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Claudio Freitas Neves, Andrea Moragas Dias
Os tipos de sensores utilizados nas medições de ondas frequentemente não identificam a presença de correntes. Isto pode levar a erros na determinação da altura e do comprimento da onda. Utilizando a Teoria da Função de Corrente de Dean, este trabalho procura avaliar os erros existentes nos valores de comprimento de onda, quando se despreza a corrente.
Resultados da Teoria Linear também são apresentados para quatro tipos de perfis de velocidade de corrente: uniforme, com
vorticidade constante, exponencial e coseno. Os seguintes parâmetros são utilizados para comparação de resultados: o número
de Froude, referido ao valor da corrente na superfície; a razão entre a profundidade local e o valor do comprimento de
onda em águas profundas pela Teoria Linear na ausência de corrente; e a vorticidade adimensionalizada pela frequência
da onda para um observador fixo. Os efeitos da corrente sobre a onda manifestam-se tanto como um desvio de frequência
(efeito Doppler) entre aquela observada em um referencial fixo e a frequência intrínseca da onda em relação ao fluido em
movimento, quanto na não linearidade do escoamento combinado onda-corrente. Para os casos estudados, os valores do
comprimento de onda podem diferir de 5% a 90% em relação ao caso sem corrente. 
 
Fernando Mainardi Fan, Walter Collischonn, Mino Viana Sorribas, Paulo RÓgenes Monteiro Pontes
Atualmente é comum determinar a rede de drenagem, os divisores de água e a delimitação de bacias hidrográficas de forma automática, a partir de informações de relevo, representadas na forma de uma matriz de altitudes, os chamados modelos digitais de elevação (MDE). Uma etapa fundamental desta metodologia é a obtenção da hidrografia arbitrando um
limite inferior de área de drenagem a partir do qual um pixel do MDE é considerado como parte da rede de drenagem. O valor deste limite, no entanto, pode variar em diferentes regiões, dependendo das características físicas locais e dos objetivos do mapeamento. Neste artigo são propostos alguns critérios que podem servir para definir a área de drenagem mínima necessária para a melhor representação das nascentes, ou do início da rede de drenagem, a partir do processamento de um MDE.
Os critérios foram desenvolvidos a partir da análise de 28 bacias em diferentes regiões do Brasil, onde o valor da melhor área
de drenagem limite foi estimado com base na comparação entre a rede de drenagem derivada do MDE e as nascentes identificadas
em imagens de satélite de alta resolução. Nas mesmas regiões foram obtidos dados de características geológicas, declividade
média, precipitação média anual e vazões. Como resultado foram identificadas relações gerais para o valor da área de
drenagem mínima (ou limiar de área de drenagem) em função do tipo de geologia (porosa ou fissural), declividade média da
bacia e relação Q90/Q50, de tal forma que os valores determinados podem servir como fundamento inicial para definição da
área limite para início da rede de drenagem. Além disso, verificou-se que o uso de um único valor de área mínima para
bacias com características físicas variadas pode ser inapropriado. Dessa forma foi sugerido uma metodologia para a delimitação
da rede de drenagem para áreas compostas por regiões físicas distintas. Espera-se que este método seja utilizado como
uma função de geoprocessamento para bacias heterogêneas. 
 
Maria De FÁtima, Jaime Joaquim Da Silva Pereira Cabral
A drenagem das águas pluviais urbanas continua sendo um desafio nos municípios onde não ocorre o manejo adequado dessas águas de forma integrada com os demais componentes. Na ausência desse sistema, a insustentabilidade da gestão dos demais serviços, o impacto na saúde da população, pode ser verificada através do uso de indicadores de saúde. Como contribuição ao estudo da relação causal entre a drenagem urbana e a saúde, essa pesquisa teve como objetivo apresentar uma situação particularizada no município de Jucurutu no Estado do Rio Grande do Norte através de uma análise dos aspectos epidemiológicos da drenagem urbana, relacionando aos indicadores de saúde da população e as precipitações intensas. Os dados foram obtidos através do Sistema de Informação Hospitalar (SIH) do Sistema Unificado de Saúde (SUS), utilizando os indicadores de morbidade hospitalar (BRASIL, 2002). No período de 2000-2011 foi realizado um total de internações para as doenças pesquisadas pertencentes ao Código Internacional de Doenças versão 10 (CID 10), na ordem de 2.822, com taxa de permanência de dias de internação por leptospirose na
ordem de 380 para cada 10.000 habitantes em 2000, ano de maior incidência. Para as doenças de veiculação hídrica (doenças infecciosas intestinais) o ano de maior incidência foi em 2002, com taxa de permanência de internação na ordem de 186 para cada 10.000 habitantes, superiores à taxa média do Estado do Rio Grande do Norte e da capital
Natal. Verifica-se que os indicadores de saúde estão associados aos riscos e a vulnerabilidade dos serviços de drenagem das águas pluviais urbanas. 
 
Ronaldo Fia, Sthefanny Sanchez Frizzarim, FÁtima Rezende Luiz Fia
O objetivo deste trabalho foi avaliar a dinâmica de poluentes na água das chuvas, e o aporte de nutrientes proveniente da chuva em Lavras-MG durante o ano hidrológico 2010/2011. Quarenta e uma amostras de água de chuva foram coletadas entre os meses de setembro de 2010 e agosto de 2011. Foram instalados dois coletores (funil de polietileno com 0,20m de diâmetro, fixado a 3 m do solo e acoplado a um recipiente de polietileno com capacidade de 10 L) em dois diferentes pontos: no centro da cidade e na Universidade Federal de Lavras. Resultados da amostragem apresentaram valores médios,
ponderados pelo volume, de pH, alcalinidade, ácido carbônico, nitrato, amônio e sulfato, respectivamente, para amostras coletadas no centro e na Universidade Federal de Lavras, iguais a 6,5 e 6,9, 37,3 e 76,2 ?eq L-1, 173,0 e 133,6 ?eq L-1, 3,8 e 4,6 ?eq L-1, 21,2 e 16,7 ?eq L-1, 42,8 e 43,0 ?eq L-1. Nesse período houve um aporte médio de 3,67 kg ha-1 de NO3-, 4,82 kg ha-1 de NH4 + e 58,19 kg ha-1 de SO4 2-. As maiores concentrações de amônio, sulfato e acidez carbônica foram encontradas no centro da cidade, provavelmente pela maior contribuição da poluição gerada pelos automóveis. Fato que contribui para os menores valores de pH observados no mesmo local. No entanto, com base nos valores médios de pH observados e classificados como normais, as chuvas incidentes na região não apresentaram riscos imediatos de acidificação ambiental. 
 
Raquel Paula Lorensi, Jussara Cabral Cruz, Flávio Luiz Foletto Eltz, Glauco De Oliveira Da Luz, Leonardo Luis Rossetto
O conhecimento do volume utilizado em áreas orizícolas é de fundamental importância para a solução de problemas relativos
à distribuição da água entre os usos múltiplos e à concessão da outorga de direito do uso da água. Como alternativa para
controle desses volumes pode-se implementar o automonitoramento, isto é, o monitoramento dos volumes utilizados de água
realizado pelo próprio irrigante. Nesse artigo, o objetivo é analisar e validar a técnica de automonitoramento com uso de estruturas hidráulicas, como uma alternativa para determinação do volume de água utilizado no período de irrigação em áreas de arroz irrigado no Rio Grande do Sul. O experimento foi implantado em três municípios produtores de arroz irrigado: Cacequi, Cachoeira do Sul e Manoel Viana. Foram selecionadas cinco áreas, variando de 0,66 a 23,5 hectares. As estruturas utilizadas foram: vertedor triangular e retangular e o monitoramento foi realizado nos canais de entrada de água nas lavouras. Foi realizada medição diária da carga hidráulica durante o período de irrigação e posterior cálculo das vazões e do
volume. Esse volume foi comparado aos resultados do balanço hídrico calculado com variáveis meteorológicas. Os resultados
mostraram que os volumes monitorados pelos irrigantes são confiáveis, quando comparados aos volumes estimados pelo
balanço hídrico, sendo que apenas em uma das áreas foi obtido valor diferente dos demais, devido à falta de registro da
carga hidráulica em alguns dias do período de irrigação. Mostrou-se que o automonitoramento não exige mão de obra qualificada,
e sim responsabilidade no momento das anotações da lâmina de água e da precipitação. Conclui-se que o automonitoramento
apresenta significativo potencial para contribuir na gestão de recursos hídricos, uma vez que se constitui em uma alternativa técnica confiável e economicamente viável na determinação do volume de água usado na irrigação em áreas de arroz irrigado. 
 
Tirzah Moreira De Melo, Nelson Oswaldo Luna Caicedo
A condutividade hidráulica é o parâmetro hidrogeológico mais importante, influenciando fortemente os processos de fluxo e
transporte de contaminantes no meio saturado. Para verificar as influências da variabilidade deste parâmetro sobre a estimativa
do risco à saúde humana a metodologia de Avaliação de Risco Probabilística foi aplicada a um estudo de caso real utilizando-se do método estocástico mais amplamente utilizado no meio científico, o Método de Monte Carlo. Para tanto, a via de exposição por contato dermal com água superficial durante a natação foi considerada e o risco estocástico estimado. Os resultados da análise estocástica revelaram uma diferença de seis ordens de magnitude entre o valor mínimo e o máximo simulado e duas ordens de magnitude para o valor real do risco, indicando a dimensão das incertezas. A análise de sensibilidade do modelo demonstrou que a concentração do contaminante é o parâmetro de maior correlação com o risco, revelando a influência da condutividade hidráulica sobre as incertezas do modelo estocástico.  
 
Emerson Lubitz, Adilson Pinheiro, Vander Kaufmann
O modelo hidrológico SWAT, de base física, considera os parâmetros distribuídos espacialmente e é auxiliado por uma interface gráfica de software GIS, podendo ser utilizado como ferramenta de apoio à gestão de recursos hídricos. Neste
trabalho, foi avaliada a aplicação deste modelo à bacia do ribeirão Concórdia, com área de 30,74 km2, localizada em Lontras, SC. A avaliação foi feita através da comparação entre séries observadas e simuladas de vazão e de concentrações de sedimentos e nutrientes (nitrito, nitrato, fósforo total e ortofosfato), na seção fluviométrica de controle. Foram realizadas
análises manuais de sensibilidade de parâmetros na simulação dos quatro módulos. O período de simulação está compreendido entre 2006 e 2009. O principal índice utilizado na avaliação de desempenho do modelo foi o coeficiente de eficiência de Nash-Sutcliffe (COE). Os resultados demonstraram que foi possível obter um bom ajuste para as simulações na escala de
tempo mensal para vazão (COE igual a 0,88) e sedimentos (COE igual a 0,84). Entretanto, as simulações diárias revelaram que limitações nos dados de entrada e na parametrização afetaram profundamente a eficiência do modelo. Os valores médios simulados de vazão e sedimentos ficaram muito próximos aos valores médios medidos e, para os nutrientes, os valores simulados ficaram dentro da faixa de abrangência dos valores medidos. 
 
Ana Paula Da Silva Farias, Marcele Elisa Fontana, Danielle Costa Morais
Os problemas relacionados às redes de distribuição de água (RDA) devido à infraestrutura envelhecida, vão desde estrutural a hidráulicos, podendo gerar um fornecimento inadequado, acarretar a elevação dos índices de perdas de água e a consequente insatisfação dos usuários. Neste contexto, as decisões sobre reabilitação de redes de distribuição são complexas, não apenas pela sua importância, mas pelo elevado número de possíveis alternativas e dos critérios que podem ser usados na sua avaliação, bem como os conflitos existentes, tais como o custo das alternativas versus seu benefício. Assim, este artigo propõe um modelo de sistema de informação e decisão, que além de coletar dados e fornecer informações relevantes ao problema, auxilia o decisor, efetivamente, na tomada de decisão sobre qual alternativa de reabilitação adotar para cada problema diagnosticado, considerando os múltiplos critérios de avaliação envolvidos. Espera-se, assim, facilitar o processo de gestão das redes de distribuição de água de forma integrada para atender a população, em quantidade e qualidade satisfatórias. 
 
Marcus Suassuna Santos, Eber José De Andrade Pinto, Luana Kessia Lucas Alves Martins, Jorge Antonio De Oliveira Pinto
Um dos principais temas no estudo de secas é como definir esse fenômeno, qualitativa e quantitativamente. Por meio de um índice de seca, o Standardized Precipitarion Idex ou Índice de Precipitação Padronizada (SPI), buscou-se caracterizar quantitativamente o fenômeno para a bacia do alto São Francisco, utilizando-se para o cálculo do SPI técnicas de análise regional de freqüência com momentos-L. Foi calculado o SPI-7 no período de abril a outubro, escala que pode ser apropriada para caracterização de secas agrícolas na região. Por meio da análise regional foram estimados limiares de precipitação capazes de caracterizar tanto períodos secos quanto períodos chuvosos na região referentes ao intervalo de abril a outubro. O uso da análise regional no cálculo do SPI aprimora sua estimativa, a qual pode ser comprometida pelo tamanho reduzido das amostras disponíveis para o cálculo do índice a partir de métodos convencionais de estimativa de parâmetros.  
 
Alan Michell Barros Alexandre, Francisco De Assis De Souza Filho, Jose Nilson Bezerra Campos
A capacidade que um modelo hidrológico possui para descrever os processos envolvidos na transformação de chuvavazão depende de suas premissas, estrutura e formulações utilizadas. Modelos do tipo concentrado são bastante atrativos, no entanto, as simplificações matemáticas utilizadas podem gerar erros no caso da bacia representada possuir características muito heterogêneas decorrentes de características naturais ou de atividade antrópica. O regime fluvial no semi-árido do nordeste brasileiro sofreu modificações devidas a construção de reservatórios artificiais superficiais, em sua grande maioria pequenos reservatórios de caráter intranual. Esses pequenos reservatórios tornam difícil a modelagem. Propõe-se nesse artigo a
inserção de uma rotina com vistas a incorporar explicitamente a representação da pequena açudagem utilizando como base a
estrutura do modelo SMAP. Esta representação se faz através da inclusão de um reservatório no modelo matemático com as características de operação representativas do comportamento da pequena açudagem. A dimensão deste reservatório é um parâmetro calibrável (hRPA) com vistas a identificação do efeito destes regularização intranual. O modelo proposto, SMAPRPA, constitui uma ampliação do modelo SMAP em sua versão mensal, por tanto os resultados determinados a partir da componente RPA torna o desempenho do modelo melhor e fisicamente mais realista quando comparado ao desempenho do SMAPm. Logo, nos casos em que os açudes presentes na bacia hidrográfica não produzem variação consideráveis no hidrograma, o parâmetro ?hRPA? é nulo e o funcionamento do SMAP-RPA assume o mesmo do SMAPm. Com o objetivo de verificar a validade do modelo proposto foi desenvolvido um estudo de caso com a formulação de dois cenários segundo as séries de vazões e as características de 18 bacias hidrográficas localizadas no Estado do Ceará. Os resultados comprovam a eficácia da representação da pequena açudagem e o conseqüente ganho de eficiência nos ajustes das séries observadas e calculadas. Observou-
se neste trabalho importante efeito de escala sendo as bacias mais afetadas pela pequena açudagem as com área de drenagem inferiores a 5.000 km2. Para bacias de maior porte o impacto desta pequena açudagem não é detectada a partir do modelo tornando assim o parâmetro ?hRPA? nulo.  
 
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ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos