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Edélti Faria Albertoni, Cleber Palma-silva, Claudio Rossano Trindade, Leonardo Marques Furlanetto
O canal São Gonçalo liga as lagoas dos Patos e Mirim, no sul do Brasil, possuindo um comprimento de cerca de 70 Km. É importante manancial agrícola para a cultura do arroz irrigado, e urbano, para o município de Rio Grande, com cerca de 250 mil habitantes. Este trabalho visou obter um diagnóstico da qualidade das águas deste manancial, utilizando métricas da comunidade de invertebrados bentônicos (índice de Shannon-Wiener, abundância e riqueza de táxons), e o índice biótico BMWP, avaliação de características físicas e químicas, e aplicação do índice de estado trófico. O índice BMWP geral para o período indicou águas contaminadas ou poluídas, com maiores valores de riqueza e densidade de grupos indicadores de condições alteradas (Sarcodina e Hydracarina). As variáveis analisadas indicam águas eutrofizadas, com valores de clorofila-a característicos de ambientes eutróficos (> 2,9 µg. L-1), baixas taxas N:P tanto na água como no sedimento, indicando limitação por nitrogênio na maioria dos períodos. Estes valores são corroborados pelos escores de índices de estado trófico, que em sua maioria indicaram condições de mesotrofia e eutrofia, atingindo períodos de hipertrofia. Os valores de IET mais elevados ocorreram a jusante do rio Piratini, nas coletas de abril/2009 e fevereiro/2011, atingindo valores de super e hipereutrófico, respectivamente, em períodos coincidentes com drenagem das culturas de arroz irrigado no entorno. Os resultados encontrados relativos às concentrações de nutrientes, estequiometria de nitrogênio e fósforo e índice biótico reforçam a necessidade de avaliações de usos do entorno deste manancial.

 
 
Naiah Caroline Rodrigues De Souza, Andrea Sousa Fontes, Lafayette Dantas Da Luz, Sandra Maria Conceição Pinheiro
Hydrologic indicators; Classification of the degree of impact; Semi-arid 
 
João Paulo Delapasse Simioni, Laurindo Antonio Guasselli, Cecilia Balsamo Etchelar
A Área de Proteção Ambiental do Banhado Grande (APABG), localizada na Região Metropolitana de Porto Alegre, compreende três áreas de banhados, o Banhado Chico Lomã, o Banhado Grande e o Banhado dos Pachecos. Em períodos de grandes pulsos de inundação extensas áreas inundáveis são formadas entre esses banhados e a planície de inundação do rio Gravataí, estabelecendo uma conectividade entre as Áreas Úmidas (AUs) da APABG. Essa conectividade faz com que haja interações entre essas AUs, como troca de nutrientes, sedimentos e organismos vivos. Deste modo, este trabalho tem por objetivo mapear as áreas inundáveis associadas aos grandes pulsos de inundação e analisar as áreas de conectividade na APABG. Para isto, estruturou-se o trabalho em três etapas: i) escolha de imagens de satélites e de dados de precipitação, entre os anos 2000 a 2015 para identificação dos grandes pulsos de inundação; ii) mapeamento das áreas inundáveis nos grandes pulsos de inundação, utilizando imagens de Índice de Diferença Normalizada da Água (NDWI); e iii) análise da conectividade entre as Áreas Úmidas. Conforme os resultados, em grandes pulsos de inundação, com precipitação pluviométrica maior que 247 mm, nos 30 dias anteriores à data da imagem, se estabelece uma grande área de conectividade entre as áreas úmidas, formando no polígono delimitado pela cota de 11 metros, dois tipos de conectividade: wetlands-wetlands connectivity, permitindo interações entre ambientes com depósitos paludiais e de fundo lagunar; e wetlands-stream connectivity, interligando os depósitos aluvionares e de planície de inundação do rio Gravataí com os depósitos de fundo lagunar e paludiais. Em pulsos de inundação com precipitação acumulada menor ou igual a 200 mm, nos últimos 30 dias, a superfície inundável apresenta-se fragmentada dentro do polígono associado à cota de 11 metros, principalmente no corredor entre os banhados Grande e dos Pachecos, que não chegam a se conectar pela inundação, formando apenas a wetlands-stream connectivity. Assim, a caracterização dos pulsos de inundação e da conectividade tornam-se fundamentais para o entendimento da dinâmica das AUs, pois, atentam para a necessidade de preservação destas áreas de grande importância para o controle de inundações, regulação microclimática e manutenção da biodiversidade.

 
 
Lucas Luiz Dall Orto Fantin, José Antonio Tosta Dos Reis, Antônio Sérgio Ferreira Mendonça
O processo de seleção de uma estação de tratamento de esgoto é complexo quando observado do ponto de vista de uma bacia hidrográfica, onde existem múltiplos lançamentos apresentando diferentes cargas e corpos d-água com diferentes capacidades de assimilação. Neste contexto, a presente pesquisa tem como objetivo estabelecer metodologia para a pré-seleção de alternativas de tratamento de esgoto no âmbito de bacias hidrográficas. A proposta metodológica envolve o uso combinado de modelo de qualidade de água, técnica de otimização e um conjunto de critérios de natureza técnica e econômica associados aos diferentes sistemas de tratamento de esgotos. Para avaliação da metodologia proposta foram considerados diferentes cenários de disposição de efluentes na bacia hidrográfica do rio Pardo, importante afluente do rio Itapemirim, curso d-água da porção sul do estado do Espírito Santo. Os resultados indicaram que o modelo de otimização que buscou a minimização das eficiências de tratamento no âmbito da bacia, permitindo uso da capacidade e de autodepuração dos cursos d-água, selecionou sistemas de tratamento que variaram da combinação de reatores UASB e lagoas de polimento a sistemas de infiltração lenta, alternativas de tratamento que apresentaram menores estimativas de custos presentes líquidos. A incorporação da equidade entre os sistemas de tratamento aumentou significativamente os custos presentes líquidos totais associados ao tratamento de esgoto no âmbito da bacia hidrográfica.

 
 
Leonardo Henrique Andrade Vera, Suzana Maria Gico Lima Montenegro, Simone Rosa Da Silva
O presente artigo versa sobre a atuação da cobrança como instrumento de gestão na Bacia Hidrográfica do rio São Francisco no período entre 2010 e 2015, de acordo com os objetivos definidos na Lei 9.433/97. Os objetivos deste trabalho contemplaram: avaliação da participação dos usuários nos valores cobrados e por tipo de uso; comparação entre os valores cobrados e arrecadados para observar a aceitação do usuário em relação ao pagamento; aplicação dos recursos financeiros obtidos com arrecadação em relação às ações previstas no plano de investimento da bacia, avaliação da evolução dos usos: captação, consumo, lançamento de carga orgânica visando aferir a influência da cobrança no uso racional dos recursos hídricos e comparação entre os mecanismos de cobrança das bacias dos rios Paraíba do Sul, Piracicaba-Capivari-Jundiaí, Doce e São Francisco para os principais usos. Observou-se que a aceitabilidade dos usuários em relação à cobrança vem aumentando gradativamente. Apesar da adimplência dos usuários superior a 91% em 2013, os recursos financeiros arrecadados e a gestão da aplicação destes estão aquém da real necessidade de investimentos em ações de conservação da bacia. Em relação ao uso de captação de água não se observa o efeito da cobrança. Para os usos de consumo de água e lançamento de carga orgânica foram observados resultados discretos mas positivos. Recomenda-se uma revisão quanto aos critérios das vazões de referência e parâmetros da cobrança pelos usos dos recursos hídricos, bem como sugere-se estudar os mecanismos do modelo de cobrança das bacias dos rios Piracicaba-Capivari-Jundiaí e Paraíba do Sul, que utilizam a vazão de outorga e a vazão aferida para ajustes no modelo de cobrança vigente na Bacia Hidrográfica do rio São Francisco. De uma forma geral, a implantação da cobrança pelo uso da água na bacia do rio São Francisco apesar de ser recente, é um processo que aos poucos vem se consolidando e contribuindo para a sustentabilidade ambiental da bacia.

 
 
Carolina Kuhn Novakoski, Eliane Conterato, Marcelo Marques, Eder Daniel Teixeira, Guilherme Abud Lima
A bacia de dissipação tem como finalidade dissipar, através de ressalto hidráulico, a energia do escoamento junto à base do vertedouro. Por ser um fenômeno turbulento que provoca amplas flutuações de pressão junto ao fundo da bacia, o ressalto hidráulico pode comprometer a estrutura do dissipador por mecanismos como fadiga, subpressão e cavitação. A utilização de vertedouros em degraus permite a dissipação de uma parte da energia ainda durante o escoamento da água pela calha, o que possibilita a redução das dimensões e do custo da estrutura da bacia de dissipação. O presente artigo apresenta a análise das distribuições longitudinais da pressão média, das flutuações de pressão e dos coeficientes de assimetria e curtose, oriundas de ensaios realizados em modelos físicos hidráulicos. Foi feita uma comparação das características das pressões obtidas em uma bacia de dissipação a jusante de um vertedouro em degraus (para números de Froude entre 5 e 8) com dados observados em uma bacia de dissipação a jusante de um vertedouro de calha lisa, com raio de concordância entre a calha e a bacia (para números de Froude compreendidos entre 4,5 e 10). A partir dessa análise pode-se concluir que, diferentemente do ocorrido na bacia de dissipação com calha lisa, as pressões médias e flutuações de pressão observadas na bacia de dissipação a jusante de calha em degraus tem seu máximo no ponto mais próximo ao pé do vertedouro. O desenvolvimento longitudinal dos coeficientes de assimetria e curtose possibilitaram determinar as posições de início do descolamento do escoamento, de fim do rolo e de fim da influência do ressalto hidráulico no escoamento.

 
 
Marcos AbÍlio Medeiros De SabÓia, Francisco De Assis De Souza Filho, Luiz Martins De AraÚjo JÚnior, Cleiton Da Silva Silveira
As alterações observadas nos eventos climáticos extremos refletem a influência das mudanças climáticas ocasionados for fatores antropogênicos, além da variabilidade natural do clima. Segundo projeções climáticas futuras, o aumento da temperatura média da superfície terrestre, ocasionará fortes mudanças nas precipitações médias anuais de quase todo o planeta. O objetivo primordial desse artigo é avaliar o impacto dos possíveis cenários de mudanças climáticas em sistemas de drenagem urbana localizados em baixas latitudes. O local específico do estudo foi uma das sub-bacias do Rio Cocó, na cidade de Fortaleza-CE. Foram utilizados dados de precipitações oriundos de 6 (seis) modelos de circulação global, são eles: bcc-csm1, CanESM2, CCSM4, CESM1-CAM5, inmcm4 e MIROC5. Esses dados foram extraídos e interpolados para a cidade de Fortaleza-CE. Essas informações foram utilizadas com o intuito de gerar novas equações IDF projetadas para o futuro, através da utilização do -Método da Correspondência de Quantis Equidistantes-, baseadas nas projeções climáticas RCP 4,5 e RCP 8,5. Os novos valores de precipitação gerados por essas novas curvas IDFs foram utilizados como um dos dados de entrada do programa HEC-HMS. Os resultados mostraram que devem ocorrer grandes aumentos nas vazões e volumes escoados no sistema de drenagem analisado, sendo que o cenário RCP 8.5 apresentou valores ainda mais acentuados do que o gerado pelo cenário RCP 4,5.

 
 
Aluana Ariane Schleder, Lucilia Maria Parron Vargas, Fabricio Augusto Hansel, Sandro Froehner, Leonardo Tozini Palagano, Ernani Francisco Da Rosa Filho
A vulnerabilidade de aquíferos do tipo cársticos à contaminação por atividades agropecuárias ocorre em função de sua estrutura geomorfológica. No entanto, existem poucos estudos desta natureza no Brasil. O objetivo deste estudo foi avaliar a ocorrência de nitrato, bactérias coliformes e atrazina em poços rasos e profundos no aquífero cárstico paranaense sob influência de atividades agrícolas. O estudo foi realizado em uma área de agricultura intensiva sobre aquífero cárstico da bacia hidrográfica do Alto Iguaçu/Ribeira no município de Colombo-PR. As campanhas amostrais foram realizadas no período entre 2014 e 2015 em 15 poços rasos e 7 poços profundos, para análise bacteriológica, de NO3- e de atrazina na água. A concentração de NO3- nos poços rasos variou entre 0,14 mg L-1 e 40,22 mg L-1. Nos poços profundos, as concentrações foram menores, entre 1,24 mg L-1 e 17,86 mg L-1. A análise de coliformes totais e fecais apresentou a mesma tendência da presença deNO3-. A atrazina foi detectada em 5 poços rasos e 4 profundos. Propriedades físico-químicas da atrazina, assim como, as fraturas do aquífero cárstico e alta condutividade hidráulica podem ser consideradas como fatores determinantes no destino deste pesticida.
 
 
Alessandro De AraÚjo Bezerra, Marco Aurelio Holanda De Castro, Renata Shirley De Andrade Araújo
Este trabalho tem por objetivo principal a apresentação de uma nova formulação para a calibração do fator de atrito da equação universal da perda de carga utilizando o Método Iterativo do Gradiente Hidráulico Alternativo (MIGHA) para o cálculo da rugosidade absoluta. O método foi aplicado, com auxílio da biblioteca Epanet2.dll para as simulações hidráulicas, em duas redes fictícias. Foi testada a influência da rugosidade inicial adotada, do número de nós com dados de pressão conhecidos e da posição dos nós com pressões conhecidas. Para o teste da influência da rugosidade inicial foi desenvolvida uma sub-rotina computacional com o intuito de calcular a rugosidade inicial mais adequada para cada trecho. Os resultados mostraram que é recomendado utilizar como rugosidade absoluta inicial o valor usual para o material novo. A sub-rotina computacional desenvolvida é recomendada para o caso de desconhecimento do material da rede ou idade elevada. Quanto maior o número de pressões conhecidas na rede de distribuição, melhor é a precisão do método. Entretanto, uma boa disposição dos nós com pressões conhecidas se mostrou mais importante do que um número maior de pressões medidas. A melhor configuração encontrada para os nós com pressões conhecidas foi eles separados entre si. O método se mostrou simples de ser aplicado e com bons resultados, além de poder ser aplicado com um pequeno número de iterações.

 
 
Danniel Claudio De Araujo, Pedro Oliveira Da Silva, Wilson Fadlo Curi, Jaime Joaquim Da Silva Pereira Cabral
O processo de urbanização altera significativamente os processos de escoamento natural da bacia hidrográfica, com o aumento do volume das águas pluviais escoadas superficialmente, incremento das vazões de pico dos corpos d-água, degradação da qualidade da água, geração de sedimentos, entre outros. A gestão das águas pluviais tem, então, um papel fundamental em uma área urbana, este processo vem se tornando cada vez mais complexo, envolvendo não somente aspectos hidrológicos e hidráulicos, como também questões ambientais, sociais e sanitárias, além dos aspectos técnicos e de custos usualmente considerados. Esta complexidade leva, cada vez mais, ao uso da análise multicritério como suporte a decisão. Neste sentido, este trabalho objetiva a aplicação de uma metodologia de análise multicriterial aplicado a drenagem urbana, com o auxílio do PROMETHEE. Os resultados indicaram que a aplicação de análise de multicritério agregado aos cenários de intervenções hidráulicas se adequa bem à realidade, pois permite incluir uma gestão participativa.
 
 
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ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos