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Eldo Silva Dos Santos, Alan Cavalcanti Da Cunha, Elane DomÊnica De Souza Cunha
Nesta investigação foram caracterizadas as variações espaciais e sazonais de parâmetros físico químicos, biológicos e hidrodinâmicos da água em um trecho flúvio-marinho do Rio Araguari (Amazônia Oriental), visando contribuir para o entendimento, gestão e conservação de ecossistemas estuarinos tropicais. Foram realizadas coletas e analisadas amostras de água em sítios compreendidos no trecho entre a foz do rio e a 165 km a montante. As campanhas ocorreram com frequência trimestral durante o ano de 2011. Complementarmente foram quantificados padrões sazonais e espaciais hidrológicos e de marés semidiurnas como fatores de influência da dinâmica da qualidade da água. Uma análise de agrupamentos foi utilizada para identificar padrões de conjuntos espaciais distintos entre sítios da zona próxima da foz e de controle, a 165 km a montante. Observou-se dissimilaridade espacial entre o sítio de controle de montante e os sítios próximos da foz. Contudo, nestes últimos, a forçante hidrológica sazonal foi mais atuante, principalmente na estação seca, sugerindo que a variação da qualidade da água na região estuarina pode ser considerada um gradiente ambiental da influência oceânica, porém limitada a uma zona estuarina de aproximadamente 60 km da foz. 
 
Fabiano Tomazini Da Conceicao, Fernando Mazzini, Rodrigo Braga Moruzzi, Guillermo Rafael Beltran Navarro
Neste trabalho buscou-se avaliar as influências naturais e antrópcias na qualidade da água subterrânea de poços de abastecimento público na área urbana de Marília, interior do Estado de São Paulo. Para tal, foram selecionados dezessete pontos de amostragem de águas subterrâneas no Aquífero Adamantina, Sistema Aquífero Bauru, analisando-se os seguintes parâmetros: condutividade elétrica, temperatura, pH, sólidos totais em suspensão, HCO3 -, PO4 3-, SO4 2-, Cl-, F-, N-NO3 -, Ca2+, Na+, K+, Mg2+, Si4+, Fe3+ e Al3+. Já o nitrato foi monitorado para avaliação da contaminação de origem antrópica. Os resultados indicaram que as águas subterrâneas dos poços de abastecimento público na área urbana de Marília possuem pH ligeiramente ácido e baixa condutividade, com sua composição iônica apresentado baixa concentração de cátions e ânions, sendo elas classificadas como moles ou moderadamente duras e bicarbonatadas cálcicas. As fontes naturais de elementos/ compostos podem ser atribuídas a dissolução dos carbonatos, durante o processo de interação água/rocha, controlando o pH, alcalinidade e condutividade elétrica, e hidrólise dos demais minerais constituintes das rochas sedimentares da Formação Adamantina, com exceção do quartzo. As elevadas concentrações de N-NO3 - encontradas em alguns poços de abastecimento
público na área urbana de Marília são originadas devido às atividades antrópicas oriundas do esgotamento sanitário. 
 
Claudio Freitas Neves
Boias com acelerômetros, frequentemente utilizadas nas medições de ondas, não identificam a presença de correntes. Por outro lado, sensores que medem velocidades de correntes, simplesmente separam linearmente a parcela oscilatória do sinal, desprezando a não linearidade da superposição onda-corrente. Isto pode levar a erros na determinação da altura, do comprimento e de outras propriedades físicas da onda. Resultados da Teoria Linear com corrente,para o campo de velocidades e o de aceleração vertical na superfície livre, são apresentados para quatro tipos de perfis de correntes: uniforme, com vorticidade constante, exponencial e cosseno.Quantificam-se os erros existentes nas estimativas de velocidades orbitais e acelerações, quando se utilizam funções de transferência deduzidas para uma situação sem corrente. Resultados são apresentados em função dos seguintes parâmetros: o número de Froude, referido ao valor da corrente na superfície (Us/(gh)1/2); profundidade relativa (h/L0), onde L0 é o valor do comprimento de onda em águas profundas pela Teoria Linear na ausência de corrente; e vorticidade adimensional (-0/-), onde - é a frequência em rad/s para um observador fixo. 
 
Fernando Mainardi Fan, Walter Collischonn, Pedro Antonio Roehe Reginato
Estimar e entender o comportamento da superfície da água subterrânea em grandes regiões é um dado importante para muitos estudos baseados na relação entre águas superficiais e subterrâneas. Este trabalho apresenta a adaptação de um modelo para a simulação regional da superfície de equilíbrio de água subterrânea aproximada a partir de informações de recarga, transmissividade e relevo que são distribuídas em células regulares. Os princípios do modelo foram baseados nos trabalhos de Fan e Miguez-Macho (2010 e 2011) de simulação continental e global. No presente trabalho, o modelo foi aplicado em dois estudos de caso abrangendo grandes áreas onde a necessidade de entender a relação entre águas superficiais e subterrâneas é importante para estudos ambientais. É mostrada uma aplicação na bacia do Rio Carinhanha para a identificação de áreas com presença de veredas no ambiente do cerrado com a finalidade de uso em estudos hidrológicos, e outra aplicação na região da escarpa Serra Geral (entre os estados de Goiás e Bahia), com a finalidade de estudar a influência do divisor de água subterrânea da região sobre o ciclo hidrológico local. Em ambos os casos estudados os resultados do modelo mostraram-se úteis para as finalidades testadas. A partir deste trabalho, espera-se que o modelo proposto possa ser utilizado para estudos hidrológicos e hidrogeológicosdiversos, desde que sejam respeitadas as suas limitações. 
 
Daysy Lira Oliveira Cavalcanti, Vladimir Caramori Borges De Souza, Carlos Ruberto Fragoso Junior
A cheia ocorrida em junho de 2010 nas bacias do Rio Mundaú e Paraíba do Meio, localizadas nos Estados de Alagoas e Pernambuco, acarretou em mortes, destruição/inundação de residências, falta de água e de energia elétrica e queda de pontes. O evento foi amplamente noticiado e algumas das razões apontadas foram: o rompimento de barragens e açudes, chuva excepcional,e a abertura de comportas. Nenhuma destas razões, isoladamente, parecia explicar a magnitude do evento de cheia e sua velocidade de deslocamento. Desta forma, este trabalho buscou avaliar hidrologicamente a ocorrência do evento, analisando os níveis de água e a precipitação, considerando a região de formação da cheia, a precipitação antecedente, entre outros fatores hidrológicos. Foram analisados dados de nível em 4 estações fluviométricas e de chuva de 73 estações pluviométricas. Para a precipitação, os dados foram tratados de forma pontual e espacializada, considerando também a precipitação acumulada para diversas durações. Na estação fluviométrica de Boa Fortuna o nível da água superou os níveis já registrados na série histórica atingindo 11,7 m,com tempo de retorno estimado pela distribuição Log-Normal de 439 anos. Aprecipitação média (espacializada) acumulada de 2 dias na bacia do rio Mundaú com 135,4 mm apresentou o maior tempo de retorno, estimado em 167 anos, utilizando a distribuição Log-Normal. Mostra-se aqui que os grandes volumes precipitados somados a condição antecedente da bacia e a distribuição da precipitação espacial e temporal foram determinantes para a gravidade do evento. 
 
Cristina Lengler, Moema Felske Leuck, Carlos Andre Bulhoes Mendes
Os serviços de drenagem pluvial são providos pela governança urbana local. Dada a dificuldade de destinação de verbas para solucionar o problema das inundações urbanas, propõe-se o uso de incentivo fiscal para mitigar as externalidades oriundas da crescente impermeabilização do solo nas cidades brasileiras. O modelo foi desenvolvido para os lotes com área inferior a 600 m² localizados no Município de Porto Alegre e dispensados de medidas compensatórias pela alteração de vazão no lote pelo Decreto Municipal no 15.371, de 2006. O cenário ótimo a alcançar é o estabelecido pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental - PDDUA, LC no 434/99, alterado pela LC no 646/11, que absorveu o regramento da Instrução Normativa no 22/07, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, e regulamenta a área livre a preservar no lote. Neste artigo desenvolve-se projeto e orçamento do reservatório de amortecimento no lote. O custo privado do investimento é comparado ao custo público para a construção de bacia de detenção do volume de água escoado em área pública de uma bacia hidrográfica. Este incentivo fiscal visa estimular o possuidor do terreno a deter a água da chuva em um reservatório, ressarcindo-o total ou parcialmente do custo do investimento. 
 
Fabricio Cesar Gomes, Silvio Jorge Coelho Simoes
A pesquisa teve por finalidade apresentar os princípios para a implantação de um futuro programa de enquadramento dos corpos hídricos na UGRHI-1 (Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos 1/SP) utilizando-se modelagem quali-quantitativa da água. A área de estudo limitou-se ao município de Campos do Jordão/SP, especificamente a bacia do Ribeirão das Perdizes. Para avaliação da qualidade aplicou-se modelagem matemática demonstrando uma metodologia que poderá subsidiar um futuro estudo de enquadramento para os rios da região. Na simulação de cenários de qualidade de água avaliou-se o comportamento dos parâmetros OD e DBO considerando-se as variações da vazão, carga,reduções em captações e diferentes níveis de eficiência no tratamento de esgotos. Nas simulações foi utilizado o modelo QUAL2E coma interface gráfica QUAL2R. As vazões Q7,10, Q95% e Qmutilizadas foram obtidas através do método da regionalização hidrológica do DAEE.As contribuições foram calculadas pelas outorgas e população da bacia. Verificou-se que dos 9 cenários propostos, somente o cenário 6, simulado no regime de vazão Qm com a existência de um sistema de tratamento capaz de remover 93% da DBO, o ribeirãose manteve somente 67.5% do tempo na classe 2. No cenário 8, onde se previu a redução de 50% na vazão captada em CA-04 associada a eficiência de 93% na remoção da DBO em regime de vazão referencial Q95%, o rio se manteve na classe 2. No cenário 9, para a vazão referencial Q95%, foi simulado qual seria a eficiência mínima requerida em um sistema de tratamento de esgotos para se manter o ribeirão na classe 2, obtendo-se o valor de 94.7%. 
 
Luana Lisboa, Demetrius David Da Silva, Iara De Castro E Oliveira, Bruno Marcel Barros Da Silva
O setor industrial é responsável por aproximadamente 20% do consumo mundial de água e apesar da crescente participação na demanda total o papel da água nesse setor ainda é um assunto pouco estudado no Brasil. As metodologias adotadas para a estimativa do uso da água nas indústrias brasileiras apresentam base de dados antiga, defasada em relação às tecnologias atualmente utilizadas, e de outros países, verificando-se assim a necessidade de um estudo mais atualizado e específico para o país. Nessa perspectiva, o objetivo deste artigo foi à construção de uma matriz de coeficientes técnicos de recursos hídricos para o setor industrial brasileiro. Para isso, fez-se um extensivo levantamento de dados sobre os coeficientes técnicos de retirada, consumo e retorno, em m3/unidade produzida, para as tipologias industriais brasileiras, enquadradas de acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). Fez-se também, análises para avaliar a dispersão entre os dados de um mesmo segmento, buscando-se justificativas técnicas para o comportamento. A última etapa consistiu na validação da matriz, com discussões junto a entidades representativas do setor industrial e órgãos gestores. Os dados obtidos nas pesquisas contemplaram um total 33 tipologias de atividades econômicas, representando os principais setores da atividade econômica brasileira. Concluiu-se que a matriz de coeficientes técnicos de recursos hídricos retrata de forma consistente e precisa o uso da água pelas indústrias brasileiras. 
 
Fabio Muller Hirai, Mônica Ferreira Do Amaral Porto
Metodologias de previsão de balneabilidade complementam a gestão de águas recreacionais baseada no monitoramento e avaliação da concentração de bactérias indicadoras fecais na água. Através da compilação de informações existentes em artigos científicos e referências internacionais, são apresentados resumidamente os conceitos, detalhes de construção e operação, vantagens, desvantagens e exemplos da aplicação de três metodologias existentes: Níveis Limiares de Precipitação, Modelos Estatísticos e Modelos Determinísticos. 
 
Júlio Gomes, Nelson Oswaldo Luna Caicedo
O objetivo do presente trabalho é apresentar a simulação estocástica do transporte de contaminantes e a avaliação probabilística do risco à saúde humana devido à ingestão de água subterrânea contaminada baseadas em um caso real de contaminação do solo e da água subterrânea. A abordagem estocástica utilizada consistiu em estabelecer diversas soluções para o problema de transporte de contaminantes a partir de soluções equiprováveis para o problema de fluxo, obtidas através da geração de campos aleatórios de condutividade hidráulica. Foram estabelecidas 200 soluções para o problema de transporte para uma área de estudo retangular de 2 km x 5 km, discretizada em 2500 células. A fonte de contaminação é representada por uma lagoa, utilizada como destinação final de efluentes industriais no passado. Em razão da característica da fonte de contaminação, foram analisados dois cenários: estação chuvosa e estação seca. A diferença básica entre os dois cenários é a retração da lagoa na estação seca, originando uma área de solo contaminado exposto. A abordagem adotada permitiu a definição de distribuições de freqüência de concentração de benzeno e de risco para a área em estudo. Os resultados obtidos mostraram uma probabilidade de excedência do limite de risco (um caso adicional de câncer em uma população exposta de um milhão de pessoas) de 4,9% para a estação chuvosa e de 17,4% para a estação seca para um receptor localizado a 50 m da lagoa em um horizonte de 30 anos. 
 
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ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos