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RBRH
Revista Brasileira de Recursos Hídricos
Brazilian Journal of Water Resources

ISSN 2318-0331

VOLUME. 6 - Nº. 1 - JAN/MAR - 2001
ARTIGO
Estimativa do Hidrograma de projeto com base na incerteza dos parâmetros do modelo
Resumo:
A vazão máxima de projeto pode ser estimada com base em séries de vazões históricas ou a partir de séries de precipitação e sua transformação em vazão por modelos hidrológicos do tipo precipitação-vazão. A disponibilidade de séries de vazões observadas longas e estacionárias é pequena para bacias urbanas. Como os dados de chuva são mais abundantes e possuem séries mais longas, o último método é o mais usado na prática. Isso gera, entretanto, incertezas na resposta devido : (a) à dificuldade de avaliação da distribuição temporal e espacial da precipitação ; (b) à variabilidade dos parâmetros do modelo, de acordo com a bacia e as condições iniciais; (c) e às imperfeições na estrutura do modelo hidrológico. Desta forma, o risco da precipitação não é igual ao risco da vazão gerada pelo modelo. Neste estudo, são analisadas as incertezas da distribuição temporal da precipitação e dos parâmetros do modelo IPH II na estimativa do hidrograma de projeto. O projetista, ao utilizar o valor da vazão máxima ou do volume, na concepção ou dimensionamento, terá como base não um valor pontual incerto, mas um intervalo de confiança, com seu valor esperado, que é uma estimativa das incertezas presentes. A metodologia foi aplicada para uma bacia urbana de 40 km2 em Porto Alegre para dois cenários de desenvolvimento urbano onde existiam dados observados: 1978-1982 e 1995-1997. Os resultados mostraram que o intervalo de confiança é significativo, como conseqüência de todas as incertezas identificadas, mas estima de forma razoável a vazão de projeto se comparado com os dados observados de séries parciais de vazão máxima. 
Palavras-chave: Hidrograma. 

 

 

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