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Humberto Paulo Euclydes, Og Arao Vieira Rubert, Paulo Afonso Ferreira, Ronaldo Medeiros Dos Santos
Este trabalho descreve os estudos realizados para obtenção de metodologia para a estimativa das potencialidades e disponibilidades dos recursos hídricos em qualquer curso d?água da região do Alto São Francisco - MG A regionalização das vazões médias, mínimas, máximas e das vazões obtidas da curva de permanência foi desenvolvida sob dois enfoques. O primeiro denominado Regionalização Hidrológica I /II, utilizou a metodologia segundo a qual as vazões são regionalizadas com base nas estatísticas dos resultados da aplicação da regressão múltipla das vazões com as características físicas e climáticas das sub-bacias da região em estudo. O segundo denominado Regionalização Hidrológica II /II, teve como objetivo avaliar as potencialidades e disponibilidades hídricas a partir da precipitação pluvial espacializada na bacia hidrográfica. Observando os limites das regiões hidrologicamente homogêneas, verificou-se que os modelos encontrados neste trabalho permitem, em qualquer seção dos cursos d'água da Bacia do Rio São Francisco à montante da Barragem de Três Marias, estimar. 
 
Heber Pimentel Gomes
Este trabalho tem como objetivo apresentar as discussões e os resultados sobre o desempenho hidro-agrícola do perímetro de irrigação Nilo Coelho. O perímetro de irrigação Nilo Coelho está situado no município de Petrolina, no estado de Pernambuco - Brasil, às margens do rio São Francisco. Possui vinte mil hectares irrigados, sendo o maior perímetro de irrigação em exploração no Brasil. O perímetro tem apresentado sérios problemas de abastecimento d?água nos setores pressurizados, principalmente no que diz respeito à falta de pressão e vazão nos pontos de tomada d?água das parcelas irrigadas. No redimensionamento do sistema de abastecimento d?água das parcelas de irrigação utilizou-se o método Granados de dimensionamento econômico de redes ramificadas. Os resultados do trabalho demonstraram que os principais problemas hidro-agrícolas detectados se devem a falhas técnicas do projeto executivo e a problemas de manejo da irrigação. 
 
Manoel De Melo Maia Nobre, Rosane Cunha Maia Nobre
Com a crescente demanda e escassez de águas de superfície de boa qualidade, a cidade de Maceió tem hoje, a exemplo de outras capitais nordestinas, a maior parte de seu suprimento com origem nos seus mananciais subterrâneos. Este trabalho objetivou, como primeira etapa, a caracterização do comportamento do sistema de aquíferos da região através de um tratamento numérico do fluxo de suas águas subterrâneas. Isto também permitiu a previsão, em caráter preliminar, de interferências causadas por diferentes padrões de extração de água na escala de domínio da Região Metropolitana de Maceió (RMM). Dessa forma, a modelagem tridimensional realizada confirmou a necessidade da utilização de ferramentas objetivas para a gestão adequada dos recursos hídricos subterrâneos de uma região que depende de suas águas para assegurar seu reconhecido potencial turístico. A definição de zonas de captura de poços e identificação de áreas com maiores riscos de contaminação são também importantes produtos deste estudo. Os resultados obtidos já permitem constatar que o atual sistema de exploração tem causado perturbações significativas no regime de fluxo de águas do sistema de aquíferos Barreiras/ Marituba, a exemplo de processos de intrusão marinha já confirmados através da elevação dos teores de cloretos. A avaliação da disponibilidade hídrica na área em estudo, por um lado, e as demandas pelo uso da água na RMM, evidenciaram que o volume total de águas subterrâneas ora extraídas já é superior à recarga. Assim, além de uma regulamentação adequada do uso e proteção dos mananciais subterrâneos da região, que reflita aspectos técnicos tratados neste trabalho, processos de reinjeção de águas pluviais devem ser considerados como uma das alternativas existentes. 
 
Marcos Callisto, M. Goulart, M. Moretti
Os objetivos deste estudo foram avaliar a diversidade de ecossistemas lóticos em quatro parques no município de Belo Horizonte em diferentes níveis de preservação de suas características naturais e, a partir da avaliação da biodiversidade de macroinvertebrados bentônicos em um dos parques, utilizá-los como ferramenta para a avaliação da qualidade/saúde de ecossistemas. Mensalmente foram coletadas 5 amostras de sedimento ao longo do período de seca (junho a agosto) e de chuvas (setembro a novembro) de 1999. Foi utilizado um coletor tipo Surber com rede de 250 m m e área de 100 cm2 e as amostras foram fixadas com formol 10%. É proposto um protocolo simplificado de avaliação da diversidade de habitats. Os organismos mais abundantes foram Diptera (Chironomidae, Simuliidae, Tipulidae e Ceratopogonidae), Trichoptera, Ephemeroptera (Baetidae e Leptophlebiidae), Coleoptera (Scirtidae, Haliplidae, Elmidae, Ptilodactylidae), Odonata (Calopterygidae, Libellulidae, Coenagrionidae), Oligochaeta e Megaloptera (Corydalidae). Os resultados obtidos foram úteis para corroborar o papel dos macroinvertebrados bentônicos como bioindicadores de qualidade/saúde de ecossistemas aquáticos. 
Palavras-chave: Macroinvertebrados; Riachos.
 
Carlos Eduardo Morelli Tucci, Walter Collischonn
A simulação da transformação da precipitação em vazão e da propagação da vazão ao longo do sistema de drenagem tem grande utilização em recursos hídricos, em diferentes estudos, inclusive no próprio entendimento dos processos envolvidos na parte terrestre do ciclo hidrológico. Os modelos desenvolvidos para descrever esta transformação iniciaram com relacionamentos empíricos entre as variáveis hidrológicas e aprimoram-se com os modelos distribuídos de pequena escala. Ainda hoje, os modelos dificilmente representam de forma adequada o comportamento físico dos processos em bacias de grande escala. Neste estudo é apresentado um modelo para grandes bacias que permite simular o comportamento físico dos processos envolvidos, considerando as características físicas distribuídas das bacias hidrográficas, seja na descrição determinística dos processos, como na forma de estimativa dos parâmetros. Apesar das escalas das bacias analisadas, o modelo avalia de forma distribuída a variação da cobertura, do tipo e uso do solo, além da própria propagação do escoamento. O modelo foi aplicado a duas bacias hidrográficas de características físicas distintas com vários postos pluviométricos e fluviométricos. As duas bacias possuem cerca de 27.000 km2. A comparação entre as vazões diárias calculadas com o modelo e as observadas em diversos postos fluviométricos na bacia mostrou bons resultados. O modelo permitiu, depois de ajustado, uma análise preliminar de cenários de uso do solo para uma das bacias, e permitiu o melhor entendimento do comportamento hidrológico das bacias, através da comparação dos resultados. Os resultados mostram que as perspectivas de utilização do modelo são grandes, mesmo considerando as condições de disponibilidade de dados no Brasil. 
Palavras-chave: Hidrologia; Bacias.
 
Fabio Ramos, Renê Bettega
A reforma institucional no setor elétrico brasileiro contempla a criação do Mercado Atacadista de Energia, ambiente onde os geradores e comercializadores de energia elétrica realizarão contratos livremente acordados entre si e liquidarão os montantes de energia não contratados comercializados no curto prazo, ou "mercado spot". As transações no "mercado spot" serão liquidadas ao preço de mercado, o qual refletirá o custo marginal de operação do sistema elétrico brasileiro. Esta nova concepção do setor elétrico introduz uma nova variável na análise econômico-financeira de um empreendimento de geração hidrelétrica: o risco hidrológico, fruto das características físicas e operativas do sistema elétrico brasileiro. As regras propostas para o Mercado Atacadista de Energia procuram minimizar o risco hidrológico através do Mecanismo de Realocação de Energia, o qual se baseia na transferência de energia dos geradores superavitários para os deficitários, refletindo a otimização energética do sistema. O principal objetivo do presente trabalho concentra-se, então, em desenvolver um modelo de análise econômico-financeira de projetos de geração hidrelétrica capaz de incorporar a comercialização esperada no "mercado spot" no fluxo de caixa do empreendimento, considerando as regras previstas para o novo ambiente institucional do setor elétrico brasileiro, em particular aquelas referentes ao Mecanismo de Realocação de Energia. Os resultados obtidos para o estudo de caso realizado indicam que o modelo proposto é condizente com o ambiente competitivo do setor, proporcionando uma análise de risco do empreendimento através da construção de uma série de fluxos de caixa os quais refletem diferentes condições hidrológicas ao sistema ao longo do horizonte de estudo. Com relação ao Mecanismo de Realocação de Energia proposto, ainda que dentro de suas regras preliminares, verificou-se que não há uma eliminação total do risco hidrológico apesar de, qualitativamente, contribuir para uma diminuição significativa da exposição ao "mercado spot" por parte do gerador hidrelétrico. 
Palavras-chave: Análise; Hidrelétricas.
 
Antonio Eduardo LeÃo Lanna, Eduardo Mário Mendiondo, Jorge Victor Pilar
Um dos objetivos das políticas públicas em países dependentes da agricultura é proporcionar critérios para a tomada de decisão ante riscos e incertezas. É necessário avaliar o "custo da incerteza" que a sociedade está disposta a pagar, ou reduzir, usando mecanismos de transferência de riscos como Seguros. O Seguro Agrícola proporciona uma cobertura contra uma queda na receita do agricultor em decorrência de baixas na produtividade, causadas por eventos hidrológicos críticos ou outros, ou os preços de mercado. Este artigo trata do primeiro destes fatores (não considera variações nos preços de mercado), através da proposição de um modelo de capitalização, com as seguintes características: i) sustentabilidade financeira, através de prêmios a serem pagos pelos beneficiários, sem necessidade de aporte sistemático de recursos públicos e ii) proteção social, através da garantia de um valor mínimo de receita para o agricultor. Uma aplicação à agricultura da província argentina do Chaco é realizada como teste do modelo de seguro proposto. 
 
Fernando Setembrino Cruz Meirelles, Luiz Augusto Magalhaes Endres, Walter Collischonn
Este trabalho introduz alguns aspectos do controle de canais de irrigação e apresenta um modelo matemático hidrodinâmico, desenvolvido para simular o controle de canais por comportas automáticas, submetido a demandas fortemente variáveis, típicas em sistemas de irrigação. O modelo subdivide o canal em trechos do tipo canal, reservatório, comporta e degrau, sendo o escoamento em cada trecho representado por equações específicas. Nos trechos de canal são usadas as equações de Saint-Venant, nos trechos de comporta e de degrau são utilizadas a equação da continuidade e uma equação de perda de energia específica para o tipo de trecho e nos trechos de reservatório são utilizadas uma equação de continuidade com armazenamento e uma equação de nível da água horizontal. O modelo pode ser empregado para verificar o dimensionamento dos canais e das comportas automáticas, sujeitos a determinados hidrogramas de demanda e para planejar os hidrogramas de demanda nas diferentes tomadas de água, permitindo evitar o colapso de sistemas já existentes ou já dimensionados. É apresentado um exemplo de aplicação a um canal de 2600 m de extensão, com 11 comportas automáticas, 4 tomadas de água e com controle por jusante. 
Palavras-chave: Canais Irrigação;
 
AndrÉ Luiz Lopes Da Silveira, Anisio De S. M. Filho, Carlos Eduardo Morelli Tucci, Roberval De Jesus Leone Dos Santos
A vazão máxima de projeto pode ser estimada com base em séries de vazões históricas ou a partir de séries de precipitação e sua transformação em vazão por modelos hidrológicos do tipo precipitação-vazão. A disponibilidade de séries de vazões observadas longas e estacionárias é pequena para bacias urbanas. Como os dados de chuva são mais abundantes e possuem séries mais longas, o último método é o mais usado na prática. Isso gera, entretanto, incertezas na resposta devido : (a) à dificuldade de avaliação da distribuição temporal e espacial da precipitação ; (b) à variabilidade dos parâmetros do modelo, de acordo com a bacia e as condições iniciais; (c) e às imperfeições na estrutura do modelo hidrológico. Desta forma, o risco da precipitação não é igual ao risco da vazão gerada pelo modelo. Neste estudo, são analisadas as incertezas da distribuição temporal da precipitação e dos parâmetros do modelo IPH II na estimativa do hidrograma de projeto. O projetista, ao utilizar o valor da vazão máxima ou do volume, na concepção ou dimensionamento, terá como base não um valor pontual incerto, mas um intervalo de confiança, com seu valor esperado, que é uma estimativa das incertezas presentes. A metodologia foi aplicada para uma bacia urbana de 40 km2 em Porto Alegre para dois cenários de desenvolvimento urbano onde existiam dados observados: 1978-1982 e 1995-1997. Os resultados mostraram que o intervalo de confiança é significativo, como conseqüência de todas as incertezas identificadas, mas estima de forma razoável a vazão de projeto se comparado com os dados observados de séries parciais de vazão máxima. 
Palavras-chave: Hidrograma;
 
Clovis Angeli Sansigolo, Raimundo De Oliveira Roque
O modelo conceitual de relação complementar de Morton foi usado para estimar as taxas mensais de evaporação do lago de Taquaruçu, SP. O desempenho do modelo foi verificado por comparação com estimativas pelo método de Penman e medidas de tanque classe A, no período de 1976-97. Taxas de evaporação de lago variando de 5,8 mm no verão a 2,5 mm no inverno, 86% das taxas potenciais, foram obtidas. As taxas de evaporação do ambiente úmido, definidas por Morton, foram próximas das estimadas pelo método de Penman. O modelo de Morton fornece estimativas de evaporação potencial e de lago mais realistas e consistentes, obtidas a partir de seus efeitos sobre as observações climatológicas de rotina, usadas para calcular a evaporação potencial. 
 
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ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos