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Ilza Machado Kaiser, Rodrigo De Melo Porto
Este artigo faz uma aplicação e comparação dos métodos de geração de campos de precipitação selecionados em estudo preliminar apresentado no artigo anterior. Os campos de precipitação foram compostos a partir de dados pluviométricos, de radar e de técnicas que congregam esses dois tipos de dados. Estudou-se a influência da área de integração nas médias das alturas médias e máximas diárias de chuva. Analisaram-se as superestimativas observadas pelos métodos compostos. Investigou-se a existência de um comportamento diferenciado dos diversos métodos em função da altura diária de chuva. Finalmente, verificou-se, através do traçados das isoietas médias anuais, que existem grandes diferenças de comportamento espacial dos campos de precipitação. Verificaram-se diferenças quantitativas nas médias diárias do radar e dos métodos baseados em pluviômetros da ordem de ?12% , e na faixa de ?0,5 a +16% para os métodos compostos.  
 
Abel Maia Genovez, Francisco Lombardi Neto, Aderson Sartori
Com a atual escassez dos recursos hídricos, a utilização de modelos que permita avaliar o escoamento superficial, principalmente aqueles capazes de considerar as influências do solo e de sua cobertura, tornam-se ferramentas importantes de auxílio ao planejamento conservacionista de bacias hidrográficas. Dentre vários modelos, o do Serviço de Conservação do Solo (SCS) dos Estados Unidos da América (EUA) que permite considerar o tipo e a cobertura do solo é um dos mais utilizados na prática da engenharia para se estimar o escoamento superficial. Sua metodologia reúne os solos dos EUA em quatro grandes grupos: A (baixo potencial de escoamento); B (moderado potencial de escoamento); C (alto potencial de escoamento); D (muito alto potencial de escoamento); iniciando a série com as argilas compactas com baixíssima taxa de infiltração até as areias bem graduadas e profundas com alta taxa de infiltração. No Brasil alguns estudos foram realizados no sentido de adaptar ou compreender a classificação hidrológica do solo. Com o objetivo de contribuir nesse sentido, neste artigo apresentase a classificação original do SCS mostrando as dificuldades de sua aplicação e a proposta por Lombardi Neto et al. (1989) com uma breve justificativa de seus conceitos conflitantes com a classificação do SCS. Baseando-se no conteúdo apresentado conclui-se que no Brasil existem algumas classes de solos argilosos e arenosos que não pertencem aos grupos hidrológicos do solo de alto e baixo potencial de escoamento superficial, respectivamente. Assim, uma extensão da classificação hidrológica de Lombardi Neto et al. (1989) é proposta. 
 
Abel Maia Genovez, Aderson Sartori, Francisco Lombardi Neto
O modelo chuva-vazão do Serviço de Conservação do Solo (SCS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América (USDA) é um modelo muito utilizado em projetos de engenharia, seja para o cálculo da Chuva excedente ou estimativa do hidrograma de projeto. Contudo, sabe-se que o método tem como principal parâmetro o número da curva de escoamento superficial (CN). Sabe-se também que a classificação hidrológica do solo é de fundamental importância para a estimativa do CN e esta não foi desenvolvida para solos tropicais como os do Brasil. Sartori et al. (2005) apontam algumas dificuldades de sua aplicação e apresentam uma sugestão para a classificação hidrológica dos solos do Brasil tomando como base o trabalho de Lombardi Neto et al. (1989). Como toda proposta deve ser avaliada, este trabalho desenvolve-se com objetivo de analisar as respostas do modelo chuva-vazão do SCS aplicado com sua classificação hidrológica do solo original e com a classificação sugerida por Sartori et al. (2005) a eventos observados de precipitação para a estimativa da chuva excedente e da vazão de pico que foi obtida com o hidrograma unitário triangular do SCS e com o hidrograma unitário médio observado na microbacia hidrográfica do Ribeirão dos Marins, município de Piracicaba, São Paulo, Brasil, com área próxima de 21,87 km2. Os resultados simulados utilizando as duas classificações hidrológicas do solo foram comparados com os eventos observados na microbacia. Das comparações realizadas observou-se que melhores resultados foram obtidos com a classificação hidrológica sugerida por Sartori et al. (2005) e com o hidrograma unitário da microbacia. Esses resultados indicam que a classificação hidrológica do solo sugerida por Sartori et al. (2005) é mais adequada para as condições dos solos da bacia estudada e que o hidrograma unitário do SCS tende a superestimar a vazão de pico.  
 
Carlos Eduardo Morelli Tucci, Walter Collischonn
A previsão de vazão pode ser realizada a curto e a longo prazo. Usualmente a previsão a curto prazo é realizada com antecedência de algumas horas ou alguns dias. A previsão de longo prazo, também chamada previsão sazonal, envolve a previsão com antecedência de alguns meses, também chamada de previsão sazonal. A previsão sazonal geralmente se baseia nas estatísticas das séries hidrológicas. Com o aprimoramento dos modelos climáticos aumentou a potencialidade da previsão de vazões de longo prazo com base em modelos determinísticos climáticos e hidrológicos. Numa seqüência de dois artigos é apresentado um exemplo do uso integrado de um modelo climático e um hidrológico para previsão sazonal de vazão na bacia do rio Uruguai. Neste primeiro artigo é apresentada a etapa de calibração do modelo hidrológico de grandes bacias (MGB) no Alto Uruguai. No artigo seguinte é apresentada a previsão e a avaliação dos seus resultados. O ajuste do modelo foi realizado em duas etapas: (a) utilização de parâmetros de uma bacia vizinha e; (b) calibração automática multi-objetivo baseada em um algoritmo genético. O primeiro permite avaliar a capacidade do modelo de extrapolar resultados e o segundo a capacidade da otimização para obter um ajuste único para o conjunto de postos da bacia. O ajuste foi verificado em vários postos fluviométricos com resultados bons, tanto nos hidrogramas como na curva de permanências e nas estatísticas das séries.  
 
Carlos Eduardo Morelli Tucci, Gilvan Sampaio De Oliveira, Pedro Leite Da Silva Dias, Robin Thomas Clarke, Walter Collischonn
A previsão de vazão de longo prazo ou sazonal é fundamental para o gerenciamento dos recursos hídricos em seus diversos usos, como geração de energia elétrica, navegação e suprimento de água para abastecimento e agricultura. Numa seqüência de dois artigos são apresentados os resultados da previsão de até cinco meses de antecedência para a bacia do rio Uruguai com base na combinação do modelo climático global do CPTEC com um modelo hidrológico de grandes bacias. No primeiro artigo são apresentados os resultados do ajuste do modelo hidrológico para a bacia brasileira do rio Uruguai, onde os resultados se mostraram satisfatórios. Neste artigo são apresentados os resultados do uso do modelo hidrológico ajustado, com a previsão de precipitação do modelo climático, para a previsão de vazão em Iraí, no rio Uruguai (62.200 km2). Foram realizadas previsões de vazão retrospectivamente para o período de 1995 a 2001, e os resultados obtidos foram comparados às vazões observadas e às previsões que seriam obtidas utilizando o método estatístico tradicional, que está baseado nas médias ou medianas mensais. Os resultados mostram que o modelo climático global subestima as chuvas em quase toda a bacia, especialmente no inverno, mas suas previsões representam relativamente bem a variabilidade interanual da precipitação na região. Quando corrigidas através de um método estatístico, as previsões de precipitação permitem obter previsões de vazão significativamente superiores àquelas obtidas por médias ou medianas mensais.  
 
Carlos De Oliveira Galvão, Gertrudes Macario De Oliveira, Mario De Miranda Vilas Boas Ramos LeitÃo, Ted Johnson Vasconcelos Leitao
O presente estudo tem como objetivo analisar de uma forma mais aprofundada o uso do coeficiente do tanque classe A e suas implicações nas estimativas de evaporação, bem como estudar a viabilidade do uso de outros tipos de tanques evaporimétricos, mais adequados à região semi-árida e de baixo custo. A pesquisa foi realizada nas regiões do Cariri e sertão da Paraíba, precisamente nas cidades de Boqueirão (lat. 07° 29?S; long. 36° 07?W; alt. 380m) e Patos (lat. 07° 01?S; long. 37° 17?W; alt. 250m), no período de 01 de abril de 2002 a 31 de março de 2003. As duas cidades citadas estão separadas pelo Planalto da Borborema e distantes uma da outra cerca de 140 km. Os resultados mostraram que o coeficiente 0,70 rotineiramente usado, ao invés de corrigir, pode contribuir para subestimar a evaporação obtida no tanque classe A, produzindo maior subestimação durante o período úmido. Também, constatou-se que os tanques tubulares de cimento representam uma ótima alternativa para medir evaporação, visto que, além de representarem uma condição mais natural, são mais precisos do que o tanque classe A, com custos bem menores.  
 
Ana Ines Borri Genovez, Luiz Celso Braga Pinto
Necessidade de mensuração dos volumes de água bruta captados de fontes hídricas e o lançamento de efluentes são motivos de preocupação imediata, pois tanto o mercado como as instituições nacionais envolvidas no assunto ainda não estão apropriadamente preparadas para tal função. Segundo Pinto (2003), pelo lado da captação de água bruta, a grande maioria dos medidores e técnicas encontradas no Brasil para a mensuração de vazões e volumes em condutos forçados são especificados para a utilização com água tratada e não se adeqüam à medição de água bruta. O objetivo deste trabalho é fornecer subsídios para se facilitar e possibilitar a mensuração de volumes e vazões de forma mais econômica e com um nível adequado de precisão, para ser utilizado principalmente pelas agências e comitês de gestão de recursos hídricos. Desta forma foi feito um estudo em campo e laboratório para testar o uso de horímetro em linhas de recalque, com aferição por ultra-som. Os resultados, em sistemas sem filtros na linha de adução, indicaram um desvio de precisão global da ordem de ±3,9%. A utilização de horímetros, portanto, se mostra como uma solução viável tecnicamente e economicamente, visto seu baixo custo de implantação e precisão proporcionada.  
 
Ilza Machado Kaiser, Rodrigo De Melo Porto
Este trabalho discute a composição de campos de precipitação a partir de duas fontes de dados: os pluviógrafos e o radar. São revisados as características de cada equipamento de coleta de dados e elencadas diversas técnicas de composição desses campos. A conveniência da utilização de técnicas mistas não é consensual na bibliografia. Faz-se a comparação pontual dos valores de radar e pluviômetros e confronta-se com os valores da bibliografia. Verifica-se a capacidade dos métodos de estimar a chuva pontual diária. Verifica-se, com base em 2 meses de dados, o comportamento do volume diário de chuva e das chuvas máximas diárias pontuais. Os campos de precipitação são comparados com base na observação das isoietas diárias. Alguns métodos foram selecionados para estudo de caso mais detalhado apresentado na parte II deste artigo.  
 
Antonio Eduardo LeÃo Lanna, Henrique Vieira Costa Lima
O uso de modelos matemáticos na análise de sistemas de recursos hídricos tem se desenvolvido bastante desde a década de 60. O acentuado desenvolvimento destes modelos devido ao advento e aos contínuos avanços da tecnologia dos computadores digitais torna imperativa uma atualização nas revisões bibliográficas anteriores sobre o tema. O presente artigo busca colaborar nesta linha de pesquisa esperando ajudar e, sobretudo, incentivar, novos estudos na área de pesquisa operacional, particularmente para sistemas de reservatórios de grande porte.  
 
Jussara Cabral Cruz, Carlos Eduardo Morelli Tucci
A implantação de um sistema de outorga de uso dos recursos hídricos, em bases sustentáveis, pressupõe a realização de um balanço hídrico, em nível de bacia hidrográfica, cotejando tanto as disponibilidades de água quanto as demandas. Este artigo apresenta um equacionamento de balanço hídrico, cujas características principais são a simplicidade e a consideração da variabilidade sazonal e interanual dos recursos hídricos ofertados na bacia hidrográfica. Com base no modelo de balanço proposto, são ensaiados diferentes critérios de outorga, cujas análises são apresentadas neste artigo. Os aspectos avaliados são: prioridades entre diferentes tipos de usuários; critérios de alocação de volumes entre as seções; critérios de definição do número de trechos de gerenciamento; efeito da variabilidade interanual da disponibilidade hídrica; efeito da disponibilidade hídrica sazonal e efeitos ambientais da outorga.  
 
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ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos