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Carlos Scuderi, Adolfo Oreste Nicolas Villanueva, David Manuel Lelinho Da Motta Marques
O presente trabalho estima a taxa diária de evapotranspiração (ET) da macrófita aquática Zizaniopsis Bonariensis, espécie dominante em cobertura no Banhado do Taim, através do uso de tanques enterrados. Para isto foi montado um experimento, nas condições climáticas da região de Porto Alegre (RS), em que foram empregados três tanques: uma caixa com vegetação, uma caixa sem vegetação e um tanque classe A. Para medir o consumo de água nos tanques, foram utilizados sensores transmissores de pressão. No período avaliado (julho de 2004 até março de 2005) a taxa média diária de ET para Zizaniopsis Bonariensis na caixa com vegetação foi de 5,2 mm.dia-1, enquanto a taxa média diária de evaporação para a caixa sem vegetação foi de 3,1 mm.dia-1 e para o tanque classe A se obteve um valor de 3,8 mm.dia-1. A instalação conjunta do tanque classe A permitiu estabelecer razões de Evapotranspiração/evaporação para esta pesquisa, no período completo a razão foi de 1,37, ao passo que para as estações de inverno, primavera e verão foi de 0,95, 1,52 e 1,36, respectivamente. Enquanto o tanque classe A e a caixa sem vegetação consomem quantidades de água semelhantes, a caixa com vegetação consome mais água. 
 
Rodrigo Dutra EscariÃo, Suzana Maria Gico Lima Montenegro, José Roberto Gonçalves De Azevedo, Alfredo Ribeiro Neto
O trabalho avalia a influência do modelo hidrológico nos deflúvios superficiais de uma bacia hidrográfica da região semiárida do Brasil, quando aplicado a cenários de mudanças climáticas. Os cenários foram construídos considerando variações de 1ºC a 4ºC nos dados de temperatura, as quais foram refletidas nos dados de evapotranspiração potencial, e alterações variando de -20% a +20% nos dados históricos de precipitação pluviométrica, formando conjuntos de dados de
entrada para os modelos utilizados. O estudo foi aplicado na bacia hidrográfica do rio Piancó, localizada integralmente em
região semiárida do Nordeste brasileiro. São quatro os modelos utilizados nesse trabalho: um modelo hidrológico empírico-estatístico, um modelo hidrológico conceitual concentrado, um modelo hidrológico conceitual distribuído e um modelo em rede neural artificial. Os resultados mostram que os modelos utilizados têm capacidade de reproduzir de forma satisfatória a série histórica de vazão e que claramente há diferenças nas vazões simuladas pelos modelos, tanto em nível anual quanto em nível
mensal, demonstrando que o modelo hidrológico utilizado no estudo da resposta hidrológica a variações climáticas influencia diretamente os resultados. 
 
Roberto Cezar De Almeida Monte Mor, Luiz Rafael Palmier, Eber José De Andrade Pinto, José Do Espírito Santo Lima
O entendimento do comportamento hidrológico de bacias depende da disponibilidade de dados e a manutenção de redes de monitoramento demanda elevados recursos econômicos, principalmente no caso de medições das variáveis de umidade do solo, pressão da água no solo, escoamento superficial em encostas, vazão sólida etc, além das normalmente monitoradas variáveis de precipitação, evaporação e vazão. Em regiões semiáridas a situação é agravada pela necessidade de medições contínuas de forma a representar eventos climatológicos infrequentes. Neste trabalho é apresentada uma análise da variabilidade espaço-temporal de dados de um monitoramento de umidade do solo realizado na bacia representativa do córrego
Teixeirão, localizada na bacia do rio Jequitinhonha, no nordeste de Minas Gerais. Nessa bacia, em 2005, iniciou-se o monitoramento hidrológico da precipitação, evaporação e vazão. Em 2009, foram instalados tubos de acesso para monitoramento da umidade do solo. Com os dados obtidos e utilizando a técnica da diferença relativa, foi possível identificar os pontos que, independentemente do tempo, representam a média real e os extremos de umidade. A análise realizada permite obter um conjunto de dados de umidade de solo para ser utilizado na modelagem hidrológica dessa bacia hidrográfica. 
 
Cleiton Da Silva Silveira, Francisco De Assis De Souza Filho, Yvonne Magdalena Campos Lázaro, Alexandre Araujo Costa, Domingo Cassain Sales, Mariane Mendes Coutinho
Os modelos globais do quarto relatório do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC-AR4) são avaliados para o Nordeste Setentrional do Brasil quanto à representação da sazonalidade da precipitação para o período de 1901 a 1999. Essa avaliação é realizada utilizando-se os dados do Climatic Research Unit (CRU) e a reanálise 20th Century Reanalysis V2 do National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA). Propõe-se a criação de um índice de desempenho, baseado em medidas de correlação e erro quadrático médio, para a avaliação e classificação dos modelos. A maioria dos modelos fornece correlações superiores a 0,85 e erro qu adrático inferior a 5% em relação ao percentual de chuva mensal da climatologia média sobre a região. Segundo a avaliação pelo índice de desempenho proposto, os modelos MRI-CGCM2.3.2 (Japonês) e BCCR-BCM2.0 (Norueguês) fornecem as melhores representações da sazonalidade da precipitação na região.  
 
Bruno Marcionilo Silva, Suzana Maria Gico Lima Montenegro, Fernandha Batista Da Silva, Paulo Frassinete De Araújo Filho
As equações de chuvas intensas são essenciais no processo de erosão e drenagem urbana e rural de águas pluviais, apresentando grande importância para os projetos de hidráulica dos centros urbanos e sistemas de drenagem agrícola que necessitam definir a chuva de projeto para estimar a vazão de projeto. Em função da pouca quantidade de informações no estado de Pernambuco quanto às equações de chuvas intensas, este trabalho tem como objetivo principal a determinação das
relações IDF para algumas localidades representativas da variabilidade climática no estado. Para isso, foram utilizadas 12 estações pluviográficas e 11 estações pluviométricas, com séries históricas de 8 a 14 anos de registros e séries de 10 a 34 anos de observações, respectivamente. Foram também verificadas a validação das equações geradas por dados pluviográficos e pluviométricos, objetivando avaliar a qualidade das curvas IDF oriundas de dados pluviométricos. O critério adotado para o estabelecimento das séries históricas foi o de séries anuais. Na análise de freqüência das séries anuais foram aplicados o
modelo de distribuição de Gumbel e o de Weibull, tendo o segundo apresentado, na maioria dos casos estudados, os melhores
ajustes com o teste de Kolmogorov-Smirnov ao nível de significância de 5% e com R² variando de 0,9199 a 0,9907. As equações geradas por meio de registros pluviométricos apresentaram bons ajustes, com R² variando de 0,9700 a 0,9990, em comparação com as relações IDF obtidas com dados de pluviômetro. 
 
Pedro Guilherme De Lara, Masato Kobiyama
A partir do modelo Tank Model, foi desenvolvido o novo modelo (PM Tank Model), cuja formulação fisicamente embasada, possui equações não-lineares hiperbólicas ao invés de equações lineares exponenciais do modelo original. A fim de demonstrar o desempenho de ambas as formulações e também melhorar o entendimento do ciclo hidrológico em escala de bacia hidrográfica, foram utilizados 7 eventos de chuva-vazão e informações físicas sobre o solo e de evapotranspiração na bacia
(4,078 km²) do Campus da Universidade Federal de Santa Catarina na cidade de Florianópolis, Santa Catarina. Os resultados das simulações, avaliados com uso de três funções objetivo, mostraram que a formulação do modelo PM Tank Model gerou melhor desempenho. Assim, a formulação proposta manteve a simplicidade do modelo Tank Model e, além disso, introduziu um novo conceito de dinâmica através do comportamento hiperbólico e reduziu a incerteza das simulações com o uso de informações físicas para definição dos parâmetros do modelo. 
 
Petrick Anderson Soares, Adilson Pinheiro, Evelyn Zucco
Foram avaliados os coeficientes de reaeração e cinéticos usados no processo de simulação da qualidade da água, na rede fluvial de duas bacias. O modelo escolhido para simulação foi o Qual2k. São utilizadas séries de dados de qualidade das águas coletados em 6 pontos da bacia do ribeirão Concórdia e 4 pontos da bacia do ribeirão Garcia. As informações quantitativas foram estimadas através de simulação com modelo hidrológico WIN_IPH2 de transformação de precipitação
em vazão. O procedimento de calibração ocorreu através do uso do coeficiente de determinação. Foram calibrados dez coeficientes cinéticos, mais o coeficiente de reaeração. Para cada data de amostragem de água, os coeficientes foram calibrados. Os coeficientes cinéticos ajustados foram correlacionados com as variáveis explicativas, sendo verificado que a vazão explica razoavelmente o coeficiente de reaeração. As concentrações dos constituintes apresentaram influência nos seus coeficientes cinéticos. 
 
Edevaldo Miguel Alves, Andre Maciel Netto, Antônio Celso Dantas Antonino, José Romualdo De Sousa Lima, Eduardo Soares De Souza, Suzana Maria Gico Lima Montenegro, Jaime Joaquim Da Silva Pereira Cabral, Manuella Virginia Salgueiro Gondim
O feijão caupi (Vigna unguiculata L. Walp.) apresenta enorme importância econômica e social para os agricultores do nordeste brasileiro e, portanto, o conhecimento da dinâmica da água no sistema solo-planta-atmosfera é fundamental para os estudos sobre o uso de água pela cultura, proporcionando a otimização da produção. Existem diversas técnicas experimentais para o estudo da dinâmica da água, porém os elevados custos, a complexidade e o tempo de execução limitam o
estudo destes processos o que faz a modelagem matemática de cenários ser bastante empregada, tanto na busca por conhecimento quanto na previsão de resultados. O objetivo deste trabalho foi simular a dinâmica da água no solo cultivado com feijão caupi por meio do programa Hydrus1D, nas diferentes fases fenológicas da cultura (emergência, vegetativa, reprodutiva e maturação). O Hydrus1D foi calibrado com o solo sem vegetação e com o solo vegetado, e depois utilizado na simulação da dinâmica da água em todas as fases fenológicas. O ydrus1D simulou cada fase de forma satisfatória, com relação à umidade volumétrica do solo e apresentou bons resultados nas simulações da evolução do armazenamento de água e da evapotranspiração, que são importantes componentes do balanço hídrico. 
 
Felipe Caetano Sprovieri, Jose Antonio Scotti Fontoura
Com os recentes avanços no estudo da dinâmica sedimentar em regiões costeiras, torna-se possível investigar os mecanismos que governam o processo de transporte sedimentar, bem como, as taxas que regem este transporte. Contudo, uma análise quantitativa deste tipo de estudo envolve incertezas consideráveis, isto porque, os fenômenos envolvidos no transporte de sedimentos em ambientes costeiros apresentam padrões complexos, tanto no aspecto hidrodinâmico, como na parte da dinâmica de sedimentos. Desta forma, a utilização de modelos numéricos que descreva/simule a evolução morfológica do ambiente costeiro, com base no estudo do transporte de sedimentos do local, é uma alternativa que apresenta grande potencial para avaliar a dinâmica sedimentar em ambientes complexos. Este estudo visa avaliar a dinâmica do transporte de sedimentos na Praia do Cassino no estado do Rio Grande do Sul. Para isso, foi utilizado o Sistema de Modelagem Costeira (SMC), que é uma ferramenta numérica desenvolvida pelo Grupo de Engenharia Oceanográfica de Costas (GIOC), da Universidad
de Cantabria, Espanha. Os resultados obtidos no estudo demonstram que o modelo numérico aplicado responde corretamente para a área de estudo, desta forma possibilitando compreender o padrão de transporte de areia mediante cenários de onda correspondentes ao período de verão/primavera e outono/inverno.  
 
Mauricio Dai Pra, Gilberto Loguercio Collares, Alexandre Augusto Mees Alves, Marcelo Giulian Marques
As curvas de concordância vertical têm por objetivo proporcionar a transição do escoamento de canais com distintas declividades de montante e jusante, de forma a atenuar esforços hidráulicos que ocorreriam caso essa mudança de declividade ocorresse de forma brusca. Em estruturas hidráulicas descarregadoras de barragens as curvas de concordância vertical apresentam-se como solução para o encaminhamento do fluxo de alta velocidade, orientando-o no sentido longitudinal da bacia de dissipação. A avaliação das pressões médias e flutuantes induzidas por curvas de concordância vertical são avaliadas neste trabalho a partir da consideração das componentes de aceleração centrífuga induzidas ao escoamento pela curva, bem como a propagação destes efeitos médios e flutuantes a jusante na estrutura de dissipação. 
 
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ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos