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Eunice Maia De Andrade, Vazken P. Andreassian, Vicente L. Lopes
Uma análise comparativa foi feita para investigar a hipótese de que pequenas bacias com uma mesma classificação global de clima-vegetação apresentariam um mesmo comportamento hidrológico. Quatro relações de precipitação-escoamento foram usadas para descrever o comportamento hidrológico de nove pequenas bacias \"ecologicamente semelhantes\" classificadas como terras arbustivas de clima tipo Mediterrâneo. Os coeficientes da análise de regressão da relação precipitação-escoamento indicaram um comportamento significativamente diferente entre as bacias estudadas, sugerindo que mesmo as bacias estando sob o mesmo tipo de clima-vegetação, seus comportamentos hidrológicos são controlados por dissimilaridades locais, conforme o tamanho da bacia. As análises de componente principal e regressão múltipla indicaram que muito da variabilidade no comportamento de cada bacia foi devido às mudanças das características geomorfológicas da bacia e, numa menor extensão, aos padrões das chuvas de verão. 
Palavras-chave: Análise; Bacias; Clima; Mediterrâneo.
 
Carlos Eduardo Morelli Tucci, Esaul Obregon Parraga, Joel Avruch Goldenfum
A regionalização de vazões é uma técnica utilizada para transferir informações espacialmente, buscando explorar ao máximo os dados disponíveis numa determinada área geográfica. Os estudos de regionalização que têm sido desenvolvidos geralmente utilizam as vazões existentes. Quando estas informações são representativas, os resultados são bons; no entanto, quando os dados são deficientes, a regionalização fica comprometida. Geralmente existem séries de precipitações mais longas que as de vazão. Desta forma, em regiões com dados deficientes é possível estender as séries de vazões através de modelos hidrológicos precipitação-vazão e obter séries de vazões mais representativas para a regionalização. Neste estudo foi utilizado um modelo mensal de transformação de precipitação em vazão e foi realizada a regionalização da curva de regularização e de permanência das vazões mensais. Essa metodologia foi aplicada nas bacias afluentes à Lagoa Mirim. Os resultados obtidos mostraram que as funções regionais apresentam melhor correlação utilizando séries estendidas e que, apesar das limitações inerentes às extensões, é possível introduzir na regionalização de vazões, informações incluídas na precipitação. 
Palavras-chave: Bacias; Afluentes; Lagoa; Mirim.
 
Antonio Eduardo LeÃo Lanna, Eugenio Miguel Canepa, Jaildo Santos Pereira, Jorge Victor Pilar
Apresenta-se o desenvolvimento de um sistema de apoio à cobrança pelo uso da água, no qual este instrumento é concebido como um problema de rateio de custo. Através de critérios de equidade são estabelecidos os montantes a serem cobrados de cada usuário de água de forma que seja arrecadado o valor a ser investido na bacia hidrográfica. Desenvolveu-se o sistema através de planilhas eletrônicas que o tornam flexível para, por exemplo, testar as opções levantadas por negociações em um Comitê de Bacia Hidrográfica. Seu teste é realizado na simulação da cobrança pelo uso da água na bacia do rio dos Sinos, RS. Foi realizado um conjunto de 5 simulações variando-se o montante arrecadado e a utilização de várias formas de subsídios. Os resultados mostraram que a atividade econômica mais vulnerável à cobrança é a irrigação. É também ressaltada a necessidade da introdução de algum tipo de subsídio, direto ou cruzado, como forma de evitar impactos indesejáveis em alguns setores econômicos ou sociais. Este é o caso, por exemplo, da população rural e da irrigação, que são mais sensíveis à cobrança. 
Palavras-chave: Sistema; Água; Bacia; Rio.
 
Antonio Eduardo LeÃo Lanna, Eugenio Miguel Canepa, Jaildo Santos Pereira
A gestão dos recursos hídricos no Brasil ganhou um grande impulso com a Lei Federal 9433/97, sancionada pelo Presidente da República no dia 08 de janeiro de 1997 e, de forma complementar, os estados têm respondido a este esforço com a aprovação de suas respectivas leis estaduais. A entrada em vigor destas leis traz para a sociedade uma série de instrumentos de gestão que de forma direta e/ou indireta causará grandes impactos em suas atividades e isto tem provocado uma série de dúvidas e inquietações, sobretudo quando o instrumento em questão é a cobrança pelo uso da água. O presente artigo, com o propósito de contribuir com esta discussão, tem por objetivo examinar a aplicação do Princípio Usuário Pagador (PUP) - uma generalização do Princípio Poluidor Pagador (PPP) - na gestão dos recursos hídricos. Embora se faça uma análise geral do princípio, o foco do artigo é a perspectiva concreta de aplicação do PUP no marco das legislações, federal e estaduais, recentemente promulgadas, como por exemplo, a Lei Estadual 10.350/94 do Rio Grande do Sul, e da legislação federal vinculante, especialmente a Resolução CONAMA 020/86 e a Lei Federal 9.433/97. O trabalho consta de três partes. Inicia-se com uma breve fundamentação da cobrança pelo uso dos recursos hídricos, esclarecendo a questão dos 4 preços da água. A seguir, no corpo principal do trabalho, examina-se com certa profundidade o PUP nos seus dois contextos de análise: a Análise de Custos e Benefícios (ACB) e a Análise de Custo-Efetividade (ACE). Esta parte do trabalho conclui que a perspectiva de aplicação concreta do PUP no Brasil será dentro do contexto da ACE. Na parte final, com base em recente estudo feito para a bacia do rio dos Sinos-RS, procede-se à realização de um exercício de aplicação dos conceitos ante- riormente delineados para o caso da DBO5. Uma bibliografia comentada acompanha o trabalho. 
Palavras-chave: Recursos Hídricos;
 
Flavio Cesar Borba Mascarenhas, Marcelo Gomes Miguez
Este estudo tem por objetivo modelar matematicamente o comportamento do movimento de cheias em áreas urbanas, tendo por base a con- cepção do modelo de células de escoamento, que, à princípio, teve uso na representação de grandes planícies rurais alagáveis. Este conceito de modelação tem origem nos trabalhos de Zanobetti e Lorgeré (1968), Zanobetti, Lorgeré, Preissman e Cunge (1970), ambos sobre o delta do rio Mekong, e Cunge (1975), tendo encontrado par, no Brasil, na tese de mestrado defendida por Miguez (1994), esta com aplicação ao pantanal mato-grossense. A partir desta tese de mestrado são adaptados os conceitos envolvidos na modelação por células para aplicação a uma bacia urbana, mudando significativamente o foco inicial do modelo, visando contemplar o máximo possível da diversidade apresentada em um movimento de cheia em uma cidade. Este modelo foi aplicado ao estudo de cheias que ocorrem na cidade de Joinville, no Estado de Santa Catarina, sul do Brasil. 
Palavras-chave: Cheias; Urbanas; Escoamento.
 
Marcia Maria GuimarÃes, Mauro Da Cunha Naghettini
Este trabalho apresenta uma metodologia para a análise regional de precipitações intensas com o uso de momentos-L. A metodologia proposta foi aplicada com sucesso na definição de uma curva do tipo IDF (intensidade-duração-freqüência) para a Região Metropolitana de Belo Horizonte - RMBH. Apresenta-se também uma seqüência de procedimentos para a elaboração de hietogramas regionais de desagregação temporal de precipitações, seguida de sua aplicação à RMBH. 
 
Ailton De Mesquita Vieira, Basilio De BraganÇa Pereira, Paulo Roberto De Holanda Sales
O artigo propõe procedimentos lineares que utilizam o estimador SURE - \\\\\\\\\\\\\\\"Seemingly Unrelated Regression Equations\\\\\\\\\\\\\\\" (Sistema de equações aparentemente não-relacionadas) - que permitem a estimação conjunta dos parâmetros de um Modelo Estocástico Multivariado Contemporâneo Periódico Auto-regressivo - PAR(p) - de geração de cenários hidrológicos sintéticos. 
Palavras-chave: Estocástico;
 
AndrÉ Luiz Lopes Da Silveira, Carlos Eduardo Morelli Tucci, Marcus Aurélio Soares Cruz
Observa-se atualmente um aumento na freqüência das enchentes urbanas devido a ocupação não controlada da bacia hidrográfica. Vários mecanismos de controle podem ser aplicados na redução ou eliminação dos efeitos negativos da urbanização, dentre estes destaca-se o aumento do amortecimento na microdrenagem. O uso de reservatórios de detenção, associados a superfícies de infiltração em lotes, possibilita a redução de vazões de pico a valores compatíveis com os encontrados antes da urbanização. A quantificação dos volumes necessários ao amortecimento das enchentes em lotes foi estimado através do uso de um modelo matemático hidrológico de precipitação-vazão. Com base neste modelo foram avaliados seis tipos de reservatórios implantados em lotes característicos da cidade de Porto Alegre submetidos a aumentos em áreas impermeáveis. Através das precipitações características da microdrenagem e do comportamento hidráulico de cada dispositivo foram estimados os volumes necessários e os custos de implantação e manutenção. Os resultados mostraram que para o maior lote simulado, 600 m2, com impermeabilização total, seriam necessários volumes da ordem de 2,5 a 3 m3, e para uma ocupação menos intensa, com 50% de impermeabilização, seriam necessários volumes de detenção entre 1 e 1,5 m3. Os custos de implantação variaram bastante entre os reservatórios testados, mas pode-se afirmar que em média ficaram entre US$ 300,00 e US$ 500,00. A manutenção mostrou-se mais importante no custo final de estruturas com infiltração, fazendo com que reservatórios com custo de implantação muito baixo, atingissem valores elevados em prazos curtos, como 4 ou 5 anos. 
Palavras-chave: Escoamento; Urbanos.
 
Álvaro José Back, Raul Dorfman, Robin Thomas Clarke
A irrigação suplementar tem sido recomendada para as regiões de clima úmido como forma de reduzir os riscos de ocorrência de déficit hídrico; no entanto não existem critérios para o dimensionamento de sistemas de irrigação adequados a essas regiões, sendo utilizados os mesmos critérios desenvolvidos para regiões de clima árido ou semi-árido. Neste trabalho foram comparados os valores de precipitação efetiva determinados pelo método do Serviço de Conservação de Solos dos Estados Unidos e pelos modelos de balanço hídrico horário e diário com os valores de precipitação provável ou dependente. Os diferentes critérios de dimensionamento foram aplicados aos dados da estação meteorológica de Urussanga, SC (28º31\\\\\\\' S, 49º19\\\\\\\' W, altitude 48,2 m). Os resultados permitiram concluir que a precipitação efetiva média mensal estimada pelo método do Serviço de Conservação de Solo dos Estados Unidos apresenta valores superiores aos valores obtidos pelos modelos de balanço hídrico. A inclusão da metodologia da Curva Número no balanço hídrico diário não resulta em diferença na precipitação efetiva para solos com CN variando de 60 a 90. O critério de dimensionamento baseado na diferença entre a evapotranspiração média e a precipitação dependente resulta na subestimativa da necessidade de irrigação. 
Palavras-chave: Irrigação; Clima; Úmido.
 
Claudio Marchand Kruger, Eloy Kaviski, Ingrid Illich Muller
O aumento das vazões médias afluentes à usina hidrelétrica de Itaipu após a década de 1970 apresenta uma intensidade considerável e vem ocorrendo ao longo de um período de tempo significativo. Neste artigo é apresentada uma síntese dos estudos desenvolvidos para a bacia do rio Paraná, com ênfase na região mais próxima da usina de Itaipu. Os objetivos principais são os seguintes: (i) análise da estacionariedade de séries de vazões e precipitações das bacias hidrográficas dos rios afluentes à usina de Itaipu; (ii) estimativa da percentagem de variação ocorrida nas vazões e precipitações médias após 1970. As análises foram realizadas com base em diferentes técnicas estatísticas aplicadas às séries históricas disponíveis na bacia do rio Paraná em Itaipu. Análises adicionais foram realizadas, em nível preliminar, envolvendo estimativas da evapotranspiração real e aspectos meteorológicos e de uso do solo. Os estudos desenvolvidos permitem concluir que houve aumentos significativos de vazões e precipitações médias após 1970. Aparentemente, o fenômeno do aumento de vazão decorre dos efeitos conjuntos do aumento da precipitação (que pode ser transitório), diminuição da evapotranspiração provocada pela retirada da mata nativa e aumento da infiltração da chuva, facilitada pelo adequado manejo do solo. Os aumentos de precipitação podem justificar o aumento de vazões nas regiões situadas a montante na área de estudo. Para as bacias situadas mais a jusante, o aumento de vazão é incompatível com o aumento de precipitação, indicando que outros fatores, como a mudança de uso do solo, interferem no processo. 
Palavras-chave: Análise; Hidrológicas; Bacia; Itaipu.
 
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ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos