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Rafael Gotardo, Adilson Pinheiro, Vander Kaufmann, Iria Sartor Araujo
O uso de hormônios e antibióticos como elementos profiláticos e de promoção do crescimento de suínos tem aumentado a preocupação com a contaminação da água e do solo. No solo sofrem influências físicas, químicas e biológicas, afetando seu deslocamento no perfil. O presente estudo consistiu em avaliar a presença e a mobilidade de hormônios e de antibióticos no perfil do solo, devido à aplicação de dejeto líquido suíno em diferentes dosagens e diferentes manejos. Para isso foram instaladas 24 parcelas experimentais, inteiramente ao acaso, com sete tratamentos e quatro repetições. Foram aplicadas quatro doses de dejeto líquido suíno, variando de 25 a 200 m3 ha-1, concentradas ou distribuídas ao longo do ano. Coletas da solução do solo foram efetuadas mensalmente, com lisímetros de sucção instalados nas profundidades de 30, 60 e 90 cm, no período de junho de 2012 a março de 2013. As amostragens foram analisadas pelo HPLC. Os resultado mostraram que 2,43% das amostras apresentaram quantificação, sendo a ocorrência de hormônios superior aquelas de antibióticos. O maior número de quantificações ocorreu no mês fevereiro de 2013, o qual apresentou a maior altura de precipitação mensal. Os tratamentos 50/2 e 100/4, que representam as maiores dosagens, apresentaram os maiores números de moléculas quantificadas. O número de moléculas quantificadas reduziu com o aumento da profundidade. 
 
Carlos Eduardo De Oliveira Dantas, José Almir Cirilo, Alfredo Ribeiro Neto, Edilson Raimundo Silva
O artigo tem como objetivo realizar análise regional de frequência, identificar o padrão de ocorrência das inundações mais severas na bacia do rio Una e, a partir desse padrão, estabelecer estratégias e cenários que permitam prever e acompanhar a evolução das inundações. A partir do histórico de precipitações na bacia hidrográfica do rio Una, em Pernambuco, foi feito um estudo de regionalização (com o método do Index-Flood) e classificação das chuvas intensas (com o método Standardized Precipitation Index), buscando definir padrões da distribuição de chuvas que geram as inundações na bacia. Com base nessas abordagens, as informações espaciais são utilizadas em modelos hidrológicos e hidrodinâmicos, juntamente com os dados hidrológicos levantados, na composição de modelo para alerta de cheias e geração de cenários de inundação em cidades da bacia hidrográfica do rio Una. Como resultado, demonstra-se que a determinação de padrões de precipitação explica adequadamente a ocorrência dos principais eventos de cheia, possibilitando a previsão e o acompanhamento das inundações a partir da previsão meteorológica e do monitoramento pluviométrico. 
 
André Luiz Andrade Simões, Harry Edmar Schulz, Rodrigo De Melo Porto
O uso da equação de Darcy-Weisbach vinculado aos estudos sobre vertedores e canais com o fundo em degraus desenvolvidos ao longo de décadas é exposto neste trabalho, com atenção para a ampla variedade de dados e previsões para o fator de resistência. As variações encontradas para esse adimensional são discutidas com o auxílio de dados experimentais medidos em modelo físico com 45º e degraus com 5,0 cm de altura. Os resultados mostram que a intensa turbulência junto à superfície, que dificulta uma determinação precisa da profundidade a utilizar, pode ser responsável pela dispersão existente para a avaliação do fator de resistência encontrada na literatura. São, adicionalmente, apresentadas equações capazes de auxiliar a elaboração de projetos relacionados a estruturas semelhantes à adotada nos ensaios conduzidos. 
 
Álvaro José Back, Anderson Vendelino Bonetti
A chuva de projeto para instalações de águas pluviais pode ser estabelecida com base na análise de séries pluviográficas observadas no local do projeto, em locais sem essas informações a NBR 10844 indica o valor de 150 mm.h-1. Este trabalho teve como objetivo determinar a intensidade da chuva para ser usada em projetos de instalações prediais de águas pluviais no Estado de Santa Catarina. Foram usados os dados pluviométricos diários de 147estações pluviométricas de Santa Catarina. Para cada estação foi ajustada a equação IDF e estimada a intensidade da chuva com duração de 5 minutos e período de retorno de 1, 5 e 25 anos. A intensidade da chuva com duração de 5 minutos e período de retorno de 5anos variou de 127,7 mm.h-1 a 266,5 mm.h-1. A intensidade média das estações foi de 163,2 mm.h-1, para o intervalo de confiança de 95%, nas quais a variação ficou compreendida entre 158,9 a 167,4 mm.h-1. Também se observa que 82,8 % das estações apresentaram intensidade superior a 150 mm.h-1. Os resultados obtidos evidenciam a necessidade de utilizar dados locais nos projetos de drenagem e a importância da atualização dos estudos de chuvas intensas. 
 
Francisco De Assis De Souza Filho, Erika Da Justa Teixeira Rocha, Ernesto Da Silva Pitombeira, Iran Eduardo Lima Neto
Modelos têm sido testados para avaliar a turbulência em canais. O código computacional desenvolvido neste trabalho é baseado no modelo k--tridimensional isotrópico, que possui vantagens como a simplicidade de operação e o baixo custo computacional. O código foi aplicado na modelação tridimensional hidrodinâmica do escoamento em canais. As simulações realizadas foram comparadas a dados experimentais disponíveis na literatura, demonstrando excelente aderência. Portanto, o código desenvolvido apresenta-se como uma ferramenta prática para a predição do escoamento em canais. 
 
Guilherme Algemiro Manique Barreto, Carlos Augusto Franca Schettini
O estuário do Rio Araranguá é um sistema altamente estratificado que recebe o aporte da drenagem ácida decorrente da atividade de mineração e processamento de carvão, cujo efeito é o de acelerar a decantação dos sedimentos transportados em suspensão. Com o objetivo de compreender melhor os processos de transporte neste estuário, dados de nível da água, velocidade e direção de correntes em dois pontos ao longo do estuário foram registrados durante um período de cerca de 100 dias, entre junho e setembro de 2009. Durante este período a descarga fluvial foi baixa a maior parte do tempo, ocorrendo somente um pulso fraco de 120 m3s-1 e um pulso forte de 900 m3s-1, ambos de curta duração. Os dados foram analisados então para três condições distintas: baixa descarga, pulso fraco de descarga e pulso forte de descarga. O estuário do rio Araranguá pode ser categorizado como um sistema dominado por eventos de descarga de curta duração, apresentando um modelo de comportamento similar ao descrito para o estuário do Rio Itajaí-Açu e outros sistemas do litoral sul do Brasil. As marés não desempenham um papel relevante como determinante da hidrodinâmica. Durante os período de baixa descarga fluvial a hidrodinâmica é regida pelo ajuste baroclínico, apresentando a camada superior ativa em função da descarga fluvial, e a camada de fundo semi-estática com velocidade baixa para montante. Após pulsos fracos de descarga fluvial ocorre a intensificação da circulação gravitacional. Durante pulsos fortes de descarga a hidrodinâmica passa a ser determinada pelo regime barotrópico fluvial. 
 
Graziela Balda Scofield, Carlos Frederico De Angelis, Wilson Cabral De Sousa Junior
O trabalho investigou o comportamento da precipitação a partir do teste de Mann-Kendall, utilizando dados de estações pluviométricas do Litoral Norte no período de 1970 a 1999. Foram geradas as tendências do número de dias chuvosos; da menor e da maior taxa de precipitação; e do total de precipitação para três superclasses de precipitação: acima do normal (Ac), normal (N) e abaixo do normal (Ab). De acordo com a análise das tendências do total de precipitação, não ocorreu tendência significante no verão. No outono, o aumento da tendência foi encontrado em Maranduba e Picinguaba e Maresias para a superclasse Ab, e em Caraguatatuba para a superclasse Ac. Para o inverno, as tendências foram significantemente positivas em Maresias para todas as superclasses estudadas; e significantemente negativa em São Francisco para a superclasse Ab. Em Picinguaba e Maresias, a tendência significativa positiva ocorreu na primavera e na análise anual, e em Ilhabela na análise anual para todas as superclasses estudadas. Para o número de dias chuvosos, foi verificado um aumento significativo em Ilhabela para as superclasses N e Ac no verão e para a superclasse Ab no outono. Para o inverno, houve diminuição significativa em Caraguatatuba para a superclasse Ab; e positiva significante em Picinguaba para a superclasse Ab e em Maresias e Ilhabela para a superclasse Ac. A tendência significativa negativa na primavera ocorreu apenas em Maranduba para a superclasse Ab. No ano, houve diminuição significativa em Maranduba para superclasse Ab e aumento significativo em Ilhabela para a superclasse Ac e em Maresias para as superclasses N e Ac. 
 
Adalberto Meller, Walter Collischonn, Fernando Mainardi Fan, Diogo Costa Buarque, Rodrigo Cauduro Dias De Paiva, Pedro Leite Da Silva Dias, Demerval Soares Moreira
Nesse trabalho é apresentada uma aplicação da abordagem da previsão de cheias por conjunto em curto prazo a uma bacia de médio porte localizada na região sudeste do Brasil, a bacia do rio Paraopeba. Para geração das previsões de vazões, a metodologia utiliza um conjunto de previsões de precipitação associada à modelagem chuva-vazão conceitual com o modelo hidrológico MGB-IPH. O experimento foi realizado durante três períodos chuvosos entre os anos de 2008 e 2011. Como parâmetro de referência na avaliação do desempenho das previsões por conjunto é utilizada uma previsão hidrológica determinística, baseada em uma previsão de precipitação única obtida da combinação ótima de diversas saídas de modelos meteorológicos, com diferentes condições iniciais e parametrizações. Nos resultados das avaliações das previsões de eventos do tipo dicótomos, que consideram a superação ou não de níveis ou vazões limite de alerta, as previsões por conjunto mostraram superioridade em relação à previsão determinística, sendo possível obter na maior parte dos casos analisados um aumento na proporção de detecções corretas da ocorrência do evento de cheia mantendo as taxas de alarmes falsos em níveis reduzidos. Esse benefício foi, de modo geral, maior em maiores antecedências e vazões limite de alerta, situações mais importantes num contexto de prevenção de cheias. 
 
Maria Josicleide F. Guedes, Márcia Maria Rios Ribeiro, Zédna Mara De Castro Lucena Vieira
Para fazer frente às pressões exercidas pelas áreas urbanas sobre os recursos hídricos disponíveis, há crescente ênfase à gestão da demanda urbana de água, principalmente em regiões áridas e semiáridas. No Estado da Paraíba, o caso da cidade de Campina Grande merece destaque, especialmente pela passada crise no seu sistema de abastecimento (1997-2003) e a atual perspectiva de uma nova crise (2012-2014). Considerando que a maior demanda de água da cidade é o abastecimento doméstico, este artigo apresenta cenários de simulação, referentes à adoção de medidas tecnológicas de gestão da demanda urbana de água, objetivando fornecer subsídios para a elaboração de um possível programa de uso racional da água para os consumidores residenciais de Campina Grande - PB. A análise dos resultados indica a viabilidade ambiental da adoção dessas medidas (redução do consumo de água de até 33,64%). Quanto ao aspecto da viabilidade econômica, alguns cenários são muito atrativos, mas há aqueles apresentando um maior período de retorno dos investimentos. Para os cenários menos atrativos economicamente, enfatiza-se o papel do Poder Público no sentido de oferecer incentivos financeiros à população, induzindo-a ao uso racional da água e evitando novas crises no abastecimento de água da cidade. 
 
Júlio Gomes, Nelson Oswaldo Luna Caicedo
O objetivo do presente trabalho é apresentar a simulação estocástica do fluxo em meio poroso saturado baseado em um caso real de contaminação do solo e da água subterrânea, como etapa inicial para a simulação estocástica do transporte de contaminantes e para a avaliação probabilística do risco à saúde humana devido à ingestão de água subterrânea contaminada. A abordagem estocástica utilizada consistiu na geração de campos aleatórios de condutividade hidráulica para a área de estudo, procurando caracterizar a incerteza relacionada à variabilidade espacial da condutividade hidráulica. Foram estabelecidas 250 realizações de campos aleatórios para uma área de estudo retangular de 2 km x 5 km, discretizada em 2500 células. Os campos aleatórios de condutividade hidráulica foram gerados utilizando-se o método de Simulação Gaussiana Seqüencial (SGS), onde a estrutura espacial da condutividade hidráulica é determinada através do uso de geoestatística. A partir dos campos aleatórios gerados, foram realizadas 200 simulações de fluxo em meio poroso saturado para a geração de campos de níveis do lençol freático e de velocidades de Darcy para posterior utilização em simulações de transporte de contaminantes e definição de distribuições de frequência de risco. 
 
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ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos