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Demetrius David Da Silva, Douglas Oliveira De Queiroz, Fernando Falco Pruski, Luciano Farias De Novaes, Márcio Mota Ramos, Renata Del Giudice Rodriguez
Quando as bases de dados disponíveis em uma bacia hidrográfica são reduzidas, a regionalização de vazões pelo método tradicional, considerando regiões hidrologicamente homogêneas e equações de regressão regionais, apresenta grandes restrições. Diversas metodologias que necessitam menos informações que o método tradicional têm sido desenvolvidas, sendo, o objetivo do presente trabalho avaliar o desempenho de cinco metodologias de regionalização de vazões para a estimativa das vazões mínimas e médias de longa duração considerando as condições de 21 estações fluviométricas situadas na bacia do Paracatu. Para o desenvolvimento do trabalho foram utilizados os seguintes métodos de regionalização de vazões: tradicional, interpolação linear; Chaves et al. (2002); sendo os outros dois métodos analisados advindos de modificações nas metodologias da interpolação linear e de Chaves et al. (2002). Avaliando as vazões estimadas pelos cinco métodos de regionalização de vazões estudados evidenciou-se que não ocorreram diferenças expressivas no desempenho destes na bacia do Paracatu. 
 
Masato Kobiyama, Roberto Valmir Da Silva
O TOPMODEL é um modelo hidrológico cuja formulação e o respectivo código vêm sendo disponibilizados. Em razão disto, desde a sua criação, várias aplicações e modificações foram realizadas. Entretanto, há poucos estudos comparativos entre as modificações e a formulação original. Os estudos comparativos revelam as reais melhorias de uma modificação para determinados objetivos. Portanto, este trabalho tem como objetivo comparar e avaliar três formulações do modelo hidrológico TOPMODEL na simulação de hidrogramas. As simulações foram realizadas na bacia do Rio Pequeno, município de São José dos Pinhais, Paraná, para duas séries de dados correspondendo aos períodos de calibração e validação. No presente trabalho a formulação do TOPMODEL (Beven et al., 1984) é denominada de MODELO 1, a formulação proposta por Campling et al. (2002) de MODELO 2 e a formulação de Datin (1998) de MODELO 3. Os modelos foram comparados através das suas eficiências, intervalos de incerteza e medidas de entropia de Shannon. Através das simulações foi observado o domínio de erros das estruturas dos modelos e/ou da entrada de dados sobre os erros no ajuste de parâmetros. Os modelos apresentaram desempenhos semelhantes quanto à simulação de hidrogramas. O MODELO 2 obteve os maiores intervalos de incerteza em todas as simulações e por ter um parâmetro a mais não foi recomendado para a simulação de hidrogramas nesta bacia. 
 
Francisco Rossarolla Forgiarini, Geraldo Lopes Da Silveira, Jussara Cabral Cruz
No Brasil, o novo modelo de gerenciamento dos recursos hídricos caracteriza-se pela gestão descentralizada com participação do poder público, dos usuários e da sociedade. O Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (SNGRH) ainda está em fase de articulação e inúmeros questionamentos impedem a sua operacionalização, sendo que as principais dúvidas recaem sobre o instrumento de gestão cobrança pelo uso da água. Desta forma, o objetivo deste artigo é avaliar o conhecimento sobre a gestão dos recursos hídricos na bacia hidrográfica do rio Santa Maria/RS, que apresenta o uso da água preponderante a irrigação de arroz, com ênfase sobre a cobrança pelo uso da água. Por critério estatístico, foram aplicados 384 questionários para a população de aproximadamente 200.000 habitantes com questões que abordaram assuntos sobre os usos da água; sobre o comitê de bacia; e sobre a cobrança pelo uso da água. A pesquisa demonstrou que, quando comparado com os resultados obtidos para o Brasil, a população da bacia apresenta um maior conhecimento do SNGRH. Além disso, de um modo geral, a população se mostrou favorável à cobrança com os objetivos preconizados nas legislações brasileiras. O comitê de bacia hidrográfica do rio Santa Maria é um dos mais avançados e atuantes no Estado do Rio Grande do Sul, desempenhando suas funções desde 1994. Entretanto, para tornar-se uma verdadeira ferramenta de articulação dos interesses da bacia e um instrumento de desenvolvimento local é preciso que a sociedade assuma definitivamente a bacia hidrográfica como unidade de gestão e o comitê como o fórum de encaminhamento dos pleitos setoriais para o desenvolvimento regional integrado. 
 
Antonio Eduardo LeÃo Lanna, Luiz Silvio Scartazzini
É realizada a análise econômica de uma alternativa de baixo custo para a irrigação de pequenas propriedades rurais.Duas unidades demonstrativas foram utilizadas, em anos agrícolas diferentes, para cultivo de feijão. Na primeira unidade foram avaliados os dados econômicos e de produtividade agrícola. Na segunda unidade foram testadas metodologias para controle de oferta e demanda da água no reservatório de irrigação. É apresentado um desenvolvimento metodológico para o ordenamento territorial, com baixo custo, aplicável em municípios ou regiões com vocação para a agricultura irrigada. O uso de Sistema Geográfico de Informações, alimentado com dados pedológicos, hidrológicos, agronômicos e econômicos, muitos deles obtidos com técnicas de Sensoreamento Remoto, permitiu identificar e classificar áreas aptas para utilizar técnicas de irrigação de baixo custo, na Região da Encosta da Serra do Estado do Rio Grande do Sul, ocupada por inúmeras economias minifundiárias. O modelo foi aplicado no município de Santa Cruz do Sul, através da sobreposição de mapas temáticos de potencial de solos, recursos hídricos, topografia e cobertura florestal. Como resultado obteve-se, para uma área total de 759 Km2 correspondente ao município, 512,45 Km2 de áreas aptas para desenvolver atividades com irrigação, sendo que 9% desta área, apresenta projetos economicamente atrativos, com baixo custo de investimentos. 
 
AndrÉ Luiz Lopes Da Silveira, Joel Avruch Goldenfum
O presente trabalho busca desenvolver uma metodologia generalizada, de fácil aplicação, para prédimensionamento de dispositivos de controle pluvial na fonte, a partir da proposição de fórmulas explícitas e gerais. Uma solução explícita de pré-dimensionamento hidrológico é apresentada, aplicável a grande parte dos dispositivos de controle na fonte que possuem alguma capacidade de armazenamento, incluindo pavimentos permeáveis, dispositivos de infiltração (trincheiras, poços e valas) e bacias de detenção e retenção. A chuva de projeto é obtida de uma equação IDF com a formulação de Talbot, o método racional fornece as vazões de entrada e os volumes de saída nominais dos dispositivos, por infiltração no solo ou lançamento na rede pluvial, obedecem a taxas máximas constantes. Com estas simplificações, as equações de balanço são construídas para fornecer explicitamente dimensões de projeto das estruturas de controle pluvial na fonte. 
 
Carlos Eduardo Morelli Tucci, Marcus Aurélio Soares Cruz
A urbanização descontrolada tem provocado a ampliação dos picos e a freqüência das inundações, além de criar novos pontos de alagamento localizados. Isto se deve à crescente impermeabilização do solo com aumento do volume pluvial escoado e redução de amortecimento. O controle por trechos isolados com canalização, prática freqüente no Brasil, apenas tem transferido a inundação de um ponto para outro dentro da bacia hidrográfica, com custos muitas vezes insustentáveis para os municípios. O Plano Diretor de Drenagem Urbana tem surgido como instrumento para a gestão das inundações nas cidades. Este plano geralmente contempla a avaliação dos impactos do escoamento por bacia hidrográfica buscando a eliminação das inundações para um determinado risco de projeto através de medidas estruturais e não-estruturais. A concepção de um projeto de macrodrenagem em uma bacia urbana que considere o controle das inundações deve buscar a combinação do uso de reservatórios de amortecimento e aumento da capacidade de escoamento com o menor custo sem a transferência para jusante dos impactos quantitativos. Este artigo apresenta a concepção de um modelo de otimização baseado em algoritmos genéticos associado a um modelo de simulação hidrológico-hidráulico que objetiva avaliar alternativas de solução para os problemas de inundações em bacias urbanas. A função objetiva da otimização é a função de menor custo construtivo (custo-efetividade), combinando a implantação de detenções e a ampliação de condutos. O modelo foi aplicado na bacia do Areia na cidade de Porto Alegre. Os resultados mostraram grande potencial para aplicação do modelo e redução substancial do tempo de planejamento com a obtenção de soluções otimizadas. 
 
Cladir Teresinha Zanotelli, Fabiano Antonio Oliveira, Monica Lopes GonÇalves
A gestão dos recursos hídricos do Brasil é hoje pautada pela Lei Federal nº 9433/97. No ano de 2001, o Ministério do Meio Ambiente através da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH) elaborou um Termo de Referência para padronizar a elaboração de Planos Diretores de Recursos Hídricos no País. Sendo assim, o objetivo do presente trabalho é mostrar a aplicabilidade do Termo de Referência na construção de Planos Diretores de Recursos Hídricos e, de forma específica, demonstrar a importância de parcerias entre universidades e comitês de bacia na construção de planos de bacias, como forma de produzir conhecimentos técnico-científicos, mobilizar a sociedade civil organizada em todas as etapas de elaboração do plano e de permitir que a universidade cumpra sua função social junto à comunidade. A metodologia utilizada teve como base a seqüência das ações propostas no Termo de Referência da SRH, adaptada à realidade local, em que uma organização gestora de recursos hídricos foi substituída pela universidade e pela forte participação popular. Os resultados apontam para uma resposta da comunidade local, no sentido de um maior envolvimento e conhecimento quanto à utilização dos recursos hídricos, assim como para um rebaixamento de custos na elaboração de Planos Diretores de Recursos Hídricos em parceria com universidades brasileiras, principalmente nas regiões onde não existe disponibilidade de recursos financeiros para se contratar consultorias que elaborem o referido plano. 
 
Augusto Cesar Vieira Getirana, José Paulo Soares De Azevedo, Paulo Canedo De Magalhaes
Este artigo procede uma análise decisória de conflito pelo uso da água no setor agrícola a partir de resultados ótimos de cenários construídos com diferentes propostas de soluções para a obtenção de um termo de compromisso viável entre decisores. O processo é realizado com a utilização do Modelo Grafo para Solução de Conflitos (GMCR). O estudo de caso é o conflito existente entre usuários do canal Coqueiros. Este canal de 45 quilômetros, integrante de uma complexa rede de canais utilizados para a irrigação e drenagem, localiza-se no município de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense e tem em sua bacia uma área potencialmente irrigável de, aproximadamente, 14.000ha. Foram adotados seis cenários, cada um correspondendo a uma alternativa para a solução do conflito, os quais foram utilizados para a geração dos estados necessários para a análise no GMCR. Alguns estados que alcançaram o estado de equilíbrio foram analisados para a determinação de soluções para o conflito e verificou-se que o cenário que prevê alocação de água por cotas, sem restrições de vazão ao longo do canal, corresponde a uma solução de compromisso factível, pois não seria necessária a interferência econômica do Poder Público através de subsídios agrícolas. 
 
Adalberto Meller, Eloiza Maria Cauduro Dias De Paiva
O aumento da freqüência das inundações urbanas nas últimas décadas, tem tornado cada vez mais importante a incorporação de ferramentas que auxiliem no processo de tomada de decisão no gerenciamento da drenagem urbana. Neste trabalho é apresentada uma metodologia simplificada para simulação de inundações, aplicada a uma pequena bacia hidrográfica em Santa Maria-RS, utilizando dados observados. O modelo proposto permite a propagação hidrodinâmica 1D do escoamento através da superfície das ruas e da rede de condutos. A interação entre as redes é bi-direcional, realizada através de equações de vertedores. Os resultados das simulações foram satisfatórios, tanto na simulação dos níveis de inundação nas ruas como na representação dos hidrogramas da bacia. A metodologia representa uma alternativa importante na simulação e avaliação de medidas de mitigação das inundações urbanas, podendo economizar, com bons resultados, um grande esforço na programação ou aplicação de metodologias mais complexas. 
 
Alivinio Almeida, Fernando Curi Peres
O estudo objetiva avaliar a percepção de indivíduos sobre os impactos econômicos, sociais e ambientais da implantação da Hidrovia Tocantins-Araguaia, em municípios do Estado do Tocantins, lindeiros aos Rios Tocantins e Araguaia. Os resultados mostram que os entrevistados consideraram oportuna e estratégica a presença da Hidrovia em seus municípios, com expectativas econômicas e sociais favoráveis, a despeito de não conhecerem sua real dimensão, uma vez que ela ainda não foi fisicamente implantada. Contudo, antecipam impactos negativos relacionados ao meio ambiente, especialmente no que respeita à qualidade da água dos Rios. O tratamento estatístico dos dados foi por regressão do tipo stepwise. Observou-se que alguns impactos foram selecionados pela regressão ao nível de confiança adotado, evidenciando expectativas de ganhos econômicos e sociais e de perdas ambientais. Isso reforça a necessidade dos empreendedores em infra-estrutura pública de transporte, especialmente as que envolvam o uso de recursos hídricos, como a hidrovia, considerarem as expectativas dos usuários dos projetos, avaliando o empreendimento não apenas sob a ótica econômica e social, mas também ambiental. 
 
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ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos