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Francisco De Assis De Souza Filho, Upmanu Lall
O artigo apresenta os resultados de um modelo de previsão de vazões sazonais e interanuais para um sistema de reservatórios no Estado do Ceará. As previsões terão um horizonte de até 18 meses. Sendo a previsão de vazões de 18 meses realizada em julho. O modelo é semiparamétrico. A metodologia apresentada utiliza a Análise dos Componentes Principais das vazões do sistema de reservatórios. Sob os componentes principais é realizada uma regressão linear sobre os índices climáticos. Com os parâmetros desta regressão aplica-se a metodologia dos k vizinhos mais próximos para o cálculo da distribuição de probabilidade das vazões afluentes. Esta metodologia é comparada com a apresentada por Souza Filho e Lall (2003). Os resultados obtidos foram satisfatórios, tendo a correlação da mediana dos valores reamostrados e das observações o valor de 0,93 para o período de validação do modelo. Pretende-se futuramente a partir da previsão realizada por esta metodologia operar um sistema de reservatórios com vistas ao suporte à decisão do processo de alocação de água. 
 
Alfonso Risso, Balbina Maria Araujo Soriano, Carlos Roberto Padovani, Edileuza Carlos Melo, Luiz Marques Vieira, Nelson De Almeida Junior, Sergio Galdino
A identificação das áreas (municípios e sub-bacias) da bacia do alto Taquari - BAT que apresentam os maiores potenciais de erosão laminar hídrica é fundamental para orientar futuras intervenções visando minimizar a erosão nessa região e conseqüentemente os seus graves reflexos sobre o Pantanal. O potencial anual de perda de solo na BAT foi avaliado utilizando-se a Equação Universal de Perda de Solo - USLE, através de técnicas de geoprocessamento e rotinas computacionais. A erosividade anual das chuvas média na BAT, foi de 7.914,3 Mj mm ha-1 ano-1, variando entre 7.000 a 9.000 Mj mm ha-1 ano-1. A erodibilidade dos solos não variou muito entre os municípios e as sub-bacias e o valor médio para a BAT foi de 0,0356 t h Mj-1 mm-1. O fator topográfico LS da USLE foi o que apresentou maiores variações e, portanto, mais influenciou na distribuição da perda de solo potencial na BAT. O valor médio da perda de solo potencial na bacia foi de 555,6 t ha-1 ano-1. O município de Alto Araguaia-MT, devido ao seu relevo mais acidentado (LS = 3,22), apresentou o maior potencial de perda de solo na BAT (990 t ha-1 ano-1). Outros municípios com elevado risco de erosão são: Costa Rica-MS, Rio Verde-MS, Alto Taquari-MT e Alcinópolis-MS. A erosão potencial não variou muito entre as sub-bacias. As áreas de Solo Litólico na BAT, por localizarem-se principalmente em relevo bastante íngreme, apresentaram potencial de perda de solo médio de 1.839,6 t ha-1 ano-1. 
 
Alexandre Kepler Soares, Luisa Fernanda Ribeiro Reis
No Brasil, são comuns sistemas de distribuição de água para abastecimento com elevados índices de perdas, nos quais parcela significativa das denominadas perdas físicas é devida às perdas por vazamento. Dessa maneira, o controle efetivo das perdas por vazamento e do comportamento do sistema sob as mais diversas condições operacionais é de fundamental importância, não só do ponto de vista financeiro, no que diz respeito ao desperdício da água bombeada e quimicamente tratada, mas principalmente da preservação deste recurso natural. Com o objetivo de se ter um maior conhecimento do comportamento real de uma rede de distribuição de água, técnicas de calibração, incluindo modelos para avaliação de perdas por vazamentos, vêm sendo propostas. Tais modelos devem considerar a relação pressão x vazamento, bem como a dependência pressão x demanda, face aos diferentes níveis de pressão atuantes em um sistema de distribuição de água. O presente estudo visa o desenvolvimento de uma rotina computacional que considere as perdas por vazamento e a dependência das demandas com a pressão, acoplada ao simulador hidráulico EPANET 2 (Rossman, 2000), utilizando dados de rede hipotética com vistas à calibração em termos das rugosidades absolutas e parâmetros do modelo de vazamentos. Para tanto, utilizam-se modelos inversos resolvidos com o suporte da tecnologia dos Algoritmos Genéticos (AGs) e procedimento híbrido (AGs e Método Simplex - Nelder e Mead, 1965). São realizadas comparações entre os dois modelos de otimização, demonstrando as vantagens da hibridização em termos do tempo de processamento computacional e refinamento da solução final. 
 
Aurelio Teodoro Fontes, Marcelo Pereira De Souza
No Brasil, a Política Nacional de Recursos Hídricos apresenta a cobrança pelo uso de água como um instrumento de gestão de recursos hídricos de caráter econômico. Considerando esse caráter, a cobrança deve ter como objetivo, entre outros, racionalizar o uso do recurso baseado na sua escassez. Além dessa meta, como instrumento de gestão de uma política que lista como primeiro objetivo "assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos", a cobrança deve ser implementada de maneira que o agente usuário direcione seu comportamento no sentido da sustentabilidade ambiental. Mediante esses fundamentos, o que se pretende mostrar neste trabalho é a aplicação de um modelo de cobrança sobre o uso da água que considera como princípio base a manutenção da qualidade ambiental medida pela adequada gestão da escassez de água e, compondo a busca dessa qualidade, a racionalização econômica e a viabilização financeira. Essa predominância do ambiente sobre aspectos econômicos vai de encontro aos argumentos segundo os quais os impactos advindos dos usos da água serão corrigidos indefinidamente mediante investimentos financeiros em infra-estrutura. Admitir que o desenvolvimento tem esse poder é supor equivocadamente que o meio econômico é limitante do meio ambiente e não o contrário. Essa constatação mostra qual é o problema da maioria das propostas de cobrança que valoram a água baseadas em custos de tratamento de resíduos e de obras hidráulicas. Por mais elaborados que sejam esses métodos de cobrança, chegando a ponto de se conseguir que fique mais caro, mediante um padrão ambiental corretamente definido, captar água ou lançar poluentes do que racionalizar usos, o preço da água não pode estar baseado em fatores cuja sustentabilidade pode ser superada pelo ritmo de crescimento econômico. A sustentabilidade dos recursos hídricos só será base da cobrança pelo uso de água se o valor cobrado for dificultando esse uso à medida que os recursos se tornarem escassos, e não quando os custos de medidas mitigadoras dessa escassez tornarem-se muito elevados. Portanto, o modelo de cobrança proposto neste trabalho procura garantir que o agente econômico que está exaurindo o meio ambiente não possa ter capacidade de pagar por essa degradação, ajudando efetivamente a política de outorga do direito de uso da água e a observância da capacidade de suporte do meio. 
 
Francisco JÁcome Sarmento
No presente artigo, o risco de colapso no abastecimento de água a partir de um reservatório é modelado em um espaço pentadimensional, no qual o eixo do tempo é construído utilizando-se um modelo estocástico de geração de vazões para rios intermitentes na síntese de diversas realizações possíveis do processo estocástico representativo da vazão afluente. O agravamento do risco de colapso ao longo de um ano futuro é ajustado através de regressão não-linear múltipla. O procedimento proposto é empregado para o caso do reservatório de abastecimento de água de Campina Grande/PB - Açude Epitácio Pessoa (Boqueirão), para o qual é também avaliado o risco de colapso total. 
 
Bernardo Barbosa Da Silva, Nielza Macedo Lima
O presente trabalho objetivou apresentar uma metodologia de previsão das chuvas que ocorrem no Estada da Paraíba, tendo por base o método das proporções apresentado por Silva (1988). Foram considerados 72 postos pluviométricos distribuídos em três mesorregiões da Paraíba. Em cada mesorregião definiu-se a estação chuvosa (EC) e diferentes subdivisões das mesmas. As proporções Zi, razão entre as chuvas acumuladas no primeiro período (Xi) da EC e as chuvas de toda a EC, foram ajustadas ao modelo probabilístico Beta, usado para o cálculo do primeiro e quarto quintis e da probabilidade de ocorrência de chuvas superior à média climatológica do segundo período (Yi) da EC. Avaliou-se a performance do modelo prognóstico no período de 1996 a 2001. Nos anos de 1996 e 2000, com ocorrência de chuvas acima da média de Yi, o índice de acerto foi superior a 80%, exceto para a EC8 em 2000. No ano de 1998, um ano muito seco, o índice de acerto foi inferior a 80%, isto para o prognóstico do total pluviométrico mínimo esperado. A metodologia apresentada se mostrou consistente e de grande utilidade para a previsão de secas no Estado da Paraíba. 
 
Gerson Cardoso Da Silva Junior, João Abner Guimarães Junior, Roberto Pereira
A lagoa do Bonfim, maior lagoa do estado do Rio Grande do Norte, situa-se a sul de Natal e fornece água para o sistema Adutor Agreste-Trairi-Potengi com 300 km de extensão, o qual deverá suprir uma população de 220.000 pessoas. Se o seu nível d'água atingir a cota absoluta de 39 m, um conjunto de poços de emergência, situado na porção oeste desta, que drenam água de um aqüífero semiconfinado, entrariam em operação. É provável, contudo, que tal bombeamento possa levar a uma depleção das próprias reservas da lagoa do Bonfim. Esta hipótese é apoiada pelas seguintes evidências:  
 
Herlander Fernandes Lima
retende-se com este trabalho evidenciar a necessidade de enquadrar o ensino da Engenharia Hidráulica e dos Recursos Hídricos, e outros ramos da engenharia, num contexto em que se integram os conhecimentos no âmbito dos fundamentos de engenharia e os fundamentos das
ciências sociais e ambientais; e patentear as vantagens deste enquadramento.
Entramos numa fase em que, felizmente, já é consensual admitir-se que os aspectos sócio-ambientais não podem ser descurados a favor dos benefí-
cios económicos imediatos. Hoje o ambiente tem um estatuto jurídico (i.e., é atribuído um direito legal às florestas, aos oceanos, aos rios e a todos
esses objectos que chamamos naturais no ambiente).
Porém, a concretização destes desideratos requer uma mudança/actualização e adequação das Engenharias que mais intervêm no espaço físico ou
biofísico (Engenharia Civil, Agronómica, Geológica, entre outras) ao contexto dos valores actuais incluindo nos planos de estudos das engenharias
matérias que permitam ao engenheiro ter uma visão integrada do impacte (sócio-cultural, económico, e ambiental) das suas intervenções no sistema
natural. 
 
Eder Daniel Teixeira, Marcelo Giulian Marques, Carlos Barreira Martinez, Jaime Federici Gomes, Luiz Augusto Magalhaes Endres
O conhecimento do processo de dissipação de energia em canal com emprego do ressalto hidráulico passa, obrigatoriamente, pela determinação das características da distribuição longitudinal de pressão junto ao fundo do escoamento e variação de sua amplitude, assim como pela análise
de oscilações de níveis de água em escoamento. O presente trabalho relata os estudos desenvolvidos no Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, na área de análise de macroturbulência em estruturas de dissipação de energia, através do estudo da
variação instantânea de pressões e níveis. Mais especificamente, o trabalho sugere uma seleção de parâmetros para adimensionalização das pressões
medidas, em função das características hidráulicas do escoamento, em busca de tendências de comportamento e compara os resultados obtidos com
medições efetuadas em estruturas de dissipação montadas em laboratórios e executadas em protótipo. Os resultados mostram que esta adimensionalização pode ser adotada para previsões preliminares de grandezas em sistemas reais. Para avaliação e estudo da parcela flutuante da pressão
foram efetuadas medições em um ressalto hidráulico a jusante de vertedor para uma faixa de números de Froude compreendida entre 4,5 e 10,0.
Por fim, é apresentada uma descrição de um sistema de visualização das características do ressalto hidráulico a jusante de uma comporta, com
enfoque para solução de baixo custo, que fornece resultados de boa qualidade. 
 
Maria Do Carmo Cauduro Gastaldini, Eloiza Maria Cauduro Dias De Paiva, João Batista Dias De Paiva, Márcio Ferreira Paz, Maria Cláudia Nunes Kraemmer
Nos lagos e reservatórios profundos de clima tropical ocorre, normalmente, estratificação térmica no período de verão. A permanência ou
semi-permanência da estratificação térmica determina, que a esta se superponham estratificações químicas e biológicas. O trabalho de modelagem
matemática da qualidade da água, nesses corpos d-água, está na dependência direta da modelagem da estrutura térmica. O reservatório do Vacacaí-Mirim apresenta ciclos de estratificação térmica, que iniciam na primavera e acabam no outono. Dos modelos disponíveis na literatura um dos
que melhor se adapta as características do reservatório do Vacacaí-Mirim é o CE-QUAL-W2. Este modelo é bidimensional com médias
laterais, foi desenvolvido pelo US Army Corps of Engineers e combina, diretamente, os algoritmos da hidrodinâmica e da qualidade da água.
Realizou-se levantamentos de perfis de oxigênio dissolvido e temperatura no ponto de maior profundidade do reservatório do Vacacaí-Mirim, no
ano de 1999. O modelo CE-QUAL-W2 foi calibrado e os perfis de temperatura e oxigênio dissolvido foram satisfatoriamente previstos pelo
modelo, reproduzindo a variação dos ciclos de estratificação durante o ano. 
 
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ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos