Publicações
Busca em Artigos por:

 

Samuellson Lopes Cabral, Jose Nilson Bezerra Campos, Cleiton Da Silva Silveira
O planejamento e a eficiência dos recursos hídricos estão sujeitos às incertezas decorrentes dos dados de entrada de modelos climáticos e hidrológicos. Previsão de vazões afluentes a reservatórios que auxiliariam as tomadas de decisões para os diversos usos da agua, contem incertezas fundamentalmente das condições iniciais assumidas nos processos modelados. Nesse contexto o artigo avalia a eficiência do acoplamento do modelo atmosférico ao modelo hidrológico, com vistas a utilizar a previsão climática na operação sazonal do reservatório Orós, no estado do Ceará. O modelo atmosférico regional RAMS 6.0 foi forçado pelo modelo atmosférico global ECHAM 4.5, na bacia hidrográfica do Alto Jaguaribe para obtenção dos dados de precipitação. Para retirar vieses nas precipitações, foi aplicada a correção função densidade de probabilidade (PDF) nos dados simulados. Em seguida, os dados de precipitações foram inseridos no modelo hidrológico Soil Moisture Account (SMA) do Hydrologic Modeling System (HEC-HMS). Para a calibração do SMA, foi usada a função objetivo Nash-Sutcliffe. Por fim, foram avaliadas as decisões de liberação do Orós, utilizando o Heidke Skill Score (HSS). O SMA apresentou acurácia, com valores de Nash-Sutcliffe de 0,92 na fase de calibração, e 0,87 na fase de validação, mostrando ser uma alternativa de modelo precipitação deflúvio. Para as decisões na liberação de águas do reservatório, utilizando-se as previsões climáticas, obteve-se HSS =0,43. Os resultados mostram que as previsões de precipitação acopladas a um modelo hidrológico se constituem em promissora ferramenta para a operação hidrológica de reservatórios do Semiárido brasileiro.
 
 
Éverton Blainski, Eileen Andrea Acosta Porras, Luis Hamilton Pospissil Garbossa, Adilson Pinheiro
As mudanças de paisagem têm sido foco de pesquisas na área ambiental. Nesse contexto, os modelos hidrológicos se destacam como ferramentas para diferentes análises. Nesse trabalho, o objetivo foi utilizar o modelo hidrológico SWAT para simular os impactos das alterações no uso e ocupação das terras da bacia hidrográfica do Rio Camboriú (BHRC) entre os anos de 1957, 1978 e 2012. Os resultados indicaram que SWAT foi eficiente para simulação da vazão e da perda de solo possibilitando a quantificação dos impactos a partir da simulação de cenários. As mudanças na cobertura do solo acarretaram alterações significativas no regime hidrossedimentológico. Para a vazão, os impactos foram maiores nos extremos da curva de permanência. O cenário 2012 se destacou negativamente por apresentar as maiores vazões de pico e as menores vazões em período de estiagem. Para a perda de solo, os maiores valores foram identificados nas sub-bacias com uso predominante para rizicultura e pastagens, o que foi atribuído, fundamentalmente, a alterações da taxa de escoamento superficial e aos fatores relacionados ao uso, manejo do solo e práticas conservacionistas. De maneira geral, a BHRC não apresentou problemas severos de perda de solo, entretanto, as mudanças na paisagem associadas as características edafoclimáticas podem favorecer a degradação do solo, principalmente em anos com elevados volumes de precipitação.

 
 
Micol Brambilla, Andrea Sousa Fontes, Yvonilde Dantas Pinto Medeiros
A alocação ambiental da água consiste em considerar o meio ambiente como lícito usuário da água. A importância em determinar as necessidades hídricas da água para proteção do ecossistema, é reconhecida mundialmente, entretanto as implementações práticas de vazões ambientais são restritas, necessitando da avaliação dos impactos dessa implementação nos demais usuários da água. Nesse contexto, o artigo objetiva avaliar o impacto econômico no setor elétrico considerando as vazões ambientais como restrição de escoamento a jusante dos reservatórios. O estudo de caso é o baixo curso do rio São Francisco, uma região que presenta uma degradação social e ambiental acentuada com extrema relevância para o sistema energético do Brasil. A metodologia adotada compreendeu a construção de cenários de operação de reservatórios, modelagem matemática do sistema hídrico e análise custo-benefício para o setor energético. A simulação aponta a possíveis conflitos entre os usos não consuntivos. Avaliando a análise custo-benefício para períodos normais e secos, os primeiros resultam em perdas financeiras totais para o setor elétrico, enquanto os segundos em ganhos totais, permitindo acordos entre a geração de energia e a implementação de vazões ambientais no baixo curso do rio São Francisco.

 
 
Ana Clara Lazzari Franco, Nadia Bernardi Bonuma
Apesar de intrínseca, a incerteza das estimativas de modelos hidrológicos nem sempre é apresentada nos estudos relacionados. O presente trabalho procura avaliar o uso de evapotranspiração proveniente de sensoriamento remoto na calibração do modelo SWAT, em relação às incertezas e desempenho da simulação de vazão. O modelo SWAT foi calibrado em escala mensal e validado em escala mensal (vazão e evapotranspiração) e diária (somente vazão). O período de calibração e validação compreende os anos entre 2006 e 2009 e a área de estudo é a bacia hidrográfica do alto rio Negro, localizada nos estados de Santa Catarina e Paraná. As calibrações e validações foram realizadas no SWAT-CUP, pelo SUFI-2, utilizando como função objetivo o índice KGE (Kling-Gupta Efficiency). Diferentes estratégias de calibração foram avaliadas, considerando o uso individual e simultâneo (multi-variável) da vazão e evapotranspiração. Comparada com a calibração convencional (somente com dados de vazão), a calibração multi-variável (evapotranspiração + vazão) apresentou melhor desempenho da simulação de vazão, especialmente para baixas vazões e para validação em escala diária. Entretanto, a calibração multi-variável não foi capaz de evidenciar diminuição nas incertezas envolvidas nas estimativas de vazão. A calibração do modelo SWAT utilizando somente dados de evapotranspiração ainda depende da realização de mais estudos.

 
 
Luciana Rossato, Jose Antonio Marengo, Carlos Frederico De Angelis, Luciana Bassi Marinho Pires, Eduardo Mário Mendiondo
A umidade do solo constitui-se num dos fatores principais para o estudo da seca, do clima e da vegetação. No caso da seca, esta é um fenômeno regional e afeta a segurança alimentar mais do que qualquer outro desastre natural. Atualmente, o monitoramento dos diversos tipos de seca é feito com base em índices que os padronizam em escala temporal e regional permitindo, com isso, a comparação das condições hídricas de diferentes áreas. Assim sendo, a fim de avaliar o impacto da umidade do solo durante os períodos de seca, o Índice de Severidade de Seca de Palmer foi estimado para toda a região do território brasileiro durante o período de 2000 a 2015, os quais incluem períodos com ocorrência de seca. Para isto foram utilizadas informações meteorológicas e pedológicas extraídas do modelo de balanço hídrico. A fim de avaliar as projeções de secas futuras, considerando o conjunto de dados de precipitação e de umidade do solo do Coupled Model Intercomparison Project Phase 5 (CMIP5) para o período de 2071-2100. Os resultados mostraram que o Índice de Seca de Palmer está diretamente associado aos padrões climatológicos de precipitação e de umidade do solo, em qualquer escala espacial e temporal (incluindo as projeções futuras). Assim sendo, conclui-se que este índice constitui de uma ferramenta importante para avaliar a umidade do solo em diferentes condições hídricas, bem como para a associação com informações econômicas e sociais para gerar mapas de riscos para subsídios aos tomadores de decisão.

 
 
Cleiton Da Silva Silveira, Alan Michell Barros Alexandre, Francisco De Assis De Souza Filho, Francisco Das Chagas Vasconcelos Junior, Samuellson Lopes Cabral
Este estudo propõe um modelo de previsão simultânea de vazões sazonais para todos os locais SIN através de modelos periódicos autorregressivos simples (PAR) e com variáveis exógenas (PARX) utilizando índices climáticos. Os modelos propostos de previsão de afluência utilizam os dados de vazões naturais gerados pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) e técnicas estatísticas como as de regressão linear múltipla e o método stepwise para escolha de variáveis explanatórias. São utilizados 27 índices climáticos, dos quais 4 foram sugeridos neste trabalho. A análise de desempenho das metodologias é baseada no método ELECTRE com o uso do coeficiente de NASH, do erro médio percentual absoluto, da distância multicritério e da correlação. Para previsões com um mês de antecedência, os modelos do tipo PAR apresentam melhores desempenhos na maioria dos postos do SIN nos trimestres DJF, MAM e JJA, enquanto para o período SON a uma maior eficiência do modelo PARX. O PARX apresenta melhor desempenho no período seco das bacias do norte do Brasil - Amazonas e Araguaia-Tocantins; centro-leste brasileiro - Atlântico Leste e na maioria dos rios que formam a Bacia do Paraná.

 
 
Gisele Oliveira Mota Da Silva, Yvonilde Dantas Pinto Medeiros, Andrea Sousa Fontes, Suzana Maria Gico Lima Montenegro
No Brasil, os órgãos gestores de recursos hídricos adotam duas diferentes metodologias de equacionamento de balanço hídrico para fins de outorga de uso de recursos hídricos: a que considera os usos para captações superficiais e lançamento de efluentes de forma integrada e a que analisa estes dois usos como demandas que não se relacionam. No estado da Bahia, esta análise desconsidera a integração entre usos quantitativos e qualitativos. Além disso, no momento, não existem procedimentos internos que possibilitem a integração entre a outorga e os demais instrumentos de gestão de recursos hídricos. Nesse contexto, o objetivo do presente trabalho consiste em analisar as vantagens e limitações da implementação da metodologia de equacionamento que integra a análise quali-quantitativa do balanço hídrico para fins de outorga, comparada com os procedimentos vigentes no estado da Bahia. Para essa análise, foi realizado o diagnóstico de uso da bacia hidrográfica do rio Paraguaçu - BHRP obtido com o Sistema de Controle de Balanço Hídrico - SCBH simulando as duas metodologias e comparando indicadores de comprometimento hídrico. Os resultados reforçam que a metodologia de equacionamento de balanço hídrico quali-quantitativo não representa avanço na gestão de recursos hídricos quando os demais instrumentos da Política Estadual de Recursos Hídricos não funcionam de forma integrada com a outorga.

 
 
Carolina Kuhn Novakoski, Roberta Ferrão Hampe, Eliane Conterato, Marcelo Giulian Marques, Eder Daniel Teixeira
O sistema extravasor de uma barragem controla o nível d-água do reservatório com segurança. O projeto dessas estruturas deve prever os danos causados pela ação do escoamento turbulento a que está sujeito. A composição formada por vertedouro em degraus seguido por bacia de dissipação promove uma parte considerável da dissipação de energia na própria calha do vertedouro em degraus, mas não evita completamente o risco de danos na bacia. Neste trabalho, analisa-se a distribuição longitudinal das pressões extremas em uma bacia de dissipação a jusante de um vertedouro em degraus. O estudo foi realizado com base nos dados de pressões instantâneas obtidos em um modelo físico no Laboratório de Obras Hidráulicas do IPH/UFRGS. Assim, verificou-se um comportamento semelhante das pressões ao observado em estudos com vertedouros de calha lisa, exceto pela região junto ao pé do vertedouro em degraus, onde podem ocorrer grandes flutuações de pressões. O fato decorre do impacto do escoamento na estrutura de dissipação que não é observado a jusante de vertedouros de calha lisa devido à presença de uma curva de concordância vertical entre o vertedouro e a bacia de dissipação.

 
 
AntÔnio Pereira MagalhÃes Junior, Pedro Brufao Curiel
Gran parte del territorio español es marcado por características climáticas mediterráneas, en que la irregularidad pluviométrica y los estiajes se constituyen en retos continuados a los gestores de recursos hídricos. Desde el final del siglo XIX, España ha adoptado una lógica de gestión basada en la regularización de caudales a partir de la construcción de presas y de transferencias hídricas entre cuencas. Sin embargo, a partir de la Directiva Marco del Agua los países miembros de la Unión Europea han sido forzados a buscaren objetivos más ambientales, centrados en la mejora del estado ecológico de las masas de agua. En ese sentido, los instrumentos económicos tienen destaque en las estrategias nacionales de adecuación a las exigencias de la Directiva. Este artículo intenta presentar el panorama español de aplicación de la concesión de derechos de usos del agua. Hay una serie de retos y problemas confrontados por el aparato gestor español, particularmente la continuidad de la gestión privada de aguas subterráneas y el desconocimiento de gran parte de los pozos y de los volúmenes utilizados. Por este y otros motivos, el sistema de concesiones enfrenta críticas cuanto a la defensa de los intereses de sectores económicos tradicionales en el país.

 
 
Juliana Karla Da Silva, Luiz Gustavo Costa Ferreira Nunes, Anna Elis Paz Soares, Simone Rosa Da Silva
O presente estudo objetivou verificar os impactos ambientais e econômicos da implantação de aparelhos economizadores de água em residências do município de Caruaru-PE, como medida de conservação de água e mitigação dos efeitos da seca que vem assolando a região há cinco anos. Para tanto, foram selecionados alguns bairros e estimadas as populações dos anos de 2015 e 2035. Posteriormente, foram determinados os consumos per capita de água, os volumes médios de água consumidos com o uso de aparelhos hidrossanitários convencionais e com o uso de aparelhos economizadores, obtendo-se os volumes economizados. Foram realizadas análises financeiras, a partir da estimativa do investimento previsto, ou seja, aquisição dos equipamentos e custo dos serviços atrelados a implantação destes. Para essas estimativas de custo, tabelas de composições de preços para orçamento foram consultadas e adaptadas. Os resultados mostraram que é possível economizar até 40% da água consumida, apenas com a implantação de aparelhos economizadores, com tempo de retorno médio de seis anos e meio. Desta forma, é possível perceber que o uso dos equipamentos economizadores representa um importante instrumento de gestão hídrica.

 
 
Página: 1  2  3  4  5  6  7  8  9  10  11  12  13  14  15  16  17  18  19  20  21  22  23  24  25  26  27  28  29  30  31  32  33  34  35  36  37  38  39  40  41  42  43  44  45  46  47  48  49  50  51  52  53  54  55  56  57  58  59  60  61  62  63  64  65  66  67  68  69  70  71  72  73  74  75  76  77  78  79  80  81  82  83  84  85  86  87  88  89  90  91  92  93  94  95  96  97  98  99  100  101  102  103  104  105  106  107  108  109  110  111  112  113  114  115  116  117  118  119  120  

PESQUISAR
Artigo:

 
Autor:

 

ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos