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Antonio Eduardo LeÃo Lanna, Gilles Hubert, Jaildo Santos Pereira
Neste trabalho é desenvolvido um modelo bidimensional de transporte, aplicado a escalares passivos e nãoconservativos. O modelo usa a equação de transporte integrada na direção vertical, elementos finitos na discretização espacial e diferenças finitas na discretização temporal. A parametrização das tensões turbulentas é baseada nas técnicas de filtragem, que são derivadas da técnica conhecida como Simulação dos Grandes Vórtices (LES, Large Eddy Simulation). A validação do modelo é demonstrada através da solução numérica de experimentos que possuem soluções analíticas conhecidas, considerando diversos tipos de fontes. O modelo foi aplicado ainda na simulação do transporte de sal na Baía de Sepetiba, mostrando a sua aplicabilidade em estuários com batimetria e geometria complexas.  
 
Aloysio Portugal Maia Saliba, Carlos Barreira Martinez, Bruno Rabelo Versiani
Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), no Brasil, são aquelas cuja potência instalada não ultrapassa 30 MW, e o seu lago tem uma área máxima de 3 km2 para a cheia centenária. Devido aos custos envolvidos, o Governo Federal do Brasil incentivou a sua exploração por grupos empresariais privados. Os estudos de viabilidade de PCHs tratam sobretudo da definição de uma série de vazões para determinar a vazão de 95% de permanência. O Manual de PCH (ELETROBRÁS, 2000) considera esse valor como aquele que deve ser usado a fim de avaliar a produção de energia. Assim, o mesmo tem um impacto profundo sobre o pagamento do investimento. Portanto, esta metodologia não leva em conta a variabilidade de vazões e o seu impacto sobre os estudos de viabilidade. O autor sugere o uso de modelos estocásticos juntamente com estudos de viabilidade, considerando que é importante buscar simplicidade e baixos custos, e determinar as conseqüências da variabilidade de vazão nesses estudos. Os resultados mostram que o uso de vazões baixas a fim de reduzir a influência da sua variabilidade sobre a definição de potência, não significa estender este comportamento aos estudos de viabilidade. No estudo de caso desenvolvido, o ponto onde esse comportamento começa a exercer um efeito sobre os estudos é a vazão de 70%, muito diferente daquela sugerida pelo manual de PCH. 
Palavras-chave: PCH; modelos estocásticos.
 
Cynara De Lourdes Da Nóbrega Cunha, Paulo César Colonna Rosman, Teofilo C. N. Monteiro
Os Novos Instrumentos de Planejamento do Sistema Francês de Gestão de Recursos Hídricos: II - Reflexões e Propostas para o Brasil 
 
Carlos Augusto Franca Schettini
Este artigo apresenta uma descrição física do estuário do rio Itajaí-açu em relação aos aspectos hidrodinâmicos, hidrológicos e sedimentológicos. Apresenta-se sucintamente resultados de estudos já
realizados na região, tanto em termos de agentes determinantes externos (fluvial, marinho e atmosférico), quanto de processos internos do corpo estuarino. Em termos gerais, o estuário apresenta circulação
do tipo cunha salina, sendo controlado primeiramente pela descarga fluvial e, em menor grau, pelas oscilações do nível do mar, tanto astronômicas quanto meteorológicas. Ondas e ventos aparentemente não desempenham papel direto como determinantes dos processos hidrodinâmicos e sedimentológicos no estuário. O estuário exporta a maior parte dos sedimentos em suspensão trazidos pelo rio, embora também haja importação de sedimentos da plataforma continental através das correntes de fundo. A atividade antrópica associada com a dragagem vêm alterando sistematicamente a partir dos anos 50 o comportamento hidráulico-sedimentológico do baixo estuário. 
 
Beatriz Stoll De Moraes, Francisco Ricardo Andrade Bidone
Os efluentes líquidos e os resíduos sólidos de curtumes são responsáveis por grande parte da poluição provocada pelo lançamento de metais pesados nos rios que compõe a Bacia do Vale do Rio dos
Sinos. Hoje em dia, grande parte dos resíduos sólidos está sendo reciclada, mas ainda longe de ser uma solução definitiva para o problema. Devido a isso, este trabalho teve como objetivo principal estudar a viabilidade da disposição das serragens de couros ?wet blue? e das aparas de couros acabados e semi acabados excedentes em células de aterro sanitário, levando em consideração os prováveis efeitos atenuadores da matéria orgânica sobre os metais pesados presentes, com ênfase ao cromo. Como objetivos complementares, analisou-se os percolados gerados em lisímetros (simulação de disposição inadequada no solo) e o comportamento dos resíduos frente condições agressivas de temperatura e pH (?aquários?). Os resultados finais comprovam os riscos de contaminação quando os resíduos industriais em questão são dispostos em locais tecnicamente inadequados (?lixões?) e a possibilidade de se tratar os mesmos em aterros sanitários utilizando-se a codisposição com a matéria orgânica. 
 
Carlos Eduardo Morelli Tucci
desenvolvimento urbano brasileiro tem produzindo um impacto significativo na infra-estrutura de recursos hídricos. Um dos principais impactos tem ocorrido na drenagem urbana, na forma de aumento
da freqüência e magnitude das inundações e deterioração ambiental.
Para o controle deste impacto é necessário desenvolver uma série de ações ordenadas de forma a buscar equilibrar o desenvolvimento com as condições ambientais das cidades. Este mecanismo é o Plano Diretor de Drenagem integrado com os outros planos de esgotamento sanitário, resíduo sólido e principalmente o de desenvolvimento urbano. Neste artigo são apresentados os elementos básicos para a política do Plano Diretor de Drenagem e a sua compatibilidade dentro da realidade brasileira, destacando-se: princípios básicos de controle; estrutura do Plano, estratégias, interfaces com os outros planos e mecanismos de financiamento. Estes elementos foram apresentados para o Plano da cidade de Porto Alegre, concluída a sua primeira etapa e como propostas para os Planos da Região Metropolitana de Curitiba e Belo Horizonte. 
 
Alberto Simon Schvartzman, Nilo De Oliveira Nascimento, Marcos Von Sperling
Este trabalho apresenta uma metodologia para a aplicação dos instrumentos de outorga e cobrança, desenvolvida na bacia do rio Paraopeba, no Estado de Minas Gerais. São apresentadas simulações da aplicação do instrumento da outorga tomando-se por base as demandas de água na bacia, estimadas em 1996 e previstas para o ano de 2006, considerando-se os critérios atualmente adotados pelo órgão gestor de recursos hídricos no Estado. Foi efetuado um estudo sobre os riscos de não atendimento às demandas de água, baseado nas séries históricas de vazão, em pontos de controle pré-determinados na bacia. Nestes pontos de controle foram ainda avaliados aspectos
relacionados à qualidade das águas e simulada a evolução da poluição no principal curso d?água da bacia. Foram simuladas intervenções, visando à melhoria da qualidade dos recursos hídricos da bacia do rio Paraopeba, para se atingir as metas de qualidade previstas no enquadramento das águas da bacia. A partir das intervenções,
representadas pelo tratamento dos esgotos domésticos urbanos, foi efetuada uma previsão dos custos envolvidos e, então, proposta uma forma de tarifação e cobrança pelo uso de recursos hídricos, de maneira a arrecadar fundos para implementação das obras consideradas necessárias. 
Palavras-chave: gestão; outorga; cobrança.
 
Márcio Benedito Baptista, Nilo De Oliveira Nascimento
Este artigo tem como objetivo discutir o quadro atual da drenagem urbana no Brasil, abordando as questões ligadas à sua estrutura institucional e ao financiamento da sua implantação e gestão. A análise
é efetuada a partir da consideração de um quadro mais geral, contemplando os principais modelos institucionais adotados internacionalmente. Procura-se efetuar um confronto da situação de alguns países da Europa Ocidental com a situação brasileira, buscando delinear princípios para a proposição de ajustes do nosso modelo institucional e de financiamento. 
 
Nelson Luis Da Costa Dias, Akemi Kan, Leocadio Grodizki, Sandro D. Sanchez, Dornelles Vissotto Junior
Lagos naturais ou artificiais nos continentes introduzem variabilidade espacial dos fluxos superficiais de energia e gases de efeito estufa nas escalas meso-g, meso-b e meso-a. Esta variabilidade, ou o contraste entre os fluxos terrestres e de lago, está na base dos impactos hidrológicos e meteorológicos (inclusive em sua dimensão ambiental)
que a existência (ou formação devido ao barramento dos rios) de lagos pode causar. Nós argumentamos que a quantificação de tais impactos deve se basear na medição dos fluxos superficiais de massa e energia em lago e em terra por sistemas confiáveis e robustos, capazes de gerar séries de longa duração (semanas, meses e anos), em contraste com as séries de curta duração (horas, dias ou no máximo semanas) típicas de campanhas micrometeorológicas. Após uma distinção cuidadosa entre métodos que produzem medidas de fluxo e modelos que produzem estimativas de maior incerteza destes mesmos fluxos, é feita uma revisão dos métodos de medição disponíveis, e seus pontos fortes e fracos. Esta revisão e uma experiência de vários anos em sistemas de medição contínua de fluxos levaram à seleção do método
de covariâncias turbulentas atenuadas (MCTA), composto por um conjunto suficientemente robusto e barato de sensores para poder ser aplicado em campanhas de medição de longa duração. Nós detalhamos o sistema proposto, e apresentamos numerosos testes de campo de sua exeqüibilidade, assim como comparações com medidas de alta qualidade de covariâncias turbulentas realizadas simultaneamente. Nós também avaliamos a realização de numerosas medições auxiliares de radiação, temperatura e umidade do solo e fluxo de calor no solo, uma vez que elas podem ser necessárias em diversos contextos de aplicação de medição de fluxos (por exemplo, estimativas confiáveis de umidade do solo para a agricultura, e assimilação de umidade do solo em modelos de mesoescala). 
 
Antonio Carlos Zuffo, Luisa Fernanda Ribeiro Reis, Rozely Ferreira Dos Santos, Fazal Hussain Chaudhry
Em planejamentos de recursos hídricos os cursos d?água devem ser avaliados sob uma perspectiva sistêmica e integrada ao seu meio. Para tanto há a necessidade de se analisar aspectos ambientais e sociais de difícil inserção e comparação com aspectos técnicos e econômicos, mais facilmente quantificados. Neste sentido, algumas experiências
têm sido realizadas através do uso de alguns métodos multicriteriais. Este trabalho objetiva avaliar os resultados de diferentes métodos multicriteriais que incorporam características ambientais, sociais, técnicas e econômicas comumente utilizadas em estudos de planejamento de recursos hídricos supondo uma visão ecossistêmicas do meio. A área de estudo adotada foi a bacia do Baixo Cotia, localizada na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), e o objetivo central foi o planejamento para a reabilitação, expansão e conservação do sistema produtor de água potável. Foram adotados 20 critérios e nove diferentes alternativas para o estudo do problema os quais foram aplicados cinco diferentes métodos de auxílio à tomada de decisão. Os cinco métodos utilizados foram: ELECTRE II, PROMETHEE II, Programação por Compromisso (CP), Teoria dos Jogos Cooperativos (CGT) e o método Analítico Hierárquico (AHP). Os métodos multicriteriais foram aplicados a quatro combinações distintas de pesos atribuídos aos critérios, obtidos através de consulta por questionário estruturado a especialistas. Dos cinco métodos utilizados quatro apresentaram resultados praticamente coincidentes. A inserção de critérios ambientais e sociais foi considerada viável, possibilitando a
melhoria do processo de tomada de decisão para a escolha de alternativas. 
 
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ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos