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Marcos Cristiano Palú, Jose Junji Ota, Andre Luiz Tonso Fabiani
A atual busca de viabilidade em empreendimentos hidrelétricos recorre em soluções técnicas que apresentem baixos custos de implantação e operação, além do atendimento aos requisitos ambientais. Somados estes fatores a implantação de aproveitamentos em sítios com características distintas dos comumente utilizados, há o surgimento de estruturas e arranjos atípicos. Dadas as referidas razões, estudos em estruturas não convencionais como vertedores laterais, tornam-se necessários para o desenvolvimento de projetos seguros, econômicos e com desempenho satisfatório. O presente trabalho apresenta metodologias de cálculo avaliadas através de modelagem física, tendo como referência os estudos efetuados na Usina Hidrelétrica Dardanelos, localizada no Mato Grosso. Ao final os resultados teóricos e experimentais são confrontados, apresentando-se os parâmetros e equações mais adequados para aplicação em estruturas semelhantes 
 
Artur Jose Soares Matos, Andre Pioltine, Frederico Fabio Mauad, Alexandre Augusto Barbosa
Este trabalho, baseado em estudos teóricos e práticos sobre escoamentos em canais abertos, tem por objetivo determinar o coeficiente de rugosidade ao escoamento (coeficiente de Manning), com a intenção de dar suporte a futuros trabalhos que o utilizarão tanto na seção transversal como ao longo do canal, em simulações de escoamentos não permanentes utilizando as equações de Saint-Venant. Para a caracterização da resistência na seção foram utilizados como base dados de alguns rios nos Estados Unidos, nos quais foram adimensionalizados. A partir destes foram construídas curvas que relacionam a profundidade do escoamento com o coeficiente de Manning para o Rio Sapucaí no estado de Minas Gerais. Foi também traçado o perfil longitudinal por meio de observações em campo. Estes dados são indispensáveis na calibração de modelos hidráulicos. Como resultado pode-se observar que o coeficiente de Manning calculado através da metodologia proposta se aproxima dos valores medidos em campo 
 
Daniela Guzzon Sanagiotto, Antonio N. Pinheiro, Luiz Augusto Magalhaes Endres, Marcelo Giulian Marques
A construção de barramentos ao longo dos rios causa muitas alterações no meio envolvido. Entre estes impactos, tem-se a formação de uma barreira que impede o deslocamento do habitat aquático, interferindo, principalmente, na reprodução das espécies migratórias. Na tentativa de mitigar este efeito, em muitas barragens, verifica-se a necessidade da implantação de mecanismos de transposição de peixes (MTP). Entre esse MTP têm-se as escadas para peixes que, quando empregadas e projetadas adequadamente, possibilitam a livre circulação das espécies. As escadas/passagens para peixes apresentam diferentes geometrias, de acordo com características natatórias dos peixes, altura do obstáculo e vazões disponíveis. Neste trabalho avaliam-se as características do escoamento em uma escada do tipo ranhura vertical. Realizaram-se ensaios em um modelo com 0,60 m de largura, 0,60 m de profundidade, 9 m de comprimento e 6% de declividade, onde se representa, na escala 1:5, parte da escada para peixes instalada na UHE Igarapava (Minas Gerais). Foram realizados medições da profundidade do escoamento, das pressões junto ao fundo e das velocidades do escoamento, em uma das bacias da estrutura, para três descargas. A região da ranhura na bacia, onde ocorre a passagem da água entre bacias consecutivas foi estudada detalhadamente, já que representa uma região de passagem obrigatória e onde se esperam as maiores velocidades. Os resultados desse trabalho foram divididos em duas partes: (1) os parâmetros médios do escoamento e (2) características turbulentas do escoamento. Um velocímetro acústico Doppler (ADV) foi utilizado para medir velocidades nas três direções em uma malha tridimensional em uma das bacias do modelo. Neste artigo, que representa a parte 2 desse trabalho, apresentam-se os resultados da avaliação da turbulência do escoamento através de mapas de isolinhas dos parâmetros analisados. Os parâmetros que melhor indicaram os padrões de turbulência do escoamento foram a energia cinética turbulenta e as tensões de Reynolds. 
 
Júlio Gomes, Nelson Oswaldo Luna Caicedo
Os objetivos do presente trabalho são apresentar uma breve revisão sobre técnicas utilizadas na geração de campos aleatórios de condutividade hidráulica (K) e desenvolver um estudo de caso hipotético de simulação estocástica do fluxo e transporte de contaminantes em um meio poroso saturado, utilizando o método de simulação gaussiana sequencial (SGS) para gerar os campos aleatórios de K com a finalidade de representar a incerteza e a variabilidade espacial da condutividade hidráulica. A estrutura espacial da condutividade hidráulica é descrita por três modelos distintos de variabilidade espacial, representados por variogramas teóricos do tipo gaussiano, exponencial e esférico. O estudo de caso hipotético constituiu-se da propagação de uma pluma de contaminação a partir de uma área contaminada por benzeno de dimensões 80 m x 80 m e concentração de 200 ppb sobre uma área de estudo de 2 km x 1 km, considerando-se um horizonte de 30 anos. Os resultados obtidos para o estudo de caso hipotético mostraram uma maior dispersão da pluma de contaminação para as simulações a partir dos modelos gaussiano e exponencial em comparação às simulações do modelo esférico. São apresentadas também distribuições amostrais de frequência acumulada de concentrações de benzeno para um receptor hipotético, localizado dentro da área de estudo, destacando-se a frequência na qual um valor limite de concentração adotado (10 ppb) é superado. 
 
Michael Mannich, Alexandre Kolodynskie Guetter
A Equação de Richards é uma equação diferencial parcial parabólica não-linear que governa o processo de infiltração de água no solo. Uma solução analítica é utilizada para avaliar a acurácia e desempenho da solução da equação pelo método de volumes finitos. As condições de contorno utilizadas são potencial capilar prescrito constante no bordo inferior e fluxo prescrito constante no contorno superior. Foram simulados nove casos variando o refinamento da malha no tempo e no espaço. A evolução temporal dos erros apresenta um comportamento similar a um processo advectivo-difusivo, propagando o erro na direção do fluxo e atenuando-o com o avanço do tempo. Os erros são tão menores e a conservação de massa é tão melhor quanto maior o refinamento no tempo e, são pouco dependentes do refinamento no espaço. Da mesma forma é o comportamento do erro de variáveis secundárias. 
 
Kenya Gomes De Oliveira Lopes, Márcia Maria Lara Pinto Coelho, Marcelo Libanio
A rede de distribuição responde comumente pela maior parcela dos recursos financeiros necessários à implantação do sistema de abastecimento de água. Estima-se o risco de falhas na rede distribuição - que podem culminar com a substituição das tubulações - a partir de fatores hidráulicos e sanitários, além de especificidades locais. Neste contexto, o presente trabalho propõe-se a definir metodologia de priorização da reabilitação das redes de distribuição de água. Para tal, definiram- se inicialmente critérios e subcritérios mais facilmente obteníveis que representassem os fatores intervenientes na reabilitação das redes. Posteriormente, um grupo de especialistas foi consultado acerca da relevância dos mesmos e as prioridades foram estabelecidas por meio da técnica de auxílio à decisão denominada Método da Análise Hierárquica. Por fim, este método foi aplicado a uma rede de distribuição de água, na qual foram identificados os trechos de substituição mais premente. Intenta-se, em última instância, fornecer aos gestores dos sistemas de abastecimento ferramenta adicional para nortear as futuras intervenções e conferir maior racionalidade, e eventual redução, na aplicação dos investimentos. 
 
Sílvia Maria Alves Corrêa Oliveira, Marcos Von Sperling
Esta revisão de literatura efetua uma compilação de diversos estudos que investigaram os potenciais impactos de sistemas estáticos de esgotamento sanitário na contaminação da água subterrânea, principalmente por nitrato e organismos patogênicos. Algumas conexões claras foram relatadas em diversos estudos, mas o grau e o impacto de tais contaminações foram pouco esclarecidos. A extensão da contaminação é extremamente variável e pode ser função das condições do solo, tipo de sistema de tratamento, taxas de aplicação de esgoto, características do aquífero e profundidade do nível d´água. Consequentemente, o projeto, a construção e a manutenção adequada destes sistemas são cruciais para uma operação sustentável e bem sucedida. As evidências de contaminações de aquíferos parecem ser baseadas mais no aumento do número de sistemas estáticos em todo o mundo do que nos problemas efetivamente observados e que sejam diretamente associados a este tipo de tecnologia. 
 
Francisco Fernando Noronha Marcuzzo, Denise Christina De Rezende Melo, Hudson Mores Rocha
A análise do comportamento das chuvas se torna importante, uma vez que possibilita detectar tendências ou alterações no clima, em escalas locais ou regionais. O presente trabalho teve como objetivo analisar a variação espacial, temporal e sazonal da precipitação pluvial no estado do Mato Grosso. Utilizaram-se dados de 75 estações pluviométricas distribuídas no estado do Mato Grosso, com dados de 30 anos, de 1977 a 2006. Foram elaborados mapas de chuvas com o auxílio de isoietas e aplicado o cálculo do Índice de Anomalia de Chuva (IAC) para a classificação dos períodos secos e úmidos, de acordo com a média local, organizadas em médias temporais mensal, anual e sazonal da precipitação. O método de interpolação utilizado foi o Topo to Raster, na qual utiliza o método multi-grid simples para minimizar a equação em resoluções cada vez melhores, respeitando restrições dos elementos físicos que compõem a paisagem. Os resultados mostram que a distribuição pluviométrica no estado do Mato Grosso apresenta uma grande variação nos índices precipitados, sendo as localidades que situam no extremo noroeste e norte com os maiores valores de chuvas e as localidades situadas ao sul do estado com os menores índices pluviais. Na aplicação do IAC para o período de estudo pode-se verificar que há um maior número de anos secos que anos úmidos. 
 
Bruno Collischonn, Rodrigo Cauduro Dias De Paiva, Walter Collischonn, Fernando Setembrino Cruz Meirelles, Edith Beatriz CamaÑo Schettini, Fernando Mainardi Fan
Bacias hidrográficas com usos muito intensos de água e com a presença de muitos reservatórios pequenos, sobre os quais não se dispõem de informações completas, são bastante comuns no Brasil. As séries hidrológicas em postos fluviométricos nestas bacias normalmente estão bastante afetadas pelas atividades humanas. Um modelo hidrológico pode permitir analisar mais detalhadamente bacias com estas características, procurando identificar os impactos da irrigação e da regularização sobre a disponibilidade de água. Este artigo apresenta uma aplicação do modelo MGB-IPH à bacia do rio Quaraí, situado na região de fronteira entre o Brasil e o Uruguai. Para esta aplicação foram realizadas três modificações importantes no modelo: discretização da bacia em pequenas sub-bacias em lugar da tradicional discretização em células quadradas; simulação de um grande número de pequenos reservatórios; e simulação explícita e individual de lavouras de arroz irrigadas. O modelo hidrológico foi calibrado considerando a influência de retiradas de água para irrigação e da presença de reservatórios. Posteriormente o modelo foi aplicado considerando um cenário natural — sem a presença dos açudes e das retiradas de água — e outros cenários, procurando isolar as influências dos reservatórios e das retiradas de água. Os resultados mostram que a demanda de água supera a disponibilidade na bacia, e que as retiradas de água diretamente dos rios tem um impacto maior do que a retirada de água dos açudes na disponibilidade hídrica de forma geral. 
 
Eulina Maria De Moura, Antonio Marozzi Righetto, Raniere Rodrigues Melo De Lima
A Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu é uma bacia Federal localizada no Semi-Árido Nordestino, com 60% da sua área no Estado da Paraíba e 40% no Estado do Rio Grande do Norte. Seu curso d’água principal, o rio Piranhas- Açu, é um manancial vital para inúmeras atividades sócio-econômicas realizadas ao longo do seu curso. O trecho em estudo possui diversos sistemas adutores, projetos de irrigação, e abastece várias cidades ribeirinhas. Todas essas atividades realizadas vêm demandando elevado volume de água. Diante da importância desse manancial e da necessidade de implantação de uma gestão adequada, esse trabalho tem como objetivo realizar um levantamento das condições reais de oferta de água desse trecho do rio Piranhas-Açu, através da modelagem hidrológica que incluirá a disposição dos principais açudes das bacias de contribuição do rio, e o balanço hídrico mensal destes. O modelo chuva-vazão aplicado nas sub-bacias foi o MODHISA- Modelo Hidrológico para o Semi-Árido. A simulação da transformação da precipitação média ocorrida nas sub-bacias em deflúvios afluentes ao rio Piranhas-Açu gerou 50 anos de dados de vazão sintética em pontos relevantes do rio Piranhas-Açu e de seus afluentes, possibilitando a construção das curvas de permanência das vazões ao longo do trecho estudado. Ao confrontar as vazões disponíveis com as demandas atuais e futuras de captação de água bruta do trecho, observou-se que as garantias de atendimento são elevadas, já que a porcentagem de permanência destas no trecho do rio é alta. Concluiu-se também que o MODHISA apresentou boa adequação às características hidrológicas das sub-bacias contribuintes do rio Piranhas- Açu. 
 
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ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos