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Bruno Maia Pyramo Costa, Eduardo Von Sperling, Marcelo Libanio, Paulo Augusto Cunha LibÂnio
O presente trabalho visa apresentar os principais resultados de uma pesquisa realizada no período de abril/98 a março/99 enfocando a avaliação da relevância do carbono orgânico total como parâmetro de qualidade de água. Para tal fim, efetuaram-se revisão da literatura técnica e a acurada análise dos dados operacionais da estação de tratamento de água da cidade de Ituiutaba (MG), referentes aos meses de agosto e janeiro característicos dos períodos de estiagem e de chuva. Adicionalmente, o trabalho tece uma série de recomendações à rotina operacional da respectiva unidade potabilizadora e passíveis de serem também aplicadas a outra estação que realize o monitoramento do carbono orgânico total. 
Palavras-chave: ÁGUAS; ABASTECIMENTO.
 
Alex Gama De Santana, Antonio Eduardo LeÃo Lanna
A grande carência de água no Nordeste brasileiro é evidente, sendo uma das principais causas de seu atraso econômico. Na busca de alternativas para desenvolver a região têm sido preconizada a adoção da agricultura irrigada. Foram identificados solos aptos para esta atividade cujas demandas totais não apenas superam as disponibilidades hídricas como são localizados em bacias carentes de água. Por isso as transposições de água entre bacias hidrográficas são uma alternativa de intervenção que deverão ser adotadas com frequência cada vez maior. A complexidade de dimensionamento de sistemas de recursos hídricos, compostos por vários cursos de água e centros de consumo, ligados por reservatórios, canais e estações de bombeamento é um desafio para a engenharia de recursos hídricos. Técnicas de otimização matemática podem contribuir para responder a este desafio, viabilizando a adoção de alternativas economicamente eficientes e financeiramente viáveis. Este trabalho propõe uma metodologia de dimensionamento de sistemas complexos e de grande porte como os mencionados. A técnica utilizada é a programação linear. O modelo otimiza as dimensões dos elementos de projeto de forma a atender as demandas hídricas dos centros de consumo com mínimo valor presente dos custos de investimento, operação e manutenção. O teste é realizado em um sistema de recursos hídricos baseado no Projeto Arco-Íris, em estudo pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (CODEVASF), localizado no Estado de Pernambuco. 
 
Alex Mauricio Araujo, Marcello Calado Vieira De Melo
Os rios e canais formadores do sistema estuarino do grande Recife são caracterizados hidrologicamente pelas suas mínimas vazões de base, principalmente nas épocas de estiagem na região, ocasiões mais críticas para a realização de amostragens da qualidade das águas. Desse modo, as vazões efetivamente disponíveis para o transporte e diluição dos efluentes líquidos produzidos pela região metropolitana seriam definidas pelo regime hidrodinâmico de propagação das marés pelas calhas do sistema. Este regime periódico oscilatório é comandado pela interação entre o volume de águas do mar, que aflui e eflui em função da variação de nível das marés, e a morfologia (planimetria e batimetria) das calhas. Por meio deste mecanismo seriam desenvolvidos os campos de velocidades responsáveis pelos processos de transporte advectivos e dispersivos no estuário. Com o auxílio dessa tradução da complexa realidade modela-se conceitualmente neste artigo o que seria um regime hidrodinâmico médio para o estuário do Recife e descreve-se com base nesse modelo a metodologia proposta para o estabelecimento de um plano simplificado de amostragem de parâmetros de qualidade d’água. Os resultados obtidos com a metodologia proposta (com advecção), mesmo ainda em aplicação exploratória, contrastando com os usualmente realizados em situação de estofo de maré (sem advecção), ajudaram a identificar a influência da hidrodinâmica do fluxo da maré, no padrão típico de espalhamento no estuário dos indicadores de qualidade d’água adotados. 
Palavras-chave: ÁGUA; RECIFE.
 
AndrÉ Luiz Lopes Da Silveira, Daniela Da Costa Bemfica, Joel Avruch Goldenfum
As chuvas (ou hietogramas) de projeto são metodologias de representação simplificada da distribuição temporal da precipitação, utilizadas basicamente como entrada em modelos de simulação chuva-vazão, para dimensionamento de estruturas hidráulicas. O objetivo do presente trabalho é analisar a aplicabilidade às características da cidade de Porto Alegre de metodologias tradicionais de obtenção de hietogramas de projeto, desenvolvidas em outros países. Nessa análise, procurou-se empregar as condições usualmente adotadas em projetos de engenharia. Para tanto, foram obtidas chuvas de projeto, através da aplicação de diferentes métodos, a partir dos dados de duas estações pluviográficas em funcionamento na cidade. A seguir, foram simuladas vazões, com base nas chuvas de projeto determinadas e nos maiores eventos chuvosos reais registrados nas estações em análise. Foi ajustada uma distribuição estatística às séries de descargas máximas assim determinadas. As vazões máximas geradas pelas diferentes chuvas de projeto foram então comparadas com as vazões de pico obtidas a partir do ajuste estatístico, visando, com isso, avaliar a aplicabilidade dos padrões de chuva de projeto estudados às características pluviográficas da cidade de Porto Alegre. Em ambos os postos pluviográficos, verificou-se, para as menores durações, pequenas superestimações e até, em alguns casos, subestimações das vazões geradas por todas as chuvas de projeto empregadas, confirmando a prática de uso, para pequenas áreas, do Método Racional. Para as durações mais longas, ao contrário, os valores de vazões de pico obtidos a partir das chuvas de projeto foram bastante superiores aos determinados pelo ajuste estatístico. Tal superestimação já era esperada, tendo em vista que o objetivo básico das metodologias de obtenção de chuvas de projeto é gerar eventos que tenham efeitos máximos no escoamento. 
Palavras-chave: ANÁLISE; CHUVA; PORTO ALEGRE.
 
Antonio Eduardo LeÃo Lanna, Marcelo Machado Madeira
Terceiro comitê de bacia a ser instituído no Estado do Rio Grande do Sul, no ano de 1994, o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria abrange uma região com graves problemas de disponibilidade de água, situação que provoca frequentes conflitos pelo uso deste recurso entre produtores rurais e entre produtores e a companhia estadual de abastecimento público. Este artigo discute as avaliações dos membros do Comitê do Santa Maria e de seus respectivos segmentos sociais quanto a diferentes aspectos do funcionamento do Comitê desde a sua criação, visando subsidiá-lo com informações úteis ao aperfeiçoamento de seus trabalhos. 
 
John Ewen, Luciene Pimentel Da Silva
O aumento da preocupação com o aquecimento do planeta (efeito estufa) devido ao crescimento das atividades urbanas e industriais e o desmatamento das florestas tropicais fez com que aumentassem as especulações sobre as possíveis consequências das variações climáticas na distribuição e disponibilidade dos recursos hídricos. Os processos físicos que ocorrem na superfície terrestre interagem com os processos atmosféricos através da permutação de energia e água entre os dois sistemas. A interação é dinâmica e complexa, envolvendo processos físicos que ocorrem naturalmente em diferentes escalas. Neste contexto surge uma nova disciplina em Hidrologia, macro-hidrologia, associada à escala de ocorrência de grandes bacias hidrográficas. É promovida uma ampla revisão crítica nos métodos praticados na parametrização de modelos hidrológicos, evidenciando-se a necessidade do desenvolvimento de novas metodologias para a macro-hidrologia. Os principais requisitos para estas parametrizações são a significação física, coerência entre nível de detalhamento da parametrização e a disponibilidade global de dados, significação dos parâmetros e associação direta a características fisiográficas, necessidade mínima de calibração e praticidade na aplicação. 
 
Néstor Aldo Campana, Renato F. Varella
O TOPMODEL (Topography Based Hydrological Model), Beven et al. (1994), é um modelo de transformação de chuva em vazão do tipo conceitual e semi-distribuído que considera área variável de contribuição à formação de escoamento superficial. Os fatores que determinam o surgimento do escoamento superficial são representados pela topografia do terreno e por uma lei exponencial que relaciona a transmissividade com a profundidade do solo, medida a partir de sua superfície. A influência da topografia da bacia na geração de escoamento superficial é considerada, no modelo, através do índice topográfico, calculado a partir do modelo digital de elevações. Este estudo, concentra-se principalmente na análise da influência da resolução do modelo numérico do terreno sobre o desempenho do modelo. Para tanto foi selecionada uma bacia, localizada no Distrito Federal, Brasil, para a qual foram elaborados sete modelos numéricos do terreno, com resoluções espaciais de 30, 60, 90, 120, 150, 180 e 210 m. A partir destes modelos numéricos do terreno, gerou-se diversas distribuições de índice topográfico. Na primeira parte deste trabalho são apresentados os resultados da calibração do modelo e análise de sensibilidade dos diversos parâmetros, identificando aqueles que mais influenciam no seu desempenho. Na segunda parte são apresentados os resultados da aplicação do modelo, dando-se ênfase às condições que devem ser observadas para se obter um bom resultado. 
Palavras-chave: CHUVA; MODELO TOPMODEL.
 
AndrÉ Luiz Lopes Da Silveira
Esta nota técnica apresenta uma equação analítica para os coeficientes de desagregação dos totais de chuva máxima de 24 horas de duração em totais correspondentes para durações menores. Uma expressão matemática original, obtida empiricamente, mostrou-se mais precisa que uma função logarítmica. O ajuste foi realizado com coeficientes generalizados para o Brasil, entretanto a expressão matemática ajustou-se igualmente bem com dados regionais do Rio Grande do Sul. A síntese dos coeficientes de desagregação, na forma de uma equação, facilita o manuseio destes em calculadoras programáveis, planilhas eletrônicas, e códigos de programação. Portanto propicia maior rapidez e automatização de cálculo de chuvas de projeto para locais que dispõem somente de dados diários. 
Palavras-chave: CHUVA;
 
Eunice Maia De Andrade, Richard H. Hawkins
A regionalização de bacias hidrográficas é uma técnica que vem sendo utilizada para transferir informações buscando explorar ao máximo os dados existentes em uma determinada região geográfica. Na hidrologia, a técnica de regionalização é muito aplicada para estimar a relação precipitação-escoamento superficial em bacias desprovidas de séries históricas. A previsão das variáveis hidrológicas em bacias com dados deficientes ou inexistentes pode ser melhorada pela transferência de dados de bacias que pertençam à mesma região hidrológica. Neste estudo foi aplicada uma metodologia onde grupos homogêneos foram avaliados através da função de Andrews. A referida técnica além de permitir a inspeção da homogeneidade dos grupos pode realizar a transposição de bacias entre grupos expressando assim a dinâmica do método; o qual mostra um alto potencial de uso na classificação de bacias não instrumentadas. Para se testar a metodologia foram utilizadas 60 bacias hidrográficas localizadas em regiões áridas e semi-áridas de três diferentes países (Austrália, Brasil, USA). Através dos gráficos gerados pelas funções foi possível identificar as bacias discrepantes existentes em cada grupo, previamente estabelecido como homogêneos por técnicas estatísticas de regionalização, \"cluster analysis\". Para se elaborar as funções de Andrews utilizaram-se as seis variáveis mais importantes, determinadas pela matriz de correlação. 
 
Paolo Alfredini, Reginaldo Galhardo Martins
A sistematização do projeto de canais de acesso a áreas portuárias tem como escopo apresentar as recomendações e informações que permitem formular o projeto conceitual de um canal para um navio-tipo ou conjunto de navios, bem como analisar a adequação de um canal existente em função de modificações nas premissas de projeto, sempre tendo em vista a segurança da navegação. O projeto de um canal de acesso envolve fundamentalmente a definição das dimensões horizontais de alinhamento e largura e vertical de profundidade. A evolução da navegação comercial e de lazer exige o dimensionamento adequado de canais de acesso que evitem atrasos, congestionamentos, incidentes e acidentes, com sérias conseqüências econômicas. O projeto conceitual, ou básico, formulado em bases racionais que permitam a definição da largura do Canal de Acesso, constitui o primeiro estágio do projeto estabelecido a partir da base de dados ambientais disponível, navio de projeto e outras condicionantes e previsões. Este artigo apresenta a caracterização de trinta canais de acesso externos dos principais portos comerciais brasileiros segundo as recomendações da PIANC. 
 
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ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos