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Claudio Freitas Neves, Savio Freire Lima, Nara Maria Luzzi Rosauro
A primeira parte deste trabalho apresentou uma nova abordagem para a determinação do amorteci-mento de ondas de gravidade propagando-se sobre campos de vegetação, que evita as simplificações implícitas em outros modelos apresentados na literatura, os quais não se aplicam a espécies de grande flexibilidade. Para verificação do modelo foram realizados ensaios em canal de ondas utilizando cabos flexíveis de nylon, com 6mm de diâmetro, presos ao fundo e mantidos na posição vertical por ação do empuxo. Uma técnica de medi-ção indireta por meio de filmagem em vídeo foi desenvolvida particularmente para o procedimento de calibração do modelo. Ensaios de laboratório foram realizados para diferentes características de onda e de espaçamento entre hastes. Através da análise dimensional, as informações obtidas com o modelo calibrado forneceram uma expressão que relaciona a força média exercida pelo fluido com parâmetros adimensionais do escoamento e da haste. A inserção desta força na equação do movimento integrada na vertical e promediada no tempo como um termo de resistência possibilitou a determinação do decaimento da altura da onda ao longo de um campo de hastes e apontou para a importância da interação entre as mesmas no amortecimento total.  
 
Alexandre Kolodynskie Guetter, Anderson Nascimento De Araujo
Atualmente, estão sendo desenvolvidos diversos produtos de estimativa de chuva por satélite. Entre eles, destacam-se os produtos que combinam sensores microondas de satélites polares, com sensores infravermelhos de satélites geoestacionários, sendo suas resoluções espaciais e temporais das mais variadas. O principal objetivo desse estudo é validar a estimativa de chuva por satélite CMORPH na bacia do rio Iguaçu até União da Vitória, através de um estudo de sensibilidade de modelagem hidrológica em relação ao tipo de dado de entrada (chuva estimada por satélites e medida por pluviômetros), escala da bacia hidrográfica (bacia do Iguaçu em Porto Amazonas, com área de 3.662 km², e a bacia do Iguaçu em União da Vitória, com área de 24.211 km²), e densidade da rede de monitoramento (bacia do Iguaçu em Porto Amazonas, com uma única estação pluviométrica na sua exutória, e bacia do Iguaçu em União da Vitória, monitorada com uma rede de treze estações pluviométricas). Os principais resultados desse estudo são: (1) as incertezas da estimativa de chuva por satélite CMORPH são suficientes para que o produto seja usado como dado de entrada em sistemas de alertas de cheias para bacias maiores do que 1.000 km2; (2) a resposta do modelo hidrológico depende significativamente do tipo de dado de entrada, da escala da bacia hidrográfica e da densidade da rede de monitoramento pluviométrico, e (3) o produto de satélite teve um viés de superestimar a chuva média, causando uma saturação mais rápida da bacia e aumentando os picos dos hidrogramas.  
 
Alexandre Barreto Costa, Antonio Expedito Gomes De Azevedo, Christian Pereira Lopes Dos Santos, Luiz Rogério Bastos Leal, Maria Do Rosário Zucchi
O sistema de aqüíferos da região metropolitana de Salvador é uma importante fonte de água doce intensamente utilizada para o consumo urbano e industrial. Neste artigo utilizamos a composição isotópica de águas de precipitação coletadas em Salvador, de águas superficiais da Bacia do rio Joanes e de águas subterrâneas da região metropolitana de Salvador para avaliar vários aspectos da interação entre águas superficiais e subterrâneas nesta região. Os resultados indicam: (i) o valor médio da composição isotópica das águas superficiais é comparável com o valor médio das precipitações, indicando que a evaporação modificou muito pouco a composição isotópica das águas ao longo da Bacia do Joanes; (ii) não existe um enriquecimento isotópico nas águas superficiais no sentido cabeceira foz, indicando interação entre água superficial e água subterrânea ao longo da Bacia; (iii) os valores isotópicos de águas subterrâneas próxima ao rio Ipitanga (formação Barreiras), provenientes de aqüíferos livres, indicam valores equivalentes aos valores das águas de precipitação, enquanto que os valores isotópicos para águas subterrâneas provenientes do aqüífero São Sebastião, provenientes de aqüíferos profundos com águas fósseis, apresentaram uma marca isotópica diferente da água de precipitação; (iv) os valores isotópicos das águas de precipitação se distribuem ao longo da reta de correlação D=12+8.7O18, numa faixa estreita e similar a valores da Agência Internacional de Energia Atômica (medidos no período 1965 a 1987), exceto o valor correspondente a janeiro de 2004 bastante diferente da média dos restantes provavelmente devido ao efeito da quantidade ou devido à aproximação da zona intertropical de convergência. 
 
Carlos Barreira Martinez, Hersilia De Andrade E Santos, Paulo Dos Santos Pompeu
Os ecossistemas aquáticos do mundo vêm sofrendo acentuada intervenção antrópica e, conseqüentemente, várias espécies de peixes têm apresentado reduções em suas populações, principalmente as que apresentam comportamento migratório. Para minimizar os problemas ambientais decorrentes dessas intervenções, vêm sendo propostas soluções de engenharia, como revitalização de cursos d’água, passagens para peixes e manejo de vazão ecológica. No entanto, para que estas soluções sejam realmente eficazes, é necessário que as mesmas levem em conta as características específicas da fauna local. No caso dos peixes, a capacidade natatória é um dos fatores norteadores no processo de recuperação ambiental de um ecossistema aquático. Entretanto, na América Latina, as únicas informações disponíveis até bem pouco tempo se limitavam em observações qualitativas da velocidade natatória de nossas espécies. Desta maneira, iniciou-se no Centro de Pesquisas Hidráulicas da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) a primeira experiência nacional de levantamento da capacidade natatória de uma espécie nativa, baseada nos processos experimentais descritos na literatura. O presente artigo tem como objetivo mostrar a evolução dos métodos de medição da capacidade natatória, a experiência brasileira nesta área e a importância da aplicação dos dados obtidos nas soluções ambientais.  
 
Cassiane M. Ferreira Nunes, George De Paula Bernardes, Silvio Jorge Coelho Simoes
Este estudo procurou avaliar as condições de fragilidade e vulnerabilidade aos processos erosivos de uma pequena bacia buscando utilizar métodos que estimem, espacialmente, as taxas de perda de solo e buscasse estabelecer uma relação entre processos erosivos de vertentes e os sedimentos depositados em um reservatório. A bacia estudada, ribeirão dos Mottas, foi selecionada considerando sua diversidade físico-ambiental, crescentes problemas de erosão e a presença de um reservatório que permite estudar a sedimentação fluvial. A análise espacial da erosão na bacia foi obtida a partir do Mapa de Potencial de Erosão (PNE) e o Mapa de Vulnerabilidade à Erosão produzidos em um ambiente SIG (SPRING, INPE). Estimativas da quantidade de sedimentos erodidos e transportados das vertentes para o reservatório chegaram a alcançar em torno de 3200 t/ha/ano. A avaliação preliminar do grau de assoreamento da represa dos Mottas indica uma redução do volume útil de 16% em um período de 33 anos (1967-1999). Os resultados constatam elevada degradação física e ambiental e condicionante naturais que apontam para uma bacia quase totalmente inapta à urbanização. 
 
Arlindo Philippi Jr., Giuliano Marcon
O gerenciamento de recursos hídricos no Estado de São Paulo apresenta-se compartilhado entre sociedade civil, usuários e Poder Público, numa estrutura descentralizada de órgãos e entidades, onde se buscam soluções para conflitos e problemas relacionados ao uso dos recursos hídricos. Um dos exemplos bem-sucedidos de busca de entendimentos e de soluções para problemas relativos aos recursos hídricos pode ser encontrado nas Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, por meio de seu comitê de bacias e de toda a dinâmica decorrente, na forma de soluções institucionais e ações diretas de recuperação dos corpos d´água desta Região. Assim sendo, objetiva-se avaliar a aplicação da Política Estadual Estadual de Recursos Hídricos, nesta Região, tendo como direcionadores opiniões sintetizadas de indivíduos representantes de atores participantes do gerenciamento de recursos hídricos, em 2003, e, como referencial para discussão, documentos conceituais sobre o gerenciamento de recursos hídricos, normas vigentes e documentos de operação deste gerenciamento nestas Bacias. Os assuntos abordados na discussão estão agrupados em: i) integração, participação e descentralização; ii) implementação da cobrança pelo uso dos recursos hídricos e da agência de bacias; iii) necessidade de colocar em prática e evoluir a Lei Estadual 7.663, de 30 de dezembro de 1991; iv) estrutura do gerenciamento de recursos hídricos; e v) planejamento e ordenamento territorial. Entre as conclusões obtidas, a partir da reflexão sobre estes assuntos, identifica-se a necessidade da maior inserção da sociedade civil, dos usuários e do Poder Público municipal no gerenciamento dos recursos hídricos da Região. 
 
Antonio Marozzi Righetto, Eduardo Mário Mendiondo, Julian Margarido Righetto
O artigo trata da introdução de um modelo de seguro contra prejuízos causados pelas enchentes em uma microbacia hidrográfica localizada em São Carlos, SP. A alta freqüência com que vêm ocorrendo enchentes em muitas cidades brasileiras motivou o desenvolvimento deste estudo. Com o intuito de quantificar os acréscimos nas vazões de cheias decorrentes dos avanços da urbanização, caracterizados, principalmente, pelo aumento de áreas impermeáveis, foi escolhida uma área de teste na cidade de São Carlos, a região do micro-centro no córrego do Gregório. Objetiva-se avaliar o "custo da incerteza" que a sociedade está disposta a pagar, ou a sua redução, usando mecanismos de transferência de riscos como Seguros. Através de simulação hidrológica e da avaliação dos prejuízos nos eventos com inundação, desenvolveu-se um modelo para a fixação do prêmio a ser pago pelo segurados de modo a compatibilizar os valores de inundação com o capital a ser acumulado pelo fundo de seguro contra enchentes. 
 
Valter Hernandez
Este artigo propõe um método de cálculo para a propagação de uma enchente em um reservatório, como alternativa ao método clássico de Puls. O método proposto é mais simples que o de Puls, inclusive em termos didáticos, e suficientemente preciso. Ele se aproveita das facilidades computacionais hoje existentes, que, de uma maneira geral, podem permitir a substituição de metodologias tradicionais. 
 
Edson Cezar Wendland, Eduardo Mário Mendiondo, Regina Mambeli Barros
O mapeamento de inundações tem sido objeto de estudo para o desenvolvimento de Planos Diretores (PD). Desde 2002, a Prefeitura Municipal de São Carlos-SP (PMSC) desenvolve seu PD com diretrizes para prevenção e controle de enchentes. No entanto, o cenário atual é o de execução de obras estruturais anti-enchentes, onerosas e de soluções pontuais. Pela ausência de planejamento prévio da urbanização em áreas de risco, a região do Mercado Municipal de São Carlos (MMSC) é a principal atingida pelas enchentes na várzea do Córrego do Gregório. Este estudo provê elementos à tomada de decisão no PD através de medidas estruturais e não-estruturais como o mapeamento de enchentes. Foram inventariados os eventos críticos que produziram inundações próximo ao MMSC, via entrevista à população da várzea. Para essas datas e para a simulação de chuvas, foram simulados os escoamentos com transformação chuva-vazão integrada e propagação simples através de um modelo concentrado IPHS-1 e um modelo distribuído HIDRORAS, cujos resultados foram comparados. Os parâmetros do modelo foram calibrados usando dados monitorados. As incertezas inerentes aos modelos foram identificadas. Os eventos simulados oferecem importantes subsídios para o mapeamento de inundações, a discutir na agenda do PD da Cidade. Foram estudadas medidas estruturais de controle de inundação, consistindo em um ?piscinão? sem necessidade de escavação, e não-estruturais, como o acréscimo de áreas de infiltração. Concluiu-se que, para bacias urbanas, como a bacia do córrego do Gregório, as alterações nos padrões de fluxo de escoamento devido às vias urbanas são mais bem representadas pelo modelo distribuído HIDRORAS, apesar de se reservar uma parcela de incertezas quanto a este modelo, como a atribuição de valores ao parâmetro da condutividade hidráulica saturada. 
 
Augusto Cesar Vieira Getirana, José Paulo Soares De Azevedo, Paulo Canedo De Magalhaes
Este artigo tem como objetivo realizar a análise econômica de propostas para usos ótimos de água por usuários do setor agrícola quando o recurso é limitado e insuficiente para suprir todas as demandas, potencializando conflitos entre irrigantes. O estudo de caso trata do canal Coqueiros, integrante de uma complexa rede de irrigação e drenagem localizada na Baixada Campista, no Norte Fluminense, projetada e implementada gradualmente pelo extinto DNOS, entre as décadas de 40 e 70. Um modelo matemático em programação linear foi utilizado para obter resultados ótimos na utilização dos recursos hídricos disponíveis. Os cenários analisados foram propostos com base em previsões da demanda hídrica dos usuários do canal de acordo com diferentes tendências de mercado, práticas agrícolas e gestão do corpo hídrico. O caso, equacionado matematicamente em um problema de programação linear (PPL), também foi submetido a uma verificação do comportamento da produção agrícola sob a influência da taxação da água utilizada para a compensação de investimentos em intervenções estruturais e despesas com O&M no canal para a regularização e o aumento da vazão disponível ao longo de seu curso. Os resultados foram submetidos a uma análise econômica e algumas conclusões puderam ser tiradas para que soluções efetivas possam ser implementadas. 
 
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ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos