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Bruno Rabelo Versiani, Carlos Barreira Martinez, Vinicius Verna Magalhaes Ferreira
A construção e operação de usinas hidrelétricas gera inúmeros impactos ambientais, alguns deles denominados externalidades negativas, cujos custos não são repassados aos consumidores e são pagos pela sociedade como um todo. As emissões de gases de efeito estufa, que contribuem para o aquecimento global, enquadram-se no conceito de externalidades negativas. Este trabalho apresenta uma metodologia para se calcular o valor das externalidades associadas às emissões de gases de efeito estufa de algumas usinas hidrelétricas situadas no Estado de Minas Gerais, utilizando dados georeferenciados da ANEEL ? Agência Nacional de Energia Elétrica, e informações técnicas e econômicas disponibilizadas pelo setor elétrico. 
 
Edson Cezar Wendland, Julio Cesar Arantes Perroni
Diversos sistemas públicos de abastecimento de água de cidades brasileiras utilizam majoritária ou exclusivamente água subterrânea captada em poços tubulares profundos, sendo que a grande maioria desses poços necessita de equipamentos de bombeamento para efetuar a elevação da água até a superfície com custo operacional elevado devido às despesas com energia elétrica. No presente trabalho, foi desenvolvida uma metodologia para análise de dados operacionais de poços e respectivos sistemas de bombeamento, incluindo a determinação do rendimento eletromecânico dos equipamentos utilizados. A aplicabilidade da metodologia proposta foi avaliada através de estudo de caso, realizado com 21 poços utilizados no abastecimento público da cidade de São Carlos - SP. Os resultados obtidos indicaram que, com a utilização de equipamentos de bombeamento de alto rendimento, será possível reduzir 15% do consumo de energia elétrica, proporcionando uma redução de despesa que poderá cobrir, em 5 anos, mais de 50% dos valores dos investimentos necessários em novos equipamentos. Tendo como diretrizes gerais a otimização do rendimento de poços profundos, propostas para a modernização de sistemas de bombeamento de água são apresentadas, visando contribuir para a melhoria da qualidade dos serviços e economia de recursos. 
 
Francisco De Assis Salviano De Sousa, Josicleda Domiciano Galvíncio, Vajapeyam Srirangachar Srinivasan
Este estudo tem como objetivo analisar o impacto das ações antropogênicas no escoamento superficial da bacia hidrográfica do açude Epitácio Pessoa, por meio do estabelecimento do balanço hídrico. A contribuição do fluxo para o açude Epitácio Pessoa (Boqueirão) vem, principalmente, das sub-bacias do Alto Paraíba e do Taperoá. Para estimar ou gerar os valores de escoamento superficial do rio Paraíba, em Caraúbas e do rio Taperoá, em Poço de Pedras, foi desenvolvido um modelo baseado na identificação e quantificação dos principais processos hidrológicos. Aqui, as componentes do balanço hídrico foram estimadas em escala diária. Inicialmente, a variação da precipitação é tratada no modelo, visto que é um dos fatores climáticos mais importantes para o escoamento superficial. Os resultados são apresentados em termos de distribuição mensal do escoamento superficial. De acordo com os resultados, observou-se que o escoamento superficial da bacia em estudo foi alterado ao longo dos anos, tendo havido retardo e diminuição do mesmo. Essa modificação ocorreu devido a ações não planejadas do homem, como, por exemplo, construções desordenadas de açudes à montante de Boqueirão. Foi observado que não houve modificação no padrão da precipitação ao longo do tempo e por isso sugere-se que as mudanças ocorridas nos escoamentos são devidas a alterações de uso do solo. A metodologia utilizada permitiu representar a variação hidrológica da bacia hidrográfica do açude Epitácio Pessoa e proporcionar melhor manejo dos recursos hídricos da bacia. Essa metodologia poderá servir como modelo de previsão e apresentar as possíveis mudanças de comportamento da bacia. 
 
Ivaldo Dario Da Silva Pontes Filho, Jaime Joaquim Da Silva Pereira Cabral, Sylvana Melo Dos Santos
Um dos problemas que compromete a sustentabilidade do uso de água subterrânea é o risco de subsidência do solo que precisa ser analisado com cuidado para prevenir ou mitigar prejuízos em edificações e pavimentos. Uma das causas de subsidência do solo é a retirada de fluido de vazios subterrâneos (poros ou cavidades). Nos grandes centros urbanos e em áreas destinadas à agricultura e às atividades industriais, a explotação demasiada de água subterrânea, que resulta num ritmo de extração superior à capacidade de recarga, constitui a causa mais comum de subsidência, como pode ser observado na grande quantidade de registros do fenômeno em todo o mundo. A discussão sobre os mecanismos de ocorrência indica a necessidade de maior investigação sobre o tema, envolvendo aqüíferos cársticos e sedimentares, para o desenvolvimento de ferramentas de previsão e simulação de cenários, de estratégias de monitoramento e de técnicas de mitigação do problema. 
 
Abelardo Antônio De Assunção Montenegro, George Do Espirito Santo Silva, Giancarlo Lins Cavalcanti, Suzana Maria Gico Lima Montenegro
A recarga artificial de aqüíferos pode ser empregada no aumento de disponibilidade e armazenamento de água, controle de salinização em aqüíferos costeiros e controle de subsidência de solos. O sistema aqüífero da Planície do Recife (PE) é composto por dois aqüíferos profundos, Cabo e Beberibe, de características confinadas, recobertos por um aqüífero freático, o Boa Viagem. O problema do rebaixamento excessivo nos níveis do aqüífero Cabo pela super-explotação é agravado pelo elevado grau de urbanização que diminui sobremaneira a oportunidade de recarga natural do sistema. Desta forma, destaca-se a relevância de se avaliar o potencial da recarga artificial utilizando água de chuva como alternativa para recuperação dos níveis potenciométricos do aqüífero Cabo. Neste contexto, apresenta-se neste trabalho a condução de experimento de recarga artificial que utiliza águas de chuva, juntamente com a análise de ensaios preliminares de campo. Os ensaios foram realizados na área de maior redução dos níveis potenciométricos do aqüífero Cabo, a fim de verificar a resposta em campo à recarga artificial. Com a finalidade de se analisar diferentes cenários de recarga artificial, foi efetuada análise numérica, utilizandose modelo em elementos finitos, CODE- BRIGHT. Os resultados indicam que a recarga artificial através de poços de injeção na área em estudo é viável, devendo ser realizados estudos de adicionais de longo prazo de modo a avaliar a variação dos níveis em resposta a recarga. 
 
Jose Geraldo De Melo, Paula Stein
A área de estudo abrange uma superfície de 1320 km2, situada numa região semi-árida com precipitações pluviométricas da ordem de 798,2 mm anuais. A geologia compreende arenitos da Formação Açu, limitados ao norte pela Formação Jandaíra e ao sul pelo embasamento cristalino. O aqüífero Açu corresponde a porção inferior da formação homônima, formado por arenitos com intercalações argilosas, apresentando-se sob a forma de aqüífero livre com a ocorrência de semiconfinamentos localizados. O objetivo principal do trabalho é avaliar as potencialidades do aqüífero Açu, verificar as possibilidades de manutenção das descargas atuais de bombeamento e determinar uma possível ampliação da oferta de água tendo em vista o desenvolvimento da região. Os principais problemas apresentados dizem respeito a irregularidades nas vazões dos poços e na salinidade das águas. A estrutura hidrogeológica e o funcionamento hidráulico do sistema aqüífero Açu foram definidos com base no cadastramento de poços, dados de estudos geofísicos, campanhas de medições de níveis de água e interpretação de resultados de testes de bombeamento. Na estimativa da recarga das águas subterrâneas foram aplicadas diferentes metodologias: Balanço hídrico, Lei de Darcy e Balanço de cloreto. A qualidade da água foi avaliada mediante determinação in situ da condutividade elétrica seguida de coleta de amostras para análise química completa. A transmissividade do aqüífero cresce no sentido de sul para norte, segundo a direção do fluxo subterrâneo, condicionando melhores possibilidades hidrogeológicas na faixa norte da área. Na faixa sul, além do aqüífero ser de baixo potencial hidrogeológico, as águas apresentam problemas de salinização. Atualmente o volume de água disponível para a população é em média 8 milhões de m3/ano, o que representa cerca de 15% da recarga estimada em 54 milhões de m3/ano. Ficando, portanto, evidenciada a possibilidade de manutenção das descargas atuais de bombeamento e a maximização da oferta de água. O uso deste recurso em condições de sustentabilidade requer, entretanto, a adoção de medidas adequadas de manejo. 
 
J. Bione, Naum Fraidenraich, Olga De Castro Vilela
Descrevem-se as possibilidades e limitações da região semi-árida do Nordeste do Brasil para o desenvolvimento de agricultura familiar. Analisa-se em particular o problema da água e da energia, mostrando que existem diversas alternativas para resolver o problema da água, basicamente através da exploração de reservas subterrâneas devidamente selecionadas. Experiências realizadas em pólos de desenvolvimento regional durante as últimas décadas mostram que o clima é perfeitamente propício para vários tipos de cultivo de alto valor agregado, uva entre eles. O balanço de água de um sistema de micro irrigação permite comprovar que é possível utilizar a tecnologia de bombeamento fotovoltaico para operar esses sistemas de forma tecnicamente viável, nos casos de empreendimentos de agricultura familiar. Por exemplo, um hectare de uva irrigada requer um gerador fotovoltaico de 1,3 kW de potência pico para bombear 20 m3 de água por dia com 40 m de altura manométrica. Uma análise econômica simplificada mostra que os sistemas de irrigação para cultura de uva começam a dar retorno positivo a partir do terceiro ano. O estudo comprova, portanto, sua viabilidade, tanto do ponto de vista técnico como financeiro. A implantação desses sistemas poderá se traduzir em um aumento significativo no ingresso dos agricultores da região. 
 
Alexsandro R. Zaleski, Carlos Augusto Franca Schettini
Por mais de uma década os Perfiladores Acústicos de Correntes por efeito Doppler (PACD) vêm sendo comumente utilizados para fazer medições de correntes. Eles fornecem perfis de corrente com excelente resolução temporal e espacial. Nos PACDs convencionais, a amplitude do sinal acústico refletido é armazenada na memória do equipamento para o controle da qualidade dos dados e assim determinar a precisão das medições de velocidade. No entanto, estas informações possuem uma relação direta com a concentração do material particulado em suspensão (MPS) na água, o que faz destes equipamentos potentes ferramentas no monitoramento do MPS. O presente trabalho relata alguns experimentos realizados para calibrar um PACD convencional para se obter informações sobre o MPS na água. Devido ao grande volume de amostragem destes equipamentos, a calibração somente pode ser realizada em campo. O modelo calibrado foi um Aquadopp Profiler® da marca NortekTM, com uma freqüência de trabalho de 1 MHz. A calibração do PACD foi realizada no estuário do Rio Itajaí-açú com a utilização de um turbidímetro de retro espalhamento ótico e amostras de água para determinação gravimétrica do MPS. As calibrações demonstraram boa concordância entre as informações coletadas pelo turbidímetro ótico e pelo PACD e foram geradas equações para se converter as informações acústicas coletadas pelo PACD em informações de MPS na água para este estuário. 
 
Thereza Christina De Almeida Rosso, Werner Bess D'alcantara
A Lagoa Rodrigo de Freitas, situada na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, recebe uma significativa parcela de esgotos domésticos, detectados pelos parâmetros indicativos da qualidade de suas águas. A região onde está localizada apresenta uma urbanização consolidada e um sistema de coleta de esgotos sanitários que atende a toda população residente, cuja implantação acompanhou o desenvolvimento urbano da região, a partir do final do século XIX. Este trabalho apresenta uma análise crítica do sistema de esgotamento sanitário da bacia contribuinte à Lagoa Rodrigo de Freitas, avaliando a sua vulnerabilidade. Apresenta-se a avaliação hidráulica do sistema através do aplicativo computacional SewerCad, da Haestad Methods Inc., apropriado para projetos e análise de escoamentos por gravidade, considerando hipótese que correspondem às condições reais de operação, com uma série de prováveis contribuições, pertinentes ou não a uma rede coletora de esgotos sanitários. 
 
Alessandro Freitas Teixeira, Demetrius David Da Silva, Fernando Falco Pruski, Luciano Farias De Novaes, Márcio Mota Ramos, Renata Del Giudice Rodriguez
O rio Paracatu é o afluente com a maior contribuição para o rio São Francisco. Conflitos pelo uso da água na bacia do Paracatu iniciaram, a partir da década de 1970, com a intensificação do processo de sua ocupação econômica. Tendo em vista o crescente uso dos recursos hídricos na bacia do Paracatu, o presente trabalho teve como objetivo analisar o comportamento das vazões consumidas pela irrigação e pelos abastecimentos animal e humano (urbano e rural) de 1970 a 1996 nesta bacia e o impacto das vazões consumidas pelos segmentos analisado. A estimativa das vazões consumidas pela irrigação e pelo abastecimento animal foram realizadas com base nos dados dos censos agropecuários, enquanto as vazões consumidas pelo abastecimento humano (urbano e rural) foram estimadas com base nos dados dos censos demográficos. As vazões consumidas pela irrigação e pelos abastecimentos animal e urbano tiveram crescimento durante o período estudado, enquanto a vazão consumida pelo abastecimento rural diminuiu com o tempo. A taxa de crescimento do consumo de água na bacia foi de 0,20m3 s-1 ano-1, sendo 0,19 m3 s-1 ano-1 correspondente ao aumento do consumo de água pela irrigação. Embora a vazão consumida no mês de maior demanda, para as 18 seções analisadas, tenha representado de 3,8% a 71,2% da Q 7,10 no ano de 1996, a vazão consumida apresentou pouca influência na vazão média de longa duração. 
 
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ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos