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Joana D'arc Freire De Medeiros, Nilza Maria Dos Reis Castro, Robin Thomas Clarke
Dentre os diversos métodos existentes para estimar o conteúdo de água no solo, a técnica de reflectometria no domínio do tempo (TDR) vem despertando grande interesse nos últimos anos, por apresentar características desejáveis como medição em tempo real e possibilidade de automação além de não de não destruir o solo amostrado, no entanto, vários autores recomendam o levantamento de uma curva de calibração para cada tipo de solo. O presente trabalho teve por objetivo determinar a curva de calibração do TDR para um Latossolo Vermelho distroférrico oriundo da bacia experimental do arroio Donato, no município de Pejuçara-RS. Para isto, utilizou-se duas metodologias: uma de campo e outra baseada no uso de amostras indeformadas em laboratório. A calibração do TDR no campo mostrou uma grande dispersão nos dados, impossibilitando o ajuste de uma curva. A opção de utilizar amostras indeformadas em laboratório se apresentou como uma alternativa viável, pois possibilita maior controle das variáveis envolvidas (constante dielétrica e conteúdo de água no solo) além de preservar as características estruturais do solo. Não foram observadas diferenças significativas nas camadas de 5 a 15 cm e de 30 a 40 cm, diferindo estas da profundidade 50 a 60 cm. As equações que melhor se ajustaram aos dados de conteúdo de água no solo (q) e constante dielétrica (ka), para profundidades de 5 a 40 cm e 50 a 60 cm, foram polinômios de terceiro grau com coeficiente de determinação R2 = 0.896 e 0,983. Estas equações diferem das apresentadas por Topp et al. (1980) e Souza et al. (2001). 
 
Joana D'arc Freire De Medeiros, Joel Avruch Goldenfum, Robin Thomas Clarke
Este trabalho apresenta um estudo experimental realizado na bacia hidrográfica do arroio Donato (1,1 km2), localizada na região central do derrame basáltico sul-riograndense, com o objetivo de avaliar se a variabilidade espaço-temporal do conteúdo de água no solo pode ser explicada a partir de fatores ambientais, tais como topografia e solo. Para isto foi analisado um conjunto de mais de 2000 medições de conteúdo de água no solo, coletadas numa malha regular em toda a bacia, nas profundidades de 0cm (superfície), 30 cm e 60 cm, e em dois perfis com comprimentos de 280 m (Perfil P1) e 320 m (Perfil P3). As medições do conteúdo de água no solo foram realizadas pelo método gravimétrico, na camada superficial, e com TDR, nas camadas inferiores. A análise de correlação mostrou que os atributos topográficos com maior correlação com o conteúdo de água no solo foram: área de contribuição, aspecto e curvatura no perfil, na superfície; e declividade, área de contribuição e aspecto, a 30 cm de profundidade. Os dados dos perfis P1 e P3 mostraram correlação muito fraca com praticamente todos os atributos topográficos testados neste trabalho. Com relação aos índices de conteúdo de água, observou-se que os mesmos apresentam boa correlação com os dados da malha regular, principalmente com os obtidos a 30 cm de profundidade. Nos conjuntos de dados obtidos somente numa vertente (perfis P1 e P3) os índices de conteúdo de água não apresentam bom desempenho. 
 
Joana D'arc Freire De Medeiros, Joel Avruch Goldenfum
A estabilidade temporal no padrão espacial do conteúdo de água no solo foi avaliada numa pequena bacia rural na região do derrame basáltico sul-riograndense com o objetivo de identificar pontos de amostragem que reproduzem o comportamento médio e extremo do conteúdo de água no solo. Para isto o conteúdo de água no solo foi monitorado durante um ano agrícola. As amostras eram coletadas numa malha regular em toda a bacia, nas profundidades de 0 cm (superfície), 30cm, e em dois perfis com comprimentos de 280m (Perfil P1) e 320m (Perfil P3). As medições do conteúdo de água no solo foram realizadas pelo método gravimétrico, na camada superficial, e com TDR, na camada inferior. Observou-se que a estabilidade completa do padrão espacial do conteúdo de água no solo não existe na camada superficial sendo identificada somente para a profundidade de 30 cm. Foi possível identificar pontos na bacia com estabilidade temporal, principalmente na profundidade de 30 cm e no perfil P1. O uso de pontos de estabilidade temporal permite estimar a média espacial do conteúdo de água no solo com erro inferior a 5% e 1% na superfície e 30 cm, respectivamente. 
 
Mauricio Costa Goldfarb, Tarciso Cabral Da Silva
A partir de estudos experimentais e de análise da representação do efeito de forma do canal no escoamento uniforme livre, Kazemipour e Apelt (1980) desenvolveram um procedimento para cálculo do escoamento uniforme em canais circulares lisos, denominado método de Kazemipour. Este método, dependente de procedimentos gráficos, possibilita, através da adequação do fator de atrito para tubos lisos pressurizados, o cálculo do escoamento uniforme em canais circulares lisos. Posteriormente Goldfarb e Silva (2003), através de um procedimento numérico, tornaram este método exeqüível através de uma formulação algébrica. O método de Goldfarb e Silva (2003) foi confrontado por estes autores com a equação de Manning para o cálculo do escoamento em canais circulares lisos, e a superioridade deste novo método foi demonstrada. Neste trabalho faz-se uma avaliação do parâmetro de forma utilizado, de maneira a facilitar a aplicação do novo método, modificado para tornálo implícito, no cálculo do escoamento em canais circulares lisos. Apresenta-se também a validação analítica do método de Kazemipour. As formulações obtidas quando também comparadas com a equação de Manning, apresentaram-se superiores. Propõe-se ainda a possibilidade de unificação dos procedimentos para cálculo do fator de atrito nas fases pressurizada e livre. 
 
Eduardo Mário Mendiondo, Heloisa Ceccato Mendes
Com o objetivo de promover a reflexão sobre os impactos ambientais ocasionados pela urbanização, avalia-se a relação entre expansão urbana e histórico de ocorrência de inundações e alagamentos em uma cidade média brasileira: São Carlos — SP. O levantamento de notícias históricas de jornal tem como objetivo resgatar informações sobre transformações físicoterritoriais e ocorrência de inundações e alagamentos em uma bacia urbana sem sistematização de dados históricos. Os métodos utilizados relacionam dados sobre evolução da urbanização, população e de ocorrência de inundações e alagamentos na Bacia do Gregório, especificamente no período de 1940 a 2004. Os resultados demonstram que a urbanização da bacia teve influência no aumento da freqüência de inundações se alagamentos, bem como no aumento da magnitude de seus impactos. Tais resultados indicam que a inclusão do histórico da ocupação territorial é um elemento crucial no processo de tomada de decisões para o planejamento territorial futuro. A abordagem histórica da drenagem urbana fornece subsídios para a implementação de políticas públicas que objetivem a recuperação ambiental e a redução dos impactos gerados por inundações e alagamentos. 
 
Adunias Dos Santos Teixeira, Fabio Chaffin Barbosa, Rubens Sonsol Gondim
O objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto do custo da água para irrigação sobre as culturas exploradas na bacia hidrográfica do Baixo Jaguaribe (Ceará). Foram identificadas 36 culturas exploradas com irrigação a partir do rio Jaguaribe, totalizando uma área cultivada de 7.570 ha. O impacto da cobrança de água sobre a produção agrícola relacionada foi analisado utilizando os dados de necessidade de irrigação e os parâmetros de produção utilizando os seguintes indicadores: i) custo de produção; ii) receita bruta; e, iii) receita líquida,, sempre contrastanto com a tarifação vigente no Estado do Ceará estipulada pelo decreto nº 27.271/03. Em função das análises efetuadas, concluiu-se que o estabelecimento de um preço para água baseado no benefício líquido das explorações é mais adequado, do ponto de vista financeiro, que em relação aos custos de produção e sobre o faturamento bruto. Para a maioria das culturas analisadas, o impacto da cobrança sobre os custos de produção ficou na faixa de 1,5% a 5,1%, sendo que para o arroz cultivado em solo de textura leve e para a canade- açúcar, os impactos atingiram 9,0% e 11,1%, respectivamente. 
 
Alain Marie Bernard Passerat De Silans, Fernando Moreira Da Silva
Com o intuito de contribuir ao melhoramento das previsões meteorológicas na região semi-árida do Nordeste Brasileiro dominada por vegetação de Caatinga, foi instalado na fazenda escola de São João do Cariri, na Paraíba, um experimento denominado projeto Cariri. Uma torre com 8 metros de altura foi erguida no meio da vegetação para coletar informações micrometeorológicas na camada limite atmosférica, no dossel da vegetação e no solo para realizar localmente os balanços de radiação, de energia e de água. A intenção é de elaborar um modelo SVATs (Soil Vegetation Atmosphere Transfer Scheme) para ser, no futuro, incorporado a modelos de circulação atmosférica de mesoescala aplicáveis à região. O estudo experimental permitiu detectar processos físicos naturais específicos que reduzem as perdas de água neste ambiente frágil e vulnerável às secas. As transferências de calor sensível e vapor de água entre o solo e a atmosfera ou entre o solo e a vegetação, se devem permanentemente a um processo de conveccão livre controlado pela diferença de temperatura entre a superfície do solo e a atmosfera ou o ar no dossel da vegetação. Por sua vez, esta diferença de temperatura reduzida e as vezes invertida resulta conjuntamente da baixa difusividade termodinâmica do solo e do controle exercido pela vegetação sobre a transpiração. O resultado deste processo é uma baixa taxa de evapotranspiração e um relativo poder de conservação da umidade deste solo da região mais semi-árida do Brasil. 
 
Cristovão Vicente Scapulatempo Fernandes, Sergio Michelotto Braga
Medidores do tipo “tipping bucket (TBs)” são largamente utilizados em estações meteorológicas e hidro-ambientais para registrar detalhes da precipitação. A investigação da condição de funcionamento de equipamentos utilizados na Bacia experimental do Rio Barigüi revelou erros substanciais de medida. Levantamento bibliográfico indica haver consideráveis fontes de incerteza nas medições produzidas pelos TBs. Ensaios em laboratório confirmaram tendência a sub-medição, em especial durante eventos intensos. Os resultados obtidos indicam haver necessidade de ampliar o estudo, para que performance real deste tipo de equipamento no Brasil seja melhor compreendida. 
 
Anne Catherine Favre, Claudio Jose Cavalcante Blanco, Yves Secretan
Na Amazônia, o potencial hidrelétrico pode ser estimado somente nas grandes bacias, pois são as únicas que possuem dados de vazão. Tal fato deixa de lado inúmeras pequenas bacias que poderiam atender às pequenas comunidades isoladas através da implantação de microcentrais hidrelétricas. Os dados comumente disponíveis na região são os pluviométricos. Assim, o objetivo principal deste artigo é a aplicação e a transposição de um modelo chuva-vazão visando à simulação de curvas de permanência. A simulação das vazões é formulada a partir de um sistema linear (entrada-saída) invariável no tempo. O modelo é aplicado a duas pequenas bacias localizadas no Estado do Pará. Uma análise de sensibilidade do modelo, em função do tamanho das amostras de chuva e vazão, é efetuada com o objetivo de determinar o período de dados mais curto que ainda assegure uma boa aplicação do modelo. Como se tem duas pequenas bacias, é efetuada a transposição do modelo e uma análise de sensibilidade em função do tamanho da série de vazões necessária para a calibração da transposição. A análise de sensibilidade do modelo revela que um ano e meio de dados de chuva e vazão são suficientes para a aplicação do modelo. Já a análise de sensibilidade da transposição indica que uma amostra de vazões de um ano é suficiente para calibrar a transposição do modelo. Os resultados das análises de sensibilidade são importantes para a aplicação do modelo em pequenas bacias sem dados de vazão, como a maioria das pequenas bacias amazônicas. 
 
Carolina Davila Domingues, Gelson Luiz Fiorentin, Leonardo Francisco Stahncke, Marco Antonio Fontoura Hansen
O arroio da Manteiga, com extensão média de 7,12 km, localizado na Zona Norte de São Leopoldo, RS, é tributário indireto do rio dos Sinos e o principal afluente da sub-bacia do arroio Cerquinha. Este estudo visa elaborar um perfil da qualidade do ambiente, através das análises físico-químicas da água e sedimento de fundo; granulometria e teor de matéria orgânica do substrato; identificação de fatores microbiológicos e antrópicos que influenciam o sistema aquático; dos aspectos ecológicos dos macroinvertebrados, seus riscos e benefícios; e da verificação dos usos da água pela população. A escolha dos pontos amostrados deu-se através dos impactos que o arroio sofre ao longo de seu curso. Realizou-se uma coleta no período de cheia e duas no de estiagem. Devido à presença de moradores às margens do arroio a partir de seu trecho médio, as características gerais até sua foz são da classe 4, segundo Resolução do CONAMA nº 357/05. Coletaram-se 951 indivíduos de macroinvertebrados, sendo apenas Planorbidae (Gastropoda) considerado de importância para saúde pública. Houve segregação ecológica entre os pontos devido às famílias sensíveis à poluição, destacando-se Tipulidae, Gripopterygidae, Calamoceratidae e Gerridae ocorrentes apenas na nascente. Verificou-se que o uso deste recurso hídrico está diretamente relacionado ao lazer, dessedentação animal e deposição de resíduos. 
 
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ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos