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Adalberto Meller, Juan Martin Bravo, Walter Collischonn
Nesse trabalho é descrito um método empírico de assimilação de dados em conjunto com a modelagem hidrológica distribuída, para previsão de cheias em tempo real em uma bacia hidrográfica de médio porte na região sudeste do Brasil, a bacia do rio Piracicaba. Para avaliar o desempenho do método de assimilação proposto são realizadas previsões de cheia,
tendo como chuva prevista a chuva observada na bacia, simulando um cenário de previsão em tempo real ideal. São ainda simulados outros cenários de previsão, que incluem chuva futura igual a zero, previsão com base na persistência do último valor observado de vazão e previsão sem assimilação de dados. As previsões são realizadas com intervalo de tempo horário, frequência de 6 horas e horizonte de 48 horas, para a condição de cheias no local das previsões. Os resultados mostram que o
método de assimilação tem impactos positivos nos resultados das previsões. Em termos do coeficiente de Nash-Sutcliffe, o uso do procedimento de assimilação promove uma melhora de 10% nas antecedências iniciais, diminuindo para cerca de 3% para o horizonte da previsão. 
 
Mino Viana Sorribas, Walter Collischonn, David Manuel Lelinho Da Motta Marques, Carlos Ruberto Fragoso Junior, Nilza Maria Dos Reis Castro, Rafael Siqueira Souza
Recentemente, as águas interiores (i.e. lagos, reservatórios, banhados, etc.)foram reconhecidas como um compartimento ativo e importante do ciclo global do carbono. O balanço de carbono nos ecossistemas aquáticos permite avaliar o metabolismo dos mesmos e caracterizar estados de fonte ou sumidouro. O aporte de carbono terrestre possui um papel importante no metabolismo e na dinâmica dos ecossistemas aquáticos, portanto, a melhor compreensão dos processos que atuam na ciclagem e transporte do carbono terrestre para os corpos de água é necessária. O objetivo deste trabalho é conectar os processos do ciclo do carbono nas fases terrestre e aquática em bacias hidrográficas, com vistas à análise integrada do balanço de carbono em águas interiores. Um modelo distribuído para simulação da dinâmica de carbono em bacias hidrográficas, denominado MGB-IPH-C, foi desenvolvido e acoplado ao modelo MGB-IPH que simula os processos hidrológicos. O MGB-IPH-C
foi estruturado em dois módulos principais: balanço no solo e balanço na água. O modelo foi aplicado na bacia hidrográfica do rio Ijuí, situada no planalto meridional gaúcho, com foco nas sub-bacias do Taboão e Turcato, no rio Potiribu. Nessas duas sub-bacias, dados mensais de vazão, carbono orgânico e carbono inorgânico foram utilizados para quantificar a exportação fluvial e auxiliar no ajuste do modelo. 
 
Guilherme Ruschel Finger, Marcelo Giulian Marques, Paulo Kroeff De Souza
Estudos de viabilidade técnica e econômica das eclusas são indispensáveis, assim como de segurança das embarcações durante o processo de transposição de nível. O estudo dos esforços sobre as amarras das embarcações visa minimizar custos e garantir esta segurança através da identificação das situações de ocorrência dos esforços extremos sobre as amarras das embarcações, bem como dos fatores que interferem direta ou indiretamente. Foram realizados ensaios em modelo reduzido de escala 1:25, tanto durante processo de enchimento como de esvaziamento da câmara da eclusa, variando sua velocidade de enchimento/esvaziamento, bem como a composição dos comboios em transposição. Este trabalho apresenta medições de esforços em uma eclusa hipotética de alta queda com sistema de enchimento/esvaziamento hidrodinamicamente balanceado, construída no LAHE (Laboratório de Hidráulica Experimental) de FURNAS Centrais Elétricas, esperando identificar as situações críticas de ocorrência dos maiores esforços. 
 
Wander Ribeiro Ferreira, Daniel Nascimento Rodrigues, Carlos Bernardo Mascarenhas Alves, Marcos Callisto
Nesta nota técnica o objetivo foi avaliar a condição ecológica da bacia do Rio das Velhas através da utilização de um índice multimétrico considerando a fauna de macroinvertebrados bentônicos na perspectiva de bioindicadores de qualidade de água. Foram avaliados 28 trechos, sendo 8 na calha do rio e 20 em tributários. As amostragens foram realizadas em quatro campanhas anuais nos anos de 2004 a 2009. O índice multimétrico considera as métricas Riqueza de famílias, % Oligochaeta, % CHOL, % EPT, % coletores-catado res e BMWP e avalia a qualidade de água com base nos valores obtidos: 6-12 refletem condição de qualidade de água ruim; 13-18 qualidade regular; 19-24 qualidade boa e 25-30 qualidade muito boa. O programa de biomonitoramento tem apontado melhorias na qualidade das águas ao longo da bacia, principalmente a jusante da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) em consequência de duas recém-construídas estações de tratamento de esgotos. A RMBH concentra os rios em piores condições ecológicas e águas poluídas pela parcela ainda não tratada dos esgotos e lixo apontados pelo protocolo de avaliação de hábitats e o índice multimétrico.  
 
Christopher Freire Souza, Marcus Aurélio Soares Cruz, Carlos Eduardo Morelli Tucci
A abordagem atualmente adotada para o manejo de águas em meio urbano tem acarretado em prejuízos financeiros, ambientais, estéticos, à saúde e, sobretudo, à qualidade de vida da população. Em contrapartida, experiências recentes em outros países têm apresentado soluções mais aproximadas à sustentabilidade, por meio de planejamento e de tecnologias que reconhecem ecossistemas como mecanismos de controle e tratamento de águas pluviais de forma difusa e integrada às demais atividades urbanas. Este artigo apresenta a abordagem de desenvolvimento urbano de baixo impacto, pontuando suas diferenças em relação às práticas higienistas e compensatórias, por meio de revisão da literatura, além de traçar algumas perspectivas quanto à sua implantação. Com base na avaliação, acredita-se ser possível aplicar técnicas sustentáveis, embora com esforço considerável para capacitação e emprego em larga-escala.  
 
PatrÍcia Borba Vilar GuimarÃes, Márcia Maria Rios Ribeiro
Esse trabalho realiza uma compilação conceitual acerca da caracterização e distinção dos aspectos jurídicos e físicos das águas minerais e das águas subterrâneas, com o objetivo de explorar os pontos controvertidos dessa distinção, a fim de orientar o processo da gestão integrada de recursos hídricos sob o ponto de vista institucional. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica e documental acerca dos principais textos legais nacionais que propiciam essa distinção, bem como da delimitação e abrangência dos direitos minerários e do direito das águas, como forma de oferecer contributos à eficiente institucionalização do processo de gestão do bem jurídico água no contexto brasileiro. Aspectos das competências dos respectivos órgãos de gestão são levantados verificando-se os possíveis pontos de conflito e convergência.  
 
Marcos Alexandre De Freitas, Raquel Barros Binotto, Arthur Schmidt Nanni, Ana Lúcia Mastrascusa Rodrigues, Carlos Ronei Bortoli
O comportamento hidrogeológico e hidroquímico de uma dada região subordina-se a algumas considerações específicas, as quais irão determinar que papel a água subterrânea desempenha dentro do ciclo hidrológico regional. O parâmetro fundamental é a constituição geológica da área. Os tipos litológicos existentes e a atividade tectônica desenvolvida sobre eles definirão os aquíferos, sua posição e inter-relação, características hidroquímicas e possibilidade de aproveitamento. A constituição morfológica da área, sua topografia e rede de drenagem irão fornecer dados com relação à capacidade de infiltração, tempo de residência das águas, áreas de recarga e de descarga dos aquíferos. Neste contexto, este artigo avalia o potencial hidrogeológico, a vulnerabilidade intrínseca e os tipos hidroquímicos das águas subterrâneas do Sistema Aquífero
Serra Geral utilizadas para abastecimento humano de pequenas comunidades rurais em regiões de criação de suínos no noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, bem como indica as áreas mais ou menos vulneráveis à contaminação. Os resultados obtidos espacializam uma zona, na área de estudo, com potencial hidrogeológico muito bom e vulnerabilidade intrínseca do aquífero baixa a moderada, contraposta a zonas com potencial hidrogeológico variando de bom a pobre e vulnerabilidade intrínseca do aquífero moderada a alta. Os tipos hidrogeoquímicos principais identificados contemplam águas bicarbonatadas cálcicas ou magnesianas e águas bicarbonatadas sódicas. 
 
Arthur Schmidt Nanni, Raquel Barros Binotto, Marcos Alexandre De Freitas, Ana Lúcia Mastrascusa Rodrigues
Devido ao manejo inadequado ou ausência de sistema de tratamento de dejetos, associado a elevada concentração e a localização imprópria das construções, bem como da inadequada disposição de dejetos no solo, a suinocultura configura-se em importante fonte de contaminação e poluição dos recursos naturais. Neste contexto, este artigo avalia a qualidade das águas subterrâneas utilizadas para abastecimento humano de pequenas comunidades rurais em uma região de criação de
suínos no noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, verificando-se a adequabilidade do uso frente aos padrões de qualidade vigentes no Brasil. Os resultados obtidos sinalizam para o não comprometimento da qualidade das águas subterrâneas
avaliadas, validando a utilização das mesmas para o abastecimento público das comunidades ora atendidas.  
 
Erico Gaspar Lisboa, Ana Rosa Baganha Barp, AndrÉ A. A Montenegro Duarte

As ações públicas municipais em sistemas de drenagem urbana, na maioria das cidades brasileiras, demandam
significativos investimentos. Tais investimentos advêm de recursos estatais, da união e/ou de fundos internacionais, e são
destinadas as ações estruturais e não estruturais para implementação e manutenção de um plano de drenagem. Por outro
lado, estas ações fazem por onerar a máquina administrativa municipal, enfraquecendo, sobremaneira, as medidas preven-
tivas (não estruturais) e fortalecendo medidas corretivas (estruturais) as quais esbarram na incompatibilidade orçamentária
do município perpetuando a cultura do empréstimo. O presente artigo aborda como objetivo principal a valoração de uma
taxa em uma Área Experimental de Cobrança (AEC) no município de Belém/PA possibilitando a obtenção de parâmetros
para inferir sobre a viabilidade de financiamento do setor de drenagem urbana. A área de análise está localizada no bairro
da Terra Firme, inserida na bacia hidrográfica do Tucunduba, que no ano de 2002 recebeu um investimento de R$9,88
milhões na 1ª das 3 etapas do projeto contemplando um plano de drenagem, de micro e macrodrenagem. Deste montante,
73% foram originados de um empréstimo junto ao FGTS e 27% financiada pelo próprio município. Os dados estimados
para AEC apresentaram em média 4,16 habitantes/domicílios, referentes a uma área de 48.415,74 m2, donde 78,21% são

ocupadas de forma desordenada e 59,24% destas ocupações representam áreas impermeabilizadas; já que a característica
econômica da população, no que concerne a renda, é cerca de 2 salários mínimos. Assim, preliminarmente, evidenciou-se o
aspecto histórico das obras drenagem no município de Belém/PA, bem como a fundamentação acerca do Plano Diretor Urba-
no e das formas de financiamento da drenagem urbana, as quais dão aporte para o entendimento das questões legais da
cobrança. Aplicou-se os métodos de Tucci (2002) e Gomes et. al (2008) cujos resultados foram correlacionados com a área e
testada do imóvel; e renda familiar para cada unidade residencial, obtendo-se modelos exequíveis conforme coeficiente de
determinação. Estes modelos apresentam-se como mecanismo de financiamento da drenagem urbana para o município de
Belém/PA podendo ser aplicados para outras áreas conforme o zoneamento municipal. 
 
Wilson Fadlo Curi, Alcigeimes Batista Celeste, Adalberto AragÃo De Albuquerque
O crescente aumento da demanda e as limitações na oferta requerem, cada vez mais, a expansão da capacidade dos
sistemas de abastecimento de água e, por conseqüência, maiores exigências de energia elétrica para operar tais sistemas. Desta
forma, a minimização dos gastos com energia em sistemas de abastecimento de água torna-se fundamental no manejo destes
sistemas. Vários modeladores vêm fazendo uso de modelos de simulação e otimização, incluindo aplicações de programação
linear, não linear e algoritmos heurísticos (algoritmos genéticos, etc.) para atingir estes objetivos. No entanto, as soluções
geralmente obtidas não são ótimas globais ou números binários (que refletem o liga-desliga dos conjuntos motores-bomba) e
muitos modelos, sobretudo os baseados em estratégias evolucionárias, apresentam um tempo computacional de convergência
proibitivo. Este artigo propõe uma metodologia combinada que faz uso, numa primeira etapa, de programação linear para
determinar a solução ótima global e, numa segunda etapa, de programação quadrática para reduzir a quantidade de núme-
ros fracionários encontrados na primeira fase, ou seja, aproximá-los de inteiros binários. O modelo é aplicado ao sistema
principal de abastecimento da cidade de Campina Grande, Paraíba gerando resultados satisfatórios. 
 
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ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos