescimento populacional e o desenvolvimento econômico no seu entorno têm levantado importantes questões relativas aos impactos negativos dessas atividades no corpo hídrico. Um bom conhecimento dos processos hidrodinâmicos envolvidos é essencial para responder estas questões e melhorar a gestão dos recursos hídricos locais. Neste contexto, este trabalho apresenta uma análise de sensibilidade, a calibração e validação do módulo hidrodinâmico do modelo IPH-A na Laguna dos Patos, a fim de que o mesmo possa ser posteriormente utilizado como ferramenta de auxílio à gestão integrada deste corpo d-água. A variação de nível dos postos fluviométricos disponíveis para a Laguna dos Patos e Lago Guaíba foram representadas satisfatoriamente, exceto para a região estuarina, onde os parâmetros calibrados devem ser utilizados com cautela. Combinado a fácil utilização do modelo IPH-A e disponibilidade dos dados necessários, o modelo apresenta-se como uma importante ferramenta a ser utilizada na gestão deste corpo hídrico. Como continuação deste trabalho será analisada, a simulação de dispersão de poluentes pelo modelo, de modo a integrar os aspectos quantitativos e qualitativos. 
 
Bruno Collischonn, Carlos Eduardo Morelli Tucci
Neste trabalho, investigou-se a relação entre evapotranspiração (ETP) e precipitação, por meio da avaliação dos dados disponibilizados recentemente pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) em 290 estações meteorológicas no país. A ETP tende a ser menor durante períodos chuvosos e vice-versa. Esta relação foi investigada tanto do ponto de vista físico, por meio da avaliação das variáveis meteorológicas necessárias para aplicação do modelo de Penman-Monteith, quanto do ponto de vista estatístic, por meio do ajuste de curvas entre a ETP e precipitação mensais. Estas relações podem ser úteis em situações nas quais séries de ETP não estão disponíveis, tais como projeto de reservatórios de regularização, previsão de vazões e gerenciamento de irrigação. 
 
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ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos