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Revista Brasileira de Recursos Hídricos
Brazilian Journal of Water Resources
ISSN 2318-0331
Revista Brasileira de Recursos Hídricos
Brazilian Journal of Water Resources
ISSN 2318-0331
VOLUME. 6 - Nº. 1 - JAN/MAR - 2001
ARTIGO
Estimativa do Hidrograma de projeto com base na incerteza dos parâmetros do modelo
AndrÉ Luiz Lopes Da Silveira, Anisio De S. M. Filho, Carlos Eduardo Morelli Tucci, Roberval De Jesus Leone Dos Santos
Resumo:
A vazão máxima de projeto pode ser estimada com base em séries de vazões históricas ou a partir de séries de precipitação e sua transformação em vazão por modelos hidrológicos do tipo precipitação-vazão. A disponibilidade de séries de vazões observadas longas e estacionárias é pequena para bacias urbanas. Como os dados de chuva são mais abundantes e possuem séries mais longas, o último método é o mais usado na prática. Isso gera, entretanto, incertezas na resposta devido : (a) à dificuldade de avaliação da distribuição temporal e espacial da precipitação ; (b) à variabilidade dos parâmetros do modelo, de acordo com a bacia e as condições iniciais; (c) e às imperfeições na estrutura do modelo hidrológico. Desta forma, o risco da precipitação não é igual ao risco da vazão gerada pelo modelo. Neste estudo, são analisadas as incertezas da distribuição temporal da precipitação e dos parâmetros do modelo IPH II na estimativa do hidrograma de projeto. O projetista, ao utilizar o valor da vazão máxima ou do volume, na concepção ou dimensionamento, terá como base não um valor pontual incerto, mas um intervalo de confiança, com seu valor esperado, que é uma estimativa das incertezas presentes. A metodologia foi aplicada para uma bacia urbana de 40 km2 em Porto Alegre para dois cenários de desenvolvimento urbano onde existiam dados observados: 1978-1982 e 1995-1997. Os resultados mostraram que o intervalo de confiança é significativo, como conseqüência de todas as incertezas identificadas, mas estima de forma razoável a vazão de projeto se comparado com os dados observados de séries parciais de vazão máxima.
A vazão máxima de projeto pode ser estimada com base em séries de vazões históricas ou a partir de séries de precipitação e sua transformação em vazão por modelos hidrológicos do tipo precipitação-vazão. A disponibilidade de séries de vazões observadas longas e estacionárias é pequena para bacias urbanas. Como os dados de chuva são mais abundantes e possuem séries mais longas, o último método é o mais usado na prática. Isso gera, entretanto, incertezas na resposta devido : (a) à dificuldade de avaliação da distribuição temporal e espacial da precipitação ; (b) à variabilidade dos parâmetros do modelo, de acordo com a bacia e as condições iniciais; (c) e às imperfeições na estrutura do modelo hidrológico. Desta forma, o risco da precipitação não é igual ao risco da vazão gerada pelo modelo. Neste estudo, são analisadas as incertezas da distribuição temporal da precipitação e dos parâmetros do modelo IPH II na estimativa do hidrograma de projeto. O projetista, ao utilizar o valor da vazão máxima ou do volume, na concepção ou dimensionamento, terá como base não um valor pontual incerto, mas um intervalo de confiança, com seu valor esperado, que é uma estimativa das incertezas presentes. A metodologia foi aplicada para uma bacia urbana de 40 km2 em Porto Alegre para dois cenários de desenvolvimento urbano onde existiam dados observados: 1978-1982 e 1995-1997. Os resultados mostraram que o intervalo de confiança é significativo, como conseqüência de todas as incertezas identificadas, mas estima de forma razoável a vazão de projeto se comparado com os dados observados de séries parciais de vazão máxima.
Palavras-chave: Hidrograma.
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Contabilizado a partir de 10/08/2014
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