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Ailton Mota De Carvalho, Maria Eugenia Ferreira Totti, Paulo Pedrosa
Neste artigo é apresentada uma verificação exploratória, expedita, sobre a natureza e o número de denúncias de dano ou ameaças de dano a recursos hídricos na região Norte-Noroeste Fluminense, oficiadas ao Ministério Público (MP) na forma de Inquéritos Civis. Ao todo, através de um inventário realizado junto ao 1o Centro Regional de Apoio Administrativo Institucional do Ministério Público do Rio de Janeiro, foram computados 46 casos de Inquéritos Civis, considerando uma abrangência temporal e geopolítica de nove anos, entre 1995 e 2003, e 21 municípios, respectivamente. Os resultados são analisados como referenciais métricos, úteis à identificação dos problemas ambientais mais freqüentemente oficiados e também dos processos conectivos que estruturam a atuação do MP como instituição mediadora na defesa da sociedade, bem como de seus bens e valores; neste caso, mais precisamente, no que se refere à proteção dos recursos hídricos. Como resultado da investigação constatou-se a ocorrência de diversos fatores que parecem dificultar a atuação do MP e outros que podem ser otimizados em prol da conservação dos recursos hídricos. 
 
Edevar Luvizotto Junior, Podalyro Amaral De Souza, Victor Emanuel Mello De GuimarÃes Diniz
Este trabalho apresenta um modelo matricial inelástico que calcula redes hidráulicas, baseado no método criado por Nahavandi e Catanzaro (1973). Trata-se de um método que permite o cálculo de vazões e da distribuição da pressão em uma rede para o regime permanente, para o regime extensivo e para o regime transitório lento. Este método leva vantagem sobre o método de Cross pelo fato deste último não permitir o cálculo das situações transitórias que ocorrem, por exemplo, durante a abertura e fechamento de uma válvula, partida e parada de um ?booster?, rompimento de uma tubulação, etc. Foi ampliada a aplicabilidade do método criado por Nahavandi e Catanzaro (1973), pois foram desenvolvidas a programação e a entrada de dados para contemplar a existência de válvulas, reservatórios ou ?boosters? na rede. Além disto, toda a formulação matemática e a programação para o cálculo do regime transitório e do regime extensivo também tiveram que ser desenvolvidas. O modelo matricial está funcionando a contento, pois os valores obtidos pelo modelo para as redes utilizadas como exemplo estão próximos dos valores originais obtidos da literatura pesquisada. 
 
Eduardo Von Sperling
O trabalho apresenta estimativas da distribuição de água nos diversos compartimentos hídricos do planeta: oceanos, águas interiores, águas subterrâneas, geleiras, lagos e represas, umidade do solo, atmosfera, rios e organismos. São feitas considerações sobre as dificuldades de estabelecimento de números exatos e sobre as possíveis origens das fortes discrepâncias encontradas entre algumas estimativas. Ao final é feita uma proposição de valores percentuais para a distribuição de água nos vários compartimentos, tendo como base as médias calculadas de avaliações extraídas da literatura técnica especializada. 
 
A. C. Fantini, L.r. D'agostini, N.s. Salin
As noções de efetiva disponibilidade e de efetividade de tratamento de água são tomadas como expressão de produtos entre qualidades Q, quantidades V e regularidade R de fluxo de água. A qualidade Q e a quantidade V são caracterizadas a partir de procedimentos tradicionais. A expressão de regularidade na qualidade e na quantidade é obtida a partir da caracterização do grau de afastamento de regimes estacionários. Sistematizadas em concordância com a equação da continuidade, as mais diversas combinações entre qualidades Q, quantidade V e regularidade R resultam em objetivas expressões da efetividade de ações voltadas à sustentação do fluxo de possibilidades a partir da água disponível.  
 
Giancarlo Castanharo, Miriam Rita Moro Mine
Neste trabalho apresentam-se algumas contribuições para a utilização de modelos hidrodinâmicos na simulação de escoamento não-permanente em trechos de canais que alimentam reservatórios. A representatividade da curva cota-volume do reservatório, pelo modelo hidrodinâmico, é uma das questões abordadas neste trabalho. Nesta questão é proposto um simples método para representação da curva cota-volume do reservatório através de uma adaptação das seções transversais fornecidas ao modelo hidrodinâmico. Analisou-se também o efeito das imprecisões dos linigramas, fornecidos como condição de contorno de jusante nos modelos hidrodinâmicos, sobre as vazões calculadas nos trechos de reservatório. As simulações executadas para validação do método proposto e das investigações apresentadas foram realizadas num trecho de 110 km do rio Iguaçu, estado do Paraná, entre os municípios de União da Vitória (PR)/Porto União (SC), e o reservatório da Usina Hidrelétrica de Foz do Areia.  
 
Francisco De Assis Salviano De Sousa, Rodrigo Cezar Limeira
Em hidrologia os métodos ou práticas de regionalização de cheias estão tradicionalmente vinculados às características físicas de bacias hidrográficas. É comum se delimitar sub-regiões hidrologicamente homogêneas com base nessas características. Essa metodologia exige, para se obter bons resultados, que a distribuição espacial dos postos fluviométricos seja relativamente uniforme. Essa exigência, especialmente no Brasil, torna o método pouco prático e passível de erros, visto que a densidade de estações fluviométricas no Brasil é baixa. O objetivo deste trabalho é o de propor uma metodologia alternativa, com base na análise multivariada, para delimitar sub-regiões hidrologicamente homogêneas, e em seguida regionalizar as cheias nessas sub-regiões. Uma das vantagens da metodologia aqui proposta é a de que ela utiliza as variáveis com perspectivas espacial e temporal e não apenas espacial, como nos métodos tradicionais de regionalização de cheias. Essa metodologia, da forma como é proposta aqui, independe da distribuição espacial das estações fluviométricas. Para aplicá-la foi escolhida uma parte da área geográfica do Estado de São Paulo. Como resultado obteve-se as delimitações de quatro sub-regiões hidrologicamente homogêneas a partir dos totais mensais precipitados. Essas delimitações explicam 70,4 % de toda a variância do sistema. De modo geral, os resultados em análise multivariada são tanto melhores quanto maior for a variância intergrupos.  
 
Reynaldo Luiz Victoria, Silvio Jose Gumiere
Desenvolveu-se um modelo Solo-Vegetaçào-Atmosfera para simular a dinâmica da água no solo da Floresta Nacional de Tapajós, Pará. O modelo desenvolvido resolve a equação de Richard´s pelo método das diferenças finitas na zona não saturada com 11,0m de profundidade em períodos anuais. A calibração e validação do modelo foram realizadas através de comparação com sensores TDR instalados no local do experimento. As variáveis hidrometeorológicas, assim como todas as características físicas da vegetação, necessárias como entrada do modelo, foram medidas no local do experimento. A principal estratégia de calibração consistiu em variar a condutividade hidráulica de solo saturado, medida no campo, através de um fator multiplicativo constante em todas as profundidades. Os resultados da calibração mostraram correlação r 2 = 0,72 com relação aos valores medidos. Posteriormente o modelo passou pelo processo de validação, usando dados climatológicos do ano de 2000, obtendo-se r2= 0,62. O coeficiente de correlação e o RMSE (?Root Mean Square Error?) do modelo desenvolvido foi comparado com o de outros modelos utilizando método das diferenças finitas, mostraram que a ordem de grandeza dos mesmos esta adequada para modelagem desta natureza.  
 
Eneas Oliveira Lousada, José Eloi Guimarães Campos
Este trabalho reúne informações sobre as oscilações dos níveis piezométricos na bacia hidrográfica do rio Jardim - Distrito Federal. Pesquisas desenvolvidas com relação aos aqüíferos do Distrito Federal, têm sido direcionadas para a descrição dos parâmetros físicos e condições de funcionamento de cada meio aqüífero. Na evolução do conhecimento sobre as formas de circulação hídrica subterrânea, propõe-se a avaliação piezométrica nos diversos ambientes intergranulares, associada às condições climáticas, para inferir sobre a sustentabilidade do manancial em cada meio aqüífero. O objetivo deste artigo é avaliar o comportamento das superfícies piezométricas nos aqüíferos freáticos como resposta às variações da precipitação, resultando numa abordagem sobre as implicações diretas na gestão dos recursos hídricos. O conhecimento das condições de ocorrência e circulação da água subterrânea auxilia na otimização do uso das reservas hídricas disponíveis e na proteção das áreas de recarga. Para a avaliação sobre a piezometria na área, adquiriu-se informações sobre as oscilações dos níveis freáticos ao longo do ano hidrológico, concluindo sobre as variações observadas em diferentes meios resultantes da interação entre geologia, solo, distribuição das chuvas e geomorfologia. As abordagens foram direcionadas para verificações quanto aos tempos de resposta de cada tipo de solo em função da precipitação, bem como intensidade e amplitude de oscilação dos níveis freáticos. Para um melhor entendimento sobre a dinâmica dos níveis freáticos nos diversos ambientes, realizou-se análise associando a variação da altura pluviométrica às classes de solos presentes na bacia, os quais foram organizados nos seguintes grupos: latossolos argilosos e muito argilosos, cambissolos, gleissolos e neossolos quartzarênicos. 
 
Claudia Dumans Guedes, Jose Fernando De Paiva, Renalda Monteiro Carvalho
O problema da clarificação de águas turvas ricas em partículas de óxidos de ferro é abordado neste trabalho, avaliando- se a utilização de um agente coagulante natural ? a Moringa oleifera. A adição de 800 mg/L de um extrato aquoso, preparado utilizando-se 0,5% em peso de semente, provoca a diminuição da turbidez (20.800 para 80 NTU) da água pluvial acumulada em uma cava de mineração. Embora as concentrações de sódio, potássio, cálcio e magnésio apresentem um aumento considerável com o tratamento, a descarga da água tratada nos cursos de água adjacentes é acompanhada de uma diluição tal que estes teores adquirem valores compatíveis com os limites exigidos pela legislação brasileira. O extrato de moringa não mobiliza ferro a partir das partículas em suspensão, ao contrário do processo de clarificação que é normalmente utilizado e que emprega um agente coagulante e outro floculante. O uso do extrato provoca a diminuição das concentrações de ferro e manganês na água, conforme demonstram os resultados das análises químicas. 
 
Dib Gebara, Humberto Carlos Ruggeri Junior, Milton Dall'aglio Sobrinho
A maioria dos modelos hidrodinâmicos para reatores de leito fluidizado por jatos de ar utiliza um coeficiente global de perda de carga, sem levar em conta os efeitos do intercâmbio de energia entre as fases líquida e gasosa. Essa abordagem dificulta a generalização dos resultados experimentais e abriga inconsistências que podem levar a valores absurdos de perda de carga, conforme é demonstrado por este trabalho, que se vale de levantamentos experimentais em modelos de reatores em escala de laboratório. Merchuck et al. (1995) propuseram um modelo matemático para descrever as perdas nas diversas regiões dos reatores, que leva em consideração o intercâmbio de energia entre as fases gasosa e líquida, proporcionando um avanço na modelagem dos reatores aeróbios de leito fluidizado com circulação. Apesar de mais realista, a aplicação do modelo de Merchuck aos dados obtidos neste trabalho em um reator de tubos concêntricos com 6 m de altura, diâmetro interno de 0,10 m e externo de 0,20 m, revelou que os resultados dependem fortemente da vazão de recirculação de gás para o tubo de subida. Portanto, a correta avaliação das perdas depende da medição precisa da vazão de ar no tubo de descida, uma variável de difícil determinação experimental. Conclui-se que, apesar do avanço representado pelos modelos que consideram as trocas de energia entre as fases, é desejável o desenvolvimento de equações mais gerais para a obtenção das perdas de carga, em função da geometria do reator e dinâmica do escoamento e sua validação com resultados experimentais.  
 
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ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos