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JosÉ Augusto Costa GonÇalves, Jorge Carvalho De Lena, Herminio Arias Nalini Junior, Jose Fernando De Paiva, Janice Cardoso Pereira
Águas com concentrações de As (arsênio) acima dos limites estabelecidos pelos órgãos de controle ambiental são consideradas perigosas para a saúde humana. O As é um elemento tóxico e carcinogênico. A fácies hidroquímica das águas subterrâneas estudadas é o resultado da interação entre diferentes fases presentes na solução, especificamente das relações iônicas que se estabelecem entre a fase sólida e a água. A baixa mineralização da água é resultado das condições climáticas, constituição das rochas, relevo e processos intempéricos dominantes. Os tipos e as quantidades dos componentes solubilizados nas águas estão diretamente ligados ao tempo de residência das mesmas nos aqüíferos. Dentre os principais cátions a predominância é Na+ > Ca2+ > K+ > Mg2+. Para os ânions, a grande predominância do HCO3 - >> Cl- > SO4 2- > NO3 - estabelece para as águas um caráter bicarbonatado que é decorrente do sistema CO2 — H2O, determinado principalmente pela circulação das águas próximas da área de recarga e da superfície do terreno. A evolução das concentrações de As, ao longo do ano, reside nas reações hidrogeoquímicas controladas pelo potencial redox Eh — pH. O pH das amostras analisadas apresentaram valores entre 5,93 e 7,92, com um valor médio de 6,72. Para o Eh foram encontrados valores entre 335 e 532 mV e um valor médio de 427. No diagrama Eh — pH, em condições de equilíbrio químico, verificou-se que as espécies de As presentes são controladas pelas condições de Eh — pH. As espécies As5+ de oxiânions (H2AsO4 - e HAsO4 2-) são predominantes. O diagrama mostra que as águas analisadas são de ambientes próximos do contato com a atmosfera, e que são de origem pluvial, de circulação mais próxima da superfície topográfica e que se acumulam de forma geralmente descontínua ao longo dos fissuramentos das rochas. Os principais fatores de liberação, mobilização e evolução do As para as águas subterrâneas são específicos e peculiares à área de estudo, tais como os condicionantes hidrológicos, geoquímicos, hidrogeológicos e topográficos. Após o período da seca, os processos oxidantes atuantes na superfície e subsuperfície das rochas deixam sobre as coberturas detríticas intemperizadas e nas rochas mineralizadas de corpos de minérios sulfetados, alvéolos ou camadas superficiais de minerais secundários de As, representados principalmente pela escorodita. Esses minerais são encontrados sobre minerais autigênicos em afloramentos e nas paredes das minas abandonadas, representados principalmente, pela arsenopirita, pirita, pirrotita e que são observadas em toda área de estudo. Com o início das chuvas, os fluxos de água superficial e subterrânea, potencializados pelo forte gradiente hidráulico do relevo, solubilizam e lixiviam os compostos presentes sobre e entre os minerais das rochas e as partículas do solo. 
 
Carlos Andre Bulhoes Mendes, Othon Fialho De Oliveira, Francisco Carlos Braganca De Souza
A utilização de modelos hidrológicos para entender o comportamento do ciclo da água numa bacia hidrográfica é uma prática corrente nas atividades de planejamento do aproveitamento dos recursos hídricos. No entanto, nem sempre tem sido fácil utilizar estes modelos no processo de tomada de decisão. Isto se deve muito ao fato de que para utilizar estes modelos é necessário que os decisores possuam um conhecimento específico sobre os parâmetros que foram modelados. Além disso, a quantidade de elementos que são necessários para descrever o comportamento hidrológico pode dificultar bastante o entendimento do sistema como um todo. Para superar esta dificuldade, é proposta a utilização de modelos de simulação dinâmica baseados nos fundamentos da área de estudos conhecida como “dinâmica de sistemas”, cujo objetivo é estudar sistemas complexos considerando todos seus elementos constituintes simultaneamente. Estes modelos são construídos para facilitar a avaliação de um sistema complexo por meio da análise da influência de cada elemento que o integra sobre os demais e sobre o todo. Considerando-se a bacia hidrográfica como o sistema a ser estudado, foi criado um modelo de simulação dinâmica para apoiar o processo decisório de um caso prático, o Programa Pró-Dilúvio da Prefeitura de Porto Alegre (RS), o qual visa promover ações que conduzam à melhoria da qualidade das águas da Bacia do Arroio Dilúvio através da ação conjunta de diversos órgãos municipais. Entre as dificuldades enfrentadas estão a identificação das áreas críticas da bacia a serem atendidas prioritariamente e a avaliação da possível repercussão em longo prazo das ações no combate à poluição gerada pelo lançamento de efluentes domiciliares e em relação à poluição difusa oriunda das águas pluviais. Entre outras coisas, foi observado que a utilização de modelos de simulação dinâmica permite um maior conhecimento do problema pelos decisores e que a aplicação destes modelos em grupos pode ser bastante útil para facilitar que a negociação da alternativa a ser adotada atinja uma solução de consenso. Apesar destes resultados positivos, verificou-se também que as simplificações realizadas durante a concepção destes modelos podem gerar desconfiança nos usuários ou mesmo induzir a tomada equivocada de decisão. 
 
Felipe Fernandes Viana De AraÚjo, Marco Aurelio Holanda De Castro, Antonio Marozzi Righetto
Neste estudo é apresentada uma análise de um modelo que utiliza o Método das Características (MOC) para simulação hidráulica de redes de abastecimento de água em regime permanente e quase-permanente. Este foi desenvolvido na linguagem de programação DELPHI, introduzindo novas capacidades ao modelo CALHIDREDMT de Righetto (1994). Foram realizadas simulações em redes equipadas com reservatórios de nível fixo e variável, estações elevatórias e boosters, considerando situações estáticas e de período estendido (24 horas). Os resultados foram comparados a simulações realizadas no EPANET. Para os elementos reservatórios de nível fixo, estações elevatórias e boosters verificaram-se erros relativos inferiores a 1% para as pressões e vazões. Na modelagem de reservatório de nível variável, os valores de vazão apresentaram erro relativo da mesma ordem de grandeza dos demais elementos, enquanto os valores de pressão apresentaram erro relativo máximo de 6,6%, fato associado às limitações e diferenças da metodologia de ambos os modelos para solucionar esse tipo de equipamento. Foram analisados aspectos da convergência do MOC, para diferentes valores da celeridade (parâmetro numérico), quando da introdução dos consumos nodais de forma gradual no cálculo hidráulico e para redes com tubos de comprimentos variáveis. 
 
Leonardo Pereira E Silva, Celso Augusto Guimarães Santos
O presente trabalho objetiva identificar áreas sujeitas à inundação, erosão e deslizamento de terra na bacia do rio Cuiá, utilizando técnicas de geoprocessamento e modelagem hidrossedimentológica. Para a obtenção do mapa do uso adequado do solo, foram integrados os mapas de inundação, produção de sedimentos, impermeabilização do solo e deslizamento de terra, obtendo-se um mapa síntese das variáveis encontradas no decorrer do trabalho, resultando em cinco cenários diferenciados por seus graus de risco. Foi realizado um cruzamento entres os temas, para isso utilizou-se a álgebra booleana envolvendo as operações de união e de intercessão. A proposta de adequação do uso e ocupação do solo, sugerida neste trabalho com base nas variáveis: (a) risco à inundação e ao deslizamento, (b) grau de impermeabilização, e (c) erosão, recomenda que o cenário R5 seja designado como área de recuperação urbana, por apresentar os problemas de impermeabilização, erosão, inundação e deslizamento; o cenário R4 seja uma área de recuperação ambiental, visto que está sujeito a risco de deslizamento e alto grau de impermeabilização; o cenário R3 seja área de reestruturação urbana, devido aos problemas de deslizamento, erosão e impermeabilização; o cenário R2 seja uma área de conservação ambiental, visto que existe apenas problema de deslizamento; e que finalmente o cenário R1 seja área de ocupação dirigida e desenvolvimento econômico compatível, por não apresentar risco 
 
Graca Regina Armond Matias Ferreira, Lafayette Dantas Da Luz, Iracema Andrade Nascimento, Mauro De Freitas Rebelo
A presença de compostos aromáticos no ambiente deve ser objeto de monitoramento, devido ao alto poder carcinogênico e à capacidade de modificar a expressão de genes, desencadeando a formação das proteínas, cuja indução pode ser determinada por técnica específica para hidrocarbonetos poliaromáticos (HPA’s), Bifenis Policlorados (PCB’s) e Dioxinas Organocloradas. Este artigo avalia a biodisponibilidade de compostos aromáticos em um reservatório (açude) receptor de águas pluviais de áreas industriais do Pólo Petroquímico de Camaçari (Bahia). Os testes têm base nas respostas biológicas em tilápias, Oreochromis niloticus, expostas a amostras de água e sedimento. A análise baseou-se na indução enzimática envolvendo a oxidação de xenobióticos que vem tendo grande sucesso como biomarcadores de exposição a HPAs e outros poluentes oriundos de atividades industriais. A utilização desta técnica é associada ao aumento de atividade enzimática nos hepatócitos dos organismos, indicando o primeiro sinal para avaliar a indução e presença/ausência dos compostos aromáticos no ambiente. Os resultados dos testes indicaram que os peixes submetidos às amostras da área de estudo foram expostos a compostos aromáticos, por apresentarem um aumento enzimático significativo nos hepatócitos. Entretanto, esta contaminação pode ser definida como significativamente moderada, provavelmente devido a menor biodisponibilidade dos contaminantes presentes. O estudo desenvolvido permitiu o conhecimento e teste de uma nova tecnologia, auxiliando a preservação ambiental e dos recursos hídricos da região. 
 
José Homero Pinheiro Soares, Ana Cristina Junqueira Ribeiro, Hugo Alexandre Soares Guedes
Este trabalho apresenta a síntese das atividades desenvolvidas e os resultados obtidos durante os estudos realizados para determinação in situ das características de transporte e dispersão do Rio Paraibuna com o uso de traçadores fluorescentes. Foram realizadas duas campanhas de campo para diferentes vazões, utilizando os corantes fluorescentes Uranina ou Fluoresceína Sódica (Acid Yellow 73, Color Index 45350) e Amidorodamina G Extra (Acid Red 52, Color Index 45220), injetados instantaneamente no Rio Paraibuna próximo ao Distrito Industrial de Juiz de Fora. O trecho estudado de 27 km, localizado entre o Distrito Industrial I e a Usina Hidrelétrica de Marmelos Zero, foi monitorado coletando-se amostras de água em cada uma das quatro seções de controle, com o objetivo de se determinar as variações temporais das concentrações de traçador (Curvas de Passagem) ao longo do rio. Os parâmetros de dispersão e transporte foram determinados utilizando-se o Modelo de Taylor. Foram estabelecidas as relações entre o Coeficiente de Dispersão (DL) e Velocidade Média (U) medidos com as vazões transitantes no Rio Paraibuna. 
 
Rafael Pedrollo De Paes, Gabrielly Cristhiane Oliveira E Silva, Josita Correto Da Rocha Priante, Eliana Beatriz Nunes Rondon Lima, Nicolau Priante Filho
A tecnologia de conservação do uso da água proposta neste trabalho surgiu da necessidade da minimização de desperdício de água em residências. Ela consiste na separação da água aproveitável usada na lavagem de roupas (água de enxágue) em máquina de lavar roupas e sua posterior utilização para fins menos nobres, como as descargas sanitárias e lavagens de calçadas. Através de participações em eventos, oficinas e palestras em Cuiabá e Várzea Grande(MT), divulgaram-se alguns princípios de educação ambiental e a prática de reúso de água. Esses eventos serviram de base para o primeiro contato com a comunidade. Após a distribuição de questionários ao público e análise das respostas, seguidas de visitas técnicas às residências de interesse e entrevista com seus proprietários, definiram-se os locais de estudo desta pesquisa. Durante 15 meses foram acompanhadas seis moradias com o sistema de reúso implantado, incluindo o monitoramento quantitativo e qualitativo da água. Por meio de dois hidrômetros em cada residência verificou-se a redução proporcional do consumo de água potável devido ao sistema de reúso. Para o monitoramento qualitativo, foram coletadas amostras da rede de abastecimento e de reúso para análises físicas e químicas Em comparativo entre os resultados quantitativos, o consumo da água reusada em relação ao da água potável em cada residência variou de 7,9% a 26,4%. Sobre o aspecto qualitativo, foi observou de maneira geral o relativo acréscimo dos valores de cor, turbidez, sólidos totais dissolvidos, fósforo e pH. Os resultados qualitativos foram comparados com duas referências nacionais sobre a regulamentação da qualidade da água para reúso: a NBR n.º 13.969 de 1997 e o manual de conservação e reúso de água em edificações publicado por Fiesp, Ana, Sinduscon-SP em 2005. 
 
Francisco Fernando Noronha Marcuzzo, Edson Cezar Wendland
O custo de instalação de redes de irrigação localizada, que são as mais eficientes quanto à utilização da água, tendem a ser elevado, inibindo a sua utilização por parte da maioria dos produtores agrícolas. O presente trabalho teve como objetivo otimizar os custos de instalação e operação de redes de distribuição de água para irrigação localizada, frente a diferentes tarifações do insumo água. Foi desenvolvido um código em MatLab, considerando todas as perdas de energia distribuídas e localizadas entre o inicio da rede e o conjunto motobomba para uma rede de irrigação localizada de microaspersão. As variáveis de decisão para otimização, com auxilio de algoritmos genéticos, foram os diâmetros de cada trecho da rede, prédefinidos por: dois para linhas laterais, quatro para linhas de derivação, quatro para linhas secundárias e um para linha principal e de sucção. Os resultados mostram que os custos da rede ficam entre 1816,42 e 2312,13 R$.ha-1.ano-1 para tarifas de uso da água que variam entre 0,01 R$.(m3)-1 e 0,10 R$.(m3)-1. Com os resultados obtidos neste estudo conclui-se que uma grande variação na tarifação pelo uso da água resulta em um acréscimo substancial nos custos de redes de irrigação localizada, podendo inibir a sua utilização. 
 
Paulo Augusto Diniz Silva, Eduardo Von Sperling, Lucio Flavio De Souza
Este artigo avalia o efeito de barreira capilar em uma coluna contendo dois solos arenosos, sendo uma camada de solo de textura fina sobreposta a uma camada de solo de textura grossa, submetida ao evento de infiltração. Para representar a dinâmica do escoamento em meio poroso não saturado, a equação de Richards e o modelo de van Genuchten foram utilizados. A simulação numérica foi feita utilizando um modelo matemático baseado no método dos volumes finitos, usando diferenças centrais para as derivadas espaciais e um esquema totalmente implícito para aproximação das derivadas temporais. O cenário aqui simula o surgimento do efeito e a ocorrência da falha da barreira capilar. Atualmente este fenômeno vem sendo exaustivamente estudado, uma vez que sua aplicação em coberturas finais de depósitos de rejeitos urbanos e industriais tem apontado ser uma alternativa bastante atraente para restringir o fenômeno da infiltração em meio geológico construído. Os resultados mostram claramente que o fenômeno da barreira capilar ocorre devido à diferença de condutividade hidráulica entre os meios envolvidos. 
 
Eliete Regina Bertazzo Canterle, Lucia Helena Ribeiro Rodrigues, Angela Hamester, David Manuel Lelinho Da Motta Marques
Banhados temporários são ecossistemas alternativos formados em decorrência de irrigação de extensas áreas utilizadas para o cultivo de arroz. Essas áreas, como os demais banhados, são consideradas emissoras potenciais de gases de efeito estufa. O objetivo desse estudo foi avaliar a capacidade dos banhados temporários em produzir gases contribuintes do efeito estufa (CH4 e CO2) em duas áreas de cultivo de arroz irrigado, uma área com solo arenoso e outra área com solo argiloso. Os valores médios observados para a produção de CH4 foram mais elevados na área arenosa, quando comparados com a área argilosa. Essa área apresentou taxas de produção de CO2 mais elevadas, quando comparados com a área arenosa. No entanto, a análise simultânea da produção de CH4 e de CO2 mostrou diferença significativa (p<0,05), através de análise de variância, nas incubações de 5 dias, na área argilosa. De acordo com a área cultivada de ambas as quadras, os valores médios de produção de gases foram de 7,9 g CH4-C ha-1 ano-1 e de 81,6 g CO2-C ha-1ano-1 no sedimento da área arenosa. A área argilosa obteve uma produção de 5,0 g CH4-C ha-1ano-1 e de 99,5 g CO2-C ha-1ano-1. Os dados obtidos evidenciam que alterações nos ecossistemas, mesmo que por um período determinado de tempo como, por exemplo, a formação de banhados temporários, torna esses locais importantes emissores de gases que contribuem para a formação do efeito estufa, em áreas subtropicais 
 
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ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos