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Ana Carolina Nascimento Santos, Fernando Das Graças Braga Da Silva
Os recursos hídricos vêm se tornando cada vez mais escassos em termos de qualidade e quantidade principalmente a proximidade de grandes centros urbanos. As redes de distribuição urbanas são grandes consumidores de água e normalmente apresentam deficiências em seu pleno funcionamento ocasionando muitas perdas de água. Uma das principais frentes a serem abordadas está na operação adequada do sistema. Entretanto a etapa que precede esta atividade está relacionada à calibração da rede. Neste estudo foi aplicado uma metodologia de calibração proposta por Silva (2003) a um sistema de distribuição da Cidade de Itajubá- M.G. em que se ajustam os valores de rugosidades a partir de principalmente valores de pressões medidos e simulados; destacando-se o pioneirismo deste estudo na região. Tais resultados mostraram-se coerentes em termos de parâmetros ajustados e de valores de pressões e análise de rugosidades. 
 
Adbeel Goes Filho
Atualmente, a gestão de reservatórios de acumulação hídrica constitui um tema complexo e polêmico, envolvendo procedimentos operacionais ainda não equacionados, à conta de fatores diversos no ambiente holístico, dentre os quais as divergências políticas, a falta de comunicação entre os gestores, e os efeitos das mudanças climáticas. Ao ser considerada tal assertiva, descrevemos um modelo computacional, dentro de uma abordagem hiper-heurística híbrida, com análise multicritério e metodologia própria de análise dinâmica de riscos, consistindo esse desenho da integração de modelos hidrológicos, de simulação, de apoio à decisão e análise de riscos, em um cenário real e atual, onde, com a consideração multicritérios de análise e alternativas apropriadas de benefícios, é formalizada uma decisão factível e imparcial. Os resultados obtidos, deste estudo, mostram claramente, as falhas encontradas, na operação do reservatório Castanhão, no Estado do Ceará, de domínio público e alvo principal da nossa atenção. Deduz-se, desse modo, a necessidade da gestão participativa, bem como a utilização de ferramentas tecnológicas da informática e da telecomunicação, que possibilitem essa integração, em tempo real, para eventos críticos, como no caso das cheias, sem desprezar, no entanto, os estudos históricos não normatizados de operações passadas. 
 
Poliana Simas MagalhÃes, Andrea Da Silva Gomes, MÔnica De Moura Pires, Eder JoÃo Pozzebon, PatrÍcia Lopes Rosado
À medida que aumenta a produção de alimentos, impulsionada pela expansão da demanda, há progressivamente, na maioria das regiões brasileiras, aumento pela demanda de água destinada à irrigação dos cultivos agrícolas, afetando a disponibilidade desse recurso, sobretudo em regiões onde há necessidade do uso da irrigação, a exemplo do semiárido nordestino. Partindo-se dessa premissa e tendo em vista a sustentabilidade hídrica na sub-bacia de Transição do Rio das Contas, na Bahia, realizou-se o presente trabalho objetivando estimar a demanda de água para os principais cultivos irrigados nessa unidade hidrográfica, com base no método proposto pela FAO e no critério de proporcionalidade das áreas irrigadas das culturas. Para tanto, adotou-se o somatório das vazões relativas a todos os municípios pertencentes à sub-bacia analisada como uma aproximação dessa demanda. De acordo com os métodos adotados, a vazão média mensal para os principais cultivos irrigados, na unidade hidrográfica analisada, foi de 0,29 m³/s. A área total irrigada dos principais cultivos de aproximadamente 624,75ha para esta sub-bacia. A partir da taxa geométrica de crescimento das áreas irrigadas dos principais cultivos, para o período de 1999 e 2009, calculou-se a vazão média para o período de 2010 a 2015. De acordo com essa estimativa, pode-se concluir que a ampliação das áreas irrigadas com os cultivos que são mais intensivos no uso desse recurso, ao longo do tempo, pode levar à redução gradativa da disponibilidade hídrica da região, em função do aumento significativo da vazão na sub-bacia de Transição. Nesse sentido, ressalta-se a importância de políticas públicas que visem ao monitoramento das áreas irrigadas a fim de que esse recurso natural tão necessário às atividades agrícolas seja empregado de
forma sustentável. 
 
Gabriel Pereira, Maria Elisa Siqueira Silva, Elisabete Caria Moraes, Francielle Da Silva Cardozo
A precipitação é considerada uma das variáveis mais importantes no ciclo hidrológico sendo constantemente utilizada em diversos estudos ambientais. Entretanto, em áreas extensas ou em áreas com uma baixa densidade de estações meteorológicas, torna-se necessário estimar a precipitação a partir de outros métodos. Consequentemente, produtos ambientais derivados de sensores orbitais podem auxiliar na extração de informações do volume de chuva e são constantemente empregados no entendimento do ciclo hidrológico e seus efeitos na circulação atmosférica. Desta forma, o principal objetivo deste trabalho é avaliar e analisar os dados de precipitação estimados pelo satélite Tropical Rainfall Measuring Mission (TRMM) para o Brasil, no período compreendido entre 1998 e 2010. Os resultados indicam que a comparação entre os dados de precipitação mensal estimada pelo TRMM e 183 estações meteorológicas espalhadas por todo o Brasil apresentam uma concordância de aproximadamente 97% (significante a p<0,05; teste t-student). Entretanto, encontraram-se valores 9%, 8%, 6%, 13% e 9% maiores que os observados pelas redes de estações meteorológicas para a região Centro-Oeste, Sul, Norte, Sudeste e Nordeste, respectivamente. Ainda, as análises mensais indicam que o erro médio quadrático (RMSE) possui valores médios entre 17±10 mm. Além disso, os dados do TRMM apresentam a tendência média de superestimar a precipitação mensal em 15%. Contudo, as estimativas de precipitação apresentam variação sazonal muito similar à apresentada pelos dados observados nas estações meteorológicas.  
 
Celso Augusto Guimarães Santos, Paula Karenina De Macedo Machado Freire, Christopher Torrence
Este artigo fornece um guia prático da transformada "wavelet" para a análise de dados hidrológicos. Para tanto, sua aplicação é feita a priori a uma série hipotética composta de quatro frequências para melhor ilustrar a técnica e em seguida é aplicada a duas séries pluviométricas de postos da bacia do rio São Francisco com dados do período de 1936 a 2011 com o objetivo de explorar esta técnica na análise de dados hidrológicos. A transformada "wavelet" corresponde a uma ferramenta que decompõe uma série unidimensional no duplo domínio tempo-frequência, permitindo assim a identificação dos principais modos da variabilidade, bem como a forma como estes variam no tempo. Ela é um avanço recente no processamento de sinais e baseia-se na convolução destes com sucessivas funções de diferentes escalas, as funções "wavelets". Este trabalho faz uma explanação das características fundamentais das "wavelets" e exemplifica algumas de suas aplicações, usando-as em dados pluviométricos da bacia do rio São Francisco. 
 
Guilherme Garcia De Oliveira, Olavo Correa Pedrollo, Nilza Maria Dos Reis Castro, Juan Martin Bravo
Este trabalho tem como hipótese que é possível identificar um padrão de aumento no desempenho esperado das simulações de vazão diária com redes neurais artificiais (RNAs) à medida que aumenta a proporção de área controlada, isto é, a área da bacia até o ponto de monitoramento à montante dividida pela área total da bacia simulada. O objetivo deste estudo é avaliar o desempenho de simulações hidrológicas com RNAs, do tipo vazão-vazão, em bacias hidrográficas com diferentes proporções de área controlada. Oitenta e três simulações foram realizadas em 15 bacias embutidas (967 km² - 71.401 km²) na Região Hidrográfica do Guaíba, RS, Brasil. O desempenho das RNAs foi bastante satisfatório, com coeficiente de Nash-Sutcliffe (NS) médio de 0,75 para 35,5% de área controlada média, e apresentou um crescimento que segue uma equação potencial à medida que aumenta a proporção de área controlada. Adotando-se um limiar razoável (NS > 0,8), pode-se afirmar que o modelo do tipo vazão-vazão com RNAs é recomendado quando atendida a condição de pelo menos 50% de área controlada. Ainda que os resultados obtidos se refiram a bacias com características semelhantes às simuladas neste estudo, este limiar pode ser adotado como referência em estudos de dimensionamento de redes hidrométricas, considerando as necessidades de extrapolação em locais sem postos fluviométricos e de preenchimento de falhas nas séries temporais dos postos existentes. 
 
Katiucia Nascimento Adam, Walter Collischonn
Mudanças climáticas podem gerar significativos impactos sobre o regime hidrológico. No âmbito dos recursos hídricos, o principal efeito de tais mudanças se faz sentir no escoamento de bacias hidrográficas. Neste trabalho avaliou-se o impacto de possíveis cenários de mudanças climáticas sobre os recursos hídricos na bacia hidrográfica do Rio Ibicuí, afluente da margem esquerda do rio Uruguai. Análises de sensibilidade da vazão em função de mudanças hipotéticas na precipitação média anual mostraram que as vazões médias e altas são mais sensíveis a mudanças na precipitação. Para simulação hidrológica da bacia foi utilizado o modelo hidrológico MGB-IPH. O período simulado é de 1960 a 2005. Cenários de mudanças climáticas para 2050 (janela de 30 anos centrada em 2050) foram obtidos através do gerador de cenários MAGICC/SCENGEN, considerando resultados de vinte Modelos Climáticos Globais - GCM?s e três cenários de emissão de gases de efeito estufa. Os resultados apontam, quanto à totalidade dos modelos, para acréscimo de temperatura, porém quanto à variável precipitação ocorrem maiores incertezas, principalmente em relação à magnitude destas variações. Também foram observadas variações destas predições entre os três cenários de mudanças climáticas analisados. As maiores incertezas encontradas estão relacionadas à precipitação. A discrepância entre a magnitude das modificações para precipitação é muito grande, além do que não há concordância, entre os GCM?s, se esta variável irá aumentar ou diminuir no futuro. As incertezas relacionadas às projeções de anomalias de precipitação e temperatura, previstas pelo conjunto de 20 GCM?s, foram amplificadas ao avaliar o impacto de mudanças climáticas no regime de vazões.  
 
Paula Veronica Campos Jorge Santos, Alan Cavalcanti Da Cunha
No Brasil a outorga foi adotada como instrumento de garantia da qualidade e quantidade da água. No entanto, ainda se discute quanto aos critérios adotados para o cálculo das vazões outorgáveis, tais como nos estudos de impactos ambientais com o objetivo de instalação, construção e operação de hidrelétricas, considerando-se seus usos múltiplos e maximização dos benefícios do uso das águas em diferentes períodos sazonais. Neste contexto, esta pesquisa tem como objetivo analisar algumas das lacunas, contradições ou incoerências do arcabouço legal bem como a falta de critérios técnicos coerentes em relação à outorga do uso de recursos hídricos. A metodologia aplicada neste estudo é uma análise descritiva e comparativa de várias experiências gerenciais e legais sobre esta temática em vários estados e regiões brasileiras e seus desdobramentos no gerenciamento de recursos hídricos na Amazônia. A análise dos resultados indica que há uma série de óbices que surgem a partir da quantificação genérica das vazões ecológicas, indicando, por vezes, aspectos conflitantes entre a esfera federal e a esfera estadual. Como conclusão, observa-se que a vazão ecológica não pode ser definida unicamente com base em parâmetros estatísticos hidrológicos, mas a partir de um contexto mais amplo e diverso, considerando, além dos aspectos unicamente hidrológicos, também os aspectos ecológicos, econômicos, sociais e culturais. 
 
Albert Einstein Spíndola Saraiva De Moura, Jose Francisco De Carvalho, Suzana Maria Gico Lima Montenegro, AndrÉ InÁcio Do Carmo, Adriana Guedes MagalhÃes, Carmem Cristina Mareco De Sousa, Antônio Celso Dantas Antonino, JosÉ AÉcio Correia De Araujo, Rogério Oliveira De Melo
A realização de estudos de caracterização hidrodinâmica e hidrodispersiva para descrever o movimento de solutos no solo é de grande importância, frente ao uso indiscriminado de Fertilizantes e pesticidas nas áreas agrícolas. O objetivo deste
trabalho foi estudar o deslocamento de soluções miscíveis por meio de uma solução de KBr (59,49 g L-1) em colunas de solos
(Espodossolo e Argissolo) compactadas, provenientes da Zona da Mata do Estado de Pernambuco. Aplicou-se um pulso de
-5 3 -1
1,0 volume de poros, na vazão de 12.10 m h , sob condições de saturação e fluxo em regime estacionário. Utilizou-se o modelo da convecção-dispersão (CDE) para se determinar os parâmetros hidrodispersivos (D,R). O modelo CDE se ajustou
bem aos pontos da curva de eluição; os valores da velocidade média da água nos poros foram praticamente iguais para os
dois solos e o processo dominante foi o convectivo-dispersivo.  
 
Rodrigo De Oliveira Santos, Ada Cristina Scudelari, Antonio Marozzi Righetto
Este trabalho avalia a aplicabilidade do modelo SWAT para estimar a distribuição da produção de sedimento ao longo da bacia hidrográfica do rio Potengi (BHRP) e a sua contribuição para o estuário, fazendo um paralelo com a suscetibilidade à erosão hídrica da mesma bacia. O SWAT foi executado para um período de cinco anos (1997 ? 2001). Os
resultados foram analisados em termos de escoamento superficial, produção de sedimento e propagação dos sedimentos ao
longo dos trechos de rio. Com os resultados das simulações, comparados ao mapa de suscetibilidade à erosão, foi possível
constatar que as porções de cabeceira oeste da bacia e do baixo rio Potengi retornaram os maiores valores de produção de
sedimentos, alcançando 2,8 e 5,1 t/ha.ano, respectivamente, enquanto que a região central foi considerada a menos suscetível à erosão e que a gera menor carga de sedimento, não superando 0,7 t/ha.ano. Verificou-se ainda que nas sub- bacias mais a oeste da bacia, onde se revelam as nascentes da rede hídrica, a produção de sedimentos é impulsionada, naturalmente, pelas grandes declividades aliadas aos solos frágeis. Já para a região leste da bacia os resultados sugerem que, por força de sua própria natureza, essa região não contribuiria significativamente com aporte de sedimentos para o rio Potengi, de forma que a maior parte dos sedimentos produzidos é consequência das atividades antrópicas. Para a porção central da bacia, a análise da propagação de sedimentos aponta para um predomínio da deposição em detrimento do transporte, a partir do que se conclui que muito dificilmente um evento de chuva que ocorra no alto rio Potengi contribuirá significativamente com aporte de sedimento para o estuário do rio. 
 
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ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos