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Rubens Sonsol Gondim, Sergio Cesar De Franca Fuck Junior, Silvio Roberto Medeiros Evangelista, Marco Aurelio Holanda De Castro, Adunias Dos Santos Teixeira
As mudanças climáticas têm potencial de alterar os processos do ciclo hidrológico, tais como precipitação que afeta o escoamento superficial, temperatura e umidade relativa que possuem estreita relação com evaporação e vazão em corpos hídricos e evapotranspiração das plantas. Um conjunto de dados composto de uma baseline (climatologia de base) do modelo de 1961-1990 e projeções climáticas foram rodados (anos de 2025 a 2055, representadas pelo ano de 2040). Os dados foram então extraídos, considerando-se as coordenadas geográficas da região em estudo, com resolução de 0,44° x 0,44º, gerando- se então, as quadrículas para cada variável, a fim de abranger toda a região estudada. A evapotranspiração de referência (ETo) foi estimada, através de dados da temperatura média mensal. O objetivo do presente trabalho foi analisar os impactos das mudanças climáticas na temperatura, precipitação e evapotranspiração de referência, considerando-se cenários de mudanças climáticas em escala local em nível de bacia hidrográfica (rio Jaguaribe, no trecho compreendido entre as barragens do Castanhão e de Itaiçaba). 
 
Mario Luiz Trevisan, Geraldo Lopes Da Silveira, Jussara Cabral Cruz, Rafael Cabral Cruz
Este estudo trata sobre a sensibilidade em fatores adotados para avaliação multicritério ambiental na análise de
favorabilidades ou restrições na seleção de locais para implantação de obras de infraestrutura hídrica no contexto de bacias
hidrográficas. A tecnologia do geoprocessamento aliada às propriedades da análise multicritério são o enfoque geral deste
estudo. Tomando como estudo de caso o relatório “Análise de Fragilidades Ambientais da Bacia Hidrográfica dos Rios Apuaê-
Inhandava, situada na Região Hidrográfica do Rio Uruguai” (UFSM/FEPAM, 2005), classificada no Estado do Rio
Grande do Sul, Brasil, como Bacia U010, foi feita uma variação regular nos pesos dos critérios para compor novos cenários.
Após esta variação dos pesos nos mapas, utilizou-se o coeficiente estatístico matricial V de Cramér, indicador da similaridade
entre as imagens. Os valores de V de Cramér foram tabulados como matrizes quadradas calculando-se as distâncias matriciais
para realizar o Teste de Mantel, que dá a correlação entre as matrizes. A partir desses coeficientes foi possível realizar a
análise da sensibilidade consistindo na comparação entre as matrizes ponderadas em termos de similaridade e correlação. Foi
possível discriminar quais os pesos mais e menos significantes na composição cenográfica da avaliação multicritério. Relativizados
os pesos em forma de intervalos, a fase seguinte consistiu em otimizá-los matematicamente. Os resultados foram
comparados com o método de Saaty (1977) e com os pesos do relatório de origem. Com o conjunto de pesos atualizado, processa-
se novo cenário, agora otimizado, a fim de ser rediscutido e/ou aceito. A inclusão do teste de sensibilidade no equacionamento
multicritério mostrou-se potencialmente valioso para comparação da relevância entre mapas de fatores geoprocessados,
proporcionando maior embasamento para os tomadores de decisão. 
 
Roger Vigley Girardi, Joel Avruch Goldenfum, AndrÉ Luiz Lopes Da Silveira, Adilson Pinheiro, Nilza Maria Dos Reis Castro
Este artigo apresenta uma avaliação do efeito de escala através da análise de dados de chuva e vazão nas subbacias embutidas do Donato (1,13km2), Turcato (19,4km2) e Taboão (105,4km2), na bacia do rio Potiribu, município de Pejuçara, RS, para o período compreendido entre 1990 e 2003. Foram analisados totais diários, mensais e anuais de chuva e vazão e seus valores médios, máximos e mínimos, além de frequências de dias com e sem chuva, de altura de chuva, dias consecutivos sem chuva, frequência de intervalos de vazão e curvas de permanência de vazão. Por fim, procedeu-se uma tentativa de relacionar os dados de chuva e vazão analisados, de forma a produzir um melhor entendimento dessa relação entre as bacias estudadas. Os resultados indicaram que a chuva apresenta comportamento similar em todas as bacias estudadas. Porém, diferentes escalas de bacia sob mesma condição de chuvas proporcionaram diferentes respostas para a vazão específica, no que se refere a variações entre valores extremos e a amortecimento das vazões máximas. No presente caso, o amortecimento das vazões máximas é gradativamente aumentado na medida do aumento das áreas de drenagem das bacias (do Donato para o Taboão). As variações de vazão máxima aumentam com a diminuição da área de drenagem das bacias. Também observou-se que não houve uma forte correlação entre chuva média total e vazão média na periodicidade mensal e anual. Esta correlação é melhorada com o aumento da área de drenagem da bacia. 
 
Francisco C. L. Pessoa, Claudio Jose Cavalcante Blanco, Jacques R. Martins
A carência de dados fluviométricos torna necessária a utilização de métodos para a estimativa de vazões em locais onde eles inexistem ou são insuficientes. Nesse contexto, o presente artigo estabeleceu um modelo de regionalização de curvas de permanência de vazões para os rios da região hidrográfica da Calha Norte no Estado do Pará. O modelo teve como base de dados as características de 9 estações fluviométricas instaladas e em funcionamento na região. As curvas de permanência foram calibradas em função de 5 modelos matemáticos de regressão (potência, exponencial, logarítmico, quadrático e cúbico). O modelo cúbico foi o que se ajustou melhor às curvas de permanência de vazões das estações usadas na calibração. Usando a técnica de regressão múltipla, a variação espacial de cada parâmetro do modelo supracitado, foi explicada em termos de área de drenagem, precipitação média anual, comprimento e desnível do rio, resultando em modelos de regionalização. Visando efetuar a validação do modelo, o mesmo foi aplicado para simular as curvas de permanência de vazões de duas bacias- alvo da região, obtendo resultados satisfatórios pelos ajustes gráficos das vazões simuladas e observadas. Matematicamente, o bom ajuste foi representado pelos erros quadráticos relativos médios percentuais calculados para o modelo cúbico, os quais foram iguais a 5,27% (alvo 1) e 9,55% (alvo 2). O bom desempenho do modelo calibrado e verificado demonstra o potencial deste na estimativa das vazões de permanência da região em estudo, mais precisamente para projetos hidrelétricos e também para outros de gerenciamento e planejamento dos recursos hídricos. 
 
Ângelo Breda, José Eduardo Gonçalves, Reinaldo Silveira
O presente estudo avaliou o uso de configurações diferentes de três componentes de um método de calibração automática mono-objetivo, o Shuffled Complex Evolution da University of Arizona. Este método foi aplicado para encontrar os melhores parâmetros de um modelo hidrológico de 18 parâmetros, utilizado para simular a vazão da bacia hidrográfica de um afluente do Rio Iguaçu. Os resultados mostraram que a população inicial fornecida ao método interfere no resultado da busca de um ponto de ótimo da função objetivo, de modo que populações iniciais diferentes podem resultar em pontos de ótimo diferentes. Também foi avaliado o critério de convergência, verificando-se que ele está diretamente relacionado com o número de interações que o método realiza até convergir para um ótimo da função objetivo. Foi utilizado um critério de proporção do desvio-padrão em relação ao valor esperado da população de parâmetros. Os resultados mostraram que um critério de 25% gerou resultados próximos ao critério mais restrito, de 5%, sendo que o número de interações realizadas foi reduzido pela metade. O terceiro componente testado foi o tamanho da população de pontos utilizado, representada pelo número de complexos. Ao empregar poucos complexos, o método convergiu após um número relativamente pequeno de interações, porém os parâmetros obtidos não foram satisfatórios. Entretanto ao utilizar 8 e 12 complexos foram obtidos conjuntos de parâmetros satisfatórios e semelhantes. Mas o uso de 8 complexos utilizou pouco menos da metade do número de interações que a calibração com 12 complexos. 
 
Fernando Grison, Masato Kobiyama
A teoria da geometria hidráulica busca o entendimento das mudanças que ocorrem na forma dos cursos d-água naturais. A fim de contribuir com o gerenciamento dos recursos hídricos do Estado do Paraná o presente trabalho buscou analisar a geometria hidráulica nas principais bacias hidrográficas paranaenses. Para isso, a geometria hidráulica foi analisada em determinadas seções transversais e ao longo de vários rios paranaenses. Para a análise da geometria de seção foram utilizados dados de 448 estações fluviométricas. Observou-se nessa análise que as variáveis profundidade e velocidade são mais sensíveis ao aumento da vazão do que a largura das seções transversais. Com o objetivo de verificar a influência geológica nas relações matemáticas da geometria hidráulica dessas seções os expoentes obtidos foram agrupados por tipo de formação geológica, onde as respectivas seções desses expoentes encontram-se inseridas. Por meio de diagramas triaxiais desses agrupamentos a principal característica identificada foi a alta estabilidade das margens dos canais. Para a análise da geometria na direção de jusante foram consideradas apenas as seções dos rios principais das bacias de estudo. Para isso foi determinada uma vazão com tempo de retorno de 1,58 anos. Destaca-se dessa análise que com o aumento dessa vazão a velocidade de alguns rios variou negativamente ao longo dos seus canais. Também foi encontrada alta correlação dessa vazão com a área de drenagem das bacias e alta correlação das áreas das seções transversais com suas respectivas áreas de drenagem. Assim, foi mostrado que a geometria hidráulica é útil em estudos de regionalização de vazão e no apoio à consistência de dados fluviométricos. 
 
Claudia Marques GonÇalves SimeÃo, Marcio Figueiredo De Resende, Carlos Barreira Martinez
O mexilhão dourado vem causando grandes prejuízos ambientais e econômicos em diversos locais no Brasil. Vivendo aglomerados e possuindo uma estrutura protéica de forte fixação, os indivíduos formam camadas no interior de tubulações, bombas, filtros e sistemas de refrigeração, provocando um substancial aumento da perda de carga nos sistemas e chegando a provocar entupimento dos mesmos. Este trabalho apresenta os estudos experimentais destinados à determinação de coeficientes de perda de carga de tubulações forçadas, submetidas ao efeito progressivo da incrustação de mexilhões dourados em seu interior. Os ensaios foram realizados em tubulações com diâmetros de 2; 2,50; 3 e 4 polegadas, com taxas de infestação de 0, 0.5 e 1.0 indivíduos./cm2. Os resultados obtidos indicaram que o aumento de rugosidade e a perda de seção útil devido à infestação promoveram acréscimos significativos nas perdas de carga distribuídas. Para cenários de infestação na densidade de 0,5 indivíduo/cm² obteve-se um acréscimo de perda de carga entre 0,5 e 3 vezes superiores àquelas obtidas nos tubos sem infestação. Para o para o cenário de infestação na densidade de 1,0 indivíduo/cm², os acréscimos foram de 10 a 90 vezes superiores àquelas obtidas nos tubos sem infestação. Nesses casos a capacidades de escoamento correspondem, respectivamente, a cerca de 60% e 20% da vazão original. 
 
Heloise Garcia Knapik, Cristovão Vicente Scapulatempo Fernandes, Karine Pickbrenner, Mônica Ferreira Do Amaral Porto, Karine Bassanesi
Para a implementação dos instrumentos de gestão de recursos hídricos, conforme instituído pela Lei Federal 9.433/97, muito esforço tem sido dispendido para consolidar um conjunto de ferramentas técnicas que permitam avançar no entendimento dos complexos conceitos associados aos instrumentos em destaque. Notadamente, o modelo matemático de qualidade da água QUAL2E, software de domínio público, com código fonte aberto e interface amigável, ganhou destaque com sua utilização mundialmente difundida. Este artigo apresenta uma análise comparativa crítica entre este modelo e o mais recente difundido pelo EPA, QUAL2K, com o firme propósito de destacar que são concepções diferentes com algumas características similares. 
 
Márcia Maria Lara Pinto Coelho, Jose Geraldo De Araujo Lima
As bocas de lobo são estruturas hidráulicas importantes nos sistemas de drenagem urbana. Elas são responsáveis pela captação das águas que escoam nas sarjetas. Na maioria das cidades brasileiras, o dimensionamento dessas estruturas é fundamentado nos resultados de uma pesquisa cujo modelo físico difere em muitos detalhes daqueles utilizados atualmente em nossas vias públicas. Por essa razão, o presente trabalho apresenta os resultados obtidos com um modelo reduzido que procura reproduzir um pequeno segmento de rua, em greide contínuo, equipado com sarjeta e boca de lobo, à semelhança dos padrões adotados nos sistemas de drenagem de Belo Horizonte (MG). Com os testes realizados foi possível atribuir às bocas de lobo uma lei de captação para cada tipo testado. Como síntese dos principais resultados, destaca-se: as bocas de lobo apresentam maior eficiência hidráulica para as menores declividades longitudinais nas sarjetas; a boca de lobo simples, dotada de uma abertura na guia somente, apresenta as menores eficiências, enquanto a boca de lobo, dotada de grelha, abertura na guia e depressão na sarjeta, apresenta a maior eficiência hidráulica, podendo alcançar o valor de 100%, para declividades longitudinais das sarjetas inferiores a 6%; a contribuição da abertura na guia ou da depressão, numa boca de lobo combinada com depressão é reduzida, inferior a 8%. Os testes também indicaram um bom ajuste da equação de Manning para o cálculo da vazão escoada na sarjeta. Uma estimativa para a vazão captada é proposta a partir dos dados de vazão escoada na sarjeta e na eficiência hidráulica da boca de lobo. 
Palavras-chave: Drenagem; boca de lobo; sarjeta.
 
Edivaldo Lopes Thomaz, Valdemir Antoneli, Wolliver Anderson Dias
O entendimento da produção e transferência de sedimento das vertentes para o fundo de vale e canal fluvial é essencial aos propósitos da Geomorfologia. Os objetivos desse trabalho foram: verificar a produção de sedimento em barranco de estrada e canal fluvial; reinterpretar estudos anteriores no sentido de avaliar a proveniência de sedimento em diferentes usos da terra e estimar balanço de proveniência de sedimento em cabeceira de drenagem enfocando a participação das estradas rurais não pavimentadas. A metodologia constou de mapeamento para identificação das áreas fontes de sedimento; observações em campo e monitoramento sistemáticos por meio de técnica volumétrica (pino de erosão). Concluiu-se que as estradas rurais não pavimentadas foram as principais fontes de sedimentos na área de estudo (46,5%), apesar de representar 1,6% da área ocupada. As estradas rurais aumentaram a densidade de drenagem da cabeceira em 48,7%. As estradas configuram- se como conectoras entre as vertentes e o canal fluvial, facilitando a entrada de sedimento nos riachos. 
 
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ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos