Revista de Gestão de Água da América Latina
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<p>A REGA – Revista de Gestão de Água da América Latina, é um periódico científico da Associação Brasileira de Recursos Hídricos – ABRHidro, publicado em parceria com instituições de países latino-americanos e registrado com o ISSN (<em>International Standard Serial Number</em>) 2359-1919. Ela tem como objetivo publicar, disseminar e promover o intercâmbio de estudos e pesquisas desenvolvidos na América Latina na área de Gestão dos Recursos Hídricos. O escopo da REGA abrange temas relacionados à Gestão dos Recursos Hídricos, com aspectos institucionais, aspectos legais, instrumentos de gestão, ferramentas de gestão, gestão integrada, gestão compartilhada, entre outros.</p>Associação Brasileira de Recursos Hídricos - ABRHidropt-BRRevista de Gestão de Água da América Latina2359-1919<p><strong>No ato do envio do artigo, observe que:</strong></p> <p>Responsabilizar-se pelos demais autores, quando houver, como co-responsáveis pelo conteúdo técnico e científico do artigo, obedecendo ao Artigo 5º da Lei no 9.610, que trata do Direito Autoral.</p> <p> Todas as declarações publicadas nos artigos são de inteira responsabilidade dos autores. Entretanto, todo material publicado, torna-se propriedade da REGA, que passa a reservar os direitos autorais. Portanto, nenhum material publicado na REGA poderá ser reproduzido sem a permissão por escrito da REGA. Todos os autores de artigos submetidos à REGA deverão assinar um Termo de Transferência de Direitos Autorais, que entrará em vigor a partir da data de aceite do artigo. Este termo será solicitado pela REGA antes da publicação do artigo. O autor responsável pelo artigo receberá, sem custos, a separata eletrônica da publicação (em formato PDF).</p> <p>Todos os artigos publicados em acesso aberto serão imediata e permanentemente gratuitos para que todos possam ler, baixar, copiar e distribuir. A reutilização permitida é definida por sua escolha de uma das seguintes licenças de usuário:</p> <p>Atribuição Creative Commons (CC BY): permite que outras pessoas distribuam e copiem o artigo, para criar extratos, resumos e outras versões revisadas, adaptações ou trabalhos derivados de ou de um artigo (como uma tradução), para incluir em um trabalho coletivo ( como uma antologia), para extrair texto ou dados do artigo, mesmo para fins comerciais, desde que creditem o (s) autor (es), não representem o autor como endossando sua adaptação ao artigo e não modifiquem o artigo em de maneira a prejudicar a honra ou a reputação do autor.</p> <p><strong>Direitos de Autor</strong><br />Para a publicação de acesso aberto, esta revista usa um contrato de licença exclusivo. Os autores manterão os direitos autorais juntamente com os direitos de uso acadêmico e a REGA receberá direitos de publicação e distribuição.</p> <p><strong>Política de auto-arquivamento do autor</strong><br />Esta revista permite e incentiva os autores a postar itens submetidos à revista em sites pessoais e repositórios institucionais ou financiadores após a publicação. A versão final publicada em PDF deve ser usada e os detalhes bibliográficos que creditam a publicação nesta revista devem ser incluídos.</p> <p>O sistema <a href="https://www.abrh.org.br/OJS/index.php/REGA/gateway/lockss" target="_blank" rel="noopener">LOCKSS</a> e <a href="https://www.abrh.org.br/OJS/index.php/REGA/gateway/clockss" target="_blank" rel="noopener">CLOCKSS</a> tem permissão para coletar, preservar e servir como unidade de arquivamento.</p>AVALIAÇÃO DE DIFERENTES SISTEMAS DE SUPORTE A TOMADA DE DECISÃO PARA A GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS
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<p>Com a crescente demanda pelo uso da água e a atual escassez hídrica, as ferramentas de suporte à decisão auxiliam o gestor na tomada de decisão considerando aspectos como demanda e oferta dos recursos hídricos. Nesse contexto, este trabalho teve como objetivo realizar uma análise comparativa entre alguns sistemas de suporte à decisão (SSD), de modo a levantar elementos sobre a aplicabilidade desses sistemas no gerenciamento de recursos hídricos. A análise comparativa foi realizada considerando o SIGA e o Acquanet, dois softwares abertos, de uso gratuito, e o SSD do SIGARH, utilizado no estado do Paraná, integrado ao sistema de outorgas do Instituto Água e Terra (IAT), órgão gestor de recursos hídricos do estado. Para cada um deles foi realizado o estudo detalhado de seu funcionamento, aplicabilidade e suas informações específicas. A partir dessas determinações foram estabelecidos cenários de simulação para a mesma condição inicial. Os softwares analisados indicam na saída os valores de déficit e escassez da demanda. O SSD do Paraná também indica uma classificação quanto à disponibilidade hídrica. No cenário simulado, todos os softwares apresentaram valores de déficit hídrico, indicando uma área com alta demanda de usuários e recursos hídricos limitados, sendo necessário adotar estratégias para garantir que os recursos hídricos sejam distribuídos de maneira igualitária e sustentável. Os softwares possuem características distintas, porém todos se mostram relevantes para a gestão dos recursos hídricos, sendo assim a escolha do melhor SSD dependente do perfil do usuário tomador de decisão e das necessidades de cada análise.</p>Caroline KozakBianca Cogo BarbosaTaiane Regina HoepersMichel Marques MonteiroCristovão Vicente Scapulatempo Fernandes
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2025-09-242025-09-24222025EFEITOS NATURAIS E ANTRÓPICOS SOBRE OS ASPECTOS QUALITATIVOS DA ÁGUA NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO NIQUIM
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<p style="font-weight: 400;">Foram analisados os efeitos naturais e antrópicos sobre a qualidade da água do Rio Niquim, localizado na Região Hidrográfica de São Miguel, com o objetivo de desenvolver uma proposta de enquadramento. Foi realizado o monitoramento qualitativo da água na Lagoa do Rio Niquim (RNL), o segundo próximo à captação de água da cidade (RNC) e o terceiro próximo a foz (RNF). Os resultados das análises foram comparados com os limites estabelecidos pela Resolução CONAMA nº 357/05. Na proposta de enquadramento, a bacia foi dividida em 3 trechos, para os quais foram sugeridas as classes 1 e classe 2, mas verificou-se que alguns parâmetros não atendem aos seus usos preponderantes. No trecho 1, busca-se aumentar o OD, e reduzir a DBO<sub>5,20</sub> e o N-amoniacal, através da preservação das formações florestais para diminuir a carga orgânica nesse trecho. No trecho 2, é preciso diminuir os parâmetros DBO<sub>5,20</sub> e N-amoniacal através da preservação das áreas vegetadas, principalmente da mata ciliar, para diminuir a carga orgânica nesse trecho. No trecho 3, os parâmetros DBO<sub>5,20</sub>, N-amoniacal, OD e E.coli estão acima do estabelecido na Resolução. Para alcançar os limites do enquadramento proposto em todos os trechos, é necessário a destinação correta dos efluentes, preservação de áreas verdes, planejamento dos usos e ocupação do solo.</p>HELENICE FERREIRA FILGUEIRASNelia Henriques Callado Vladimir Caramori Borges de Souza Fernando Natanael da Silva Pacheco
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2025-04-292025-04-29222025MUDANÇAS NA COR DA ÁGUA RELACIONADAS A MINERAÇÃO EM RIOS DA AMAZÔNIA SUL OCIDENTAL OBSERVADAS POR SATÉLITE
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<p>Diante da relevância dos recursos hídricos, é fundamental o seu monitoramento. Considerando as dimensões das bacias brasileiras, principalmente as amazônicas, torna-se viável o uso de ferramentas de sensoriamento remoto, que permitem o acompanhamento de qualidade das águas superficiais, particularmente características de cor e sólidos totais. Os componentes presentes na água alteram a sua reflectância, de acordo com suas características, permitindo um estudo e rastreio das qualidades. O trabalho teve objetivo principal identificar alterações na cor da água em rios da Amazônia Sul Ocidental, nas sub-bacias dos Rio Ji-Paraná, Canumã e Amaná, mapeando as evidências das interações e os impactos da mineração e garimpo. Por meio dos ângulos de refletância e comprimento de onda dominante. Compreendendo a formação da cor das águas nas bacias e a influência de atividades mineiras, e antrópicas. Foi realizada uma análise estatística dos valores médios dos comprimentos de onda dominantes, e nos dados de material em suspensão fornecidos pela ANA, para verificar se as variações são significativas entre 1994 e 2021. Por meio das análises estatísticas, ficaram demonstradas alterações significativas para maiores comprimentos médios de onda dominante na maioria dos trechos da bacia do Ji-Paraná e Amaná, enquanto que para o Rio Canumã as alterações foram para menores comprimentos e sua maioria. </p>Flavio Fagundes de PaulaJéssica Ribeiro FontouraRodrigo Cauduro Dias de Paiva
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2025-04-292025-04-29222025METODOLOGIA MULTIOBJETIVO E MULTICRITÉRIO DE AUXÍLIO À OUTORGA DE RECURSOS HÍDRICOS
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<p>Foi proposta uma metodologia de auxílio à outorga de direito de uso da água, utilizando métodos multiobjetivo e multicritério, e sua aplicação à bacia do rio Preto. A bacia foi dividida em cinco zonas, e nelas foram identificadas as demandas e as disponibilidades hídricas. Foram definidos oito diferentes cenários de desenvolvimento da bacia, levando em consideração aspectos como a localização dos irrigantes na bacia, o tipo de irrigante, e sua taxa de crescimento. Das entrevistas com especialistas, estabeleceram-se sete critérios, abrangendo aspectos ambientais, sociais, técnicos e econômicos. Esses critérios foram avaliados com a utilização de SIG e balanço hídrico pelo Acquanet. Foram aplicados três métodos multiobjetivo (<em>Compromise Programming </em>- CP, PROMÉTHÉE-II e TOPSIS) a quatro diferentes conjuntos de pesos, definidos por consulta à especialistas e simulando “políticas” para orientar o processo de outorga na bacia do rio Preto. As “políticas” priorizaram os aspectos social, ambiental, e econômico, além de uma “política neutra”, com todos os pesos iguais. Os resultados para as diferentes “políticas” foram normalizados, a fim de se obter uma classificação agregada e estabelecer o cenário de outorga a ser implementado na bacia. A metodologia possibilitou definir uma política de outorga que considera os conflitos, e se articula com políticas sociais.</p>Diego Alonso ReyesOscar de Morais Cordeiro NettoWelitom Tatom Pereira SilvaMarco Antonio Almeida Souza
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2025-04-292025-04-29222025POLÍTICA MINEIRA DE RECURSOS HÍDRICOS
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<p>A administração dos recursos hídricos brasileiros é realizada por um sistema que possuí uma perspectiva holística sobre todos os aspectos que envolvem a gestão das águas, além disso este sistema busca conciliar setores tido estratégicos do país em prol da gestão das águas. Minas Gerais é um estado que desempenha um papel de suma relevância no país, quando consideramos aspectos econômicos, sociais e ambientais. Desta forma compreender o sistema de gestão de recursos hídricos mineiros é fundamental para que haja uma coesão no processo de gestão em nível nacional. Dito isso, o presente estudo avalia a relação existente entre as normas de recursos hídricos em vigência nas esferas citadas, atravessando por determinados campos da gestão das águas em Minas Gerais e no Brasil. É notório que Minas Gerais desempenha um papel de suma relevância na gestão de recursos hídricos que estão sobre sua competência.</p>João Paulo RabeloCarmino Hayashi
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2025-04-292025-04-29222025Uso e ocorrência do 2,4-D no Brasil: ênfase na qualidade da água para consumo humano
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<p>Este estudo visa realizar um diagnóstico do 2,4-D no Brasil, com base em sua dinâmica ambiental, comercialização, espacialização e concentrações em água bruta e de consumo humano. Desse modo, foi realizada uma estimativa da comercialização do 2,4-D nos municípios e estados brasileiros, considerando dados de área plantada, comercialização e uso autorizado no país. A concentração do 2,4-D foi analisada a partir de uma revisão sistemática da literatura e tratamento dos dados do SISAGUA. Constatou-se que o 2,4-D possui tendência de aumento na sua comercialização com média anual de 43.267 toneladas, com média de uso por área plantada de 0,65 kg/ha, apresentando algumas regiões de destaque. O 2,4-D apresentou alta frequência de detecção, com valores que, no geral, não excederam o valor máximo permitido (VMP) para água potável no Brasil. Concluiu-se que o 2,4-D é muito utilizado e detectado, contudo, tal fato ainda não reflete em risco à saúde humana via consumo de água.</p>Taciane de Oliveira Gomes de AssunçãoManuela Bruno PintoRenata de Oliveira Pereira
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2025-04-292025-04-29222025Influência da sazonalidade nas características e no pré-tratamento biológico de lixiviado de aterro sanitário
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<p>Fatores como clima, características dos resíduos, idade e operação do aterro, influenciam na vazão e composição dos lixiviados de aterros sanitários, os quais devem ser monitorados, pois interferem no processo de tratamento. As lagoas anaeróbias e aeradas embora não consigam enquadrar o lixiviado tratado nos padrões de lançamento, funcionam como pré-tratamento e amortizam sua variabilidade preparando-o para o pós-tratamento. Este trabalho avaliou a influência da sazonalidade na vazão, composição e no pré-tratamento biológico de lixiviado gerado num aterro sanitário em região tropical, por meio de análises físico-químicas e de vazão do lixiviado bruto e pré-tratado. Confirmou-se a influência da precipitação no aumento da vazão e da variabilidade da DQO e DBO<sub>5,20</sub>. O pré-tratamento removeu 60,8 % e 36,6 % da DQO; 74,7% e 79,4% de DBO<sub>5,20</sub>, e 94,6% e 76,8% de N-NH<sub>4</sub>, respectivamente, em época seca e chuvosa, mas com concentrações remanescentes ainda altas para uso direto no pós-tratamento.</p>Nelia Henriques CalladoHeloize Maria Nascimento SantosVladimir Caramori Borges de SouzaDaysy Lira Oliveira Cavalcante
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2025-04-292025-04-29222025Desafios para a efetiva implementação da cobrança pelos serviços de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas no Brasil
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<p>A urbanização intensa altera o balanço hídrico e impacta o escoamento de águas pluviais, tornando os serviços de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas (DMAPU) essenciais para mitigar os efeitos de chuvas intensas. Este artigo busca analisar a situação econômico-financeira dos serviços de DMAPU no Brasil com base em dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (2015-2022) e discute desafios legais, institucionais e técnicos para implementar uma cobrança eficiente. Propõe-se, ainda, um modelo de cobrança adaptável a diferentes cidades e regiões. Os resultados indicam que dos 24 municípios que declaram cobrar pelos serviços de DMAPU apenas um de fato pratica a cobrança. Os serviços são majoritariamente prestados pela administração pública direta e no geral os recursos para manutenção, operação e expansão do sistema são provenientes do orçamento geral. Embora a implementação de cobranças possa melhorar a prestação dos serviços, é igualmente necessário reestruturar os órgãos responsáveis pela DMAPU.</p>Bruno Inocencio HenriqueFernando Dornelles
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2025-07-112025-07-11222025NOVOS CAMINHOS PARA O MANEJO SUSTENTÁVEL DAS ÁGUAS URBANAS
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<p>A urbanização acelerada e as mudanças climáticas intensificam os desafios para o manejo sustentável das águas urbanas, especialmente nos países de economia emergente e de baixa renda, onde a urbanização recente não planejada e a infraestrutura insuficiente ou inadequada aumentam o risco das populações aos eventos extremos. O manejo sustentável das águas urbanas evoluiu historicamente recebendo diferentes terminologias – BMP, LID, SUDS, WSUD, Infraestrutura Verde e Cidades Esponja - refletindo diferentes prioridades e contextos culturais, e recentemente sendo contemplado por um novo termo, Soluções Baseadas na Natureza (SBN). O manejo das águas urbanas abrange sete componentes essenciais: drenagem, detenção, retenção, infiltração, evaporação, tratamento e aproveitamento, a adoção do maior número possível destes componentes no sistema de águas pluviais é o que garante o manejo sustentável das águas urbanas, garantindo resiliência e adaptação para as cidades frente aos desafios impostos pelas mudanças climáticas. Além disso, a adoção de sistemas que integrem a infraestrutura cinza, à componentes tecnológicos e aos elementos naturais é um passo importante rumo a este propósito de sustentabilidade do sistema, além de garantir os tão necessários serviços ecossistêmicos. O presente estudo apresenta uma revisão conceitual do manejo sustentável das águas urbanas, apontando as componentes, necessidades e passos para atingi-lo, destacando a importância de que as iniciativas sejam sempre concebidas de forma multidisciplinar e com forte envolvimento da comunidade, além da importância de que haja o fortalecimento dos marcos regulatórios e financeiros para incentivo da adoção das medidas necessárias. </p>Juliana AlencarJosé Rodolfo Scarati MartinsPaulo Renato Mesquita PellegrinoMariana Marchioni
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2025-07-112025-07-11222025Controle do escoamento superficial em diferentes escalas em uma comunidade urbana via simulação por eventos e simulação contínua
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<p>As infraestruturas verde e azul integram medidas ecossistêmicas no planejamento urbano para imitar o ciclo natural da água, controlando o escoamento na origem e atenuando as vazões de pico. Contudo, sua implementação em comunidades urbanas consolidadas pode enfrentar desafios devido à limitação de espaço e restrições socioeconômicas, que dificultam sua instalação e manutenção. Diante disso, este estudo avaliou o desempenho de dispositivos de controle de escoamento na sub-bacia Grota do Cigano (SBGC), uma comunidade urbana em Maceió-AL, utilizando o SWMM para calibrar um modelo hidrológico-hidráulico ao cenário atual, que possui um ponto crítico de transbordamento no exutório, e simulando quatro cenários de intervenção. Nos cenários I e II, microrreservatórios de detenção (MRD) foram simulados em lotes residenciais, e nos cenários III e IV, reservatórios de detenção (RD) foram simulados próximos ao exutório. Nos cenários I e III, os dispositivos foram dimensionados com base na capacidade do canal de drenagem, enquanto nos cenários II e IV, os dispositivos foram dimensionados com base na vazão de pré-urbanização. Os RD mostraram-se mais viáveis, controlando o escoamento de toda a SBGC e ocupando menos espaço. Além disso, os dispositivos dimensionados com base na capacidade do canal de drenagem foram mais práticos, equilibrando eficiência no controle de vazões e menor uso de espaço.</p>Altair Maciel de BarrosMarllus Gustavo Ferreira Passos das Neves
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2025-07-112025-07-11222025Origem e background da anomalia de bário nas águas subterrâneas do Complexo Alcalino Carbonatítico do Barreiro - Araxá - MG
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<p>Os valores anômalos de bário nas águas subterrâneas do Complexo Alcalino Carbonatítico do Barreiro (CACB), localizado no município de Araxá, na Província Ígnea do Alto Paranaíba, têm sido objeto de estudo desde o início da década de 1980, quando este elemento foi detectado dissolvido nas águas subterrâneas em concentrações elevadas. O objetivo deste trabalho é investigar as possíveis origens e quais são os teores que podem ser considerados naturais para o bário no CACB. A metodologia utilizada baseou-se na análise estatística dos dados de poços de monitoramento, para a determinação do <em>background</em>, bem como análises geoquímicas de solubilidade, MEV e DRX nos solos argilosos, para a estimativa da origem do bário, além do tratamento estatístico de concentrações de bário em amostras de solo coletadas. Os resultados das análises de DRX das coberturas lateríticas não detectaram minerais de bário, apesar das análises químicas e de solubilidade apresentarem teores significativos do elemento. As análises geoquímicas de solubilidade do bário a partir das argilas das coberturas lateríticas apresentam valores que podem chegar a 16 mg/L. Esta condição indica que o bário, provavelmente, encontra-se na forma de íons livres (Ba<sup>2+</sup>), adsorvidos nos argilominerais e nos óxido-hidróxidos de ferro, que constituem os materiais de capeamento do domo alcalino, sendo mobilizados a partir da recarga e transportados até a zona saturada. A análise estatística dos resultados das concentrações de bário na água subterrânea demonstra que o valor de 5,52 mg/L pode ser adotado como uma referência aplicável para os teores do <em>background</em> de bário nas águas subterrâneas do CACB. O uso das águas subterrâneas do interior do domo deve ser avaliado com cautela ao consumo humano e à recreação, uma vez que, os valores máximos permitidos de 0,7 e 1,0 mg/L, respectivamente, são inferiores ao valor do <em>background</em> definido.</p>Tiago Antônio Torres GomesAna Elisa Silva de Abreu
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2025-07-112025-07-11222025PROGRAMA NOVO PINHEIROS. AVANÇAMOS RUMO A REVITALIZAÇÃO DOS RIOS URBANOS BRASILEIROS?
https://www.abrh.org.br/OJS/index.php/REGA/article/view/953
<p>À medida que as mudanças climáticas intensificam a frequência e a gravidade de fenômenos climáticos extremos, a revitalização dos rios urbanos e a criação de uma infraestrutura verde e azul através de Soluções Baseadas na Natureza (SBNs) se apresentam como uma grande oportunidade para a adaptação das cidades e para a construção de cidades mais sustentáveis, resilientes e habitáveis para as gerações futuras. O rápido processo de urbanização da Região Metropolitana de São Paulo, resultou na degradação dos seus cursos d’água e no afastamento da população do elemento água, o que é refletido no estado atual dos seus principais rios. O surgimento do “Programa Tietê” na década de 90 representa um marco no início da preocupação com a recuperação do Rio Tietê e do movimento para se atingir tal propósito, que culmina em diversas outras ações como é o caso do “Programa Novo Pinheiros”, objeto de estudo do presente artigo. Este estudo teve como objetivo analisar o "Programa Novo Pinheiros", uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo para recuperar e revitalizar o Rio Pinheiros. Para tanto foi realizada uma análise qualitativa das ações realizadas pelo programa, bem como elaborada uma matriz de avaliação das ações e sua efetividade no propósito de recuperação e revitalização do Rio Pinheiros. Além disso foi realizada uma análise comparativa das ações do programa com outros 10 programas similares. Com isso o estudo apresenta uma resposta para a pergunta central: “Avançamos rumo a revitalização dos rios urbanos brasileiros?”.</p>Juliana AlencarJosé Rodolfo Scarati MartinsMonica Ferreira do Amaral PortoLais Ferrer Amorim de Oliveira
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2025-07-112025-07-11222025Hidrograma de Projeto em Pequenas Bacias
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<p>A estimativa do hidrograma de projeto para bacias pequenas (< 2.000 km<sup>2</sup>), é um desafio devido a falta de dados de vazão. O modelo usualmente utilizado neste caso é o NRSCS (NRSCS,1975), onde um dos principais parâmetros é o CN, que estima a quantidade de água superficial na bacia. O valor de CN é estimado com base no uso e tipo de solo, mas traz consigo muitas incertezas devido a subjetividade da escolha do parâmetro CN, levando a incertezas nas vazões estimadas.</p> <p>O procedimento proposto utiliza a vazão máxima média diária para o risco escolhido (tempo de retorno), obtida por regionalização das vazões máximas observadas na região, e a precipitação com o mesmo risco para estimar o parâmetro CN, buscando minimizar as incertezas da sua estimativa.  </p> <p>Esta metodologia foi aplicada na bacia do rio Camboriu (SC) com área de drenagem de 127 km<sup>2</sup> e tempo de concentração de 6h. A vazão máxima média diária para cada tempo de retorno foi obtida pela regionalização pelo método <em>Index Flood</em> (NERC,1975) com base nos dados medidos da região. O valor de CN estimado foi obtido com base na referida vazão e na precipitação para o mesmo risco. Este resultado foi comparado com o procedimento convencional onde o CN é obtido pelas tabelas de referência da literatura com base no uso do solo. O resultado obtido com base em vazão máxima regionalizada tende a ser mais confiável, já que se baseia em dados de vazão da região. Esta metodologia não é recomendada quando a regionalização não é confiável. Isto pode ocorrer para bacias menores que 20 km<sup>2</sup> que não possuem dados e a extrapolação por regionalização possui incertezas.</p>Carlos Eduardo Morelli Tucci
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2025-09-242025-09-24222025o IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NOS PROJETOS DO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA DE JOINVILLE/SC
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<p>O presente artigo teve como objetivo analisar os impactos dos efeitos das mudanças climáticas, associados ao regime e à intensidade das chuvas nos projetos do sistema de drenagem urbana de Joinville/SC. A pesquisa avaliou projeções climáticas para cenários de aquecimento global de 1,5°C, 2°C e 4°C, aplicou métodos estatísticos para identificar tendências em séries históricas de precipitação e comparou as intensidades de chuvas de projeto atuais com novos cenários projetados. Por meio dos dados históricos e projeções futuras, foi possível ainda elaborar uma análise comparativa entre os parâmetros hidrológicos para o dimensionamento hidráulico das redes de drenagem. Os resultados apontam um aumento na intensidade das chuvas, indicando que o sistema de drenagem atual da cidade está subdimensionado para as condições climáticas presentes e futuras. O estudo reforça a necessidade de planejamento urbano sustentável e de políticas públicas para aumentar a resiliência da infraestrutura urbana frente às mudanças climáticas.</p>Robison NegriHeverson Bruno Vitoreti CustódioMarianna Luize Alves do NascimentoSofia Körbes
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2025-09-242025-09-24222025GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS EM SANTA CATARINA: CASO DAS ENTIDADES EXECUTIVAS
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<p>O Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos tem como elementos centrais os comitês de bacia hidrográfica e as agências de águas. Até a regulamentação das agências de água, modelos de apoio como entidades executivas tem sido implementado para apoio aos comitês. Este estudo apresenta os resultados da entidade executiva do agrupamento Leste do Estado de Santa Catarina para os anos de 2023 e 2024. No período de atuação foram realizadas 128 reuniões, gerando 635 atos administrativos, e 24 capacitações, que mobilizou mais de 1400 pessoas. Houve avanços na implementação dos Planos de Recursos Hídricos (PRH) e instrumentos de gestão, com a elaboração de 19 projetos e 3 propostas de enquadramento com programa de efetivação. Os resultados do projeto desenvolvido demonstraram o fortalecimento dos comitês e a implementação dos PRH e instrumentos de gestão. Por outro lado, fragilidades como contratações por tempo determinado neste modelo de entidades executivas acarretam descontinuidade do trabalho.</p>Camila Andréa Ramos Alondra Beatriz Alvarez PerezAline AntunesAline Luiza TomaziRubia GirardiMiriam Amorim Adilson Pinheiro
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2025-09-242025-09-24222025RESPOSTA HIDROLÓGICA DA PORÇÃO MINEIRA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO FRANCISCO À MODELAGEM CHUVA-VAZÃO
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<p>A previsão de vazão em eventos extremos provocados por um intenso volume de precipitação é um dos grandes desafios da atualidade e pode auxiliar os gestores de recursos hídricos na tomada de decisão, minimizando os riscos decorrentes desses eventos. O presente trabalho teve como objetivo realizar a implementação do modelo HEC-HMS na porção mineira da bacia do rio São Francisco. Os métodos utilizados na modelagem hidrológica foram: Deficit and Constant, para separação do escoamento; Clark Unit Hidrograph, para formação do hidrograma; Recession, para a vazão de base; e Muskingum-Cunge, para propagação do escoamento. Os dados de entrada de precipitação foram obtidos pelo produto CHIRPS e os dados de vazão, para calibração e validação, das estações fluviométricas, no Hidroweb. O período de calibração foi de 01 de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2017 e o da validação de 01 de janeiro de 2019 a 31 de dezembro de 2022, reproduzindo os principais eventos extremos de cheia ocorridos nos últimos anos. Os resultados do modelo foram avaliados com base no índice de eficiência de Nash-Stucliffe Efficiency e no PBIAS, sendo classificados como “satisfatório a muito bom”. Realizou-se, ainda, previsão de vazão utilizando o modelo ACCESS-CM2 considerando dois cenários SSP2-4.5 (moderado) e SSP5-8.5 (pessimista) para um período futuro de 10 anos (2025 a 2034) e os resultados indicaram que o tipo de cenário teve grande influência na magnitude do pico de descarga. O software HEC-HMS apresentou um bom desempenho e simulou os valores com coerência, confirmando sua capacidade na previsão de vazão.</p>Paula Roberta Souza CarvalhoCelso Bandeira de Melo RibeiroWelson de Avelar Soares FilhoLeonardo Goliatt da Fonseca
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2025-09-242025-09-24222025QUANTIFICAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO SAZONAL DA POLUIÇÃO MICROPLÁSTICA NA COLUNA DE ÁGUA E SEDIMENTO DO RIO MEIA PONTE, ALTO DA BACIA DO RIO PARANÁ, BRASIL CENTRAL
https://www.abrh.org.br/OJS/index.php/REGA/article/view/990
<p>A poluição por resíduos plásticos em rios é uma preocupação crescente, por influenciar na qualidade ambiental e na subsistência humana. Esses ambientes funcionam como conduítes e reservatórios de poluição plástica, interagindo com o ecossistema aquático. Este estudo teve como objetivo determinar a presença de microplásticos amostras de água (CA) e sedimento (SE) do rio Meia Ponte, que drena a região metropolitana de Goiânia, entre novembro de 2023 e agosto de 2024. Os resultados indicaram microplásticos em ambas as amostras, com maior abundância no SE, especialmente no período de estiagem e em amostras coletadas a jusante do trecho urbano. As análises evidenciaram diferenças significativas entre as variáveis analisadas, mostrando características próprias dos pontos amostrais ao longo do período amostral. Além disso, os resultados mostraram que o SE é influenciado pela CA, sugerindo impacto das atividades antrópicas da bacia do rio Meia Ponte, associado à pluviosidade e ao escoamento superficial.</p>Maycon Winnicius Barreira de Souza CoelhoMarta Regina MagalhãesFrancisco Leonardo Tejerina-Garro
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2025-09-242025-09-24222025