TEMPO DE CONCENTRAÇÃO PARA BACIAS RURAIS MONITORADAS NA REGIÃO DO PLANALTO BASÁLTICO NO SUL DO BRASIL

Autores

  • Felipe Maciel Paulo Mamédio UFRGS/Doutorando
  • Nilza Maria dos Reis Castro UFRGS/Professora
  • Claudia Weber Corseuil UFSC/Professora

Palavras-chave:

tempo de concentração, método hidrológico, bacias hidrográficas rurais

Resumo

O presente estudo teve por objetivo validar uma equação para estimar o tempo de concentração de bacias hidrográficas rurais no sul do Brasil, utilizando o método hidrológico, que considera o tempo de concentração como o tempo decorrido entre o fim da precipitação efetiva e o fim do escoamento superficial. Na série de dados utilizada foi possível separar 30 eventos de chuva e vazão para cada bacia analisada, para estimativa do tempo de concentração (tc). Os resultados da equação obtida para as bacias foram comparados com os determinados usando 13 equações empíricas desenvolvidas para bacias hidrográficas rurais. O tc médio determinado pelo método hidrológico usando 20 eventos de chuva e vazão permitiu determinar uma equação de tc utilizando o comprimento do rio principal (L), a área da bacia (A) e a declividade do rio (S), para as bacias dos rios Donato (1,10 km²), Turcato (19,25 km2) e Taboão (77,50 km2). A verificação desta equação foi realizada com os 10 eventos restantes para cada uma das bacias. O tc médio dos 20 eventos foi de 2,96, 9,53 e 19,09 horas, respectivamente para as bacias dos rios Donato, Turcato e Taboão. O tc estimado pela equação de Simas-Hawkins foi 25,57% menor do que o tc obtido com o método hidrológico, sendo a mais representativa para a bacia do Donato. Já a equação do SCS Lag subestimou em 16,06% o tc para a bacia do Turcato, enquanto a de Pasini subestimou em 5,60% para a bacia do Taboão. Apesar disso, essas equações apresentaram os melhores resultados. Entretanto, ressalta-se a importância utilizar métodos que utilizam dados monitorados nas bacias analisadas.

Biografia do Autor

Felipe Maciel Paulo Mamédio, UFRGS/Doutorando

Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia; Mestrado em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente cursando o doutorado em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Nilza Maria dos Reis Castro, UFRGS/Professora

Possui graduação em Engenharia Civil pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande (1988), Mestrado em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1992) e Doutorado em Geografia Física Hidrologia e Geomorfologia - Université Louis Pasteur (1996). Atualmente é professora Titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul onde ministra as disciplinas de irrigação e drenagem para Engenharia civil, eng. hídrica, eng. ambiental e Agronomia, irrigação para o Curso Técnico em Hidrologia, Sedimentometria para o Curso Técnico em Hidrologia, Hidrometria para o Programa de Pós Graduação em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (PPG-RHSA) e Irrigação para o PPG-RHSA. Tem experiência na área de Recursos Hídricos, com ênfase em Hidrologia, atuando principalmente nos seguintes temas: monitoramento de bacias hidrográficas, erosão em bacias agrícolas, irrigação por aspersão na cultura do milho, irrigação por inundação na cultura do arroz, irrigação por gotejo na cultura do melão, irrigação por sulcos na cultura do milho como rotação de cultura para o arroz irrigado por inundação.

Claudia Weber Corseuil, UFSC/Professora

Graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Santa Maria; Mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Santa Maria; Doutorado em Agronomia (Energia na Agricultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Foi professora adjunta II na Universidade Federal de Pelotas (2010 a 2013). Atualmente é professora adjunta III da Universidade Federal de Santa Catarina/Engenharia de Energia. Membro do Grupo de Pesquisas em Desastres Naturais. Área de interesse em recursos hídricos, pesquisando principalmente nas linhas de: geoprocessamento, sensoriamento remoto, planejamento ambiental, hidrologia.

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Publicado

2020-12-01

Edição

v. 15 n. 2018 (2018): REGA - Revista de Gestão de Água da América Latina - ISSN 2359-1919

Seção

Artigo Científico

Licença

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