Publicações
Busca em Artigos por:

 

Haline Depiné, Adilson Pinheiro, Vander Kaufmann, Leandro Mazzuco De Aguida, Nilza Maria Dos Reis Castro
Estradas rurais não pavimentadas podem constituir-se em importante fonte de geração de sedimentos em uma bacia hidrográfica. Neste trabalho, foram simuladas as erosões dos solos provocadas pela precipitação e pelo escoamento superficial simulados em estradas rurais não pavimentadas. Foram obtidas erosões em parcela com escoamento distribuído e em canais com escoamentos concentrados. Nas parcelas, com 1 m2, implantadas em estradas rurais, no município de Lontras, SC, foi empregado um simulador de chuva e, no canal, foram gerados escoamentos com vazões controladas. Para os escoamentos, foram determinadas as características hidráulicas, como altura da lâmina de água, tensão de cisalhamento e potência do
escoamento. Para os sedimentos, foram determinadas as concentrações em suspensão, as cargas em suspensão e de arraste e
as composições granulométricas dos sedimentos transportados por arraste. As concentrações das erosões nas parcelas e nos canais foram da mesma ordem de grandeza. As cargas transportadas por arraste foram muito superiores àquelas transportadas em suspensão. No canal, foi obtido maior percentual de areia na composição dos sedimentos transportados. Na erosão laminar, a composição variou em função do tipo de estrada. O trabalho fornece elementos importantes para a modelagem de base física de processos erosivos.  
 
Fernando Luís Fonseca De Oliveira Tomé, Carlos Barreira Martinez, Marco Tulio Correa De Faria, Luiz Gustavo Martins Da Silva, Hersilia De Andrade E Santos, Edna Maria De Faria Viana
Sabe-se que a implantação de barramentos é uma das maiores causas da redução da população de peixes nos rios em todo o mundo. Devido a isso se tem buscado programar várias ações visando à mitigação desse impacto sobre o meio ambiente. Uma dessas ações é a implantação de mecanismos de transposição de peixes (MTP). Esses sistemas devem ter condições hidráulicas que permitam que os peixes sejam atraídos, e consigam passar entre os tanques e áreas de descanso durante a trajetória de subida. A fim de se reduzir o custo construtivo e de manutenção dos MTP busca-se projetar canais
com declividades maiores, que possam atender as necessidades dos peixes. Esse fato tem incentivado a pesquisa de novos arranjos de MTP que possam suprir a demanda dos peixes e, ao mesmo tempo, que represente uma redução dos custos de instalação. Esse trabalho apresenta o estudo de um arranjo de MTP do tipo ranhura vertical, com anteparos simplificados, operando em diferentes declividades. O caso, estudado nesse trabalho, apresenta como vantagem a simplicidade construtiva frente aos demais modelos propostos na literatura. Para isso, é levantada a perda de carga entre os tanques, a vazão adimensional, a dissipação de energia, a velocidade no modelo e a velocidade em um protótipo. Ao final apresenta-se a máxima declividade que esse mecanismo deve operar de modo a garantir uma condição de escoamento que seja compatível com a demanda dos peixes que habitam os rios do Brasil. 
 
Cleiton Da Silva Silveira, Francisco De Assis De Souza Filho, Samuellson Lopes Cabral
As projeções de precipitação dos modelos globais do quarto relatório do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC-AR4) são analisadas para o Nordeste Setentrional do Brasil para o período de 2010 a 2099 dos cenários A1B, A2 e B1. Para análise sazonal considerou-se a anomalia de precipitação média anual e a anomalia na climatologia média dos cenários do século XXI em relação ao século XX. Para análise das variações interanuais utilizou-se uma avaliação de tendências usando métodos clássicos (média móvel de 10 anos, regressão linear e Mann-Kendall-Sen) e a análise de ondeletas
(wavelets). Os modelos mostram maiores impactos na pré-estação, porém divergem quanto ao sinal da anomalia, indicando uma possível antecipação ou adiamento da influência da ZCIT na região. A maioria dos modelos não indica tendência significativa para as variações interanuais. O modelo UKMO_HADCM3_run1 possui as projeções mais pessimista para o século XXI para os três cenários. O modelo CNRM_CM3_run1 indica uma das maiores tendências de aumento de precipitações anuais para os três cenários. A tendência mostrada por esses modelos é explicada em parte pela variação natural de baixíssima frequência da série, mas principalmente, por uma evidente mudança no regime de precipitação da série.  
 
Osvalcélio Mercês Furtunato, Suzana Maria Gico Lima Montenegro, Antônio Celso Dantas Antonino, Leidjane Maria Maciel De Oliveira, Eduardo Soares De Souza, Albert Einstein Spíndola Saraiva De Moura
Este trabalho teve como objetivo analisar a variabilidade espacial dos parâmetros das curvas de retenção e condutividade hidráulica, descritas, respectivamente, pelos modelos de van Genuchten (1980) e de Brooks & Corey (1964), obtidos com o método Beerkan. Os ensaios de campo foram realizados em 102 pontos, distribuídos sob uma malha com espaçamento de 500m x 500m. A variabilidade espacial foi analisada com base na geoestatística. Os mapas de
variabilidade espacial foram produzidos utilizando-se a técnica de Krigagem Ordinária para a interpolação de dados. O modelo esférico foi o que apresentou melhor ajuste para todos os parâmetros avaliados, os quais apresentaram estrutura de moderada dependência espacial. O método Beerkan apresentou-se como uma ferramenta promissora, robusta e de fácil aplicação. 
 
Wagner Rambaldi Telles, Pedro Paulo Gomes Watts Rodrigues, AntÔnio JosÉ Da Silva Neto, Orestes Llanes Santiago, Mirtha Irizar Mesa, Jader Lugon Junior
O risco de falta d?água potável é um assunto abordado e debatido em todo o mundo. Alguns países já sofrem com esse problema devido à poluição descontrolada das águas através de resíduos industriais e domésticos, dentre outros. Baseado nisso, modelos matemáticos e computacionais têm sido constantemente utilizados no estudo do transporte de contaminantes em sistemas fluviais, tornando-se importantes na prevenção e estimativa do comportamento de plumas de contaminantes nesses corpos hídricos. Neste trabalho busca-se uma primeira abordagem para a modelagem do comportamento de contaminantes no Rio Macaé, um importante rio brasileiro situado no nordeste do Estado do Rio de Janeiro, tendo como ponto de
partida estudos iniciais baseados em Redes Neurais Artificiais em substituição a um modelo matemático 2D de transporte de
poluentes. Pretende-se em um primeiro instante, simular o comportamento de uma pluma de contaminante em um trecho do
Rio Macaé, confrontando os resultados experimentais obtidos em dois pontos do mesmo com os resultados numéricos obtidos via redes neurais treinadas pelo método de Levenberg-Marquardt. Os resultados apresentados neste trabalho servirão como base para um posterior treinamento de uma rede neural com o intuito de se obter a concentração em qualquer ponto do trecho de interesse do Rio Macaé. 
 
Osvaldo Moura Rezende, Marcelo Gomes Miguez, Aline Pires Verol
O problema das cheias urbanas, agravado pelo próprio processo de urbanização, é um dos principais desafios das grandes cidades na atualidade. Seus prejuízos são inúmeros, interferindo com os setores de habitação, transporte, saneamento e saúde pública. A visão tradicional do projeto de drenagem vem sendo modificada, ao longo das últimas décadas, por conceitos que buscam soluções sistêmicas para a bacia, com intervenções distribuídas, procurando resgatar padrões de escoamento similares aos de pré-urbanização. Busca-se, como alternativa, uma abordagem integrada de manejo sustentável das águas pluviais e planejamento do espaço urbano. Além disso, surge também a possibilidade da requalificação fluvial, em um
sentido mais amplo, como instrumento para auxiliar no controle de cheias e garantir ambientes mais naturais e mais saudáveis.
Essas mudanças apontam para uma abordagem sistêmica, onde toda a bacia deve ser considerada de forma integrada.
Aspectos espaciais e temporais associados aos escoamentos superficiais, dentro ou fora da rede de drenagem, devem ser
considerados em conjunto na solução do problema. Neste sentido, este trabalho visa conjugar essas novas abordagens, utilizando
medidas associadas ao conceito de drenagem urbana sustentável, com atuações distribuídas na bacia hidrográfica,
relacionadas à infiltração e armazenagem e avaliar como a falta de controle sobre o desenvolvimento urbano e o uso do solo
pode afetar as soluções de drenagem. Foi proposto um caso de estudo na bacia dos rios Pilar-Calombé, em Duque de Caxias,
região metropolitana do Rio de Janeiro. Os testes terão o suporte do modelo matemático MODCEL, desenvolvido na Universidade Federal do Rio de Janeiro. 
 
Wilson Fernandes, Mauro Naghettini, Rosângela Loschi
Este é o primeiro de dois artigos complementares que versam sobre um método para a estimação dos quantis de enchentes extremas, a partir de uma abordagem Bayesiana, com a possibilidade de inclusão de informações históricas e paleohidrológicas e emprego de distribuições de probabilidades com cauda superior finita. Este artigo aborda o desenvolvimento teórico do método proposto, enquanto o segundo artigo apresenta três aplicações a bacias com diferentes
conjuntos de dados disponíveis. Depois de contextualizar o problema de estimação de enchentes extremas, introduz-se aqui a viabilidade de agregação da Cheia Máxima Provável, ou simplesmente PMF (de Probable Maximum Flood), à análise de frequência de variáveis hidrológicas, mediante emprego do paradigma Bayesiano para inferência estatística e de distribuições de probabilidade limitadas superiormente. O limite superior da distribuição em questão está sujeito a incertezas, as quais podem ser sumariadas a partir de distribuições a priori eliciadas, em alguns casos estudados, a partir de um grande banco de estimativas de PMF, conforme aqui demonstrado. Na sequência, o sumário a priori das incertezas pode ser atualizado
pela inclusão de informações exatas, obtidas dos registros istemáticos, e censuradas, de fontes não sistemáticas históricas ou paleohidrológicas, por meio de uma função de verossimilhança suficientemente genérica. A possibilidade do emprego desse
grande conjunto de informações em uma estrutura de inferência Bayesiana abre perspectivas para a obtenção de estimativas
mais confiáveis de quantis de enchentes extremas. 
 
Alessandro Hirata Lucas, Ademir Paceli Barbassa, Rodrigo Braga Moruzzi
Com o objetivo de contribuir com pesquisas e com a aplicação de técnicas compensatórias, especificamente, sistemas de infiltração, foi construído, operado e modelado um sistema Filtro ? Vala ? Trincheira de infiltração (FVT) em escala real. O método de PULS foi empregado para a modelagem a partir do monitoramento das precipitações, das vazões afluentes ao sistema FVT e dos níveis de armazenamento na trincheira e vala de infiltração. Para simplificação da representação matemática foram adotadas algumas hipóteses, entre elas, foram desprezados os efeitos da variação das taxas de infiltração e da
lâmina armazenada em depressões do solo com o tempo para eventos isolados e para eventos consecutivos. A calibração foi
realizada por meio dos parâmetros de infiltração fv (taxas de infiltração da vala) e fp (taxa de infiltração da trincheira), os
quais constituíram as adaptações necessárias para a aplicação do modelo, além da calibração dos parâmetros de retenção hf
(lâmina retida na área do filtro gramado) e hv (lâmina retida na área da vala). Os erros decorridos do modelo foram avaliados por meio de valores médios do coeficiente de Nash - Sutcliffe (NS), do erro de nível máximo de armazenamento (hmáx) e do erro de tempo de esvaziamento (Tesvaz), os quais resultaram em 0,65, 11% e 19%, respectivamente, na fase de calibração do modelo. A validação resultou em valores médios de NS e erros relativos de hmáx e Tesvaz de 0,43, 29% e 36%, respectivamente. As simplificações podem ter sido a causa da imprecisão do modelo para eventos consecutivos e eventos de longa duração. Em contrapartida, a modelagem simulou as etapas de funcionamento do sistema FVT adequadamente, com resultados bastante satisfatórios quando analisados individualmente (NS de até 0,98, erro de hmáx de até -9,3% e erro de Tesvaz de até
1,9%). 
 
Felipe MendonÇa Pimenta, Daniel Antoniazzi Ribeiro Mendes, Andrei Souto, Eloi Melo, Francisco Luiz Vicentini Neto, Davide Franco, Nileton Cezar Pereira, Guilherme CastelÃo, Guilherme Hammes, Rodrigo Barletta, Marco Antonio Rigola Romeu
Aqui descrevemos as técnicas aplicadas na implantação e manutenção do Programa de Informação Costeira (PIC on?line), que manteve um ondógrafo fundeado ao largo da Ilha de Santa Catarina entre Dezembro de 2001 e Novembro de 2003. O documento cobre informações que vão desde a preparação do equipamento e seu lançamento, até uma descrição
detalhada dos componentes do fundeio. Três operações de resgate do ondógrafo foram registradas e são descritas em conjunto à análise dos fundeios recuperados. Por fim, são dadas recomendações para continuação de futuros programas de medições. 
 
Leandro Obasowiski Bruno, Ricardo Santos Silva Amorim, Alexandre Silveira
Este trabalho tem o objetivo de avaliar e comparar a eficiência de cinco tipos de revestimentos utilizados em áreas urbanas: solo gramado, solo exposto, blocos de concreto vazados, blocos de concreto maciços e concreto convencional na redução do escoamento superficial. A pesquisa fundamentou-se em realização de testes experimentais em blocos casualizados, conduzidos nas parcelas construídas em triplicata para cada tipo de superfície, sob as quais foram realizadas chuvas com simulador calibrado às intensidades de precipitação de 79mm/h e 121mm/h. Foram avaliados parâmetros hidrológicos por meio de balanço hídrico a partir da determinação experimental do coeficiente de escoamento superficial e taxa de infiltração estável, e ainda o controle da umidade inicial nas camadas de solo adjacentes aos revestimentos analisados. Das alternativas avaliadas, a superfície com grama foi a que apresentou os melhores resultados. Verificou-se que para este revestimento não houve a geração do escoamento superficial para alguns casos, mostrando o potencial de superfícies cobertas com vegetação na redução da produção de escoamento superficial. Por outro lado, para a parcela com solo exposto, a geração de escoamento superficial foi bastante superior à parcela com grama, com coeficiente de escoamento de até duas vezes maior. O escoamento superficial verificado na superfície de concreto foi na ordem de 90% do volume precipitado, sendo quatro vezes e meia maior do que o valor apresentado nas superfícies com revestimentos de blocos de concreto maciços. A superfície de blocos de concreto vazados e blocos de concreto maciços foram eficientes na redução do escoamento superficial corroborando com os valores apresentados na literatura.  
 
Página: 1  2  3  4  5  6  7  8  9  10  11  12  13  14  15  16  17  18  19  20  21  22  23  24  25  26  27  28  29  30  31  32  33  34  35  36  37  38  39  40  41  42  43  44  45  46  47  48  49  50  51  52  53  54  55  56  57  58  59  60  61  62  63  64  65  66  67  68  69  70  71  72  73  74  75  76  77  78  79  80  81  82  83  84  85  86  87  88  89  90  91  92  93  94  95  96  97  98  99  100  101  102  103  104  105  106  107  108  109  110  111  112  113  114  115  116  117  118  119  120  

PESQUISAR
Artigo:

 
Autor:

 

ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos