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Debora Riva Tavanti, Ademir Paceli Barbassa
Neste trabalho, demonstra-se a aplicação dos métodos convencional e de LID a uma micro-bacia, comprovando que através do planejamento urbano é possível criar paisagens Hidrologicamente funcionais, com comportamento similar ao natural. A análise comparativa dos métodos de planejamento urbano foi realizada em uma microbacia urbana na área no Campus da Universidade Federal de São Carlos, na sub-bacia do Rio do Monjolinho, no município de São Carlos/SP. Avaliaram-se os aspectos hidrológicos, urbanísticos e ambientais como forma de comparar três cenários: pré-desenvolvimento, desenvolvimento convencional existente e desenvolvimento de baixo impacto (LID). Selecionaram-se parâmetros que permitiram avaliar os cenários propostos. Os resultados demonstram um ganho paisagístico e estético no projeto de desenvolvimento de baixo impacto; com a criação de 25% de área de cobertura vegetal; com o aumento de áreas permeáveis pela redução de 17% das áreas impermeáveis (vias, estacionamentos e passeios) em relação à urbanização convencional. Quanto aos aspectos hidrológicos, consegue-se uma redução de 21% da vazão de pico, e 26,9% do volume de pós-desenvolvimento em relação ao convencional, alcançado com o uso de técnicas de LID, sem o benefício do uso de práticas de gerenciamento integradas (IMP`s). Com o uso de IMP`s, a infiltração das águas precipitadas mantém as condições mais próximas possíveis das condições naturais.  
 
Jorge Luis Zegarra Tarqui, Ana Luiza De Oliveira Borges
Nas bacias hidrográficas a erosão e o transporte de sedimento em suspensão devem-se em parte ao escoamento superficial de lâmina de pouca espessura denominada de erosão hídrica laminar. Neste escoamento o sedimento em suspensão afeta o perfil de velocidade modificando a tensão cisalhante do fluxo, fator importante na estimativa da taxa de transporte de sedimentos. Para avaliar o efeito do sedimento em suspensão no perfil de velocidade foram realizadas experiências com três tipos de sedimentos provenientes dos solos: Chernossolo (Ch), Nitossolo Vermelho (Nv) e Vertissolo (V). Também, foi construído um canal de declividade variável com um sistema de medição de velocidade composto por uma sonda de Pitot e um piezômetro inclinado. O sistema permitiu determinar o coeficiente de Von Kármán (k), valor que caracteriza e avalia o perfil de velocidade de forma direta, tanto em água limpa como no escoamento com sedimento em suspensão. Ao avaliar o perfil de velocidades para escoamentos com sedimento arenoso-siltoso (Ch) em suspensão, observou-se que o coeficiente k decresce com o aumento da concentração, no caso dos sedimentos argilosos (Nv e V), o coeficiente k aumenta conforme aumenta a concentração. Na análise mineralógica, o sedimento argiloso esmectítico (V) apresenta valores de k com maior susceptibilidade ao aumento da concentração em comparação aos valores de k para sedimento argiloso caulinítico (Nv).  
 
Claudineia Brazil Saldanha, Carlos Eduardo Morelli Tucci, Eric F. Wood, Haibin Li
A previsão da umidade do solo é necessária para o planejamento agrícola e para o mercado de commodities agrícolas. Esta previsão é realizada em longo prazo (sazonal) com antecedência de alguns meses. Este tipo de estimativa apresenta um grau de incerteza que depende da previsão dos modelos climáticos. Neste estudo a previsão em longo prazo da umidade do solo foi desenvolvida a partir das previsões de precipitação do modelo CFS (Climate Forecast System) com o horizonte de até 6 meses para parte da bacia do rio Uruguai no Rio Grande do Sul. A umidade do solo foi estimada com base no módulo de balanço de água no solo do modelo hidrológico MGB-IPH. Os resultados obtidos mostraram que a metodologia proposta
apresenta melhores resultados de previsão com relação aos métodos atualmente existentes, considerando a redução do erro padrão da estimativa com antecedências de 1 a 6 meses. Estes resultados permitem melhorar a estimativa da umidade do solo e da produtividade agrícola em sub-regiões da bacia do rio Uruguai no Rio Grande do Sul com as antecedências mencionadas.  
 
Marco Alésio Figueiredo Pereira, Eloiza Maria Cauduro Dias De Paiva, João Batista Dias De Paiva
O presente estudo tem por objetivo avaliar os processos Hidrossedimentológicos no bioma Mata Atlântica em diferentes escalas espaço-temporais, através do monitoramento de um lisímetro volumétrico de 1m³ e duas pequenas bacias hidrográficas do rio Vacacaí Mirim - Rancho do Amaral (4,45Km²) e Rincão do Soturno (11,98Km²) - embutidas em área de Mata Atlântica na região de Santa Maria (RS, Brasil). As variáveis selecionadas para execução deste trabalho foram monitoradas no decorrer do ano de 2009, pelo monitoramento da precipitação com o auxílio de dois pluviômetros eletrônicos e o nível do rio estabelecido com o auxílio de dois linígrafos eletrônicos. Foram realizadas medições de descarga líquida e sólida em estações instaladas nas seções de medição. As amostras de sedimentos em suspensão foram coletadas com amostradores convencionais e amostradores pontuais automáticos. Nas três áreas monitoradas, registraram-se os seguintes valores de produção de sedimentos: 1,7.10??mm (solo)/mm(precipitação efetiva) para o lisímetro; 2,6.10??mm/mm para a bacia Rancho do Amaral; e 3,0 .10 ??mm/mm para a bacia Rincão do Soturno. Por estas medições, pode-se concluir que o fator preponderante para a produção de sedimentos foi o uso e a ocupação do solo, além da precipitação efetiva ocorrida nas áreas de estudo.  
 
Vander Kaufmann, Nilza Maria Dos Reis Castro, Adilson Pinheiro
Chuvas intensas são geradoras de escoamentos superficiais, os quais são constituintes principais de enchentes em
bacias hidrográficas. Os impactos dos escoamentos superficiais são negativos devido à erosão do solo, transporte de espécies
químicas prejudiciais ao ambiente aquático, redução do armazenamento de água em aqüíferos, entre outros. Este trabalho
tem por objetivo quantificar os escoamentos superficiais e a drenagem de água no solo, para diferentes intensidades da preci-
pitação e manejo agrícola do solo. O experimento foi desenvolvido em dois lisímetros, com 1 m2 de área superficial, dotado de

dispositivo para coleta do escoamento superficial e de drenagem a 1 m de profundidade. Um lisímetro é cultivado em sistema
de plantio direto e o outro em plantio convencional. A intensidade da precipitação foi obtida com simulação de chuva, tendo
variado entre 29,6 e 133,87 mm/h. Foram monitoradas as vazões superficiais e de drenagem e as umidades do solo. O lisí-
metro com plantio direto gerou menor escoamento superficial e maior escoamento de drenagem, tendo como conseqüência
maior infiltração e menor volume de água armazenada no perfil do solo. As alterações da superfície devido ao revolvimento
do solo no lisímetro com plantio convencional provocaram um retardo na resposta ao escoamento superficial.  
 
Mauro Da Cunha Naghettini, Nebai Tavares Gontijo, Maria Manuela Portela Correia Dos Santos Ramos
A constatação de que os dados pluviométricos são geralmente mais abundantes e mais facilmente regionalizáveis do que os fluviométricos tem motivado os hidrólogos a conceberem métodos que buscam incluir a informação hidrometeorológica na análise de frequência de cheias. Alguns desses métodos, Particularmente aqueles derivados do método francês GRADEX, envolvem premissas relativas à relação entre volumes de chuvas e de cheias extremas, sob certas restrições distributivas. De modo particular, para distribuições de probabilidade de alturas de chuva com cauda superior exponencial, é possível deduzir a forma e a escala da correspondente distribuição dos volumes de cheias, a partir de certas hipóteses sobre as propriedades básicas da relação de dependência entre essas variáveis, sob condições raras e/ou extremas. Este artigo enfoca um modelo matemático paramétrico da relação entre os volumes de chuvas e de cheias raras e/ou extremas, sob a premissa de caudas superiores exponenciais. O modelo foi objeto de análise e em seguida ajustado a eventos hipotéticos raros e extremos obtidos por simulação hidrológica de longas séries sintéticas de chuva e evaporação para a bacia do rio Indaiá, localizada no estado de Minas Gerais. O artigo também contém uma análise de sensibilidade dos parâmetros do modelo, em busca de uma melhor compreensão dos eventos de cheia sob condições raras e extremas. Tendo como base eventos hipotéticos, porém plausíveis, a estratégia de modelagem mostrou-se adequada, flexível e produziu resultados interessantes, os quais permitiram obter elementos para extrair conclusões a respeito das posições relativas das caudas superiores das distribuições de probabilidades de volumes de chuvas e de cheias.  
 
Paulo RÓgenes Monteiro Pontes, Walter Collischonn
O método de Muskingum-Cunge é amplamente utilizado para cálculos de propagação de vazão em rios, especialmente como um módulo de modelos hidrológicos mais complexos. Na sua forma não linear este método permite representar a propagação de cheias em rios com planícies de inundação e permite estimar com mais eficácia as vazões extremas. Entretanto, problemas na conservação de volume podem ocorrer em função da aplicação de esquemas não lineares. Modificações recentes foram propostas ao método de Muskingum-Cunge não linear pa ra compensar ou evitar estes erros de volume. Uma dessas modificações, proposta por Todini (2007), denominada aqui de método Muskingum-Cunge-Todini (MCT). O presente trabalho avalia o método MCT em termos comparativos com outros métodos de propagação de vazão em um canal hipotético,
além de verificar sua aplicação em um trecho do Rio São Francisco, Brasil. Para a avaliação dos resultados foram utilizadas dois indicadores de desempenho: o coeficiente de Nash-Sutcliffe e o erro de volume. A aplicação comparativa no canal hipotético o confirmou que o modelo de Muskingum-Cunge não linear convencional não conserva o volume adequadamente, sendo este problema mais pronunciado em rios de baixa declividade (erro maior que 4% para uma declividade de 0,0001 m/m). Além disso, foi observado que o modelo MCT praticamente elimina os erros de conservação de volume (erro de 0,01% para
uma declividade de 0,0001 m/m). A aplicação do método MCT em um trecho do Rio São Francisco também apresentou resultados satisfatórios. O coeficiente de Nash-Sutcliffe alcançou um valor máximo de 0,98 enquanto o erro de volume médio foi de apenas 0,8%.  
 
Maria Do Carmo Cauduro Gastaldini, Ana Roberta Victoria Silva
O trabalho visa quantificar poluentes ligados a diversos tamanhos de sedimentos em superfícies impermeáveis. Foram
realizadas coletas de sedimento seco em duas ruas e monitoramento hidrossedimentológico na saída da canalização de uma. As
amostras de sedimento seco dos dias anteriores à precipitação, bem como as de sedimento ligado ao escoamento superficial, durante
a precipitação, foram separadas em 4 faixas granulométricas (?63?m, 63-250?m, 250-500?m e ?500?m). Para cada faixa
granulométrica foi avaliada a carga de poluição orgânica, de nutrientes e de metais pesados. As amostras de metais pesados
apresentaram maiores concentrações na granulometria menor ou igual que 63?m. Nas amostras de sedimento seco, as maiores cargas de DQO e fosfato foram encontradas na granulometria maior ou igual que 500?m. A amônia e o nitrato, chumbo e zinco estão associados à faixa granulométrica de 63-250?m.  
 
Rodolfo Luiz Bezerra NÓbrega, Carlos De Oliveira Galvão, Luiz Rafael Palmier, Beatriz Susana Ovruski Ceballos


As deficiências no abastecimento de água nas comunidades rurais do Semiárido Brasileiro (SAB) tornam preeminen-
tes as adaptações organizacionais e estruturais, promovidas por mudanças político-institucionais, para reduzir a vulnerabili-
dade dessas comunidades. Entre as alternativas tecnológicas para essas adequações, se destaca o aproveitamento de água de
chuva, hoje incentivado por programas de construção de sistemas de aproveitamento de água de chuva por meio de cisternas,
que abrangem todo o SAB. Embora já tenham sido construídas cerca de meio milhão de unidades, algumas ações e políticas
públicas dirigidas ao abastecimento de água são executadas de forma desarticulada, mas que, com uma melhor gestão,
poderiam ser mais eficientes. Neste contexto, no presente artigo são analisadas algumas dessas políticas e programas, e
apresentadas as interfaces determinantes para melhor gestão das ações tocantes ao aproveitamento de água de chuva por meio
de cisternas no SAB. As conclusões indicam que a ineficiência das ações promovidas é provocada, principalmente, pelo fato da
concepção do uso das cisternas ser destoante entre os vários mecanismos legais e programas que a definem, regulam e utilizam. 
 
André Luiz Andrade Simões, Rodrigo De Melo Porto, Harry Edmar Schulz
Neste trabalho são apresentados resultados de estudos experimentais sobre o comportamento da superfície livre de escoamentos em um canal em degraus e de um ressalto hidráulico. A metodologia proposta envolve a aquisição de dados da posição instantânea da interface ar-água com alta frequência por meio de ultrassom. Com tal proposta foi possível avaliar perfis médios da superfície livre, grandezas características contidas em tais perfis (posição de início da aeração, profundidade no início da aeração, comprimento de transição, entre outras) e quantidades que caracterizam a turbulência junto à superfí-
cie livre (intensidade turbulenta e número de Strouhal). O método empregado forneceu excelentes resultados para os escoamentos monofásicos e bifásicos. Foi possível estabelecer relações entre variáveis como posições de início da aeração, profundidades que compõem o perfil médio, inclusive profundidades médias máximas e profundidades máximas. Os resultados referentes à turbulência revelaram regiões de crescimento e de decaimento da turbulência, tendo sido obtidas relações que permitiram avaliar uma das constantes do modelo de turbulência k-Eem sendo válida a aplicação deste modelo para a interface.  
 
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ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos